Inimigos Mortais não se Beijam escrita por Sabrina Pires


Capítulo 12
A Revanche


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, tudo boom?
Se eu fosse vocês, provavelmente estaria perguntando agora:
"Como assim 'meus amores' sua cínica!?" " Morre, depois volta a postar com essa de 'meus amores'??COMO ASSIM??!"
Pois é, eu sei. Se que falar "eu sei" não adianta.
Demorei o quê? Quase nove meses para postar um novo capítulo?
Mereço todos os xingamentos e desaprovações. E mais xingamentos ainda por que estou postando apenas um capítulo( que aliás, eu não gostei muito).
Nem sei como explicar a imensurável demora.
Usar o 3º ano do EM como desculpa vale?
Acho que o mais plausível é que não tive inspiração mesmo.
Fui tola ao iniciar essa fanfic sem esquematizá-la antes...
Anyway... Não posso prometer datas de próximas postagens.
Mas, prometo que vou me esforçar aqui. Mesmo eu sempre achando que a fanfic está chata e muito enrolada( assim como sua autora).
Bom, é isso. Espero que gostem do capítulo.
Aah, e por algum motivo meu corretor ortográfico não está funcionando, portanto, palavras escritas rápidas demais podem estar erradas. Relevem isso, por favor.
Beijos.
PS (03/03/12): Acrescentei uma pequena parte no início do capítulo. Uma parte que eu havia perdido aqui no meio de todos os arquivos empoeirados da fanfic. Nada muito importante, que vá mudar o rumo da fanfic, apenas uma ou duas situações interessantes.



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Hermione poderia ser facilmente chamada de desânimo naquela manhã de segunda – feira.A mera lembrança de que em algumas horas estaria ensaiando para a peça a desesperava. Se metera em um caminho que não sabia onde iria chegar. Comparado à sua vida anteriormente, o que estava por vir era um mergulho no abismo escuro.


– Ele não está aqui. Harry declarou incomodado com a garota, retomando a atenção da castanha, que olhava curiosa para os lados do salão.


A garota abaixou a cabeça repreendendo-se em pensamento e voltando sua atenção para a torrada em seu prato.


– Está animada para o início dos ensaios, Mi? Gina perguntou tentando afastar aquele momento constrangedor.


Uhum... A garota murmurou sem vontade. Não podia simplesmente dizer “Animada? Morta seria um adjetivo melhor para mim nesse momento. E dane-se se morta não for um adjetivo!”, isso poderia colocar em risco toda sua farsa.


Hermione não estava com muita fome, comeu pouca coisa no café e se retirou do salão mais cedo. Caminhou sem rumo por alguns instantes e logo, sem perceber, estava nos corredores próximos à enfermaria.


– O que faz aqui? O garoto saía do corredor de acesso da enfermaria.


– Draco! A garota se assustou com a repentina aparição do garoto.


Pondo-se a andar ao lado da garota rumo à sala de aula, o loiro engatava uma estranha conversa.


– Ainda não respondeu a minha pergunta. Malfoy parecia neutro a aquela situação. Se não conhecesse de longa data o sonserino, diria até que pela primeira vez, estava de guarda abaixada.


– Nada. Só não estou com fome. A garota não se sentia confortável com aquela conversa e nem ao menos sabia por quê.

–Pomfrey o liberou rápido pelo que vejo. A castanha desviou o assunto- Se sente melhor?


– E o jogo? Quem ganhou? Malfoy ignorou a pergunta.


– O jogo foi finalizado quando você caiu. Minerva disse ontem à noite que vai haver outro para substituir esse, já que até a finalização o placar estava empatado.


– Ótimo. Assim eu ainda posso vencer você. O garoto sorriu vitorioso.


– Vai sonhando... A garota riu do loiro.


– Está na hora da minha aula. Tchau. Hermione apressava-se a caminho de sua sala quando se virou e deu uma última informação ao garoto.


– A propósito, eu já ia me esquecendo. Fomos classificados para a peça. Protagonistas, assim como Chris e a Parkinson.


Hermione correu para longe até dobrar o corredor, sumindo da vista de um Draco atordoado, sem entender como dois casais foram selecionados. Sem entender como Christian foi selecionado. Sem entender se quer por que eles foram selecionados.


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– Foi só isso que a Minerva disse?O loiro questionou enquanto se acomodava melhor em um dos bancos do jardim.


– Sim. Também achei estranho dois casais serem selecionados. Estou curiosa para saber qual o enredo da peça. Aliás, não se esqueça do ensaio hoje às 20h30minh. Hermione respondeu alertando o irresponsável.


– Pode deixar “mamãe”. Draco ironizou sorrindo, enquanto se levantava do banco.


– Engraçadinho... Hermione fez uma careta infantil em resposta. Já estava virada de costas com o intuito de ir embora quando Draco a segurou pelo braço.


– Foi você quem gritou? Malfoy tinha uma expressão séria no rosto.


– Como? A castanha não recordava em que situação poderia ter gritado.


– No jogo... Quando eu estava caindo, ouvi uma voz... Feminina... Gritando... Ela dizia... O meu nome. Draco havia puxado a castanha para encará-la, deixando-a desconfortável com a aproximação.


A garota engoliu em seco. – Não vi quem era. Todos faziam muito barulho na hora. Respondeucom a naturalidade que a situação lhe permitia.


Draco murmurou algo, sorriu maliciosamente e soltou a garota, seguindo para o campo de Quadribol para treinar.


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–Boa noite. É um prazer tê-los aqui para a realização desta peça teatral. Minerva iniciou com toda pompa. –Parabéns a todos que estão aqui. Vocês foram selecionados por mérito próprio.

– Passarei para vocês agora o roteiro detalhado da peça. Com um movimento de varinha uma pilha de pergaminhos começou a mover-se da direita para a esquerda de forma a ficar um pergaminho com cada aluno.

–À medida que eu for lhes falando seus respectivos papéis, peço que anotem no alto de seus pergaminhos para melhor identificação. Outro movimento com a varinha e pena e tinta apareceram ao lado de cada aluno.

– Bom, com todos organizados, explicarei brevemente a vocês o enredo da peça. Finalmente McGonagall disse o que realmente interessava nessa noite aos futuros atores.


– A história desenrolar-se-á em torno do triângulo amoroso entre Adamo, Adália e Milan. Que serão representados por Malfoy, Granger e Thomas respectivamente. A Srtª Parkinson representará Odete; uma mulher obcecada por Milan desde a infância, porém, por ser ambiciosa e arrogante, acaba recebendo apenas repulsa de Milan.

– Odete será um grande empecilho para o romance de Adália e Milan acontecer, além da ingenuidade de Adália, que não a deixa ver o amor de Milan estampado em sua face.

Assim, Minerva iniciou um longo discurso sobre os personagens e suas respectivas inserções na história; suas características, personalidade, vida e etc. A animada professora também falou um pouco sobre o enredo. Disse que Milan, Odete e Adália foram criados juntos em uma pequena vila bruxa do interior da França, foram para uma escola de magia quando pequenos,mas, preferiram ter uma vida simples, utilizando magia para realizar tarefas do cotidiano. Claro que, Odete sempre visou algo grandioso para sua vida, mas, sua paixão incontrolável por Milan segurou-a em J’ Adore (nome da vila onde se passa a história).

– Todos entenderam a história? Tudo está bem e Milan até começa a criar coragem para se declarar à Adália. É aí que Adamo chega ao vilarejo, impressionando a todos e encantando as mulheres. McGonagall se certificava pela quinta vez.

Os alunos acenaram positivamente com a cabeça enquanto alguns bocejavam.

– Vamos começar a ensaiar a cena um, na Perfumaria de Milan. Declarou a professora apontando para Hermione e Christian.

Ambos sentiam-se desconfortáveis com aquela situação. Há alguns dias essa experiência não seria tão desagradável. O destino realmente prega algumas peças... E no caso dessa castanha, as peças seriam muitas.


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– Como foi o ensaio ontem Mi? Gina parecia mais animada com a peça que Hermione. E realmente estava.

– Bom. Respondeu a castanha sem muito interesse.

– Olá! Luna assustou a ruiva com sua chegada repentina.

– Olá Luna. O grupo respondeu em uníssono enquanto Ronald cumprimentava a namorada com um selinho rápido.

– Harry, já marcaram a data do jogo de desempate com a Sonserina? A loira que acabara de se sentar à mesa demonstrava interesse.

– Será no primeiro fim de semana do próximo mês. McGonagall quis dar um tempo para o Malfoy se recuperar... O moreno não aparentava se preocupar com o tempo a mais entre os jogos.


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– Demos muita sorte dele não ter se ferido gravemente; Eu disse que era uma má idéia. O garoto tinha um tom de repreensão na voz.

– Shh! Fale baixo! – Foi a vez de a garota o repreender com um tapa no braço – Alguém pode entrar e nos ouvir.

– Não faça drama. Assim você nem parece um sonserino. Não aconteceu nada de mais. E, além disso, ele mereceu aquela queda. A morena respondeu fria e ríspida, o garoto bufou como uma criança emburrada.

Após um significativo silêncio, a garota rígida prosseguiu.

– Você me deu uma ótima idéia... A sua querida Granger também merece uma lição. A cada palavra o sorriso maléfico que brotava do rosto da morena aumentava, ao passo em que se misturava à revolta feminina da rejeição.

–Não ouse tocar um dedo na Hermione ouviu Pansy?!! Thomas avançou brutalmente sobre a garota com o dedo em riste, pondo-se ao espaço de um indicador do corpo da garota.

A sonserina gargalhou afastando-se de Chris para sentar-se em um sofá grande que havia no meio do salão comunal.

– Você é patético Thomas... Não sei como caiu na Sonserina. Aquele chapéu velho só pode estar biruta... De qualquer forma,não se preocupe com sua queridinha... Parkinson debochou com ar superior garantindo a segurança da amada do garoto.

Christian ficou mais tranqüilo com a declaração de Pansy. Porém, ele sabia que sonserinos mentiam, dissimulavam e enganavam, e Pansy Parkinson era um excelente exemplar dessa espécie.

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– Porque está usando essa fantasia de cabeça de leão Luna? É só um treino. Gina assustou-se com a amiga, que a surpreendeu enquanto encaminhava-se para o campo de Quadribol.

– Eu gosto de entrar no espírito do jogo. Além disso... – a loira aproximou-se do ouvido da amiga e sussurou- Me protege contra os zonzóbulos. A garota tem uma simplicidade única ao falar.

A ruiva ignorou a amiga e prosseguiu para o campo.


Hermione observava Gina, Harry e Rony treinando e por um momento sentiu-se como no 1º ano. A mesma calma, felicidade e certeza de que no final tudo iria dar certo. O incômodo que sentia ao ver Harry e Gina juntos estava até passando aos poucos... Essas sensações de tranquilidade estavam mais freqüentes ultimamente.

– Não acredito que ainda é a fim do Potter. A voz fria e debochada repentina assustou a garota de cabelos cheios.

– Ah! Que susto. O que você está fazendo na arquibancada da Grifinória?!

– Grifinória? Jamais colocaria meus pés lá. Esta é a arquibancada da Sonserina. O loiro pareceu se divertir com a feição que a castanha exibiu a seguir.

– Sonserina?! A garota exclamou assustada olhando repetidas vezes para os lados podendo assim, constatar onde se encontrava.

– Você só pode estar muito distraída ou ser muito idiota para confundir isso.Pessoalmente, aposto na segunda opção. O loiro desdobrou-se em gargalhadas.

– Cale a boca Ma... Draco!Afinal, o que você está fazendo aqui? A castanha indagou irritada.

– McGonagall mandou chamar-nos. Disse para nos encontrarmos com ela na sala de ensaios. O dono dos olhos azuis acinzentados declarou entediado.

– Mas ainda faltam 3 horas para o ensaio. Hermione levantou-se a contragosto reclamando.

Draco ignorou-a, dando-lhe as costas. Bufando a garota o seguiu.


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– Psiu! Blaise! Uma voz vinda de um canto escuro chamou o garoto.

O moreno olhou para os lados pensando estar louco, pois não via ninguém por ali.

A dona da voz puxou o garoto para o canto escuro subitamente, impedindo-o de prosseguir.

– Pansy? O que você está fazendo garota? Escondendo-se pelos cantos por aí! O coração do moreno quase saiu pela boca com o susto.

– Fale baixo! A garota alarmou-o em um sussurro, tampando a boca de Zabinni com a mão.

– Preciso de sua ajuda. A morena declarou olhando para os lados a fim de certifica-se que estavam sozinhos.

– O que quer? Respondeu apressado.

– Você ainda sabe aquele feitiço que roubou da mesa do Flitwick? A feição da garota tomava a forma original de sagacidade maléfica.

– Sim, por quê? Perguntou Zabinni curioso.

– Preciso de um favor seu... Um sorriso brotou no canto dos lábios da garota, indicando suas más intenções. Isso bastou para que um sorriso igualmente sonserino brotasse também nos lábios de Blaise.


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Draco bateu duas ou três vezes na porta e entrou sem esperar por resposta.

– Professora Minerva... Hermione chamou a mulher, obtendo como resposta um silêncio perturbador.

– Acenda as tochas, Draco. Está escuro. Orientou ao loiro.

Com um movimento rápido de varinha Malfoy seguiu a orientação.

Instantaneamente um aroma de grama recém-cortada misturada sabiamente à hortelã fresco invadiu o ambiente, deixando ambos anestesiados. Aquele era no momento o lugar mais agradável para o “casal”.

O ambiente estava decorado de forma aconchegante com sofás, divãs e almofadas que contrastavam entre vermelho vinho e verde oliva.

Uma mesinha muito simpática enfeitava ainda mais o lugar, no centro do espaço. Sobre ela, um recipiente tubular continha um líquido vermelho de sabor meio azedo com um toque de framboesa. Para acompanhar a bebida, alguns doces em formato de coração estavam dispostos sobre uma bandeja de prata.

– O que significa tudo isso Malfoy?! A morena olhava perplexa para o loiro pensando que aquilo fosse mais uma de suas brincadeiras de péssimo gosto.

– Como vou saber?! O olhar de “EU NÃO FIZ NADA E VOCÊ É LOUCA!” despontou no rosto de Draco.

Hermione avistou um pedaço de pergaminho quase escondido sob a bandeja de doces; pegou-o, desdobrou-o rapidamente e leu em voz alta:

“Divirtam-se”

– “Divirtam-se”?! Como assim “Divirtam-se”?! Que tipo de idiotice é esta?! Hermione se descontrolava mais a cada segundo.

– Não é de todo mau. Disse Draco esticando-se em um sofá enquanto dava uma boa mordida em um dos doces.

– Os doces são bons. Completou calmamente.

– AH!Você quer me deixar louca, seu imaturo! Hermione bufou e saiu batendo a porta atrás de si com força o suficiente para gerar um vento que apagou as tochas da sala.

– Até parece que ela precisa de ajuda para ser louca... Murmurou o garoto antes de sacar a varinha para acender as tochas novamente.


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– Agora, vamos começar a passar a cena em que Adamo chega à J’ Adore.Minerva estava relativamente satisfeita com o desempenho dos alunos até agora.

A professora orientou aqueles que participariam da cena a se posicionarem no centro da sala.

– Estranho... Refletiu Adália.

– O que a aflige querida? Perguntou Milan, que conversava com a mulher junto à calçada do sobrado em que ficava a padaria de Adália.

– A rua se encontra tão pouco movimentada. Isso é incomum para uma Quarta-Feira pela manhã. Respondeu a morena.

(Diana (Uma simpática mulher, dona da floricultura em frente) chega correndo à porta do sobrado, parando ofegante a fim de dizer algo) Minerva citava as rubricas aos alunos, a fim de tornar mais fácil a representação. Claro que, na apresentação da peça isso não seria possível.

– O que há Diana? Pergunta Adália, preocupada.

– Ficaram sabendo do forasteiro? Pergunta a moça animada.

(Antes que possam responder, Diana (interpretada por uma garota da corvinal) prossegue)

– Ah... Um belo rapaz. Chegou em uma vassoura veloz. Com os cabelos elegantemente arrumados... Falou sonhadora, entre suspiros.

Minerva entreabriu a boca para citar uma nova rubrica, quando Florence, aluna da corvinal, animou-se e prosseguiu além da fala.

– Aqueles olhos resplandecendo sob a luz do sol, os braços hábeis sustentados por músculos suntuosos... Florence amolecia tanto durante as falas que tropeçou e foi a caminho do chão. Impedida de cair pelos hábeis e musculosos braços de que falara.

– Você está bem? Após erguer a garota, Malfoy dirigiu-se a ela com um sorriso orgulhoso nos lábios, sustentando o mais inflado ego.

– Contenha-se Srtª Walt! A Srtª não pode ficar acrescentando falas ou cambaleando durante os ensaios, muito menos no dia da peça! A professora a repreendeu rigidamente.

–Desculpe-me professora. Respondeu a garota olhando para os pés com o rosto corado.

Hermione assistia a tudo indiferente. Quando o bravo interpretador de Adamo precipitou-se sob a “ingênua” moça, a castanha chegou a sentir uma pontada incômoda que julgou logo ser algo que comeu no almoço e não lhe fizera bem. Mas, fora isso, indiferença. Pura e plena indiferença.


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– Estão dizendo que a Sonserina está treinando pra valer. E estão evoluindo muito. Simas comentou a Harry exibindo um ar preocupado.

– Outro dia vi de relance o treinamento... Mas, isto não me preocupa. Estamos bem preparados. Disse Harry firme sem desviar o olhar de sua torrada.

– Não diga bobagens Simas. Sabemos que a Grifinória sempre ganha da Sonserina, não é Harry? Luna interveio.

– Ao que parece... Murmurou Harry sem querer ser muito parcial.

– E você, o que acha Mi? Foi a vez de Gina, atenta à conversa, se manifestar.

– Hã? A garota foi tirada de seus devaneios.

– Não entendo direito de quadribol, mas... A Grifinória sempre vence não é mesmo?Falou com um sorriso imparcial.

A maioria concordou acenando com a cabeça.


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– E então? Pegou? A garota estava ansiosa.

– Shhh! Peguei. Repreendeu-a num sussurro.

–Excelente! Um sorriso maléfico e vitorioso brotou nos lábios daquela morena.

Pansy despediu-se de Zabinni, que a alertou que ficara devendo uma a ele. Prosseguiu se esgueirando pelos corredores, passando por alguns mal iluminados e outros sem luz alguma. Caminhou durante um bom tempo. Deveria estar no outro extremo de Hogwarts neste momento.

Sorrateiramente entrou em uma sala ao fim de um corredor à esquerda. Passou despercebida. Exceto por um garoto alto de vestes desalinhadas que caminhava apressado no sentido contrário ao que a morena percorreu. O loiro avistou a garota de longe, e por seus traços frios a identificou logo.

Malfoy tratou de se esconder para não ser avistado. Esperou alguns segundos e foi até a porta da sala. Tentou ouvir algo, mas o silêncio era contínuo. Perguntou-se o que Pansy estaria fazendo tão longe do salão comunal àquela hora da noite.

Fitou o relógio. Estava atrasado. Balançou a cabeça e deixou a colega de casa de lado por um tempo. Apressou os passos, que logo se transformaram em uma corrida.


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– Draco Malfoy. Minerva chamou, como sempre, conferindo a lista de presença. –Draco Malfoy. Repetiu, agora desviando a atenção da lista em suas mãos.

– O Srº Malfoy não se encontra? Os olhos da professora deixavam transparecer irritação.

McGonagall ergueu os olhos acima da cabeça dos alunos assentados e quietos.

Um baque na porta a tirou de sua verificação.

– Des... Desculpe... O atraso... Um loiro ofegante havia adentrado a sala esbaforido.

–Srº Malfoy! Isso é inadmissível!Recomponha-se e se sente já em algum lugar!Minerva se irritou tanto que parecia tremer da cabeça aos pés.

– Esse trabalho que estamos realizando é muito sério. A professora retomava a fala e a calma enquanto se sentava. – Espero que todos entendam isso. Direcionou um olhar repreensivo para Draco.

–Onde você estava?Hermione murmurou para o loiro que se sentara ao seu lado esquerdo.

–Shhh. Não é da sua conta. Murmurou de volta irritadiço.

Hermione fechou a cara.

McGonagall proferiu mais alguns nomes e finalmente anunciou que ensaiariam o encontro ao acaso de Adamo e Adália.


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Os ensaios, surpreendentemente, evoluiram consideravelmente durante as duas semanas que antecediam a semana do jogo de desempate.Com exceção das cenas de proximidade de Adamo e Adália, que inacreditavelmente, sempre tinham erros, tropeços, gaguejos, esquecimentos e afins.


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Entre uma mordida e outra da torrada, Hermione conversava com seus amigos, evidentemente animados com o jogo que estava por vir dentro de algumas horas.

–Com certeza será emocionante! Exclamou Luna animada.

–Hey, olhem. Uma coruja. Gina, que saboreava um pedaço de presunto, interrompeu a conversa dos colegas apontando para a ave que descia doa alto de uma janela do salão principal.

–Que estranho... Apenas uma coruja... No sábado. Disse Rony.

A coruja deu um rasante sobre a cabeça do ruivo, que pôde ver que a ave trazia um embrulho amarrado à pata, subiu mais alto que estava antes e desceu em seguida em direção ao colo da castanha à sua frente.

Hermione desatou o nó que prendia um pacote pardo à pata da coruja, que logo levantou vôo.

A morena abriu o embrulho aparentemente sem remetente sendo observada atentamente durante o processo. Após alguns segundos, retirou de dentro do embrulho um doce de apecto arredondado e branco , acompanhado de um bilhete.

– Estranho... Esse doce só é vendido em confeitarias trouxas e isso não parece ter sido enviado pelos meus pais... A garota declarou receosa antes de pegar o bilhete e ler os seguintes dizeres:


“ Para minha querida namoradinha.

Deseje boa sorte aos seus amiguinhos grifinórios do time por mim. Eles irão precisar.

Aproveite o quitute. Entenda-o como um presente de consolação pela derrota da Grifinória.

D.M”

Hermione rolou os olhos com desdém e murmurou “Presunçoso”.

– Aposto que é do seu namoradinho... Acertei? Perguntou Harry sarcástico.

–Harry,não comece. Hermione lhe lançou um ar de repreensão.

A morena pegou o doce, o analisou por alguns instantes e o comeu.De fato era um doce trouxa.


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O burburinho misto das torcidas rivais podia ser ouvido de dentro do castelo. A caminho do campo Hermione pôde fazer essa constatação com veemência.

Agora, a garota desejava boa sorte aos amigos , mas ao mesmo tempo com os olhos atentos aos arredores da concentração sonserina.

Logo seus amigos se despediram alegando terem que se reunir ao resto do time, como de fato fizeram a seguir. Assim,a castanha rumou para a aglomeração de sonserinos que se encontrava há alguns metros dali.

Aproximou-se vagarosamente, receosa. Já bem próxima, viu surgir do monte de sonserinos de vestes de quadribol, o alto loiro que estava procurando.

– Veio desejar boa sorte? A voz debochada questionou.

Hermione sorriu de lado sarcasticamente ( essa mania draconiana estava se fixando).

–Claro que não. Vim te lembrar que a aposta do último jogo continua valendo.A morena justificou , aumentando seu sorriso.

–Não se preocupe,amorzinho. Já estou pensando no que você irá fazer para mim. Foi a vez de Malfoy esboçar um sorriso no canto dos lábios.

– Draco, anda logo,cara! O jogo já vai começar. Um colega de time gritou o loiro ao longe.

–Também tenho que ir. A morena ruborizou instantaneamente sem saber o motivo.

– Tchau. Disseram os dois em uníssono e viraram para ir embora.

–Ah! E não mande mais recadinhos ridículos com doces. Isso é muito idiota! A garota gritou antes de se aproximar o suficiente da multidão para que sua voz fosse abafada e sumir dentro do aglomerado que subia as arquibancadas.


–Estamos a poucos minutos do começo de um jogo que promete ser o melhor da temporada. Anunciou Zac.

Os jogadores de ambos os times entraram em campo, se organizaram no centro do espaço e esperaram o apito de Madame Rooch soar.

– A goles é lançada, Madame Rooch soa o apito. Começa o jogo!! Zac anuncia eufórico.

– Gina Wesley está com a posse da goles, mas rapidamente a perde para Marcus Flint. Zac continua sua narração.

– Ritchie Coote desvia um balaço em direção à Flint,mas não faz efeito e o artilheiro marca dez pontos para a Sonserina.

Os sonserinos ovacionaram sua própria casa pelos pontos marcados durante aproximadamente dez minutos. Definitivamente eles não têm espírito esportivo.

Os próximos trinta minutos foram de tensão. Sonserina estava com uma forte marcação e a defesa raramente deixava a goles passar.

Harry olhava atento o céu claro em busca do pomo. Seu rosto transparecia apreensão.Após Sonserina marcar mais dez, deixando o placar 50x30 a favor da casa verde e prata , Harry pediu tempo para Madame Rooch.

– Hermione, você está legal? Perguntou Luna ao se virar para a direita e ver que a amiga estava tão pálida quanto a lua.

A morena virou-se para ela com os olhos arregalados fixos e um sorriso forçado que crispava os lábios e disse : Sim. Com um risinho de apreensão no rosto.

–Fique tranquila Hermione. Antes de vir para as arquibancadas vi vários naguilés próximo ao vestiário sonserino. Sabia que isso é sinal de má sorte?A loira tentou tranquilizar a morena com mais um de seus “devaneios” . Dispensável dizer que de nada adiantou.

Retornando do tempo pedido pela Grifinória, o time avançou com garra sobre a Sonserina. Nos primeiros quinze minutos após o retorno, com uma jogada espetacular de Demelza , que cortou o ar velozmente após dar duas piruetas e fez o gol por trás da segunda baliza, conseguiram aumentar o placar para 50x40 a favor da Sonserina.

– A equipe da Grifinória parece ter vindo a todo vapor após esse pequeno intervalo! Exclamou Zac logo após anunciar o fantástico gol de Demelza.

– Não tem como Grifinória perder Zacharias,- Luna iniciou- como eu estava comentando durante o tempo do time... Antes de começar o jogo, eu vi... A garota foi interrompida pelo avistamento mais importante em uma partida de Quadribol.

– POTTER E MALFOY PARTIRAM EM VELOCIDADE EM VOLTA DO CAMPO! COM CERTEZA VIRAM O POMO!! Zac gritou no microfone, transferindo a atenção de todos do jogo para o par de apanhadores rivais que agora passavam bem próximos às balizas da Grifinória.

Toda a multidão que assistia à partida se aprumou em seus lugares para verem melhor a perseguição ao pomo.

Hermione se levantou para ver melhor e em seguida soltou um grito agonizante. Sentiu suas pernas rejeitarem o peso de seu corpo sobre elas e cederem. Tudo foi ficando turvo e uma dor inimaginável percorreu todo o seu corpo. Seus olhos arderam, e a compressão da barriga era uma tentariva vã de amenizar a agonia.

– HERMIONE! Luna gritou assustada e correu até a amiga, que agora jazia sobre os pés de muitos que tentavam ver o jogo, sem perceberem o que estava acontecendo devido à gritaria da platéia.

–Hermione , o que há com você?! Luna estava desesperada e mais pálida que o normal.

A morena nada pôde responder, sua tentativa de exprimir palavras foi bloqueada pelo grito angustiante de dor.

Ao notar a ausência de Luna e em seguida onde ela estava e o que fazia, Zac abandonou a narração da caça ao pomo, que estava agora chegando ao final , com Draco e Harry a poucos centímetros da bolinha de ouro alada.

–Temos que levá-la para a ala hospitalar agora! Disse Zac com firmeza para Luna, que lhe lançava um olhar horrorizado e tremia demais para dizer qualquer coisa.

Com a ausência da narração, as pessoas à volta do lugar onde deveriam estar Zacharias e Luna notaram o que estava acontecendo e logo formaram um algomerado em volta de Luna, Zac e Hermione , que agora estava sendo erguida por Zac.

Com um rápido movimento, o pomo de ouro subiu em uma linha de noventa graus.

Durante a subida, em um desviar de olhar, o apanhador loiro da Sonserina pôde ver de relance alguém, aparentemente desmaiado, de cabelos muito cheios e castanhos ser levado nos braços por um garoto qualquer.

Mil imagens passaram pela cabeça de Draco naquele momento. Toda a saga da Sonserina em tentar vencer a Grifinória, toda dedicação que empenhara nos treinamentos para finalmente ter uma chance de mudar as coisas,o dia em que foi pego por Hermione na sala da professora de Transfiguração, como foram parar em um lugar estranho, o dia em que caiu da vassoura e acordou na ala hospitalar ao seu lado, o dia em que essa maluca lhe propôs a loucura de namorarem, todos os dias de ensaios até aqui.

Malfoy queria pegar o pomo, queria mesmo. Mais que tudo, queria ter aquela bolinha alada nas mãos. Mas, algo dentro dele martelava uma indecisão. Algo o fazia desviar da rota da vitória e rumar veloz para a entrada da arquibancada lá embaixo, de onde saía nos braços de alguém uma pessoa completamente maluca e sem controle.De cabelos cheios e cacheados, de um castanho até agradável aos olhos.De um sorriso nem tão insuportável assim.

Sem saber o por que, mas conciente de que se arrependeria de deixar passar uma oportunidade talvez única em sua vida, o loiro presunçoso de Hogwarts de fato desviou da rota da vitória e rumou mais que veloz para a entrada da arquibancada a dezenas de metros abaixo.


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Um amontoado de pelo menos vinte pessoas entraram com estardalhaço pela porta da ala hospitalar. Madame Pomfrey foi pega de surpresa e quase deixou cair o frasco roxo que estava segurando.

– Pelas barbas de Merlin, que confusão é essa?!! Perguntou a enfermeira com exaltação.

–Pomfrey! É a Hermione!Ela estava se contorcendo de dor! Agonizando! Foi... Terrível! Luna correu até a mulher falando desesperada.

– Srº. Smith, ponha a Srtª Granger em uma das camas, rápido.Ordenou ela ao vislumbrar o estado da castanha.

–Ela está muito pálida.Essa veia do pescoço está maior que o normal. E essas manchas não deviam estar aqui. A enfermeira foi constatando cada problema com aflição.

– A pulsação está muito baixa. Madame Pomfrey declarou com um gritinho agudo no fim da frase, pondo-se logo a correr para , aparentemente, pegar algum remédio ou coisa do tipo.

Todos os alunos que haviam adentrado a enfermaria, ainda aguardavam no local.

Quando retornou, a enfermeira trazia consigo um frasco transparente com um líquido azul.

Enquanto depositava algumas gotas do frasco na boca da castanha sobre a cama, orientava os que estavam ao seu redor.

– Srº Smith e Srtª Lovegood,- a enfermeira fitou-os séria- quero que busquem todos que estiveram mais próximos da Srtª Granger essa manhã. E quanto a todos os outros, – agora madame Pomfrey desviara o olhar para os demais- quero que saiam,esta é uma ala hospitalar e a garota merece descanso. Andem.

Antes que todos alcançassem a porta, um garoto alto e com alguns fios loiros colados na testa pelo suor adentrou o local às pressas.

– ONDE ELA ESTÁ? O QUE ACONTECEU?!! Exclamou exasperado na mesma medida que estava assustado com sua declaração.

–Srº Malfoy, se continuar a gritar será proibido de permanecer aqui.Repreendeu-o a enfermeira, que agora guardava o frasco com o líquido azul e aguardava alguma coisa acontecer .

Após a entrada do loiro rabugento os alunos que pretendiam sair do local alcançaram seu objetivo.

Draco bufou de lado e se aproximou da cama onde estava a castanha.Observou-a atento por alguns instantes e em seguida perguntou sério:

– O que ela tem?

–Não tenho total certeza mas, pelas manchas, a dor que disseram que ela estava sentindo , a palidez e essa veia aumentada do pescoço... Creio que é um caso de envenenamento.Declarou Pomfrey preocupada.

– Envenenamento?! Draco assustou-se. Quem teria envenado Hermione? Ela nunca fizera mal a ninguém... Sempre fora gentil com todos... De uma forma muito irritante, é claro.O loiro tratou logo de “corrigir” sua fala.

–Vo-Você é surdo Ma-Malfoy? Um muxoxo proveniente da cama abaixo da conversa entre Draco e Pomfrey chamou a atenção de ambos.

–Srtª Granger! Que bom que está acordada, preciso que tome isto aqui. E Pomfrey lhe entregou um copo com três dedos de altura.

–Beba tudo. A enfermeira a orientou, ajudando a garota a se sentar para beber o líquido viscoso dentro do “mini copo”.

Draco sorriu de lado maliciosamente, disfarçando a preocupação anterior.

–Sempre afetuosa... Murmurou o loiro sorrindo.

Hermione bebeu o líquido do copo em um gole só ,fez cara de quem havia tomado suco de abóbora estragada e entregou o copinho à Papoula.

– Ótimo. Agora fique deitada e descanse. Disse a enfermeira se afastando para um armário repleto de frascos.

A castanha deitou e fechou os olhos esperando o sono chegar. A dor diminuíra consideravelmente. Após alguns instantes a morena abriu um dos olhos e soltou um suspiro de decepção ao notar ainda a presença de Malfoy ao lado da cama.

– Você não... Vai... Embora... Não? Murmurou a garota com dificuldade fechando os olhos novamente.

Em resposta , Draco riu de lado.

– HERMIONE! Gritou um moreno com uma cicatriz na testa, que adentrava correndo a enfermaria.

– Agora eu vou. Fique feliz. Declarou o loiro despreocupado.

A caminho da porta, o olhar de Draco cruzou com o de Harry e a raiva que um sentia pelo outro voltou às suas mentes,porém agora não partiram para agressão física. O que aconteceu foi mais um aviso. Como se estivessem se alertando que da próxima o outro não escaparia.

Madame Pomfrey explicou novamente suas suspeitas para o grupo que agora estava em volta da cama de Hermione : Harry, Gina, Rony, Luna e Zac.

A enfermeira contou-lhes que deu à castanha um remédio que a curaria completamente, mas que ela permaneceria ainda alguns dias em observação.


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Draco esteve inquieto durante o almoço. Não conseguia parar de pensar em quem teria envenenado Hermione. Não que ele se importasse com ela, claro que não. Draco soltou um suspiro de desdém ao pensar nisso.

Era apenas... Curiosidade. E também, havia algo que ele vira que se relacionava de alguma forma a isso, mas o loiro não conseguia lembrar o que exatamente.

Após tentar comer o pouco que havia em seu prato pela 10ª vez sem obter sucesso, Draco desistiu de almoçar e saiu do salão principal sem saber para onde estava caminhando.

Durante todo o trajeto pensava e repensava o que afinal ele havia visto que o ajudaria a desvendar quem havia envenenado a garota.

Quando o loiro deu por si estava em frente à grande porta da enfermaria.Soltou uma risada sarcástica e lançou à porta um olhar de quem havia sido pego em algum tipo de brincadeira.

Ficou ali, em pé, encarando a porta por muitos minutos até decidir entrar.

Foi caminhando com o pisar leve, como se estivesse fazendo algo errado. Não havia ninguém na enfermaria, exceto a dona dos cabelos cheios e castanhos em uma das camas.Provavelmente Pomfrey estava almoçando.

Malfoy caminhou sorrateiro até uma cadeira que havia ao lado da cama da castanha e receoso sentou-se .

Permaneceu imóvel, fixo no rosto da garota, como se esperasse alguma resposta dela sobre seu próprio envenenamento.

Como o esperado, a morena não acordou de supetão berrando o nome de seu envenenador.De certa forma isso desanimou Draco, que pensava estar lá a pelo menos meia hora.

O loiro se deixou perder em pensamentos por mais alguns minutos. Correu sua mente pelo que acabara de acontecer no jogo, regressou um pouco mais nos ensaios do teatro e treinos de quadribol, relembrou que há muito não praticava violão...A última vez foi em uma noite que até se atrasara para o ensaio. Lembrou-se de estar se encaminhando para a sala apressado e... Viu Pansy. Isso. Exatamente. Pansy estava em frente a uma porta. Olhou para os lados e depois a abriu e entrou na sala.O que ela estaria fazendo? Draco recordou que ficara sem descobrir o que a intragável colega estava aprontando...

Uma onde de calor subiu pelo corpo do sextanista sonserino.Alinhou-se na cadeira de um salto. Houve um estalo em sua mente e então ele compreendeu que as peças se encaixavam perfeitamente.

–É claro... Murmurou o loiro ao se pôr de pé com tamanha rapidez que a cadeira, sobre a qual estava sentado, caiu com um estrondo sobre o chão.


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–É um absurdo! Envenenamento! Exclamou Gina enquanto caminhava com os colegas pelos corredores ao fim do almoço.

–Coitada da Hermione... Quem a teria envenenado afinal? Indagou Luna , como sempre, sonhadora.

–Ora, vamos pensar... Todos concordamos que o envenenamento só pode ter sido por alguma comida, certo?Harry perguntou estimulando todos a raciocinarem juntos.

Em resposta, o grupo acenou afirmativamente com a cabeça.

–Então... O que Mione comeu fora do comum antes do jogo? Rony começava a acompanhar a linha de pensamento.

– Mas... O quê?! Não! Não pode ter sido ele. Gina demonstrou incredulidade na voz.

–Ora... Foi ele que mandou aquele doce para Mione de manhã! Exclamou Rony finalmente decifrando o mistério.

Harry ardia dos pés a cabeça agora. Havia suportado a idéia de sua melhor amiga estar namorando aquele loiro asqueroso porque era o que ela queria , e com isso não há o que discutir. Mas, estava esperando... Sabia que isso não iria durar muito, que logo Malfoy mostraria o que pretendia realmente.

–Vocês parecem até que não têm um parafuso solto...Por que ele envenenaria a Hermione? Perguntou Luna expressando surpresa pela primeira vez com os colegas.

O grupo mirou a loira com incredulidade.

–Porque, eu não sei. Mas, isso é fácil de descobrir. Harry declarou entre dentes.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu não gostei. Pois é. Nove meses(quase) e ainda não gosto do que escrevi.
Bom, se gostaram ( ou não) deixem review. É SÉRIO! Os comentários de vocês é que incentivam o autor. Mesmo não parecendo grande coisa na visão de quem lê, quem escreve adora ter esse retorno.
Aah, uma dica: Não leiam toooooda a fanfic para aí então deixar um review, deixem um comentário em cada capítulo, nem que seja nos que vocês mais gostarem.
Aaah, outra coisa: Alguém aí conhece o site Jovem Nerd ? Se não conhecem, conheçam! É muito legal. Eles têm um podcast MUITO ENGRAÇADO(sério). Recomendo começarem a ouvir os "Nerdcasts" de nostalgia.O "Vou chamar o síndico" é ótimo.
Aaah, mais uma coisinha: Alguém aí vai no Rock in Rio no dia 24 e 25 ? Pois, eu vou o/ êêê. Quem sabe nos encontramos lá? =D
Bye, bye.