Ainda não concigo agreditar que Loki estava certo.

Todos mentiram para mim. Eu havia morrido e voltado, mas não me lembrava. Krystal Walker na verdade é Krystal Rogers e escondeu de mim o fato de ser uma agente da S.H.I.E.L.D. (bom, provavelmente ela estava lá para me proteger), e agora havia uma enorme quantidade de dúvidas na minha cabeça. Eu fiquei parada lá, olhando a Krys, que só me respondeu um mero…

– Oi!

– OI?! DEPOIS DE TUDO, VOCÊ SÓ ME DIZ "OI"?! – praticamente gritei.

– Olha, no momento, tudo o que você precisa saber é que eu nunca menti pra você… bom, não diretamente. – ela falou.

– E quando disse que seu nome é Krystal Walker?!

– Krystal Walker Rogers! Eu te expliquei que o "Walker" é da minha mãe!

– Você disse que morava com seu pai.

– Eu disse que morava com um cara que não ligava pra mim e estava sempre viajando. E ele não é meu pai. Só o vi uma vez, há dois anos. Steven Rogers, o Capitão América, mas isso você já deve ter percebido.

– Steve me contou que tinha uma filha da minha idade, mas não contou que ela era você.

– Ele não podia… - Krystal foi interrompida.

– Meninas, por favor! – pediu May – Discutam isso mais tarde! Temos que ir.

– Já? – perguntou minha mãe (Elinor).

– Mas ela acabou de chegar! – complementou meu pai (Fergus).

– A trouxemos aqui para esclarecer algumas coisas e para resolver alguns problemas envolvendo as últimas tentativas de assassinato a ela.

– Agente Johnson… - fui cortada.

– Me chame de "Skye". – ela pediu.

– Skye, achei que os Vingadores estivessem cuidando disso!

– Mais ou menos. – respondeu o diretor Colson – Vamos indo. Obrigado pela hospitalidade, majestades.

– Agora?! – questionei.

Eu disse ao Angus que eu voltaria logo. Mesmo sendo só um cavalo, ele foi, por muito tempo, meu melhor amigo. E como eu me sentia traída pela Krystal, ele me fazia mais falta ainda. Como que queria Lion comigo naquele momento. Ele saberia o que me dizer.

– Nós iriamos mesmo te contar hoje. – falou Krys.

– Lion também… - mas ela não deixou que eu terminasse a pergunta.

– Não. Mas para ele, eu tive que mentir diretamente. Os Mason estão sob os olhares da S.H.I.E.L.D. dês de que sabemos sobre Lea Mason. A bisavó do Lion, na qual ele tenta defender algumas vezes. Sim, isso me preocupa, mas eu saberia se ele fosse perigoso… e não teria a incentivado a namorar ele.

A conversa não durou muito, pois fiquei pensando naquelas palavras. Lion era suspeito. Eu nunca pensei que ele pudesse ser mal e esconder isso de todos, até porque, eu, como namorada, confiava nele. Minha cabeça estava em chamas. Eu queria parar de pensar naquilo. Eu ama… era apaixonada pelo Lion. Eu poderia estar sega? Poderia! Mas essa era a última coisa que eu queria admitir. Se bem que eu também não quis admitir que estava apaixonada quando me encontrei nesse estado emocional.

Me despedi de meus pais (Fergus e Elinor) de novo e fomos a outro quinjent que estava mais afastado do castelo e eu mal havia visto. O meu pai é piloto, e um dia eu ainda vou aprender a pilotar um jato. Meus pais foram no quinjent dos Vingadores e eu no da S.H.I.E.L.D., com a Krystal. O clima estava tenso entre nós duas. A quebra da confiança e a raiva por mentiras não deixaram que dirigíssemos uma palavra se quer a outra. Foram algumas horas até chegarmos lá. Era tudo tão moderno… mas eu não estava surpresa.

– Srta. Barton – falou o diretor a mim logo que chegamos –, seja bem-vinda.

– Não me surpreende. – falei fria.

– Agente Rogers, poderia leva-la a um tour pela base?

– Sim, senhor. – respondeu Krys com um ar um tanto irreverente.

– Meus pais conhecem isso aqui? Os Barton’s? – perguntei, vendo que eles já saíam do quinjent deles.

– Sim, e já estiveram aqui muitas vezes. – falou Krystal – Outra mentira para eu pedir desculpa: eu já conhecia seus pais. Mas isso está acabando. Logo poderei parar de dormir mal a noite por causa disso.

– Só as mentiras? – perguntei.

– Há várias formas de desagradar o coração de Deus. – ela começa a falar e andar, junto comigo - Sim, eu não menti quando disse que eu era cristã. Se reparar bem, meu uniforme é até um pouco mais decente. – foi só então que reparei algo parecido com uma saia por cima do macacão justo da agencia – E eu também nunca matei (estranho para uma espiã, não?) e sou a mais certinha aqui. Temos outros agentes "em treinamento", ou seja, adolescentes que não são oficialmente agentes, como eu.

– Não é oficialmente? – perguntei confusa.

– Quando eu fizer 18, serei, mas até lá… ainda bem que está perto.

– Quem é essa garota, Rogers? – perguntou um garoto com um jaleco e óculos de cientista e o rosto como se algo houvesse explodido na sua cara.

– Al, o que que houve?! – perguntou Krys surpresa.

– O de sempre. Quem é ela?

– Merida, esse é Albert.

– Oi! – falei acenado.

– Prazer em conhece-la. – falou beijando minha mão – Você é bem bonita!

– Mas tem namorado. – perpondeu Krys por mim.

– É um prazer enorme te conhecer! – respondi apertando sua mão.

– Onde estão seus pais? – perguntou Krys.

– No laboratório. – ele apontou para o rosto e disse – Isso eu fiz com meu pai, e minha mãe não gostou.

– Jemma é muito certinha. – falou Krystal e mim.

– Achei que você… - ela me interrompe.

– Sou a única certinha em operações! – ela respondeu.

– Chega a ser chata as vezes! – falou outra loira entrando e cruzando os braços, com um sorriso.

– Oi, Kate. Viu o Neo? – perguntou Krys.

– Quem liga pra ele? – ela deu de ombros – Quem é a ruiva?

– Katharine, essa é Merida Barton.

– A filha do Barton? Que falaram que tiveram que usar o T.A.I.T.I. nela? – questionou surpresa.

– Sim, em carne e osso. – falou Krys antes que eu pudesse responder.

– Você podia me deixar falar um pouco! – reclamei.

– Então fale! – falou Kate, se aproximando de mim.

Estendi a mão e apertei a dela: - Merida Barton, mas pode me chamar de só de Meri. Prazer em conhece-la.

– Kate Hunter. O prazer é meu. – ela falou – Há muitos outros aqui que vai gostar de conhecer. Tem gente aqui até com superpoderes, como os pais do Neo. Ela faz terremotos e ele tem poderes legais envolvendo energia e tal…

– Me desculpe. – falou Krystal – A Kate as vezes é bem tagarela.

– Krys, por favor! – reclamei.

– VOU TE MATAR, FITZ! – uma voz masculina gritou.

O tal garoto andou rápido e com raiva na nossa direção enquanto três adultos ao redor tentando acalma-lo. Dois deles, um casal. Eram… fofos? Só de primeira vista já dava para eu reparar. O outro era até um pouco parecido com o adolescente. Presumi ser o pai dele. O garoto joga um raio (?!) em Albert e grita com raiva:

– SEU IDIOTA!

– Me… me desculpe. Eu não queria… - falava Al se afastando.

O garoto o empurrou (não com força para o derrubar) e falou: - Já mandei você não mexer nas minhas coisas.

– Vamos discutir por um carrinho de controle remoto?

– De edição limitada que você e seu pai destruíram!

– Estávamos apenas testando outra fonte de energia nele! – falou o adulto que provavelmente era o pai dele.

– Mas mexeram no que… - a mulher parou ao me ver.

– Ela é quem eu acho que é? – perguntou o provável pai do garoto.

O adolescente me fitou da cabeça aos pés e só então percebeu a presença de alguém estranho. Meus pais logo entraram ao lado de Skye e May. Enquanto May conversava com minha mãe, Skye se aproximou de nós e disse:

– Al, você fez besteira de novo.

– Não olha pra mim! O seu filho é quem surtou!

– Você tem poderes? – questionei surpresa à Skye.

– Tenho, mas como…

– Amor, Al e o pai dele, Leo, destruíram o carro de controle remoto de edição limitada que dei ao Neo no natal. – falou o pai do garoto.

– Discutimos isso mais tarde. – falou May – Agora vamos às apresentações.