Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 33
32 - É Você... Theo


Notas iniciais do capítulo

OH MY FUCKING DEOS
ME DESCULPES GENTES DO CÉU
QUANDO EU POSTEI ESSA HISTÓRIA EU PENSEI QUE SERIA UMA PESSOA RESPONSÁVEL E QUE EU POSTARIA CORRETAMENTE, COM MUITA RESPONSABILIDADE.
Eu enganada.
Nesses TRÊS MESES sem postar, aconteceram muitas coisas mesmo, na maioria ruins. E por isso mesmo estava me dando um tremendo bloqueio, eu tinha ideias na minha cabeça, mas eu não conseguia botar no papel.
E GENTE DO CÉU, A FANFIC FEZ UM ANO!!!!!!1
PARABÉNS PRA NÓS, PORQUE EM VOCÊS EU NÃO SERIA NADA ♥
Não vou enrolar mais, porque sei que foi muito tempo sem capítulos e eu sei que algumas pessoas pensaram que a fanfic foi abandonada. MAS NÃO FOI!
E lá embaixo eu vou colocar a capa da segunda temporada pra vocês verem ♥
Boa leitura o/



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— Oh, meu Deus, é você... Theo — Scott olhava admirado para o garoto, vulgo Theo, chamando a atenção de Stiles quando o seu nome foi pronunciado pela segunda vez. Eu ainda não sabia como era possível Scott ter identificado o semi-loiro bombado na nossa frente, já que eu duvido que ele está praticamente com a mesma aparência quando criança. Ele tinha um rosto um pouco novo, mas ao mesmo tempo era sério demais, o que me deixava confusa.

— Você tá tão diferente — comentou Stiles, ao menos não estava fitando Theo do modo assustador que o seu melhor amigo estava.

Theo assentiu com um mínimo sorriso – muito bonito, aliás – e varreu seu olhar sobre a mesa, parando demoradamente em mim.

— Sou Theo Raeken, prazer — esticou-se e estendeu sua mão pra mim, como um cavalheiro suspostamente deveria fazer. Peguei a sua mão masculina e cheia de músculos – isso era possível? — apertando um pouco, pedindo silenciosamente que ele fizesse o mesmo, eu tinha medo que minhas mãos quebrassem. E depois de cumprimentar-me, fez o mesmo com todos que não o conheciam. E aqueles olhos azuis assustadores estavam lá, me observando cautelosamente.

— Ele era o nosso amigo de infância — informou Stiles, saindo do transe que Scott não saíra, ainda.

— Sim, éramos três, originalmente. Eu, Stiles e Scott — comentou Theo nostálgico, no entanto com uma pontada de tristeza em sua voz, e eu queria saber o porquê. — Inseparáveis, era isso que nós éramos.

Todo mundo engoliu em seco após a fala, como se não tivessem coragem para perguntar o motivo de eles terem se separado, afinal, ele era um aluno novo na escola, e era bem claro que ele já morou aqui. Só que Malia, a mais cara de pau do grupo, parecia não ter entendido a hesitação de todos – exceto Scott e Stiles, que provavelmente já sabiam – e abriu a boca:

— Por que se separaram então?

Acho que ela não conhecia a lei essencial não decretada da sociedade humana: não seja intrometido/curioso/pé no saco. Ela convivia com nós há pouco tempo, vamos dar um crédito.

E Theo, como se esperasse pela resposta, olhou para Malia com um sorriso malditamente bonito – além de triste – e respondeu:

— Minha irmã morreu.

Ai.

Meu.

Deus.

Ok. Respire, Miriana.

Eu havia “matado” meu pais, então eu não deveria estar tão chocada com a morte de um parente de um rapaz que eu mal conheço. Entretanto são mortes, sabe? E mesmo que eu já tenha tirado uma vida – já que a da minha mãe não conta –, ela ainda me causava calafrios. São mortes, as pessoas param de respirar e viver de um segundo para o outro, e isso é assustador.

— Sinto muito por ela... e por Malia também — Kira pronunciou-se, com um tom tão cauteloso e adulto que nos pegou de surpresa, a bobinha do grupo teve a voz da razão; e depois tudo se silenciou, podíamos apenas ouvir o som dos passos dos outros estudantes, os pássaros de espécies não identificadas, e a respiração de todos nós.

.

A aula já havia acabado, e eu não sabia o que tinha acontecido, mas a amizade com Isaac criada só hoje foi bem intensa. Inúmeros segredos foram compartilhados em um só dia, coisas que talvez nem todos do grupo sabiam.

Ah, Liam.

Eu tinha vontade de o odiar com todas as minhas forças por estar me ignorando, mas eu não podia. Ficar com raiva de pessoas que eu gosto não é coisa minha, tanto que eu estou andando com um grupo que me raptou meses atrás. Como a vida é engraçada. Risos.

Mentira.

Se meu tio – pai, desculpe - soubesse disso ele iria ter uma ordem judicial para ficarem ao menos 5 metros longe de mim, e por isso eu agradeço não ter boca grande. Eu não tenho ideia de onde eu puxei essa ingenuidade e o jeito de perdoar rápido, quem sabe alguém da família Wilhealm sofria desse mal. Ou os Hale... O que eu duvido, sinceramente, ambos são uma família bem forte. Talvez eu fosse o erro.

E aí está a insegurança.

Minha cabeça estava matutando demais, eu tinha duas relações para construir novamente. Eu deveria erguer minha cabeça e aceitar ser a irmã de Derek. Por mais que parecesse que eu tinha aceitado, não estava nem perto disso; eu só estava fazendo piadinhas para me livrar dessa “responsabilidade” chamada: ser da família Hale. Também tinha que pensar em tio Thomas como meu pai agora, por mais que eu já considerasse ele como um, mas saber que ele é realmente o meu pai, droga, isso não tem palavras. E tem mais a parte no qual ele não me contou que poderia ser meu suposto pai a partir do momento em que Anne falou que Talia era minha mãe.

Que droga, Miriana, cala essa sua mente.

— Quer uma carona?

Esqueci completamente de comentar que eu estava fitando a escola, esperando magicamente a caminhonete do meu tio vir aqui me pegar, a caminhonete. Eu teria de ir caminhando pra casa.

Encarei Theo, aquela voz era irreconhecível mesmo tendo conhecido ela hoje, ele estava me olhando minunciosamente com as sobrancelhas erguidas, esperando uma resposta, e com aquele sorriso no rosto. Como alguém poderia ser mais simpático?

— Você quer uma carona? — Perguntou Theo mais alto, acordando dos meus devaneios que não são educados quando chegam na hora que alguém está na minha frente. Eu estava o encarando sem a intenção de encarar quando eu estava pensando, e era estranho.

Ele era amigo de infância dos meus amigos, o que poderia dar errado?

— Claro — por que não?

Legal — falou, supostamente indo para onde o seu carro estava estacionado.

Legal — disse o seguindo para o carro que eu desconhecia.

Eu não sabia nada sobre carros, então eu não poderia falar qual marca era. Só que com toda a minha certeza, ele era caro, muito caro, só de olhar o meu reflexo na lataria cinza brilhante já dava para perceber isso.

Nos sentamos no banco de couro extremamente confortável e Theo começou a dirigir.

— Você não me falou o seu nome — pronunciou-se Theo depois de mais ou menos um minuto dentro daquela carro.

— Desculpe... o quê?

— Você não me falou seu nome quando eu te cumprimentei — olhou para mim em um milésimo de segundo e logo virou para a estrada.

Encarei-o vermelha, como eu havia me esquecido?

— Miriana Wilhealm Collins — respondi, mas com o olhar questionador de Theo eu me dei conta de que estava errado. Eles não eram meus pais. — Miriana Hale Wilhealm.

Em vez de perguntar algo como: “Caramba, você se esqueceu seu sobrenome?”, ele abriu um sorriso e falou:

— Miriana? É diferente — olhou para mim mais uma vez. — Eu gostei.

— É sim, não sei o que minha “mãe” tinha na cabeça quando resolveu colocá-lo — tratei de proferir a palavra “mãe” com pura ironia, deixando claro que aquele era um território que eu não queria entrar. E Theo pareceu entender.

Eu definitivamente gostava dele.

— Hale, huh? Eu não sabia que você era da família assustadora da reserva — riu. — Sem ofensas, claro.

— Eu também não sabia — satirizei, no entanto ele pareceu não entender. Melhor assim.

Quando eu relaxei definitivamente daquele carro, eu senti um cheiro de cachorro molhado, terra e folha. Meus sentidos haviam melhorado nesses últimos tempos, e com ajuda do meu tio – pai, droga – eu sabia de que criatura aquele cheiro pertencia.

— Você é um lobisomem, não é? — Perguntei séria, deixando a brincadeira de lado e encarando tudo aquilo.

— Sinceramente? Você demorou para descobrir, Scott já sentiu de primeira — falou, porém com uma voz suave e brincalhona, não como a de um vilão da Disney. E como ele não perguntou se eu era também, sabia que ele já havia sentido meu cheiro.

— Mordido? — Perguntei, já que pelo o que eu pude ouvir, quando criança Theo não era um lobisomem.

— Sim. E você?

Se fosse meses atrás eu responderia “eu não sei”, só que as coisas mudaram. E aparentemente ele não sabia que a família Hale era uma família de lobisomens, que coisa.

— Gene.

A conversa cessou a partir daí, e a minha simpatia pelo garoto só cresce – e não era por ele ser bonito. Não houve mais vozes, apenas ruídos, que denunciavam que eu não estava mais no nosso mundo.

— Está entregue — avisou Theo com um sorriso de tchau. Fiz o mesmo e desci do carro, deparando-me com uma casa aconchegante que eu poderia chamar de minha.

Quando o carro de Theo avançou, sumindo a partir da esquina. Uma dúvida atravessou minha cabeça.

Como ele sabia onde eu morava?


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Notas finais do capítulo

Pra recompensar vocês (pelo menos um pouco):
Capa da segunda temporada da fanfic: http://i.imgur.com/TKjB5pj.jpg
Capa de uma futura fic yuri: http://i.imgur.com/Pn4Mpsw.jpg
Montagem da Allison e Marie Jeanne: http://i.imgur.com/7SwtglE.jpg



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