Let Me Go escrita por Rosalie Potter


Capítulo 19
Capítulo Dezenove


Notas iniciais do capítulo

DEPOIS DE ANOS, OLHA QUEM VOLTOU.
EU.
ROSALIE POTTER.
Pois é gente, eu sou uma escritora horrível ;-; Podem me odiar e atirar em mim. Acontece que a vida é muito complicada. A escola me derrubou completamente, os estudos e a pressão me colocaram no chão e eu tive que parar a escrita por algum tempo.
MAS EU VOLTEI.
~le palmas~
~leva tiros~

Gente, a fic tá acabando ;-; Meu coração dói tanto a dizer isso porque virou meu xodó Let Me Go ;-; Vontade de surtar sabendo que vai acabar.



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Três dias depois:

Mais uma vez o castelo estava de cabeça pra baixo e eu acho que já deveria estar acostumada com isso. Com a confirmação que o baile do aniversário do príncipe seria também a festa de casamento dele com a moça que escolhesse ali fez com que todos os criados começassem á já se preparar para o evento, já que tudo tinha que estar perfeitamente impecável.

Pelo baile ser já a cerimônia de casamento Nelly me olhava estranho. Não sei se ela achava que eu estava triste ou desconfiava de ser alguma armação nossa, só sei que ela estava me olhando daquele jeito cúmplice, mas nunca tinha colocado nada em palavras. Eu achava isso muito bom já que não queria envolver a Nelly naquele rolo todo. Não queria a colocar mais em risco do que já tinha colocado.

Naquele momento eu estava arrumando a roupa da Duquesa para o passeio da tarde do pessoal. Ela estava terrivelmente confiante que Skylar seria a rainha e eu simplesmente ignorava seus comentários maldosos ou sorrisos confiantes que esbanjava por aí. A dita cuja Sky nunca mais tinha dado as caras perto de mim e eu agradecia á Deus todos os dias por isso.

—Com licença. –Ouvi uma voz doce pedir licença e conhecida. Arregalei os olhos e olhei para o lado. Quando vi aquela loira de sorriso branco e brilhoso, não resisti a me jogar nos braços dela com cuidado. Ela tinha uma grande caixa na mão então o abraço não foi lá confortável, mas eu não estava ligando.

—Katrina! –Dei um gritinho abafado enquanto me afastava. Era ela mesma, com toda a sua magnificência loira. –Ah meu Deus Kat, é você mesma!

—Em carne, osso e beleza. –Ela fez uma reverência pra mim. –O príncipe me deixou entrar á pedido do Gabriel. Você já estava terminando isso daí não é?

Olhei para a roupa estendida sobre a cama da Duquesa. Eu teria que voltar daqui á uma hora para ajudá-la á vestir, mas uma hora era mais do que o suficiente para eu curtir a minha irmã mais velha. Como se adivinhasse meus pensamentos a loira murmurou:

—Eu só vim te dar um presente, não posso demorar muito. Para a nossa segurança. Então vamos para o seu quarto.

—Pode deixar.

Peguei a mão dela e saímos disparadas pelos corredores seguindo pelo caminho que dava para o meu quarto. Vez ou outra a loira parava para suspirar por algum cômodo ou detalhe, mas logo voltávamos a nossa caminhada em meio aos corredores quando de repente nós duas esbarramos em alguém e literalmente quase caímos.

—Theodore! –Suspirei aliviada levando a mão ao coração a ver o primo de Felipe ali na minha frente. Se fosse alguém como Skylar ou até mesmo a Duquesa com certeza eu seria obrigada a fazer qualquer coisa só pra ficar longe da minha irmã. –Que susto.

—Desculpas Atena e... Uou. –Ele analisou minha irmã dos pés a cabeça e a loira não se intimidou. Encarou os olhos azuis do loiro de queixo erguido. Os dois se encarando chegava a ser desconcertante já que ambos eram ofuscantemente belos. Chegava a ser covardia. Pigarreei levemente e eles então olharam pra mim. –Theodore, essa é minha irmã mais velha, Katrina. Katrina, esse é Theodore, primo do príncipe e nobre.

—Só Theodore mesmo. –Ele preferiu olhando de mim pra ela. -O que te traz aqui?

—Um presente pra minha irmã. –Ela apontou a caixa que estava na minha mão e ele pareceu entender o que me deixou um pouco confusa. -E falando nisso é melhor a gente ir porque eu tenho pouco tempo com ela.

—A gente se vê depois Theo. –Sorri pra ele que retribuiu o sorriso enquanto eu e Katrina voltávamos à corrida para o meu quarto. Descemos as escadas e logo eu estava trancando meu pequeno quarto enquanto minha irmã o analisava, torcendo levemente o nariz. –É Katrina, o que você e Iara fizeram pra mim é bem melhor.

— Com certeza. Mas então Atena, abre. — Ela apontou para a bela caixa branca com uma linda fita azul. Curiosa desfiz o laço e a abri lentamente. Meu queixo caiu enquanto eu tirava o vestido lá de dentro. Era um belo vestido azul. O corpete era azul ornamentado com detalhes em pedraria e que se estendia numa bela saia azul com um forro branco transparente por cima que dava mais volume. — Gabriel me pediu pra fazer pra você. Era o antigo vestido de festas da mamãe. É claro que eu mudei, acrescentei uns detalhes, retoquei aqui e ali... Você vai ficar linda.

Meus olhos se encheram de lágrimas que escorreram enquanto eu olhava para Katrina. Eles estavam me dando o vestido da mãe deles. Eu sabia o quanto aquilo deveria ser extremamente importante para cada um da minha família, uma relíquia. Algo dela, da primeira mãe dos meus irmãos, que eu não conheci, mas sabia ser uma mulher incrível a julgar pelas pessoas maravilhosas que ela ajudou a criar. E ali estava ela, minha bela irmã mais velha, me confiando algo tão precioso. 

— Vai me dar o vestido da sua mãe? — Perguntei tentando limpar as lágrimas, inutilmente porque novas tomavam o lugar enquanto meu coração se enchia daquele calorzinho amoroso de quando você se sente importante.

Os braços de Katrina me puxaram para um abraço confortável e delicado, cheio de amor e saudades.

— Se minha mãe estivesse aqui, ela seria a primeira a sugerir. — Minha irmã sussurrou no meu ouvido com o tom de voz extremamente suave e fraternal. Segundos depois ela se afastou e limpou meu rosto molhado com a ponta dos dedos. — A futura rainha estará linda.

—Não tenho palavras pra agradecer. Vou cuidar muito bem desse vestido, prometo. Robert sabe disso?

—Foi ele que me mostrou onde estava o vestido. Vais ficar tão linda quanto ela, verás o quanto vão comentar sobre a beleza ruiva da rainha. E de como a estilista dela é incrível.

Rimos juntas e eu toquei seus cabelos loiros. A saudade era muita. Dela, da minha casa, da minha família. Do meu quarto, das minhas irmãs, da minha mãe. Apesar de tudo, o castelo tinha suas partes boas. Tinha a Beatrice, a Nelly, o Gabe... O Felipe. Acho que no fim eu era realmente muito sortuda. Tinha duas famílias, em dois locais diferentes.

—Com certeza vão invejar meu vestido.

—E vão invejar seu marido. –Ela riu gostosamente. –Queria muito ficar pra você me contar como isso aconteceu, mas Gabriel já me falou do quanto é arriscado aparecer aqui então eu preciso ir o mais rápido possível. Não quero arranjar problemas á essa altura do campeonato. Eu só queria mesmo entregar o vestido pessoalmente.

—Não faz ideia do quanto eu estou feliz com a sua visita. Sinto tanto á sua falta, você não tem noção.

—Acredite, eu tenho sim.

Eu já estava quase começando á chorar de novo quando ouvi batidas na porta. Katrina correu para trás da minha cama pra não ser vista enquanto eu ia abrir a porta. Suspirei aliviada quando vi que era Theodore.

—Você me assustou. –Sorri. –Katrina pode sair, é só o Theo. Aconteceu alguma coisa?

—Não, é que eu pensei que a sua irmã talvez quisesse companhia pra voltar pra casa. Afinal, por esses dias o reino anda tão perigoso e sei que vocês moram longe e tudo o mais.

—Ela quer sim. –Respondi por Katrina enquanto a observava seguir em direção ao primo de Felipe com um pequeno sorriso tímido, algo muito incomum para a tão extrovertida Kat. –A gente se vê em breve.

—Com certeza. Boa sorte estou torcendo por você. –Abraçamo-nos pela última vez e a vi se retirar conversando com Theodore.

~X~

—Tenho algo pra você. –Felipe disse e me pegou no colo, me fazendo dar gargalhadas. O loiro me pôs sentada no balanço do jardim, nossa marca já. Afinal, foi basicamente ali que tudo começou, quando eu cantei pela primeira vez. Antes de sequer sabermos quem éramos e o quanto seríamos importantes um para o outro.

Observei com uma ponta de curiosidade enquanto ele se ajoelhava á minha frente e pegava uma caixa acolchoada com veludo e a abriu na minha frente. Meus olhos se arregalaram á ver a bela peça ali dentro. O colar tinha o cordão de ouro que terminava numa bela moldura circular de ouro cravejada em pérolas e dentro estava outra pedra circular, uma safira enorme. Era o colar que já havia sido citado por Felipe, da rainha, que serviria para o meu reconhecimento.

—Eu, Felipe, príncipe de Florença, peço sua mão em casamento. Gostaria de ter a honra de passar o resto dos meus dias ao seu lado, Atena Mercer, a mulher mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida. Dona do meu coração, em todos os sentidos. Quero passar o resto dos meus dias ao lado da sua doçura, da sua sabedoria, da sua inteligência, da sua teimosia, da sua petulância, da sua voz maravilhosa. Aceita?

As pessoas tiraram aquele dia em especial pra me fazer chorar, provavelmente. Porque as lágrimas já escorriam abundantemente pelos meus olhos enquanto o sorriso era inevitável em meus lábios.

—Seria muito desesperador se eu dissesse não? –Brinquei rindo.

—Nem brinque com uma coisa dessas. –Ele também estava rindo enquanto, ainda ajoelhado, limpava minhas lágrimas.

—Eu aceito, com uma condição.

—Qualquer coisa.

—Tome cuidado antes de derrubar baldes alheios e se o fizer, não esqueça as desculpas em casa.

—Com certeza. –Ele depositou a caixinha em meu colo e me puxou para um beijo apaixonado.


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