Broken Promisses escrita por Grazy


Capítulo 4
I'm going back to Toronto.


Notas iniciais do capítulo

Hey cupcakes!
Queria pedir desculpas pela demora, e por não ter respondido os comentários (Faço isso daqui a pouco) mas é que minha mente está muito confusa nos últimos dias, bem ai está mais um capitulo de Broken Promisses pra vocês, e a fic ta de capa nova, confesso que a capa nova ficou perfeita pra história então deem uma olhada nela, ok?
E essa coisa da Nina siando de TVD, o Ian casando, tudo isso me deixou pra baixo e minha inspiração foi junto, mas espero que gostem.
E pra quem acompanha "Enquanto você dormia" sai novo capitulo essa semana também.
Boa Leitura *-*



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Pov. Damon

Respirei fundo pensando em como seria quando abrissem aquela porta, Elena poderia me abraçar, me beijar, me bater ou me matar, ela sempre foi uma caixinha de surpresas, desde pequena, então oque ela faria ao me ver? Depois de terminarmos e eu passar quase um ano inteiro fora daqui, bati poucas vezes na porta até ouvir um barulho de passos dentro da casa, me preparei para qualquer que fosse a reação dela ao me ver.

Mas para minha surpresa quem abriu a porta não foi Elena, nem mesmo Jenna a tia com quem ela morava, mas sim uma adolescente de uns 17 anos, ela me olhou surpresa e eu fiz mesmo, tentei lembrar de uma prima ou alguam parente de Elena, mas nenhuma me veio em mente.

– Quem é você? – O garota se pronunciou.

– Eu sou... Damon, Damon Salvatore – Estiquei a mão em um comprimento rápido – Eu moro naquela casa.

– Ah, você é novo por aqui, desculpe, eu também – Ela falou dando de ombros – Meu nome é Lori Colt.

– Você está aqui a quanto tempo Lori? – Ela novamente deu de ombros.

– Você não quer entrar? Eu preciso ficar de olho no meu irmão. – Assenti entrando na casa.

Tudo estava tão diferente, não tinha mais o mesmo aspecto que a um ano atrás agora, os quadros eram diferentes, os moveis eram outros, a decoração não era a mesma, somente os sofás eram o mesmos, me sentei em um deles e vi um garotinho com 1 ano ou 2 em um cercadinho com brinquedos.

– Então Lori, a quanto tempo mora aqui? – Insisti na pergunta quando ela pegou o garotinho.

– Uns 9 meses. – Ela voltou sua atenção ao bebê.

– Uma menina morava aqui antes Lori, Elena, Elena Gilbert – Ela me olhou rapidamente e voltou a colocar o bebê no cercadinho – Você a conhece?

– Você sim? – Balancei a cabeça evitando dar uma resposta – Bem, nunca a vi, só sei oque dizem sobre ela na escola.

– E oque dizem sobre ela? – Ela balançou a cabeça fazendo um movimento com a mão sobre a barriga.

– Que ela... – Ela falou passando a mão de forma insinuativa pela barriga, minha boca secou quando ela falou – Ela namorava um carinha mais velho, e ele tinha ido para a faculdade, pelo que me disseram ele não quis o bebê, ela levou a gravidez por uns meses mas... bem, o bebê não nasceu.

– Como assim? Não nasceu? – Minha voz começava a ficar desesperada, não aquilo seria uma mentira, tinha que ser.

– Ela perdeu o bebê, depois ela e a tia colocaram essa casa a venda, meus pais compraram, e estamos vivendo aqui desde então, você que beber alguma coisa? – Ela perguntou, mas eu não consegui entender as ultimas palavras.

– Aonde ela está agora? – Perguntei e ela deu de ombros.

– Não sei, ninguém aqui sabe, depois que meu pai comprou a casa, ela simplesmente foi. – Me levantei do sofá e cambaleei até a saída.

– Obrigada. – Foi tudo que consegui dizer antes de sair de perto da casa e correr até meu carro.

Apertei o volante com força dando um soco no mesmo, eu sou pai? Eu quase fui pai? O filho era meu? Tudo isso é verdade? Porque saber agora que eu sou pai de um filho que não nasceu que não nasceria?

Senti todo meu peito doer, como se houvesse mil estacas enterradas nele, nada fazia sentido, olhar para a antiga casa de Elena agora doía mais que tudo, respirei fundo e liguei o carro, não passaria nem mais um minuto nessa cidade, peguei a primeira estrada que me levaria de novo para o aeroporto, mas oque fazer com a dor que reinava em meu peito nesse momento?

Abri os olhos me sentando rapidamente, olhei em volta e respirei fundo, não, eu não era mais um calouro, seis anos tinham se passado, mas a dor e a vergonha ainda estavam aqui, seis anos não foram o suficiente para acabar com ela, acho que nem mesmo seis séculos seriam.

Levantei da cama e fui diretamente para o banheiro, me enfiei de baixo do chuveiro, e fiquei lá por longos minutos, meus músculos relaxaram e meu coração voltou a bater de forma controlada, sai do chuveiro com uma toalha na cintura e uma nas mãos para secar meus cabelos, assim que cheguei no quarto vi Lisa sentada na ponta da cama, ela mexia no celular e nem notou minha chegada, joguei a toalha que usava para secar meus cabelos em cima da cama e ela me olhou guardando o celular.

– Oi, Dam – Ela me olhou com um sorriso tímido – Não gosto de quando brigamos.

– Eu também não. – Passei por ela entrando no closet, ela me seguiu se encostando na porta.

– Então vamos fazer as pazes e esquecer isso, ok? – Ela se aproximou de mim colocando as mãos no meu peito, estavam geladas, segurei suas mãos a afastando de mim.

– Não, e sua mão está gelada. – Peguei uma roupa e sai do closet, cruzei o quarto e entrei no banheiro fechando a porta rapidamente.

Coloquei uma calça moletom e uma camiseta, aproveitei que estava no banheiro e escovei os dentes, quando sai, Lisa me olhava brava, suspirei deitando na cama e passando as mãos atrás da cabeça com um sorriso nos lábios, ela revirou os olhos sentando na cama.

– Dam, oque você quer que eu diga? – Ela perguntou e eu não respondi, me mantive estático –Eu sinto muito, deveríamos ter ajudado o garotinho, se eu pudesse voltar no tempo faria diferente, feliz?

– Feliz? –Me sentei na cama olhando para ela – Feliz por você dizer algo que não sente porque isso vai fazer eu achar que você é uma boa pessoa? Não, eu não estou feliz, seja lá oque for felicidade oque eu estou sentindo é o contrario disso.

– Damon, nós não podemos salvar o mundo, eu faço a minha parte, não...

– Sua parte? Sua parte é visitar as ONG’s que seu pai ajuda, e posar para as fotos como se você estivesse feliz fazendo aquilo? Essa é sua parte? O meu Deus, o mundo deve agradecer pela Santa Elisa, não é? – Ela balançou a cabeça e bateu o pé do jeito mais infantil possível.

– Se você não acha que eu seja uma boa pessoa porque ainda está comigo? Eu não estou te obrigando a nada, mas pega esse discurso ridículo e engole, porque você também não é santo! – Revirei os olhos e ela fez um barulho com a garganta.

– Você é infantil e irresponsável, e nesse momento, está tendo uma crise de garotinha mimada, eu já conheci uma pessoa como você, sabia? Só que ela tinha 7 anos e eu vi bondade nela, mas em você, eu não vi nenhum resquício de compaixão, você é humana? – Ela cruzou os braços fazendo um bico.

– Já percebeu que tudo que eu faço é errado pra você? Eu sou humana, e por isso eu erro, mas você vivi apontando meus erros, isso é maldade, é crueldade, você não me faz querer mudar, talvez você deva ir atrás dessa pessoa que você conheceu antes de mim, porque do jeito que você fala dela, ela foi muito importante para você, mais do que eu. – Ela pegou a bolsa e começou a sair do quarto.

Respirei fundo e levantei da cama seguindo ela escada a baixo, consegui segura-la pouco antes que ela saísse pela porta, ela tentou escapar dos meus braços, mas consegui segura-la firme e ela cedeu me abraçando e chorando.

– Ei, tudo bem. – Falei passando as mãos no cabelo dela.

– Eu odeio brigar com você Damon – Ela falou entre soluços – Por favor, me perdoa, eu juro que vou mudar para ser a mulher que você quer e precisa.

– Tudo bem, para de chorar, nós vamos ficar bem, como sempre, fica calma, por favor. – Ela parou de chorar mais ainda me abraçava.

– Me desculpa, diz que me perdoa, por favor. – Ela me soltou um pouco e olhou nos meus olhos, ela era tão doce, como não fazer algo que ela pede.

– Tudo bem, não tem oque perdoar, eu e você estamos bem, eu já disse, está mais que perdoada. – Ela me beijou de forma doce e delicada, eu apenas retribui sem me mover.

– Tenho que ir pra casa, minha mãe ficou de passar lá – Ela se afastou de mim, e se virou para porta – Eu te amo.

– Eu também, muito. – Ela sorriu e saiu.

Me virei e fui para o sofá pegando o telefone e ligando para a pizzaria, depois de pedir, peguei um prato na cozinha e coloquei na mesa da sala, quase 20 minutos depois a pizza chegou, coloquei um pedaço no prato e comi, repetindo duas vezes, depois guardei as sobraças na geladeira e fiquei na sala assistindo televisão, mas na minha cabeça as lembranças de Elena insistiam em passar e ficar grudadas em cada canto da minha mente, no fim tudo que eu pude ter certeza era que precisava ver Elena o mais rápido que pudesse, eu precisava me desculpar por todo nosso passado, peguei no sono no sofá mesmo.

***

Acordei bem mais tarde do que de costume, depois de tomar uma ducha rápida eu desci para fazer o café, fiz tudo em dobro já que estava contando os segundos para Klaus chegar, e como sempre a campainha tocou, fui até a sala abrindo a porta pra ele.

– Oh, Klaus, que surpresa! – Falei forjando uma cara surpresa.

– Vamos ao mais importante, comida! – Ele me empurrou para o lado e foi em direção a cozinha.

– Como você é tão magro? Só sabe comer, é um poço sem fundo! – Ele já estava todo lambuzado com as panquecas.

– Essa é a questão, eu não sou magro, eu sou gostoso. – Peguei uma xicara de café e me sentei na mesa pegando uma panqueca antes que Klaus acabasse com elas.

– Eu não acho – Falei rindo – Temos algum compromisso hoje?

– Jantar com os acionistas, e eu vou ter que ir para o outro lado da cidade, claro que o Kol não conseguiu resolver nada.

– Nik, fica aqui comendo que eu vou me vestir, vou aproveitar que não temos nada hoje e resolver umas coisas. – Ele riu pegando mais uma panqueca.

– “Umas coisas” igual a “Elena” – Joguei um pedaço de panqueca nele.

– É, vou ter que conversar com ela, coisas delicadas, deixa eu me vestir. – Sai da cozinha e subi as escadas vestindo uma calça jeans e uma camiseta, peguei uma jaqueta já que estava frio.

Quando desci as escadas Klaus já tinha terminado, ele me esperava na porta, pegamos o elevador juntos e quando chegamos a portaria ele se despediu de mim e foi direto ao estacionamento, eu fui falar com Sam, o porteiro.

– Alguma coisa nova, Sam? –Perguntei e ele assentiu.

– Deixaram essa encomenda para você. – Peguei o pacote na mão dele.

– Obrigado. –Sai da portaria e fui até meu carro no estacionamento, assim que entrei joguei a encomenda no banco de trás de liguei o carro, saindo do estacionamento.

Cheguei em questão de 40 minutos ao lugar aonde Elena trabalhava, desci rapidamente do carro e cheguei até recepção, as recepcionistas estavam conversando animadas e pararam assim que me viram, elas me analisaram de cima a baixo antes de se pronunciar.

– A Srta. Elena, não quer vê-lo. – Elas falaram formalmente.

– Talvez vocês devam perguntar para ela antes de afirmar isso. – Falei sorrindo e elas olharam a tela do computador.

– Você é Damon Salvatore, certo? – Assenti – Temos ordens explicitas de não deixa-lo subir, tanto da Srta. Elena, como da Srta. Forbes.

– Será que você não...

– Cami, deixe esses papéis com a... – Elena se aproximou de nós olhando para um papel que estava em cima da caixa que ela carregava, ela se interrompeu assim que me viu – Caroline, e faça copias e mande para Toronto.

– Ok – A mulher pegou o papel e Elena me encarou – Nós dissemos que você não queria recebe-lo, mas...

– Tudo bem Cami, o Sr. Salvatore sabe muito bem, que nós não temos nada oque conversar. – Ela passou por mim ainda segurando a caixa e foi em direção a porta, não dessa vez ela não iria me deixar falando sozinho.

– Elena Gilbert, nós precisamos conversar! – Falei a seguindo e ela parou abruptamente olhando para mim.

– Olha aqui, primeiro nunca mais grite comigo, e segundo, não temos nada com que conversar, você precisa parar de ser insistente, eu não precisei de você em seis anos, não preciso agora, te ver só me causa dor. – Ela virou e continuou andando.

– Pelo nosso filho? Por isso a dor? – Ela tropeçou nos próprios pés depois que eu disse as palavras e deixou todo o conteúdo da caixa preta que segurava cair no chão, ela ficou praticamente de bruços no chão, me ajoelhei ao lado dela e a ajudei ela a virar para cima – Bateu a cabeça? – Perguntei e ela negou, segurei sua mão – Então vem.

– Eu não preciso da sua ajuda! – Ela falou quando já estava erguida, soltei sua mão e ela cambaleou quase caindo, mas eu a segurei pela cintura a mantendo firme do meu lado.

– É, eu percebi – Falei irônico e ela revirou os olhos – Problemas com o tornozelo, princesa?

– Me chame de Elena – Ela falou marrenta e tentou pisar no chão, mas pelo gemido de dor que escapou de sua boca, vi que não era possível, a segurei mais próxima nesse momento – Acho que torci o tornozelo.

– Ok, consegue ficar em pé? Pelo menos ficar sem cair? – Ela assentiu e eu a soltei, me abaixei pegando vários papeis, canetas, lápis, e dois porta retratos, o primeiro estava destruído, o segundo estava intacto, pude reconhecer toda a família de Elena, o pai dela, a mãe e o irmão, Katherine a meia irmão de Elena que parecia ser gêmea de Elena também estava, ela segurava um garotinho nos braços, e a própria Elena estava ao lado – Quem é?

– Oque? – Ela perguntou estressada e emburrada.

– Esse garotinho, quem é? – Pude ver o maxilar dela travar e ela ficar branca, cheguei a pensar que iria desmaiar – Ele é filho da Katherine? Parece com ela. – Ela voltou a ficar calma e recuperou a cor.

– É, filho da Katherine, o nome dele é Adam. – Sorri e ela fez uma cara de dor mexendo o pé – Aí!

– Tudo bem, vem, eu vou te levar para o hospital. – Guardei a foto na caixa e a segurei novamente , mas ela se afastou quase caindo, novamente eu a segurei antes do desastre acontecer.

– Não, a Caroline, ela me leva. – Sua expressão era de dor e beirava o desespero.

– Você está machucada, eu não vou fazer nada com você, se você demorar mais vai acabar piorando, vem, se apoia em mim. – Ela suspirou rendida e passou os braços em torno do meu pescoço e eu a ajudei a chegar até a porta do meu carro, abri a porta pra ela e a acomodei no banco do passageiro, coloquei a caixa no banco de trás e parti para o banco do motorista.

– Droga! – Ela falou mexendo o pé e fazendo novamente a expressão de dor.

– Eu acho que você pode precisar de um gesso ai. – Ela balançou a cabeça incrédula.

– Mais essa, eu precisa ir buscar as passagens.

– Passagens? – Questionei confuso.

– É eu... – Ela apertou o estofado do carro com força – Eu estou voltando para Toronto, Damon.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não vou dizer que o próximo vai vim mais rápido, porque eu realmente não sei, mas vou tentar pelo menos.
Beijos e até a próxima.



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