Colorful escrita por Isabelle


Capítulo 23
Capítulo 22 - Noah


Notas iniciais do capítulo

O que eu mais quero é te dar um beijo
E o seu corpo acariciar
Você bem sabe que eu te desejo
Tá escrito no meu olhar
— Clarice Falcão



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A noite era tão fria quanto o sangue que corre nas veias de um assassino. Os lábios dela estavam vermelho sangue, e os cabelos presos em um coque meio desfiado, e despojado, ela não tinha se preocupado com o cabelo. Sabia que ficava linda de qualquer jeito. O vestido azul de renda delineava seu corpo, junto com aquela meia preta bem fina e discreta. O sapato de salto estalava contra o chão, em batidas precisas, firmes, e fortes. Mais principalmente, decididas. Ela tinha recuperado toda a confiança que havia perdido em outras semanas, mas agora, perto do ano novo, indo na festa que Will havia nos chamado tudo era diferente.

Aquela noite conspirava ao nosso favor, e eu jurava que seria a noite em que eu finalmente falaria com Sally, diria para ela tudo que sentia, e que talvez poderíamos tentar. Eu não sei quando aquilo começou. Acredito, que tinha sido duas semanas antes. Quando tínhamos ficado aquela noite no prédio, assistindo o amanhecer juntos, algo dentro de mim começou a palpitar, mas nada como naquela outra manhã.

Eu acordei normalmente, fui ao banheiro, e fiz o café, mas Sally não saiu do quarto. Ela ficou lá dentro por cerca de duas horas a mais que eu, e eu comecei a estranhar. Subi as escadas, e bati à porta do seu quarto, mas a única coisa que ela fez, foi um barulho com a garganta, que eu acreditava ser uma permissão para adentrar o quarto.

Quando eu entrei, ela estava submersa por o que eu chamava de avalanche de edredons. Seu corpo estava todo encolhido, e obviamente ela estava com uma febre bem alta, ainda mais porque eu estava somente usando short, e sem camiseta, enquanto morria de calor.

― Ola, Sally, eu não sei se você sabe, mas sou o Noah, seu amigo, e eu moro aqui, e eu posso te ajudar quando você tá morrendo de febre.

― Eu to bem. ― Ela grasnou em uma voz dolorida, e rouca.

― Sim, eu vejo como você está bem. ― Revirei os olhos, e peguei meu celular para ligar para um hospital.

― O que você está fazendo? ― Ela grasnou de novo.

― Ligando para a TV a cabo que te usa como antena, e dizer que você não pode ir trabalhar hoje. ― Eu disse a zoando, e ela estava tão fraca que nem quis debater.

Liguei para o hospital e agendei uma consulta que só seria bem após ao almoço, e enquanto isso, eu deveria ficar cuidando dela. Naquele momento eu me senti necessitado, algo que Sally não me fazia sentir. Ela era independente por si só, não precisava de mim. Mas, quando pude cuidar dela ali, a fazer rir com piadas ruins enquanto ela tomava a sopa que Will fizera pra ela, entre outras coisas, eu acabei adquirindo um laço com ela. Um laço que eu não imaginava ser tão resistente.

Nós adentramos o salão que abrigava já, várias pessoas todas bem-vestidas que riam e comiam os aperitivos. Sally segurou minha mão tão sutilmente, que eu senti minha pele toda arrepiar, pela primeira vez, só por entrar em contato com a mão dela. Isso tudo me fazia sentir fraco, mas faziam meses que esses sentimentos estavam me assustando. Eu precisava desabafar com ela. Precisava entender se ela queria ou não aquilo.

Celeste estava de mãos dadas com Will, usando um vestido preto longo, que tinha uma leve alça nos ombros. Sua maquiagem não era pesada, e ela tinha uma cara de descontentamento, como se não quisesse estar ali de modo nenhum. Seu olhar se locomoveu para nós, e Sally acenou para ela, logo após, limpar o nariz discretamente no lenço que ela havia trago. Ela havia melhorado muito desde o dia em que acordara doente, a febre tinha sumido, e a dor no corpo e na cabeça também, porém, continuava espirrando frequentemente.

Caminhamos até ambos, que olharam para gente com uma emoção que era desconhecida tanto para mim, quanto para Sally. Eles nos olharam como se fossemos a melhor coisa que poderia ter acontecido. Sendo que estavam num salão chique, com varias pessoas refinadas, comida a vontade e tudo mais, mas, mesmo assim, o olhar deles era de total contentamento, por estarmos ali.

― Eu amo vocês dois. ― Will disse, e me envolveu em um abraço. Meus braços ficaram suspensos no ar sem saber o que fazer, então, depois de alguns segundos o abracei de volta, mas logo tive que o empurrar, pois ele não me soltava. O mesmo aconteceu com Sally.

― Vocês estão bem? ― Até mesmo Sally perguntou, sem entender ao certo o que tinha acabado de acontecer.

― Essas pessoas são insuportáveis, elas são estranhas, falam sobre coisas estranhas, comem coisas estranhas. ― Will disse, olhando para os lados.

― Aquele cara ali, ― ela apontou sutilmente para o velho barbudo que estava atrás da gente, ― ele estava comendo um caramujo, Noah, um caramujo. ― Ela disse meio alto ao final, despertando olhares.

― Um scargot? ― Sally disse, e o olhar de Cely e Will se direcionaram para ela, como se eles fossem dois psicopatas.

― Ela sabe o nome disso, Will, eles já estão possuindo o corpo dela. ― Cely dissera, assustada.

― Acho que eles beberam.. ― Eu sussurrei para Sally.

― Você acha? ― Sally disse, e riu.

A nossa mesa era bem afastada no fundo, e ficava perto do banheiro, o que não era uma boa coisa, mas aceitamos, se bem que não havia muita coisa que poderíamos fazer.

Minhas mãos tremiam de nervosismo, mas não queria falar agora, já que Cely e Will estavam na mesa. Meio bêbados, e não falando nada com nada, mas da mesma forma estavam ali, e não me sentia a vontade para desabafar com eles na mesa. Então, resolvi esperar mais algum tempo.

Depois de duas horas, ainda estávamos sentados ali, todos conversando. Cely e Will cada vez estavam mais bêbados, e eu já estava num momento da noite, em que você não tem um pingo de paciência para conversar com ninguém, pois nada que eu havia planejado estava acontecendo. Já tínhamos jantado, e comido a sobremesa que teria, e ainda teriam mais duas apresentações. Will seria a última.

Uma música leve começara a tocar, e aquilo fora como um sinal para mim que deveria ser agora. Tentei soltar um sorriso de leve para ela, mas tenho certeza que pareci um psicopata, pois ela me olhou assustada e riu. Eu disfarcei meu nervosismo, que fazia minhas mãos suarem e meu coração disparar e a chamei para dançar.

Os passos dela foram convictos ao me acompanhar até onde haviam vários casais dançando. Ela passou as mãos por trás do meu pescoço, e eu depositei minhas mãos na sua cintura, e nós dois começamos a balançar pelo salão. Primeiro em total silencio, depois conversando sobre algumas coisas, sobre onde passaríamos o ano novo, ou que faríamos, pensamos em várias coisas.

― Podemos passar aqui mesmo. ― Ela disse, sorrindo.

― Ou, podemos ir sei lá, para alguma praia? Ou alguma coisa que seja legal e diversificado... ― Sugeri, e ela me olhou meio de lado, me dando um banho de realidade. ― Ah, meu Deus, me desculpe, sério Sally, nossa, eu esqueci totalmente do seu negocio da água.

― Tudo bem, mas, achei que a gente podia não ser, passar nua festa por aqui mesmo, ou ficar em casa mesmo na sacada, e tudo mais.

― É, realmente uma boa ideia. ― Eu disse, enquanto encarava aqueles olhos verdes tão profundos. ― Sally, tenho que falar com você sobre uma coisa bem séria..

Suas pupilas dilataram, e meu nervosismo aumentou. Senti minhas pernas bambearem, algo que nunca havia acontecido. Ela apenas sorria para mim, estonteante. O sorriso brilhante, e os olhos mais ainda. Ela tinha toda aquela boca delineada, aquele corpo colado ao meu, aquele coração que começava a disparar.

Tudo bem, Noah, é só uma garota, só isso.

― Tudo bem. ― Eu sorri para ela, e peguei suas mãos. ― Sally, nesses ultimos dias, eu meio que tenho, sabe? Aquilo que a gente conversou... ― O olhar dela não estava focado em mim, mas sim, em alguma pessoa que vinha ao fundo.

― Ai Meu Deus, isso pode esperar? ― Ela me olhou com suplica? ― Noah, ― Ela me puxou, ― está é a Camile, que gosta de ser chamada de Cami. ― Ela me apresentou a uma garota dos cabelos dourados meio avermelhados. Tinham quase o mesmo tom que o meu, mas eram mais puxado para o laranja. Bem mais puxados pro laranja.

A garota usava um vestido rosa bem leve, que era colado nos peitos, e mais solto pela sua extensão. Os olhos castanhos escuros eram tão brilhantes quanto a própria noite, e ela tinha aquele sorriso. O sorriso que a maioria tinha. O sorriso que eu sabia que se eu quisesse, eu a levaria para a cama. Não querendo a julgar. Não ligava mais. Acreditava que nós tínhamos os mesmos direitos, se eu queria ficar com várias mulheres, ela também poderia ficar com vários caras, contundo, com Sally ali do lado. Com toda aquela aura. Com aquele sorriso.

― Oi. ― A garota disse com falsa timidez.

― Somos amigas da faculdade, e ela queria te conhecer faz um tempo, e eu jurei te apresentar. ― Sally disse. ― Bem, vou deixar vocês a sós, não quero atrapalhar. ― Ela me seu um sorriso discreto e saiu andando.

Meus olhos a seguiram, enquanto eu ficava em total silencio, sem nem ao menos lembrar da garota que estava ali. Tinha programado tudo esta noite. Ela deveria ter sido perfeita, com a Sally, e não com uma estranha total que pela primeira vez, eu realmente não queria levar para cama. Queria levar Sally para cama. Queria ter algo sério com ela. Queria tentar.

― Ei, você tá bem? ― Cami me perguntou atenta, mas eu apenas soltei meu sorriso, colocando em ativo meu modo Noah.

― Tudo bem melhor agora, você gostaria de dançar? ― Eu a peguei pela mão, e a girei trazendo-a para meu corpo.

Grudei seu corpo ao meu, e balancei lentamente pelo salão. Na outra ponta conseguia ver Sally nos observando, e como eu sabia ler seu olhar. Ela podia estar com aquele sorriso, ela podia fingir que tudo estava bem, mas eu sabia como ela estava por dentro.

― Então, você e a Sally fazem a mesma faculdade? ― Tentei me desconcentrar de Sally.

― Não, eu faço administração, estou no último ano, e a Sally faz design. Nós duas nos conhecemos por termos amigos e amigas em comum. ― Ela dizia bem perto do meu ouvido. Seus pés, mesmo com aqueles saltos gigantes, se locomoviam lentamente, e suavemente.

― Entendo. ― Eu disse, a girando lentamente para frente, e depois a trazendo novamente para mim.

― E você faz o que? ― Ela perguntou segurando firme meu braço.

― Direito, trabalho para a polícia agora, mas mais para frente, quero ser perito criminal.

― Você que está investigando o caso dos assassinatos, certo?

― Sim, estamos bem perdidos, não diria perdidos, o cara é muito esperto, sabe? ― Eu disse ressuscitando essas questões em mente. Tínhamos tido algumas informações, mas ninguém havia conseguido o localizar. O bom era que ninguém tinha escutado sobre assassinatos na região por esse tempo. ― Mas estamos perto de o encontrar.

― O que te garante ser um cara? ― Ela perguntou. ― Pode muito bem ser uma garota.

― Em uma noite, Sally viu seu rosto, e desenhou para gente. Conseguimos localizar algumas áreas em que esse possível rosto poderia estar, e agora estamos investigando mais a sério.

― Está aqui dançando comigo, numa quase véspera de ano novo, enquanto tem um assassino por ai.. ― Ela disse sorrindo, conseguia sentir a malicia. ― Ainda bem que tenho um policial comigo.

― Ainda bem mesmo. ― Eu afundei meu rosto em seus cabelos, que tinham cheiro de pêssego.

Ficamos conversando por vários minutos, até que eu me cansei, e algo dentro de mim clamava pela Sally, enquanto Camile estava toda empolgada, já atingindo a parte que eu esperava.

― E como vai ser senhor policial? ― Ela parou de dançar, e me olhou sorridente, mais do que anteriormente. Era um sorriso de desejo. De como se ela precisasse fazer aquilo agora, e ali na festa.

― Bem, podemos ir pro seu apartamento, já que Sally está no meu, e eu prefiro que ela não escute nada, ― e nem veja nada pela manhã, pensei mas não ousei dizer em voz alta.

Contudo, por mais que ela estivesse me convidando abertamente eu não queria, e aquilo era novo para mim. Era estranho, e ao mesmo tempo bom. Queria a largar ali, e ir até Sally, mas seria muita grosseria. Precisava arrumar alguém que pudesse permanecer ali com ela, contudo seria bem difícil.

Visualizei Will sentado na mesa sozinho, com Cely do outro lado, conversando com alguém pelo telefone. Após, ela desligá-lo, ela avisara alguma coisa para Will, que eu acreditava ser sobre a Mandy. Will ficou debatendo com ela, mas no final somente Cely saiu andando. Meus pensamentos se iluminaram rapidamente; e eu sabia que estava brincando com uma coisa poderosa.

― Camile, você conhece o Will? ― Eu disse. Sabia que Celeste iria me esquartejar, mas seria por só alguns minutos.

― Will?

― Isso, venha, você tem que conhecê-lo. Ele é engraçado, legal, inteligente, muito bonito, você vai adorar ele. Ele é o tipo de menino assim, pra casar, que tem muita responsabilidade, adora assistir filmes de conchinha no fim de semana. ― Eu não contive uma trava na língua, e continuei falando coisas. ― Já disse que ele toca piano? Ele é um chefe de cozinha de primeira também.

Quanto mais andávamos, mais Camile parecia interessada no Will, o que seria um grande erro, pois quando Cely voltasse, algo não muito bom aconteceria. Contudo, meu plano, era conversar com Sally, e voltar para salvar Camile, antes que Celeste a matasse.

― Will, esta é a Camile, minha mais nova amiga, ela quer dialogar com você um pouco, enquanto eu vou procurar a Sally, então boa noite para vocês. ― Eu disse, e sai andando, antes que ele pudesse me interditar. Nem ao menos olhei para trás, somente para frente a procura de Sally.

A multidão era ampla, barulhenta, e dispersa. Naquelas condições seria impossível de finalmente encontrá-la. Antes toda a multidão perto dela, não parecia nada. Contudo, agora sozinho, eu percebia que era tecnicamente impossível de encontrá-la. Rodei por uns quinze minutos, a procura dela, mas ainda não conseguia a encontrar. Além de ficar andando por um lugar onde eu não conhecia ninguém, mas, mesmo assim, as pessoas me obrigavam a ficar parando para responder perguntas, de outras pessoas que eu também não fazia ideia de quem era.

Depois de finalmente desistir, quem me encontrou fora ela, e não eu quem a encontrara. Seria impossível achá-la, já que nem naquele salão ela estava, mais sim no terraço do prédio. Eu não entendia qual era a relação dela com terraço, mas alguma coisa neles atraia ela.

Ela me forçou a subir até la em cima para admirar a vista com ela. Pensei que agora seria o momento certo, afinal, subiríamos lá, iriamos ficar sozinhos e eu finalmente poderia desabafar. Não estava tão nervoso quanto antes, mas ainda estava hiperventilando, mas esperava que isso passasse logo.

Sentamos em cima de umas caixas de cimento gigantes que haviam lá. A cidade reluzia com aquelas milhares de luzes acesas, enquanto tudo ainda parecia estar em movimento. Meus olhos se locomoveram para o céu que resplandecia as estrelas, e junto com as estrelas, eu podia acompanhar os olhos de Sally que também estavam focados no céu.

― Escrevi um poema nesse guardanapo. ― Ela sussurrou calma, e impassiva.

― E eu posso ler? ― Perguntei também sussurrando.

― Eu leio. ― Ela disse, e pigarreou pronta para começar.

Eu quero um suspiro abafado.

Quero que me mostre que sou só eu.

Que sempre fui só eu.

Quero que segure minhas mãos e nunca as solte.

Quero que nossos lábios dancem

E se choquem

Quando se encontrar



Quero calmaria.

Quero seus Abraços

Seus sussurros nos meus ouvidos

Quero você a noite

De tarde

E de manhã

E até que o sol se encolha

E pare de brilhar



Quero não ser pequena

Quero poder fazer alguma coisa

Lutar

Gritar

Abrir seus olhos

Quero que as suas borboletas

Se revirem no estômago ao me ver


Os nossos olhos se encontraram e eu via o rubor em seu rosto. Ela abaixou o olhar lentamente e se levantou, caminhando até a beirada. Acompanhei seus passos, e segurei sua mão. Ela olhou para mim e deitou a cabeça no meu ombro ainda mantendo distancia. Estava tudo tão calmo, tão perfeito. Estávamos finalmente prontos para dialogar. Aquela era a hora. Até que...

Meu corpo todo amoleceu, e a dor se concentrou bem no meu abdômen enquanto minha visão começar a falhar. Meus músculos começaram a endurecer, e meu corpo foi tombando para o chão. Sally soltou um grito e tentou me segurar, mas tudo a minha volta era muito embaçado. Sentia o ferimento arder, e queimar, enquanto Sally tremia, chorava, e tentava ligar para uma ambulância. A dor era tão grande, que eu sabia que a qualquer momento perderia a consciência, mas estava lutando, pelo desespero de Cely. Por conseguir ouvir as batidas pesadas e preocupadas de seu coração.

Contudo, antes de tudo, eu consegui ver o vulto. Estava usando um casaco preto, e uma mascara escura, tipo de assaltante, para tampar seu rosto. Ele ficou uma distancia boa, pronto para fugir, e disse.

― A próxima é você, morena. ― Ele soltou um riso de escarnio. ― Se prepare porque eu voltei, e vou tirar cada uma dessas pessoas que você considera importante, e no final, eu vou te matar lentamente.

Não entendia bem as palavras dele, pois eu estava prestes a desmaiar, mas eu consegui escuta, e quando eu fui para perguntar, eu não estava mais em mim.


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