Fallen Gods escrita por Fernanda Dixon


Capítulo 4
Capítulo III – The Wolf and the Butterfly.


Notas iniciais do capítulo

HEY MEUS CAROS ASGARDIANOS/MIDGARDIANOS o/

Duas semanas? Sério? Caramba pessoal desculpa mesmo por demorar tanto! Eu tive uns sérios problemas para não conseguir postar, são apenas cinco palavras:

Saúde, Provas, Agenda Cheia, Projetos, Mãe-Irritante-Que-Não-Me-Deixa-Usar-o-PC.

É pessoal, ta difícil ashuashua. Minhas provas começaram semana passada e, decidi que me dedicaria ao inicio do bimestre para tirar notas boas, mas até agora só vi uma nota boa em três provas que peguei :v Minha saúde tá meio complicado e eu quase desmaiei na quinta-feira no dia de PROVA!! Meu deus cara, eu to fodida! (desculpem o palavrão, mas, ninguém é perfeito...)

Eu prometi á algumas leitoras que postaria ontem, mas quando eu cheguei em casa depois da escola minha mãe tava usando o único pc bom (o meu outro deu defeito, maldito carregador para quebrar agora!). E ela ficou usando aquela droga o dia INTEIRO vendo Revenge. Putz cara, fiquei doida! Ela e eu temos a vida inteira pra ver nossas séries e ela não podia, tipo, larga ele pra cuidar de si? Caramba povo, eu quase morri ontem com minha mãe usando aquilo (mas eu não posso reclamar, eu to vendo todas as temporadas de Supernatural no PC e todo fim de semana vou assistir).

Agenda... Ah agenda... A minha tá mais lotada do que os milhões de casos que Dean e Sam tiveram (WHAT?!). Eu estou tendo muita coisa para fazer, quase nem respiro! Mas eu espero que até Abril tudo fica mais calmo.

E por último, projetos... Ah, projetos para novas fanfic's e idéias para Fallen Gods. Só.

Vocês devem tá querendo me matar por demorar, mas eu finalmente trouxe o cap3!! E agora, vamos ver um passado do nosso querido Loki e nossa pequena Sigyn. Gente eu não vou dá spoiler, se Lottie é Sigyn ou não, mas afirmo que, no cap8, vou dá a resposta ;)

Bom pessoal, eu espero que gostem do cap3. Vamos ver como vai ser a relação do Loki e a Lottie depois de se verem, e como ela vai reagir ao saber que dois deuses vão passar seis meses na casa dela. ASHUASHUASHUA. Até Tony vai ficar chocado.

Ficaram sabendo que Os Vingadores 2 vai ser lançado em 23 de Abril?! No meu aniversário?! Caramba gente, super animada aqui e pronta para ir na estreia. Vai ter Loki nos pós-créditos! Uuhh! o/

Boa Leitura ;)



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Capítulo III – The Wolf and the Butterfly | Asgard – Ano de 998 d.c. |

A noite era fria, porém encantada. As estrelas iluminavam os céus de Asgard, enquanto o vento frio os dominava; era madrugada e não tinha ninguém acordado. Os deuses dormiam em seus sonos pesados, nas suas camas quentes, enquanto todos os guardas faziam a vigia matinal como sempre. Mas não notavam uma coisa.

No quarto do príncipe mais jovem, a porta se abriu lentamente, sem fazer barulho e depois foi fechada do mesmo modo. A varanda estava fechada, porém as cortinas abertas deixava as luzes da lua adentrar. Loki, o deus da mentira e da trapaça, estava dormindo de bruços, serenamente, com a coberta cobrindo apenas o meio de suas costas nuas. Os cabelos negros levemente bagunçados e a boca meio aberta, sem transmitir nenhum barulho.

Quem entrara no quarto era uma garotinha, que agora subia na cama do deus desajeitadamente por ser muito pequena. Tinha aparência de uma criança midgardiana de oito anos, cabelos ondulados castanhos escuros compridos, olhos cor de mel, pele pálida igual à do príncipe e bochechas rosadas. Trajava uma camisola seda leve rosa, de mangas compridas, e meia calça branca.

— Mestre Loki? — chamou a garotinha, sussurrando, sentando nas costas do deus sem incomodo. Levou suas mãos delicadas para as costas dele e balançou-o de leve. — Mestre Loki, acorde — chamou de novo, escutando um resmungo vindo dele.

— Sigyn... o que houve? — perguntou Loki, quase como um resmungo. Não abriu os olhos, continuou com eles fechados, ainda sentindo-se sonolento. Sigyn se encolheu de vergonha.

— Eu não consigo dormir... — declarou ela, deitando nas costas de seu mestre. — Tive um pesadelo terrível, e agora não consigo mais dormir — explicou, se encolhendo, lembrando-se das cenas.

Loki suspirou pesadamente. Era sempre assim. Quando Sigyn tinha um pesadelo, ela não vinha para o quarto dele, e sim para o de Frigga que conseguia acalmá-la; porém, ele sabia que hoje o pesadelo tinha amedrontado-a demais para ir até aqui, então ela recorreu a ele.

Com cuidado, virou seu corpo, sentando-se na cama. Sigyn se afastou, deixando-o se ajeitar na cama, e então ficou encolhida sem encará-lo, pois tinha vergonha por ter acordado seu mestre. Nem era por sua nudez, estava acostumada com isso. Loki riu de lado e pegou a garota, colocando-a em seu colo, apertando-a para lhe dar conforto. Sigyn, entendendo o recado, o abraçou apertadamente, escondendo o rosto em seu peito.

— Não precisa ficar assim Sigyn, foi apenas um pesadelo — confortou Loki, fazendo carinho nos cachos da menina e nas costas dela. Ela se encolheu.

— F-Foi terrível, mestre... O pesadelo... — murmurou Sigyn, abraçando mais forte a cintura do moreno. — Muito assustador...

— Conte-me — pediu, serenamente. Loki continuou com o carinho, encarando o rosto pálido da garotinha, que ficava vermelho por conta das lágrimas que rolavam pelo rosto e molhavam o peito do deus. — Eu estou aqui, pode contar.

— S-Sangue... Por todos os lados... Trevas... Escuridão... Eu só via chamas envolta e sangue, muito, depois gritos de longe... — Sigyn soluçou e enterrou a cabeça no peito de Loki, chorando compulsivamente. — F-Foi terrível — ela chorou em seu peito.

Loki suspirou tristemente. Hoje tinha sido diferente, mais forte, aquilo era grande demais para uma criança. Sentia pena da menina; por vê-la passar por estes pesadelos. Desde que Sigyn veio morar no palácio, ela vinha com esses pesadelos, não entendiam o porquê, só sabiam que Frigga e Loki eram os únicos que podiam acalmá-la. Nem Thor, que tinha bastante simpatia com a garota, conseguia.

Enquanto a menina chorava, o moreno se ajeitava com ela no colo, colocando os bracinhos dela envolta de seu pescoço e as pernas na sua cintura. Loki a apertou e levantou da cama. Carregando-a, ele saiu do quarto, fazendo uma ilusão, os deixando invisíveis aos olhos dos guardas e partindo para os aposentos da menina. O quarto de Sigyn era o da porta á direita, quase perto do de Thor.

Entrou no quarto e fechou a porta, Loki continuava com os carinhos na cabeça de Sigyn, fazendo-a parar de soluçar. Caminhou até a cama e colocou seu corpo – de lado – calmamente nela. Sentou-se ao seu lado, continuando com a mão em seus cabelos. Não sabia como acalmá-la, mas Frigga sempre fazia isso para ela, ou com ele, quando criança para dormirem.

Acendeu uma vela e continuou com o carinho, até ver que Sigyn quase dormia na cama, porém fazia um esforço para não adormecer. Loki revirou os olhos. Sua aluna fazia de tudo para não fechar os olhos, com medo de ter outro pesadelo e incomodar à todos, pois ela gritava nesses pesadelos. Ele entendia isso, mas não queria que ela sentisse medo, queria protegê-la dos pesadelos, mostra-lá que não precisava ter medo. O moreno suspirou pesadamente.

— Sigyn, você tem que dormir — pronunciou Loki, colocando a mão no ombro esquerdo da garotinha, lhe dando conforto. Sigyn abriu os olhos e fitou o mestre com suas orbitas cor de mel, porém sem o brilho que sempre continha neles.

— Eu tenho medo... — confessou, se encolhendo e colocando as duas mãos na frente da boca. — T-Tenho medo de fechar os olhos... E encontrar mais tragédia...

— Tragédias são normais em nossas vidas, minha cara Sigyn — disse Loki, fitando os olhos claros da menina. — Algumas podemos resolver, outras não, entretanto, não podemos sentir medo delas.

— Como as guerras? — indagou Sigyn, inocentemente, para o mestre. Ele assentiu.

— Como as guerras — repetiu, assentindo levemente. — Elas têm tragédias que levam para nossos reinos, mas chegará uma hora onde podemos resolvê-las. Terminá-las. É só continuar lutando, até o ultimo suspiro — respondeu Loki, e calmamente, ele levou sua mão direita para a bochecha de Sigyn, fazendo um carinho com o polegar nela. — Seus pesadelos são apenas sonhos ruins, Sigyn, você pode resolvê-los, apenas precisa relaxar e não deixar que eles lhe atormentem. Não sentir medo — declarou. A garota sorriu para o mestre.

— Mestre Loki — chamou.

— Diga.

— Poderia fazer suas magias para mim? Só para eu conseguir dormir — pediu Sigyn, fitando o chão e depois o mago, sorrindo de leve, envergonhada. Loki riu de lado e assentiu.

— Só se você me prometer que dormirá — disse Loki, a encarando de canto. Sigyn assentiu, apressada, sorrindo e fazendo-o rir mais um pouco. Ele entendia que a garota adorava todas suas magias, por isso que não perdia a oportunidade de ensiná-la. Pois ela era a primeira a admirá-lo.

Loki sentou-se melhor na cama e fechou os olhos. Ele juntou as mãos, concentrando sua magia nelas. Uma luz verde apareceu, deixando Sigyn curiosa, e quando Loki abriu suas mãos, saiu um lobo médio, feito de pó verde e brilhante, correndo pelo quarto. Igual ao lobo Fenrir, o filho dele.

O lobo ficou correndo pelo quarto até pular na cama. Ele se aproximou sorrateiramente de Sigyn, que se sentou na cama. Loki permaneceu parado, sabendo o que ela faria. Sigyn estendeu a mão direita e tocou no animal, o pó mudou para uma cor dourada brilhante e o lobo uivou antes de se transformar em milhares de borboletas douradas voando pelo quarto.

A garota riu vendo as borboletas, enquanto Loki acompanhava com o olhar elas voarem. Seus olhos pararam em Sigyn, que brincava com uma borboleta entre as mãos, bela e inocente, seu sorriso branco brilhava junto com os insetos que voavam. Loki fitou a varanda da menina, vendo que já era muito tarde, então com as mãos juntou todas as borboletas – exceto uma – e fechou-as, fazendo um monte de pozinho dourado sumir.

— Hora de dormir — anunciou o moreno. Loki encarou Sigyn, que estava com um bico em seus lábios, com a última borboleta em seu dedo indicador esquerdo. O moreno revirou os olhos. Teimosa, pensou.

Loki pegou a borboleta e juntou as mãos, transformando-a numa presilha de cabelo. A presilha era a borboleta de asas abertas. De prata, as asas eram da cor azul escuro com alguns desenhos pretos e brilhantes. Ele colocou no cabelo de Sigyn, afastando-o do rosto, colocando atrás do objeto e da orelha.

— Pronto. Está bonita, senhorita, mas agora tem de dormir — elogiou Loki, dando um leve empurram em Sigyn, fazendo-a se deitar; ela deu uma risadinha fofa.

— Obrigada, mestre Loki — agradeceu Sigyn, fitando o moreno com um olhar de admiração. Ela o admirava, sua opinião não mudaria. Nunca. — Foi lindo.

— Não como você — murmurou Loki, e ele se inclinou, beijando a testa da garotinha. — Vá dormir Sigyn, está tarde — pediu o moreno, se afastando. Estava tarde e precisava fazê-la dormir antes que Frigga percebe-se a movimentação do quarto. A deusa era atenta a tudo no palácio e esperava que ela não notasse isso.

Sigyn, por outro lado, não parecia se importar. Ela beijou a bochecha de seu mestre e voltou a se deitar de lado, fechando os olhos dessa vez.

— Boa noite, mestre Loki — desejou Sigyn, se ajeitando e tentando dormir. Loki sorriu e fez um carinho no rosto da menina.

Ele se levantou e caminhou até a porta do quarto e antes de sair e fazer sua ilusão para voltar para seus aposentos, apagou a vela com um feitiço, virando-se para a aluna. Sigyn já dormia serenamente, graças a ele, sabia que ela teria outros pesadelos, alguns mais fortes do que outros, porém ela sabia que Loki estaria para ajudá-la; protegê-la.

— Tenha uma boa noite, Lady Sigyn — retribuiu Loki, mesmo sabendo que ela não ouviria, estava feliz por consegui-la fazer dormir.

~oOoOo~

Estados Unidos, Nova York | Torre Stark – 2018 |

Lottie franzia o cenho, confusa pelas palavras do moreno. Quem era Sigyn? Só pode ter se confundido, até demais, ela nunca o tinha visto na vida, ainda mais um deus criminoso em dois mundos. Loki, por outro lado, ainda encarava a morena, esperando alguma reação dela. Nada. Mas aquela era sua Sigyn, sabia que era. As aparências não enganam. Sabia que sua aluna tinha descrições que só ele sabia; como a marca de nascença em forma de estrela em seu colo, que dava para ver claramente, pois a camisa era regata e um pouco folgada.

Ela era Sigyn, tinha certeza, seus instintos nunca mentiam e naquele momento, sentia-se incomodado por ela não reconhecido-o e irritado por ela não dizer nada. Mas a resposta que Lottie deu, o fez perceber tudo:

— Quem é você? — perguntou Lottie, encarando Loki, confusa. Não só por ter sido chamada de Sigyn, como também por ele ser tão familiar. Sua cabeça latejava fortemente a deixando confusa. O que é aquilo?

A expressão de Loki se fechou completamente, tomando sua frieza comum. Era isso, ela não se lembrava dele, tinha algo de errado, mas não poderia fazer nada além de sentir decepção por isso. Afinal, aquela era a garota que fora a única que o fazia sorrir, junto com Frigga, a menina que ele ensinou tudo, que amou, agora não existia. Loki deu alguns passos para trás voltando a ficar ao lado de Thor, que encarava tudo aquilo chocado e completamente confuso.

— Ninguém que você deve saber, mortal — disse Loki amargamente, sem fitá-la. Teria que saber direito o que estava acontecendo. Lottie, por outro lado, sentiu-se ofendida e cruzou os braços.

— E o senhor é quem para me dizer isso, estranho? — questionou Charlotte, provocando-o. — Pelo que eu sei: você não é nada, além de um estranho que está na Torre Stark, onde eu moro — rebateu Lottie, inclinando a cabeça para o lado, quando viu o rosto de Loki ficar vermelho. Clint e Peter fizeram barulhinhos esperando por uma briga. Mulher atrevida, pensou.

— Como ousa...

— Ok! Não vamos nos colocar em briga agora — interrompeu Natasha, se levantando da cadeira, reprimindo as palavras.

— Nossa... O primeiro dia mal começou e já temos uma briga entre o deus. — comentou Peter, animado. — Aposto quinze dólares que a Lottie ganha — cochichou para Clint, que sorriu de lado.

— Aposto cinquenta que Loki é chutado daqui por ela — ambos apertaram as mãos, em modo de cúmplices. Steve, prevendo briga entre os Vingadores, decidiu se meter, levantando-se e ficando no meio da sala.

— Não vai ter aposta nenhuma — interrompeu Steve, o loiro virou-se para as duas pessoas que estavam se fuzilando com os olhos. — E vocês dois, nada de brigas, aqui não é um campo de batalha para se prepararem para uma briga — esbravejou o Capitão América, recebendo em troca a revirada de olhos de Loki, e uma bufada de Lottie.

— Então me expliquem o que está acontecendo por aqui e o que esse senhor eu-sou-um-deus-me-respeite-idiota está fazendo aqui em casa? Incluindo o loiro fortão assustador? — questionou, apontando o dedo para os dois deuses. Ela fitou Thor e se encolheu, por causa do tamanho. Tony riu, achando graça disso.

— Espera. O Stark não te contou o que faríamos aqui? — perguntou Natasha, cruzando os braços, confusa, recebendo um olhar irônico vindo de Lottie.

— Não, o Senhor Stark não me contou nada — respondeu Lottie, virando-se para o pai adotivo, com uma postura séria. — O que você não me contou, Tony? — indagou, com um olhar severo. Era capaz de ver os olhos castanhos dela mudarem para roxos bem intensos.

— Preparem meu funeral — avisou Tony, para os outros Vingadores, por precaução. Todos – exceto os deuses – assentiram, sabendo que não ia acabar bem se ele pisasse errado.

Tony contou tudo calmamente para ela entender os fatos. Lottie escutava tudo quieta e ás vezes assentia quando escutava, como um modo para ele prosseguir. Afinal, ela não podia esbravejar tudo por encontrar dois estranhos – do qual o loiro julgava ser um Vingador que esquecerá o nome – em sua casa e seus amigos Vingadores. Tinha que manter a calma e não deixa que seus poderes lhe aflijam.

Quando terminou, a primeira coisa que Tony fez foi cobrir o rosto com os dois braços, esperando um soco escandaloso da filha adotiva. Para outras garotas não faria isso, pois os socos eram fracos, mas os de Charlotte eram muito fortes. Iguais do Hulk e do Thor. Porém não veio nada. Franziu o cenho por não ter recebido, então soltou os braços, fitando a garota.

Charlotte estava quieta, parada, de braços cruzados e com uma expressão pensativa. Ela suspirou por um momento e bateu as mãos juntas. Os olhos, agora de volta à cor de mel, fitaram os dois deuses com um olhar de perdão. Sentia-se culpada por dar um escândalo e ter sido mal-educada com Loki, mesmo ele sendo um vilão. Sabia das coisas que ele passou por causa de Odin, agora foi obrigado a vir para cá contra sua vontade, pra quê ser maldosa com ele se já está pagando pelos seus atos? Se ela não sentia raiva dele por ter destruído Nova York? Sim, sentia, mas não via necessidade em maltratá-lo porque ele já teve seus castigos.

— Me desculpem, pelo meu jeito estranho, mas é que não estou acostumada com pessoas que não conheço aqui na Torre, ainda mais das coisas que me ocorreram alguns anos. Peço perdão, incluindo você, Loki, prazer em conhecê-los e, aproveitem a estadia aqui na Torre Stark — falou Lottie, nervosamente, se atrapalhando em palavras, passando a mão direita pelo rosto e depois cabelo, a mão esquerda estava na cintura enquanto a direita ficava na cabeça. Não sabia o que dizer. Loki riu de lado, debochado. Sabendo da sua confusão.

— Você deve ser louca demais para pedir desculpas ao vilão da história — comentou Loki, provocando e fitando Lottie, com seu sorriso irônico no rosto. Ela deu um maroto.

— Só para aqueles que têm o coração quebrado — respondeu seriamente, recebendo um olhar difícil de definir de Loki. A garota virou-se e pegou o pote de cookies, abrindo e deixando apenas um em cima do cappuccino de Bruce. Lottie ficou com o pote e saiu, caminhando até as escadas.

— Ei! Onde pensa que vai com meus cookies? — questionou Tony, correndo até as escadas, mas a garota já estava quase no corredor dos quartos.

— Como castigo por ter escondido isso de mim, ficará sem seus biscoitos Stark! — gritou Lottie, já no corredor, apenas se ouvia a porta do quarto ser fechada com força.

Tony foi para a sala e sentou-se no sofá, ao lado de Bruce, ele encostou a cabeça no ombro dele quase chorando de brincadeira.

— Eu amava tanto aqueles cookies — choramingou baixinho. Todos os Vingadores riram da palhaçada de Tony, menos Loki, que encarava aquelas escadas como se tivessem levado um pedaço de si. Aquela era mesmo a Sigyn que conhecia, a sua aluna. Sabia disso, e faria de tudo para tê-la de volta, mas, primeiro, tinha que entender o que estava acontecendo com ela.

~oOoOo~

— Você acha que é ela? — indagou Thor, pela décima vez naquela tarde. Loki bufou, passando a mão pelo rosto e depois para trás da cabeça apoiada pelo travesseiro. Depois daquilo, os dois irmãos foram para o quarto descansar após uma longa viagem. Claro que Thor não perdeu a oportunidade de encher o mais novo de perguntas relacionadas à Lottie.

— Eu não acho Thor, eu tenho certeza! — exclamou Loki, irritado pelas milhares perguntas do irmão, que não o deixava pensar. — Aquela é a Sigyn, eu sei disso — disse o moreno, fitando o teto. Ela é sua aluna, sabe disso, mas suas memórias, o que aconteceram?

— Como pode ter toda certeza disso, Loki? Ela não o reconheceu e, pelo que eu me lembre, Sigyn era das únicas que sabia quando você estava numa ilusão. Não importava o escudo que usava, ela sempre o reconhecia — falou Thor, saindo de perto da janela e caminhando até sua cama ao lado de Loki; sentou-se nela e colocou o Mjölnir no chão.

O trapaceiro suspirou e esfregou os olhos com a mão direita. Thor tem razão. Desde nova, Sigyn tinha a capacidade de ver através de qualquer magia de todas, até nas brincadeiras que fazia com ela conseguia saber que fora ele. Ela via através dos escudos e das energias que transmitia em seu corpo nas ilusões ou invisibilidade.

— Eu conheço Sigyn desde que veio para o palácio Thor, sei de cada característica que nem você, ou até mesmo Freya, sabem. Cada ponto que esconde e sua aparência. Afinal, eu vi pontos que nem imaginam — respondeu Loki, sentando-se na cama e sorrindo maliciosamente para o irmão. O loiro bufou, sabendo o significado dessas palavras. Só o mais novo para dizer isso.

— Não quero saber das coisas que você sabe, e sim, o porquê acha que é ela? Pode ser um engano — falou Thor, coçando sua cabeça e suspirando. A expressão de Loki ficou séria. — Não temos provas sobre isso.

— A marca de nascença no colo dela — declarou Loki, severamente, tentando manter a calma por causa da burrice do loiro. — Sigyn sempre teve aquela marca, e nós sabemos que mais ninguém tem, pois...

— Ela mesma a fez com magia — completou Thor, abaixando a cabeça. Loki se segurou para não fazer gestos com as mãos, agradecendo aos deuses pelo irmão ter entendido.

Loki era o único que sabia tudo sobre Sigyn. Ele que ensinou tudo que ela tinha conhecimento; a ensinou magia, luta, manusear armas antes de ser proclamada uma deusa. Um grande mestre que era, mas tudo mudou quando o que sentia pela garota virou outra coisa e quando ela foi embora, voltando para seu lar. Distante do dele.

Suspirou e se levantou, caminhando até a janela. O moreno ficou encostado na parede, encarando o céu, como se esperasse por Heimdall. Escutou o barulho do irmão tirar a armadura e depois se deitar, esparramando-se na cama grande que dormiria. Loki nem ousou a fitá-lo, estava preso em seus próprios devaneios. Neles incluía o sentido em Sigyn não se lembrar de Thor, e nem dele... Ainda mais dele.

— Você acha que ela perdeu a memória quando caiu em Midgard? — Thor voltou a questionar, fitando o mais novo com seus olhos azuis. Estava sem a armadura e suas botas; com braços atrás da cabeça apoiada no travesseiro. Loki cruzou os braços e segurou o queixo com a mão direita.

— Não, pouco provável — Loki balançou a cabeça negativamente, fitando de canto. — Ela já estava perdendo a memória naquela noite, depois de ser queimada, mas não era para isso acontecer. Ela ainda me reconhecia. Sigyn começou a perder por causa de...

— Odin — completou Thor, quase bufando. Ele fitou o irmão, irritado. — Até quando vai continuar com isso? Culpando nosso pai por tudo que ele fez? Aquilo foi apenas um mal entendido – disse, sentando-se na cama, irritado.

Loki virou-se para o irmão, com um olhar mortal, quase fuzilando Thor com os olhos. O loiro, já prevenindo um ataque entre ambos, pegou o Mjölnir caso de emergência, mas sabia que o moreno não o atacaria. Não com Heimdall vigiando ambos.

Mal entendido?! Vós achas que aquilo foi um simples mal entendido?! — bradou Loki, furioso, sem caminhar até o irmão. Apenas deixou que seu tom fosse alto e claro para ele. — Odin se recusou a ouvir a explicação de Sigyn, só pelo fato de que ela tentou assassiná-lo sabendo que não era ela e sim porque estava sendo manipulada! Por magia negra! Ignorando os pedidos de imploro, os choros, os pedidos de ajuda! Achas que queimá-la e depois bani-la de Asgard após notar que não a matou foi por causa de um mal entendido?! — gritou Loki, irritado. As lembranças dela sofrendo em sua mente voltaram a tona. Seus gritos, seus choros, quando ela implorava pela vida.

Irritado por lembrar-se daquelas cenas, o deus socou a parede, sem fazer muita força para não quebrá-la. Sentia-se mais furioso, lembrando-se dos gritos, clamando seu nome e ajuda, não pode fazer nada além de assistir por esta sendo segurado naquele dia.

Respirou fundo, controlando sua raiva e abriu os olhos, se acalmando. Já estava se irritando com Thor, e o fato de Sigyn não se lembrar dele, agora não aceitaria ouvir as reclamações de Odin pelos olhares de Heimdall por ter matado o irmão, ou batido nele. Precisava aceitar sua pena ou nunca mais sairia daquela caverna da qual viveria por anos até o Ragnarok. Thor, percebendo sua irritação, abaixou o Mjölnir, entendendo que dissera algo de errado.

— Perdão irmão, eu não quis... — Thor foi interrompido pelo moreno.

— Cale-se antes que eu lhe mate aqui mesmo, Thor — disse Loki, fechando os olhos e caminhou para o banheiro. — Preciso de um banho, antes que eu perca a cabeça com essa conversa — quando abriu a porta, o loiro o interrompeu.

— Loki...

— O quê?! — berrou o moreno, se virando, vermelho que nem um pimentão. Thor reprimiu uma risada pela expressão do moreno e cobriu a boca com a mão, desviando os olhos.

— Eu só perguntaria se você sabia ligar o chuveiro — disse Thor, rindo pela irritação do moreno. A expressão de Loki suavizou-se e ele suspirou pesadamente, jogando a cabeça para trás.

— Cale-se Thor — respondeu, fechando os olhos. Thor não resistiu e caiu na gargalhada naquele momento.

~oOoOo~

Lottie suspirou pela segunda vez, passando a mão pelo rosto, ainda sentindo o incomodo em sua cabeça; mesmo no escuro, nada ajudava. Estava doendo, latejando desde que escutara aquele nome sair dos lábios finos de Loki. Não entendia o motivo de ela estar doendo, mas isso a incomodava. Charlotte estava acostumada com dores de cabeça, mas aquela era mais forte. Que nem na primeira vez, pensou.

Nos primeiros dias que tinha acordado na base da H.I.D.R.A., sua cabeça ficou dois meses doendo sem motivo algum. Lá podia ser um lugar movimentado e cheio de pessoas, porém não tinha nenhum barulho que incomodasse. Nada tinha feito para melhorá-la, nem mesmo os remédios que Bucky trazia faziam efeito. Schmidt acreditava que era só bobagem sua para não fazerem experimentos nela. Por um momento, ela queria isso.

Resmungou quando a sentiu latejar mais uma vez. Lottie virou o corpo, ficando de bruços, com o rosto no travesseiro. Não entendia o porquê da dor de cabeça, só de pensar em Loki ou no nome, ela começava doer.

Sigyn...

— Droga! — praguejou Lottie, sentindo outra pontada, voltando a ficar de barriga pra cima, com a mão direita apoiada na testa e a esquerda no peito. Seus olhos fitavam o livro de mitologia ao lado do criado mudo; do lado esquerdo. Mesmo que o quarto estivesse meio escuro, dava para ver. A curiosidade sobre aquele nome era muito grande, afinal...

Quem é Sigyn? Qual o significado? Por que ele a chamou daquele jeito?

Levantou-se da cama e pegou o livro que alugará, caminhou até sua escrivaninha onde estava seu computador. Se ninguém podia responde suas perguntas – exceto os deuses – então procuraria-as ela mesma. Após digitar sua senha, começou a procurar sobre essa tal de Sigyn e sobre Loki.

Tony pode ter explicado que ele era um deus trapaceiro, considerado um criminoso por dois mundos, frio e cruel, procurado pela S.H.I.E.L.D. e por todos os outros lugares, mas Lottie sabia que tinha mais coisas entre Loki. O deus a intrigava, ele fazia sua nuca formigar toda hora que seu nome era dito.

Procurou em todos os lugares e nada. Absolutamente nada. Apenas descobriu que Sigyn era Deusa da Fidelidade, e só. Resmungou baixinho, jogando a cabeça para trás; esfregou os olhos, sentindo a dor de cabeça passar aos poucos.

Fechou o notebook, apoiando o queixo entre as mãos, fitando a parede que continha papeis escritos e desenhos feitos por ela; aquilo tudo a deixava confusa. Lottie não sabia nada sobre si mesma, nem ao menos o nome sabia. Não se lembrava da sua infância, apenas de quando acordou deitada naquela cela suja e fria. Seria possível alguém saber sobre ela? Por um momento seus pensamentos voaram sobre Loki, porém balançou a cabeça, tirando esse pensamento.

— Deixa-se disso, Charlotte, por que um deus, ainda por cima um vilão, conheceria sua história? — disse para si mesma, enquanto levantava da cadeira de rodinhas e caminhava até sua mochila jogada ao lado da janela. — Preciso esfriar a cabeça.

Agachou-se, pegando a mochila e tirando um relógio pequeno e feminino de prata. Abriu a janela grande, sentando-se no parapeito. Lottie observou a altura, sentindo um calafrio descer pela sua nuca. Era muito alto, mas não seria um problema. Ela fitou a porta do quarto, pensando em alguém batê-la para interromper, porém não aconteceu. Isso era bom.

— Jarvis — chamou a garota, para o mordomo robô.

— Sim, senhorita Stark?

— Eu vou sair usando o projeto Flying da Stark I, não deixe que ninguém entre no meu quarto, mantenha a porta trancada. Se alguém perguntar por mim, diga que estou dormindo ou ocupada — pediu Lottie, amarrando os cadarços de seu tênis, fitando o teto, esperando a resposta de Jarvis.

— Certo senhorita Stark, mas quando eu devo avisar para eles?

— Caso eles perguntem por mim, se Tony perguntar, diz o que eu te falei: dormindo ou ocupada — respondeu.

— Sim, senhorita — então Jarvis sumiu, dando a conversa por encerrada.

Charlotte virou-se, colocando os pés no parapeito, encarou o relógio apertando um botão do lado dele, o objeto se transformou num skate sem rodas, todo prata com uns tons roxos. Nos lugares para pôr os pés tinha um circulo mostrando onde deve colocá-los. Lottie sorriu e encaixou os pés nele, depois se jogou da janela, caindo pelo céu.

Uma pessoa comum teria gritado, mas ela não fez isso. Lottie voltou a sorrir, ainda com o skate nos pés, o segurando com as mãos, do nada ele começou a voar no ar junto com a garota. O skate era voador, feito por ela, muitos diriam que seria pro futuro mais adiante, porém Charlotte já tinha. Não era um projeto novo, então tinha total segurança nele.

Então se deixou voar no skate voador pela cidade grande, sentindo o vento forte bater em seus cabelos os fazendo jogar para trás. Lottie partiu, sem sequer importar-se se alguém a veria; e alguém viu.

Loki a via ir embora naquele objeto estranho, que voava para os cantos. Ele estava sem camisa e com os cabelos molhados, apenas vestia uma calça preta. Os olhos verdes a fitavam indo embora, enquanto pensava. Sempre sonhando nos céus, pensou, sorrindo debochado.

~oOoOo~

| 00h45min |

A porta do elevador se abriu, iluminando um pouco a sala escura. Lottie entrou no local silenciosamente, segurando o skate embaixo do braço direito. Passara o dia inteiro no Central Park, andando de skate e vendo o pôr-do-sol encima de um prédio perto da ponte de Manhattan, observando aos poucos ela ser iluminada perfeitamente.

Passou muito tempo voando e vendo as estrelas, até demais, mas precisava esfriar a cabeça e nada melhor do que fazer o que gostava. Observar as estrelas ou o céu lhe dava um conforto, uma calma que não conseguia explicar. Ficou ouvindo a música California King Bed, enquanto usava um pouco seus poderes – mesmo sendo errado por causa do seu descontrole –, tudo que a relaxava.

Lottie caminhou pela sala e apertou o botão do skate, o transformando em seu relógio. Colocou-o no pulso, depois pegando seu celular no bolso, algumas mensagens de Rebecca e outras de Tony. Com certeza ele deve ter notado seu sumiço.

Suspirou balançando a cabeça e guardou o celular de volta pro bolso. Teria uma conversa seria com Tony amanhã de manhã, mas naquele momento nem queria pensar, só queria cair na sua cama e dormir.

Bocejou ao chegar ao quarto, pediu silenciosamente para que Jarvis destrancasse a porta já que ainda estava trancada. Antes que pudesse abri-la, foi interrompida.

— Meio tarde para chegar, não acha? — a voz sussurrou perto de seu ouvido direito, lhe dando cala frios extremos. Conhecia o dono da voz.

Lottie se virou, fitando Loki assustada; suas bochechas ficaram rubras por ter sido pega e pela nudez. O moreno estava sem camisa, apenas de calça preta e descalço, seus cabelos estavam jogados para trás; parecia que não tinha dormido e sim ficado acordado, até ela chegar. Ele não tinha vergonha de aparecer assim do nada? Não. Loki estava sorrindo.

A morena suspirou pesadamente tentando controlar seu coração que disparava. Loki ainda sorria debochado por provocar medo nela. Não importava se ela parecia sua aluna – ou é –, não perderia a oportunidade de provocá-la ou assustá-la.

— Você não tem vergonha de aparecer assim, de repente, atrás das pessoas? E, ainda por cima, vestido desta maneira? — questionou Lottie, fuzilando o moreno, irritada. Loki apenas riu de leve, ainda com seu sorriso. A morena sentia um incomodo só de olhar para o deus, mas não sabia se era bom ou ruim.

— Não, até que é interessante ver o susto de vocês, midgardianos. Muito exagerado. E minha roupa... — o moreno fitou-se de cima abaixo. — Gosto de me sentir a vontade à noite.

— Poderia, por favor, botar uma camisa? — pediu Lottie, sentindo suas bochechas ficarem mais rubras. Não conseguia pensar enquanto encarava Loki; como o deus era muito alto, a garota só chegava ao peito dele. De tão perto que estava só conseguia fitar o peito. Mesmo não sendo musculoso – como Thor – o moreno era lindo.

— Não — recusou Loki, sorrindo divertido, fazendo com que Lottie bufasse.

— O que faz aqui? — perguntou a morena, cruzando os braços e fitando os olhos verdes de Loki.

— Já lhe falaram que você pergunta demais?

— Não mude de assunto — retrucou Charlotte, fuzilando-o com os olhos.

— Você devia me agradecer de joelhos humana, ao invés de bancar a mal educada — disse Loki, irritado pela conversa que estavam tendo. Lottie franziu o cenho, confusa. — Se não fosse por minhas ilusões de você naquele quarto, o Stark estaria bancando um lobinho atrás de você.

A morena se chocou com a confissão do deus. Ele, um vilão, ajudou-a de um sermão de Tony? Por que disso? Não se importaria de levar uma briga, mas Loki fez uma coisa que nem imaginaria que faria. Ainda mais para uma humana como ela.

Mutante, corrigiu-se mentalmente.

Lottie ficou fitando o chão enquanto Loki a observava. Pelo que vera na personalidade dela, ela era bem teimosa, então já esperava por uma provocação dela. Mas não veio.

— Por quê? — questionou Lottie, sem encará-lo. Queria entender o motivo, saber disso, por que um deus a ajudaria? Uma garota que mal tinha memórias do seu passado? Apenas lembranças de um cativeiro por quatro anos.

Loki deu uns passos para trás, recuando, com uma expressão séria e dura no rosto. Não era porque não tinha gostado da pergunta, e sim porque ela não parava de questioná-lo. O moreno não queria responder as perguntas, só queria...

Nada, ele não queria nada, apenas queria fazê-la se lembrar e entender se ela era mesmo a Sigyn que conhecia. Mas não podia, tinha que conhecer a nova personalidade dela e entender o que há de errado. Até saber se ela não bateu a cabeça, esquecendo-se de tudo, fará com que ela saiba de tudo.

— Apenas não queria ficar ouvindo o Stark reclamando e gritando pelos cantos. Além disso, foi divertido enganá-lo com simples ilusões, vocês humanos são muito fáceis de serem enganados — respondeu, finalmente, caminhando em direção ao quarto, mas parou com a voz dela:

— Espere — Loki parou de andar, porém não se virou para o lado. — Obrigada... por me ajudar — agradeceu Lottie, escutando uma risada vinda dele.

— Não fiz isso por você.

— Mas foi como um favor para mim — retrucou a morena, fazendo-o se calar. Lottie deu uns dois passos antes de voltar a falar. — Eu sei que começamos de uma forma errada, então quero que nós... recomecemos de novo — Lottie parou, o fitando. — Meu nome é Charlotte Stark, mas pode me chamar de Lottie, e você?

O moreno ficou imóvel sem dizer ou fazer nada. Lottie continuava parada, esperando pela reação do moreno. Quando viu que ele não daria sinal, suspirou frustrada, virando-se, decidida à ir para o quarto, mas foi interrompida.

— Eu sou Loki, de Asgard — disse o deus, ainda sem se virar.

Lottie, mesmo de costas para o deus, sorriu, abaixando a cabeça. Ela virou-se para o homem, fitando as costas largas e nuas dele, percebeu que Loki a observava por cima do ombro. Então abaixou um pouco seu rosto, para esconder a vergonha.

— Prazer em conhecê-lo, Loki... — disse Lottie, levantando a cabeça, ainda sorrindo. — Até que para um lobo atrás de sua presa, você não é o que eu imaginava — comentou Charlotte, brincando. Virou-se e girou a maçaneta, entrando no quarto; mas não fechando a porta.

— Para uma midgardiana, até que você não é tão idiota quanto imaginava — retribuiu Loki, abrindo a porta do próprio quarto e a fechando.

Lottie apenas revirou os olhos antes fechar a porta do quarto. Pela primeira vez em meses de curiosidade, sentiu-se bem com uma companhia diferente. Mesmo sentindo um incomodo por tê-lo perto, ela tinha medo de que Loki pudesse fazer algum mal com Os Vingadores, sabia que ele não faria algum mal na Terra... tomara.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje! Eu prometo não demorar, depende um pouco da minha agenda cheia e das provas, mas vamos ver :)

Até fim de semana pessoal! o/