Garota Valente escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 25
O desafio de Blood


Notas iniciais do capítulo

Estou recebendo poucos comentários. Pararam de acompanhar? Ficou ruim o final do capitulo anterior? Bizaro, eu sei que ficou. Se errei, me mostrem! Sério! Se é na mitologia de Valente, e não de Vingadores, pode falar! Só espero que lembrem-se de que eu amo críticas construtivas.



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Comecei o dia seguinte com um banho.

Vesti uma calça preta de tecido justa e coloquei uma blusa branca e solta longa, como um vestido muito curto. Uma sandalinha marrom e fui encontrar os outros pela base. A voz da minha mãe cantando não saia da minha mente. Queria poder me lembrar de tudo. Fui até a cozinha e procurei alguma coisa. Procurei um biscoito ou sei lá para comer, quando...

– Bom-dia, alteza! - uma voz adolescente me assusta.

Me viro e digo: - Ah! Al. É só você.

– Sim, sou só eu. - falou com um sorriso presunçoso - Bom saber que provoco esse tipo de reação nas garotas.

– Na verdade, achei que fosse alguém que pudesse me matar.

– Na situação em que você está, não me surpreendo. - deu de ombros – Que tal um sanduiche?

– Pode ser. - falei.

Ele já segurava o material. Agora, com o rosto limpo e os cachinhos castanho-claros, percebo sua feição. Era um garoto fofo. Ainda tinha Lion na minha cabeça e, se fosse verdade, talvez eu nunca mais volte a confiar em alguém daquele jeito novamente. Preparamos cada um, um sanduiche para nós. O meu era de frango com queijo prato, pois não tinha cheddar. O de Al era bem incrementado, com

mortadela, queijo, orégano, molho de tomate e cebola. Comíamos enquanto conversávamos.

– Ah, eu gosto daqui. Se ignorar a metida da Kate e o arrogante do Neo... é até legal! E, bom... as vezes eu tenho medo da May, mas quem nunca?

– Eu? - respondi.

– Como foi seu primeiro encontro com A Cavalaria?

– Hem?! - perguntei confusa.

– Como conheceu a May?

– Ah, ela foi super amável comigo. Se esqueceu até de que meu nome era "Merida" e me chamou pelo nome dela.

– Melinda, não é? Isso é muito estranho. Ela ficava assim só com sua mãe e o ex-marido dela, mas ele morreu...

– Estranho. Ela me pareceu uma pessoa tão legal.

– A agente May é legal!... as vezes.

Dei uma risada e concordei. Ele também era metido, mas preferi guardar para mim o comentário. Fisicamente, era muito parecido com os pais dele. As vezes, tinha vontade de apertar as bochechas dele... okay, isso não combina nem um pouco comigo. Algo acerta a cabeça dele, o deixando irritado. Atrás dele, Neo ria alto. Provavelmente, foi um raio ou coisa parecida que o acertou.

– Muito engraçadinho, Lincon.

– Quem mandou ter uma cabeça tão grande?! - perguntou Neo rindo.

– Vocês dois podem deixar de serem tão infantis? - pedi, mas fui ignorada.

– Tá! Mas quando você entrar no seu quarto e sentir cheiro de gambá morto há meses...

– Se entrar no meu quarto, você está morto. - falou Neo.

– Meninos, por favor! - pedi irritada, mas não me ouviram.

– Ah, então você pode fazer o que quiser comigo, mas eu não posso com você?! - questionou Al irritado.

– Vá tomar banho, Fitz! - pediu Neo, com raiva.

– Já tomei! Você é quem está precisando!

– Meri! - ouvi alguém gritar.

– Krys?! - perguntei, me virando.

– Dá um pulo aqui. - pediu Kate de forma completamente informal.

Caminhei até as duas. Krys jogou um de seus braços pelo meu pescoço e começamos a andar. A encarei e perguntei:

– O que foi?

– Nada! - falou Krys.

– Só que ninguém merece ficar acompanhando as briguinhas deles. - falou Kate.

– Garotos infantis. - falou Krys - Até o Andy é mais maduro.

– O irmão do Blood? - perguntou Kate.

– O Lion não é o Blood! - reclamou Krys.

– Não vamos falar nisso.

– Acredita que sua amiguinha maluca aqui cismou que eu estou interessada no Neo? - questionou Kate.

– Se levou ao assunto, isso prova tudo! - falou Krys, rindo.

– Não! Eu não estou! - ela protestou.

– Você não sabe mentir. - completei.

– Ui! Seria uma honra receber aulas de mentira com uma Romanoff.

– Primeira regra: formule tudo o que vai falar e mantenha a calma. - falei.

– Segunda: se prepare, porque uma hora a verdade vem a tona. - falou Krystal - Você poderia usar as verdades selecionadas nas missões, como eu.

– Tipo quando disse ao Lion que faltaria ao nosso passeio porque tinha que cuidar de uma prima doente? - acusei.

– Aquela vez que fiquei doente e você foi para a missão que Colson passou? - questionou Kate, me surpreendendo.

– É! - falou Krys – A mãe dela, a Bobbie, eu chamo ela de "Tia" dês dos onze anos, ou seja, quando nos conhecemos. A Kate ficou doente, então eu disse ao Lion que minha prima estava doente e eu precisava sair. Ele deve ter entendido errado.

– Então é sobrinha da concorrente da minha mãe? - questionei divertida.

– Mais ou menos... - falou ela, mas foi interrompida por Lance, o pai de Kate, que nos chamou.

Logo depois estavam eu, meus pais, Skye e Krystal na sala do diretor Colson. Ele falava algo importante. Skye tinha seus olhos fixos nos computadores e não conseguia fazer o que queria. Meus pais estavam sérios e me abraçavam, Krys estava sentada num canto observando tudo. Quando Colson começou a falar, eu não acreditei.

– Blood nos mandou um e-mail. Ainda não conseguimos rastrear. O importante é que vamos mandar um agente para detê-lo, mesmo com uma haker tão talentosa e experiente quanto a agente Johnson.

– Ele é louco ou está montando uma armadilha. - falou minha mãe.

– Concordo plenamente. - falou meu pai.

– Ao julgar pelo conteúdo do e-mail...

– O que diz ele? - perguntei séria.

Ele arrastou um holograma para o centro da sala e mostrou um recado, curto e direto, não deixando de ser ameaçador:

"Merida Romanoff Barton.

Você é uma garota persistente... e teimosa. O que acha de nos encontrarmos em um lugar mais isolado? Sabe o prédio da S.H.I.E.L.D. que foi destruído? Bom, as ruínas ainda estão lá, em Washington D.C., e seria um ótimo lugar. Se pensar em furar nosso encontro, vai perder alguém que se importa muito com você... e você com essa pessoa.

Meia noite e não pense em se atrasar, Garota Valente."

– Anônimo? - questionou minha mãe.

– Sim. - respondeu o diretor – Supomos que algo tenha acontecido com alguém em DunBroch. Mandei alguns agentes procurarem saber se esta tudo bem por lá.

– Eu tenho que ir. - falei.

– O que?! Nem pense nisso! - falou Krystal.

– Filha, você sendo morta por esse cara ou essa mulher é a última coisa que eu quero. - falou meu pai.

– Vamos voltar para a Torre e chamar os Vingadores. - falou minha mãe.

– Posso resolver isso sozinha. - afirmei, saindo do abraço deles e me virando para os encarar.

– Está sendo ameaçada de morte. - falou Colson.

– Isso não é novidade. - falei.

– Meri, dessa vez é mais do que sério. - reclamou minha mãe.

– Já lutei antes, você sabe. - falei.

– Você teve sorte de não ser morta. - falou meu pai.

Encarei Krystal encostada na porta, encarando o chão. Parecia pensativa. Não era do tipo que acreditava em sorte. Para ela, o seu Deus estava no controle de tudo. Então será que na concepção dela, eu poderia estar certa em querer encarar minha própria batalha?

– Seus pais estão certos. - Skye, pela primeira vez, se pronunciou - É melhor você não interferir. É mais seguro.

Tive que assentir. Fomos para a Torre logo depois. A viagem continuava durando horas e eu mantinha meus olhos no horizonte. Krystal ficou na base, mas pediu que eu mandasse um abraço para o pai dela. Tentei ligar para Lion, mas ele não atendia. Fiquei preocupada. Avia alguma chance de Lion ser a isca, e antes isso do

que ele ser o assassino. Queria eu, na verdade, que ele se quer estivesse envolvido. Mas infelizmente ele se apaixonou e decidiu ser o namorado de uma filha de vingadores. Péssima ideia, não? Mas eu o a... gostava tanto dele que torcia de todas as formas para que ele não fosse Blood. Sim, eu ainda tinha esperanças. Quando cheguei, todos me esperavam preocupados. Mais ainda a Pepper, que é toda nervosinha e tals. Banner foi o primeiro a me abraçar e perguntar:

– Meri, você está bem?

– Sim, Bruce. Poucos contratempos.

– Lady Merida, bom saber que está a salvo. - falou Thor segurando minha mão ao fim do abraço com Bruce.

– Fico feliz em te ver de novo também, Thor! - falei.

– A Princesa Vingadora está de volta, minha gente! - falou o Tio Tony (mania tosca que peguei) e corro até ele.

– Tony! - o abracei rápido e depois encarei o Steve no canto da sala, com Pepper e Hill.

– Como foi a viagem, garota?

– Posso falar com eles rapidinho? - pedi.

– Vai nessa, garota. - ele falou.

Caminho lentamente até o trio, o que me leva à pergunta: o que falo ao Steve sobre eu saber que a Krys é filha dele? Seria simples. Pepper corre e me dá um abraço tão forte que quase perco o ar.

– Meri, sua mãe ligou e disse que havia descoberto a verdade toda.

– Sim, Peps, é verdade. Estou um pouco decepcionada, mas me acostumo.

– Que bom que está aqui. - falou Hill sorrindo.

– Posso falar com o Steve a sós? - pedi.

– Claro! - falou Pepper – Vamos, Maria. - e chamou sua amiga.

Quando estavam longe o suficiente, Steve colocou a mão no meu ombro, sorriu e disse:

– Senti sua falta!

Dei-lhe o agraço mais forte que consegui. Ele correspondeu rindo. Fui até seu ouvido e cochichei:

– Sua filha quem mandou. Ela sente sua falta.

O abraço sessa e ele me encara assustado. - Então... você descobriu que...

– Era a Krys o tempo inteiro? Sim, e que eu fui assassinada e voltei.

– Me desculpe... eu nem sei o que dizer.

– Você não tem culpa de nada. - falou – Se eu soubesse que a Krys era sua filha, já teria suspeitado do disfarce dela. E se eu soubesse que tinha morrido e voltado e que aquela coisa toda de transformar minha mãe em urso era mentira, como eu ficaria em DunBroch sabendo a verdade?

– Faz sentido.

Rimos um pouco. Fazia sentido. Depois do almoço, conversamos e eles saíram no fim da tarde. Eu não queria ficar, mas até o Stark pediu que eu ficasse, porque naquela vez, poderia ser fatal para mim. Afinal, era a quem ele (ou ela) queria. Fui até o lugar onde estava o meu traje e fiquei olhando. Eu queria lutar a minha luta pelo menos uma vez. Se Nor'Du nunca existiu, então eu só lutei duas vezes contra soldados da H.I.D.R.A., e dessa vez, o desafio veio diretamente a mim.

Fiquei encarando meu traje. Era maravilhoso. Agora, imaginava que eu realmente havia o desenhado. Parecia um pouco o da minha mãe, e também parecia um pouco o do meu pai. Meu celular tocou. Me surpreendo ao ver que o identificador de chamadas: Krystal Walker.

– Krys? - perguntei.

– Oi, Meri! Você tem um traje? - perguntei.

– Ironicamente, estou olhando para ele. - respondi.

– Então vista, pegue seu arco e suba até o terraço.

– Como?! - questionei.

– Vai por mim: não vai querer se atrasar. - falou.

– Okay. - falei, desligando meu celular.

Pedi que J.A.R.V.I.S. abrisse a capsula e liberasse meu novo uniforme. Eu usaria meu vestido, mas eu já tinha deixado aquela garota de lado há muito tempo. Me vesti e peguei meu arco. Era hora de ser o que eu estava me preparando para me tornar. O que eu sempre fui. A lagarta formou seu casulo, e agora era hora dele se abrir de uma vez por todas. Hora de ser a sétima vingadora.

Hora de ser a Valente.


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Notas finais do capítulo

Ficou muito longo? Acho que sim. Mas quem liga?! Espero seus comentários! E eu imagino que o próximo capitulo, que será o penúltimo, saia logo também, porque vocês merecem! BJSSSS!!!!