Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 28
27 - Anne Collins


Notas iniciais do capítulo

Olá, dessa vez eu não demorei! Eu queria agradecer MUITO pelos mais de 100 acompanhamentos, eu juro que não esperava que a história que surgiu quando eu estava com raiva (sim, surgiu a partir daí) iria ter tantos acompanhamentos assim - e comentários! Bem, obrigada outra vez, vocês são uns leitores tão amorzinhossss ♥ E eu ainda espero que mais alguns fantasmas passem a comentar por aqui, eu juro que sou legal c:
Eu adoro esse capítulo, sério, gosto deles porque tem MUITAS revelações /amo.
Espero muito que vocês comentem, ainda mais que esse é um capítulo MUITOOOOO importante da fic, preciso muito da opinião de vocês.
E a fic também tá na reta final, gentes, acho que no máximo mais uns dez capítulos. VAMO CHORÁ.
Boa leitura!



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Estávamos eu, Liam, Derek e Parrish em uma van completamente preta do sr. Argent. Parrish veio porque é meu amigo, Derek veio porque pelo jeito gosta da minha companhia e também é meu “treinador”, já Liam... Bem, Liam veio ou porque queria me vigiar, ou porque só queria mesmo.

Lydia, Kira e Malia estavam em outra van, já Scott e Isaac estavam na moto, e enquanto isso o xerife Stilinski e meu tio estavam em uma viatura cheia de armas. Falamos para Chris que não deveríamos chamar caçador algum, já que temíamos o que Anne poderia fazer com Stiles.

Eu não sei porque simplesmente não pulamos em um esgoto e tentamos encontrar o caminho de onde Anne está escondida, mas diz Argent que com a van a locomoção é muito melhor e mais rápida, e claro que eu não poderia duvidar disso.

Contudo, esse não era o problema... Já estava escurecendo, e logo a grande lua cheia apareceria.

Eu estava com medo.

Na última lua cheia eu não estava muito bem, e acho que se não fosse por Parrish ter me trancado em seu carro, eu iria com certeza matar alguém. E hoje parecia que iria ser pior, eu estava nervosa, inquieta, e ansiando pelo sangue da minha mãe adotiva.

Eu falei tudo isso para Derek, já que Liam e Parrish se preocupam demais comigo. Levei o lobisomem azedo para um cantinho escuro e joguei tudo pra fora, me certificando que ninguém estava tentando ouvir a conversa. E sabe o que ele fez?

Tudo vai ficar bem... eu vou estar lá com você — dissera ele, e depois colocou a mão em um dos meus ombros para me deixar confortável.

E acho que ele notou quando eu arregalei meus olhos, já que tirou a mão do meu ombro rapidamente. Não tinha como evitar, o cara não era muito afetuoso.

Eu já estava a quase dois dias sem dormir, imagine a cara de zumbi que eu estou. Eu não consegui nem dar uma cochilada essa tarde, estava preocupada demais, e isso era mais um problema. Eu fechava meus olhos e imediatamente pensava em várias formas de matar Anne, e eu acha que isso era a lua cheia pensando... eu espero.

Já havia escurecido, e logo a lua ficou em minha vista. Eu sentia todo o meu anterior arder, e eu já sabia por quê. Eu estava tentando controlar e fingir que estava tudo bem, só que devido a minha inquietação no banco de alumínio no carro, Derek e Liam notaram.

— Eu acho que preciso de ajuda — falei antes mesmo deles se pronunciarem, prontos para me darem um sermão.

Derek bufou, provavelmente me xingando de todos os nomes feios existentes por não ter avisado que eu estava “passando mal”.

Liam e Derek estavam sentados no banco à minha frente, e o espaço entre o meu banco e o deles era relativamente pequeno, e por causa disso Liam inclinou-se levemente para frente e apoiou seus cotovelos em suas coxas.

— Miriana, o que não pode ser escondido? — Perguntou Liam calmamente, fazendo eu ficar com raiva dele. Eu não precisava de calma.

— O sol, a lua, a ver...— Bati minha cabeça intencionalmente contra a lataria do carro. — NÃO TÁ FUNCIONANDO.

Eu sentia meu interior arder ainda mais, como se todas as veias do meu corpo carregassem um sangue fervente, eu sentia que minhas presas queriam aparecer e morder a jugular de alguém, eu sentia minhas garras saindo prontas para tirar o membro de alguém.

Liam fechou os olhos fortemente, tentando pensar em algo que ajudasse. Derek, notando que meu estado estava de mal à pior, pronunciou-se.

— Me dê o tríscele — pediu ele rapidamente para Liam, que entregou o tal de tríscele para ele, eram mais ou menos três espirais entalhadas em uma madeira velha.

— Repita comigo — mandou Derek concentrado em mim. — Alfa, beta, ômega.

Dei um rosnado gigantesco, senti minhas presas saírem, olhei para Derek e trinquei meu maxilar. Bati na sua mão fortemente, fazendo o tríscele voar para o chão do carro.

— EU NÃO QUERO ESSA COISA, EU QUERO MATAR! — Gritei sem me importar. Eu queria isso, queria sentir o sangue sobre minhas mãos novamente. Liam e Derek já estavam preparados com seus olhos brilhantes, porém eu não ligava.

No momento em que eu estava prestes a avançar na direção de Derek, uma mão me em meu ombro me impede. Foi um gesto simples, não deveria me parar desse jeito, não tinha força alguma. No entanto, de um jeito, parou. Fitei com raiva o indivíduo, e senti uma parte da minha consciência voltar. Eu não queria isso, queria continuar sendo um animal, e por isso olhei para o chão, já que aquela simples mão em meu ombro me impedia de rasgar o rosto de alguém.

— Olhe para os meus olhos, Miriana, não para o chão — mandou Parrish, tirei os olhos do chão com muita dificuldade, eu não queria encarar seus olhos verdes.

— Eu não consigo me controlar — eu disse em um sussurro raivoso, com muita dificuldade em completar a frase. A raiva estava me consumindo por completo, a lua cheia depositava parte do seu poder em mim, e não havia um jeito de evitar isso... não mais.

— Eu sei que você consegue, Ana — o apelido inédito foi o chão. Parrish pegou em minha mão carinhosamente, e depois de sentir a parte que me fazia humana voltar aos poucos, eu desabei em seus braços.

— Eu sinto muito... sinto tanto — falei, ignorando o resto das pessoas que estavam naquela van.

— Está tudo bem, não foi sua intenção— sussurrou Parrish, acariciando meus cabelos.

.

O cheiro estava insuportável, caminhávamos apenas com a iluminação de várias lanternas. Os lobisomens - eu, Liam, Malia, Derek, Isaac e Scott- íamos na frente, e Kira também. Chris, xerife Stilinski, tio Thomas e Parrish iam atrás da gente armados, mas claro que protegendo Lydia, que disse que precisava desesperadamente vir, já que poderia pressentir a morte - coisa de banshee - e também porque Stiles era muito importante pra ela, e eu não poderia culpa-la.

Passamos por mais um túnel, e um estralo foi ouvido. Olhamos para o lugar de onde o barulho saiu, focando nossas lanternas lá. E então uma luz foi ligada atrás da gente, revelando um lugar grande, cinza, e cheio de esgoto, tirando a elevação que havia no centro, onde estava Stiles, totalmente amordaçado e inconsciente.

Chegamos.

Ficamos paralisados diante a cena, mas e então chegou ela. Com uma calça de couro, jaqueta de couro, e um salto alto, e esse não era o jeito de como a lembrava. Ela deu um sorriso cínico, esperando que avançássemos, contudo, foi impossível. Permanecíamos em choque, nenhuma palavra saiu de nossas bocas, não avançamos nenhum passo.

— O que, Miriana? Não se lembra de mim desse jeito? — Ela arqueou as sobrancelhas em provocação, passando a mão sobre suas vestes, fazendo eu trincar meu maxilar pela segunda vez naquela noite. Dei três grandes passos, pronta para arrancar a cabeça daquela mulher. — Não, não, não. Avance mais e eu corto a garganta desse garoto.

Ela aproximou-se dele e colocou suas unhas próximas a garganta de Stiles, fazendo eu rosnar, porém foi só Parrish aproximar-se e colocar sua mão sobre meu ombro de novo que eu parei. Ele estava lembrando que desafia-la seria um perigo, e eu sabia disso. Todos os outros aproximaram-se e ficaram ao meu lado, não ousando dar um passo a mais.

Olhei para o pai de Stiles, e notei a aflição em seu rosto. E a culpa que cresceu em mim foi enorme, mesmo todos falando que não era por minha causa.

— Eu me vestia assim faz tempo, mas foi só adotar você que tudo acabou — disse Anne, fazendo eu prestar atenção nela. — Acabou a caça, acabou a diversão. Não pensei direito... — Ela fez uma falsa cara de tristeza, fazendo eu sentir um nojo imenso por aquela que eu chamava de mãe.

— Então não tem vergonha de falar que eu fui adotada? — A pergunta saiu quase como um outro rosnado, ao menos me controlei.

— O que? Acha que você encontrou aquele certificado de adoção sem querer? — Anne zombou-me, dando uma risadinha depois. — Fui eu que implantei ela lá, Miriana.

Óbvio. Era isso, é claro que eu não era capaz de achar algo assim acidentalmente, eu sempre precisava de alguma coisa para me empurrar. E dessa vez foi Anne.

Olhei para os outros, todos com uma grande cara de espanto, olhando para mim, perguntando-me por que não falei isso. Os únicos que sabiam eram Parrish e meu tio, havia esquecido completamente dos outros.

— Por que simplesmente não me matou? Por que não matou os outros? — Perguntei.

— Porque, querida... eu quero me vingar, eu a minha vingança não está completamente planejada — disse ela. — Eu ainda não sei se transformo seu namoradinho policial em um lobisomem, ou se eu mato seu outro namoradinho lobisomem, ou se eu também transformo seu tio em um lobisomem... ou faço todas as alternativas.

Dei um grande suspiro, ela estava blefando, certo? Ela sabia exatamente como me afetar, e era isso que ela estava fazendo. Ela deu um sorriso vitorioso notando minha discussão mental.

— Derek, Kate me falou muito você — Anne virou-se para Derek com um sorriso presunçoso e uma feição maliciosa. O lobo olhou para ela com certa dúvida, mas ainda parecia feroz. — Desculpe... eu me esqueci de dizer que somos amigas de longa data. Caçadoras, sabe como é — ela deu uma pausa teatral. — Incendiamos várias casas juntas — a partir dessa frase eu entendi o que ela queria dizer, ela incendiou a casa dos Hale, entretanto Derek não pareceu notar o que ela estava falando.

— Meu Deus — Anne revirou os olhos com desprezo, logo começou o teatrinho novamente. — Peter se esqueceu apenas de um dos responsáveis do incêndio dos Hale... Eu — ela falou simplesmente com um sorriso de lado, e aquilo me deu repulsa, era o sorriso de lado que eu e meu tio usávamos. Ele era especialmente nosso.

Derek deu um “rugido” tenebroso, pronto para transformar-se literalmente em um lobo negro. Todavia, fui rápida, dirigi-me até a outra ponta que era onde ele estava e me meti em sua frente. Impedindo que ele fizesse uma burrada e acabasse com a vida de Stiles.

Quando ele se recuperou, permaneci ao seu lado, pronta para fazer qualquer coisa se ele tentasse aquilo de novo. Os poucos segundos que eu estive em sua frente foi o tempo suficiente para notar a raiva que transbordava de seus olhos brilhantes.

— Olhando assim vocês até que são parecidos — Anne comentou, pronta para colocar mais alguma coisa em nossas cabeças. Eu e Derek a encaramos ambíguos, não sabendo do que ela estava falando. — Com essa carranca no rosto — ela fez uma carranca demonstrando como estávamos.

Olhei para Derek, perguntando silenciosamente se ele sabia do que ela estava falando, ele maneou a cabeça em negação.

— Talia teve uma filha, sabia disso, Derek? E não foi Cora, muito menos Laura — falou Anne.

Derek ficou raivoso de novo, já que Anne estava sujando a imagem de sua mãe. Coloquei a mão em seu braço, esperando que ele parasse e escutasse o que ela teria a dizer.

— Eu não sei quem é o pai, mas tenho certeza que sei quem é a filha desconhecida — falou ela, pronta para causar uma controvérsia entre a gente.

— Quem? — Perguntou Derek em um sussurro, tentando controlar ao máximo sua raiva.

— Miriana Wilhealm Collins — disse ela. — Ou seria Miriana Hale? — Ela arqueou as sobrancelhas.

Olhei para a caçadora com os olhos arregalados, estava totalmente tonta e pronta para desabar no chão. Tentando achar algo para me apoiar e não cair no desespero, olhei para tio Thomas, que me fitava desesperado, entratanto, depois que viu que eu o olhava, fingiu que nada havia acontecido e um sorriso terno apareceu em sua face, e nesse momento eu não entendi mais nada. Eu enxerguei o escuro por menos de um segundo, e logo voltei ao normal. Encarei Derek para ver se ele recebera a notícia do mesmo jeito que eu, ele me fitava, tentando achar algo que não tinha desvendado ainda.

— Se isso for verdade, tenho certeza que ela é uma mãe melhor que você — rosnei à Anne, pronta para pular em seu pescoço se não fosse por Stiles que já estava acordando.

— Imagine a minha surpresa quando eu descobri depois de morta... que a menina que eu adotei era filha da mulher que eu ajudei Kate a matar — ela comentou, ignorando completamente minha ofensa. — E que ainda por cima ela era um lobisomem. Foi desesperador, Miriana — ela olhou-me séria pela primeira vez naquela noite de lua cheia.

Olhei para Derek que estava com a feição mais suavizada, eu estava louca para dar um abraço nele e falar que ao menos eu tinha uma família legal. Com certeza, muito melhor que a família problemática que eu tinha. A única coisa que era triste nessa notícia era que eu não tinha nenhum tipo de parentesco com meu tio.

— Como... como você está viva? — Perguntei com um pingo de razão que eu ainda tinha.

— Peter. Ele estava me caçando a anos, foi só me encontrar quase morta no chão que ele me mordeu quando ainda era alfa. Ele sabia que para mim era mais desesperador ser transformada em um lobisomem do que a morte.

Isso fazia realmente muito sentido.

— E agora que a notícia está dada, eu vou embora — disse ela. — E na próxima vez que nos enfrentarmos, Miriana, venha sozinha.

— Não era mais fácil você ter mandado uma mensagem ao invés de me sequestrar? — Perguntou Stiles com a voz rouca, cheio de ironia.

Ela ignorou-o e aproximou-se dele, e eu me preparei para o pior, porém ela me surpreendeu. Tirou a fita adesiva da boca do garoto sem nenhuma delicadeza, tirou as cordas dele com suas garras, e empurrou-o na minha direção.

Peguei-o com medo dele cair, e abracei com o máximo de força que eu tinha. Eu não queria que ninguém morresse por minha culpa, eu não queria que Stiles morresse. O garoto sarcástico e um bom amigo.

Foi um abraço breve, já que eu queria sair daquele lugar imediatamente antes que eu mudasse de ideia. Eu nem sei por que Chris não atirou, espero que tenha sido meu tio que mandou. Stiles nem ao menos deu um abraço em seu pai, provavelmente querendo dar quando estivessem em um lugar seguro.

Todos avançaram para longe daquele lugar, estavam um pouco à frente de mim, e era agora que eu iria aproveitar que todos estavam longe do perigo. Continuei caminhando, só que mais lentamente, peguei a minha faca banhada em wolfsbane com muito cuidado, para não pegar nos resquícios do veneno, e também por causa de Anne. Virei-me em um flash pra ela, jogando a faca com toda a rapidez que eu tinha. Mas ela, já preparada, pegou-a na mão e jogou ela no chão com desconsideração, ouvi o baque da faca caindo no chão e sua voz ao mesmo tempo:

— Bela pontaria.


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Notas finais do capítulo

E AÍ??/!!1
Espero muito que tenham gostado, e também espero que comentem e expressem suas opiniões porque tu TÔ LOUCA PRA VER OS COMENTÁRIOS!!11
Obrigada pelos comentários do capítulo anterior.
Comente, favorite, recomende, faça o que achar que a história merece