Fallen Gods escrita por Fernanda Dixon


Capítulo 3
Capítulo II – God of Mischief.


Notas iniciais do capítulo

Hello povo!!

Depois de ter vários trecos, chorar e dá gritos, vim postar o capítulo dedicado á vocês e a Queen Panda!

Pessoal, eu agradeço de coração aos 13 comentários, 22 acompanhamentos, seis favoritos e os 310 acessos!! Meu deus, 310 em apenas dois caps? Muito obrigada pessoal!! Dedico esse capítulo para vocês.

Incluindo a diva da Queen Panda pela linda recomendação -e o banner! Amei sua recomendação, eu reli umas sete vezes kkkk, Dedicação especial para você!

Muito bem povo! Esse cap, como o título mostra, Loki chegou a Midgard e nosso querido casal, vai se encontrar :) Vou dizer que amei escrevê-lo e, estou prevendo alguns escandalos de vocês quando verem o final. Espero que gostem!

*Califórnia Coffe existe sim, nos EUA, Londres e no Brasil. É a melhor cafeteria do mundo!

*Rebecca Seefeld é uma personagem em homenagem á minha amiga, Rebecca Stupello. Uma grande amiga que me inspirou para escrever fanfic do Loki com uma O.C. Sua aparência e personalidade é de minha criação.

Boa Leitura :)



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Capítulo II – God of Mischief. | Laboratório – Torre Stark. |

~oOoOo~

— Só mais um pouquinho e... pronto. Acabou — anunciou Bruce Banner, tirando a agulha com sangue do braço da garota. Colocou a seringa encima da mesa e depois colocou no braço da garota um algodão junto com o esparadrapo. Ele sorriu para Lottie. — Viu? Dessa vez foi rápido — comentou Bruce, sorrindo e se levantando da cadeira. Charlotte suspirou, se recostando na maca.

— Claro, ela não deu um escândalo como da última vez — disse Tony. levantando da cadeira ao lado da maca e caminhando até sua mesa para continuar seu trabalho com a Mark 58.

Charlotte bufou e saiu da maca, colocando a mão no braço onde tirou sangue.

— Olha quem fala: o Homem de Ferro que tem medo da ruiva que ele chama de esposa — provocou Lottie, soltando o braço e colocando as mãos nos bolsos da calça. Tony lhe deu um olhar de perplexo e a boca aberta num “oh” falso.

— Eu? — indagou Tony, apontando pro seu peito, seu tom estava que nem de uma criança brincando.

— Tu sim — Lottie entrou na brincadeira, colocando as mãos nas costas e rindo de leve.

— Eu não — Stark sorriu, como uma criança recebendo doce.

— Então quem foi? — cruzou os braços, inclinando o tronco pra frente, sorrindo igual a uma mãe se divertindo com o bebê.

— Foi o...

— Não me inclua nessa Tony, foi você que roubou os biscoitos — interrompeu Bruce, sorrindo e fazendo analises no sangue de Lottie. Os três riram pela brincadeira infantil.

Tony bateu a mão direita na coxa e sentou-se na cadeira, mexendo no computador ainda rindo, ele olhou pro seu relógio de pulso vendo a hora. Eram quatro horas da tarde, uma hora para ir á base. Bufou frustrado e irritado por ter que sair de casa para buscar um deus que pode vir pra Torre com magia, mas Fury os esperava. Desligou os computadores e viu Charlotte limpando as ferramentas enquanto Bruce ainda fazia a analise do sangue.

— Hey verdão, termine logo com isso porque precisamos sair — avisou Tony, caminhando até Bruce e recebendo um olhar curioso de Lotte.

— Alguma coisa de errado na S.H.I.E.L.D., pai? — perguntou a morena, parando de limpar as ferramentas que usaria pro seu projeto, que faltava pouco para terminar.

— De errado, até agora nada, mas coisa séria sim — respondeu Tony, ao lado de Bruce, que ainda analisava a coleta. — Vamos doutor.

— Tenha calma, Tony, eu estou quase acabando — disse Bruce, calmamente. — Pronto, acabei.

— Alguma coisa diferente nesses meses? — questionou Lottie, nervosa, se levantando e correndo para frente de Bruce. Ele deu mais uma olhada ajeitando seus óculos e depois sorriu, tirando-os e fitando ela.

— Pelo que os exames indicam: seu sangue está limpo de qualquer infecção que tenha pegado durante esses meses. Isso é muito bom — respondeu Bruce, sorrindo contente para a garota, que suspirou aliviada, também dando um sorriso feliz.

— Que bom! — disse feliz. — Isso quer dizer que não vou mais fazer exames?

— Aqui diz que não recebeu nenhuma infecção ou alguma mudança desde que eu te examinei em Dezembro do ano passado, então devo dizer que a senhorita está liberada — Bruce guardou os óculos e Lottie suspirou, gritando feliz, jogando os braços para o céu. Os dois mais velhos riram do jeito dela.

— Finalmente um dia de folga dessas agulhas assassinas! — gritou a garota, socando o ar e recebendo mais risadas dos dois. Ela riu, parando a brincadeira e ajeitou o cabelo escuro. — Já que vocês vão para a S.H.I.E.L.D., daqui a pouco, eu vou indo — declarou Lottie, caminhando até a mesa e pegando sua jaqueta jeans clara.

— Aonde vai mocinha? — questionou Tony, cruzando os braços, parecendo um pai protetor. Bruce riu baixinho e passou a mão pelo rosto até os cabelos, o moreno era muito apegado a garota mesmo ela sendo uma adulta de vinte anos.

— Eu marquei com a Becca para me encontrar no Califórnia Coffee pra tomamos um café e depois ir pra livraria, tudo bem eu ir? — respondeu, pegando sua bolsa de couro marrom no ombro direito.

— Café... — resmungou Tony, fazendo careta. — Pode ir sim, mas não se esqueça da minha tortinha de limão, eles fazem uma das melhores — comentou, mudando a expressão para sonhador, quase babando só de lembrar o gosto. Lottie assentiu sorrindo e virou-se caminhando para a porta, porém parou e fitou o companheiro do seu pai.

— Doutor Banner, o senhor também quer alguma coisa de lá? — perguntou, segurando a maçaneta da porta de vidro.

— Hã... apenas um capuccino e um cookie, por favor. Ouvi dizerem que os biscoitos são ótimos — respondeu Bruce, sorrindo enquanto mexia num dos papeis.

— São deliciosos! — corrigiu Stark, animado. — Se você comer, o verdinho ai dentro não vai parar de pedir mais — Tony gargalhou da sua própria piada. Bruce revirou os olhos e voltou a ver seus papeis.

— Ok; ok. Estou indo pessoal. Tchau — acenou Lottie, saindo.

— Tchau! — disseram ambos. Ouviram um barulho de celular e Tony levou a mão para o bolso, e tirou seu telefone, vendo a mensagem. O mesmo bufou, colocando no bolso o celular novamente. — Mensagem de quem? — perguntou Bruce, colocando os óculos de novo e lendo os papeis.

— Do Fury. Ele quer que nos encontre na base em menos de vinte minutos — respondeu, quase resmungando irritado.

— Por que ele está com tanta pressa? O Nick não é disso — comentou Bruce, encarando Tony por trás dos óculos velhos.

— Se você soubesse do que se trata notaria o quanto é sério.

— É tão grave? — indagou, preocupado pelas palavras de Tony.

— Vai por mim, é tão grave que até o Hulk sairia daí de tanta raiva gritando deus fraco — confirmou o moreno, com a expressão séria, recebendo um olhar perplexo de Bruce. Sabia que ele tinha caído no jogo. Loki estava de volta.

| Califórnia Coffee – New York |

— Agora, me conte: como foi a viagem para o Brasil? — perguntou Lottie, sentando na cadeira e colocando seu Verry Barry e um prato com dois cookies na mesa. Rebecca sorriu e bebeu seu café calmamente, para não se queimar.

Rebecca Seefeld é uma garota de vinte e cinco anos, as duas se conheceram no primeiro dia na faculdade de tecnologia que faziam. Ela é loira de cabelos longos até o meio das costas, lisos, pele pálida e olhos azuis, corpo magro e alto. Típico de uma brasileira, mas muito bonita.

Ela era brasileira e só estava nos EUA por causa da faculdade e por ser uma agente da S.H.I.E.L.D., mas sempre que Fury lhe dava uma folga de duas semanas Rebecca passava no Brasil com a família, mas preferia Nova York por causa do trabalho.

— Foi boa. Matei a saudade dos meus pais e passei um tempo na praia com eles, até ai tudo ótimo — respondeu Becca, sorrindo e tomando um gole do seu cappuccino. — Hum... senti falta disso — comentou, referindo-se ao café. Lottie riu baixinho.

— Pelo que eu sei, no Brasil também tem.

— E tem, mas eu prefiro o daqui — retrucou, fechando os olhos e fazendo uma careta. Lottie riu, acompanhada por Becca. — Como anda o seu projeto? — perguntou a loira, tomando mais um gole do seu cappuccino. A morena bebeu um pouco antes de responder:

— Vai indo — respondeu Lottie, suspirando. — Se der tempo, eu termino-o hoje antes de falar com Tony sobre o projeto e o meu...

— Você não contou para ele?! — interrompeu Becca, arregalando os olhos. Ela sabia do final da frase, e não acreditava na resposta que ouviria. Lottie fechou os olhos e negou com a cabeça. Becca bufa, e apóia a cabeça na mão direita. — Oh, meu Deus... Charlotte, por que você não contou para o Tony sobre isso? Você, mais do que ninguém, sabe como ele ficara após saber a verdade. Tem que contar para ele! — disse Rebecca, colocando as mãos na mesa, tomando cuidado para não derramar o café encima da sua bolsa que estava ao lado.

— Eu sei, eu sei... Mas não tive tempo... — a morena começou a explicar, ficando nervosa. — Como você acha que o Tony vai ficar, quando souber que eu entrei pra S.H.I.E.L.D.?

Essa era a verdade: Charlotte recebeu uma carta de Nick há três meses, chamando-a para ser uma agente. O diretor sabia tudo sobre a garota e seus poderes então tinha a chamado, a mesma aceitou de bom grado passando por vários treinamentos. Só não tinha contado para Tony porque não queria que ele desse um escândalo, o moreno sempre dizia que Lotte era frágil demais para ser uma agente e sabia que ficaria decepcionado.

Charlotte não se importava de decepcionar o pai adotivo, decepções acontecem; porém tinha medo de Tony entrar numa briga com Nick, isso sim que ela temia.

Rebecca suspirou e passou a mão pelo rosto, encarando de canto e assentindo de leve. Ela tinha razão, a reação do homem seria a pior de todas, era capaz dele usar a armadura contra Fury por ter a convidado para ser agente. Contudo sabia que logo, Tony saberia, sem precisar ser contado.

— Você tem razão, mas sabe que a qualquer momento ele pode descobrir, e da pior forma. Eu sugeria contar logo, não pode ter esse medo, conte para ele o real motivo de esta fazendo isso. Você tem vinte e três anos, não pode ficar com medo do seu pai adotivo, ele entenderá, eu sei disso — declarou Becca, pegando seu copo de plástico e encostando na cadeira, tomando mais um gole. Lottie, apoiando os braços na mesa, concordou com a cabeça e sorriu. Por isso que ela adorava Rebecca: ela é uma verdadeira amiga e sabe muito bem como ajudar as pessoas.

— Tem razão, Becca. Desde que Tony decidiu cuidar de mim vivem me tratando como se eu fosse...

— Uma bola de cristal — completou a amiga, sorrindo de lado.

— E eu odeio ser tratada desse jeito, só porque fui usada como experiência pra H.I.D.R.A. — concluiu Lottie, encarando a amiga. Rebecca lhe deu um sorriso encorajado.

— Mostra pra ele que você não é feita de vidro; além do mais, você se daria muito bem como agente — falou Becca, recebendo um olhar confuso. — Eu vi seu treinamento através das câmeras de vigia. Clint e Natasha não pegam leve, eu te avisei — respondeu rindo, lembrando-se das cenas do treino onde Lottie era péssima com armas ou quando tinha medo de machucar os dois. Ela bufou.

— Vindo daqueles dois, nada me surpreende — as duas riram e voltaram a tomar seus cafés com cookies.

Após comerem, Lottie pediu para viagem os pedidos de Bruce e Tony e pagaram a conta, depois saíram da cafeteria, os carros passavam correndo buzinando desesperados. Elas foram para o ponto, esperar o sinal fechar para poderem atravessar a rua junto com os outros nova-iorquinos. O vermelho apareceu e ambas atravessaram, caminhando juntas por alguns minutos, até chegarem á livraria.

Entraram dando boa tarde baixinho para a moça que trabalhava. Ela sorriu e voltou a escrever. A livraria era grande e de dois andares; o primeiro era onde ficavam todos os livros, quadrinhos e CD’s, que qualquer um poderia ter, e no segundo andar, que tinha uma escada de madeira para subir, ficava a sala de leitura com sofás e algumas mesas. Silenciosa, relaxante e bem fresquinha. Ambas adoravam.

Caminharam até a área dos livros, passando os dedos por eles. Becca decidiu ver um pouco dos CD’s e deixou Lottie sozinha, procurando um livro. Os olhos cor de mel fitavam todos os livros de forma curiosa, como se fosse uma criança; a garota riu com esse pensamento. Não se lembrava de sua infância, apenas lembra-se de ter acordado na base da H.I.D.R.A.; podia sentir curiosidade sobre seu passado, mas tentava não pensar nisso. Afinal, não tinham nenhuma pista sobre ela.

Suspirou e encarou uma estante com a palavra “Mitologia” escrito. Lottie caminhou até a estante e procurou por um livro bom, interessada sobre esse assunto. Seus dedos pararam num livro não tão fino, mas de poucas páginas, pegou e estudou a capa, curiosa, franzindo o cenho e lendo o título.

— Mitos nórdicos: O Passado Lendário... — murmurou lendo, sua curiosidade foi alta e acabou pegando o livro, e virando-se para sair da sala.

Lottie foi até as escadas atrás da bancada onde comprava os livros e subiu rapidamente, sem fazer barulho. A sala de leitura era iluminada por lâmpadas pequenas nas paredes, iluminando perfeitamente, com quatro poltronas em duas paredes e mesas em voltas, bem confortável para leitores.

Caminhou até uma poltrona perto da parede esquerda e sentou-se, colocando a bolsa no chão. Ajeitou sua jaqueta jeans e pegou o livro, começando a ler. Deuses nórdicos e seus mitos, histórias, lendas, tudo sobre os deuses que nunca tinha ouvido falar. Lottie se ajeitou direito e ficou lendo sobre Thor, o deus do trovão. Sabia quem ele era, já que ouvira de Tony sobre o deus vingador.

Seu interesse pelo livro foi tanto que conseguiu chegar à metade, onde ele contava sobre outro deus, Loki. Sentia curiosidade sobre esse deus, pois dizem que ele foi à causa da Iniciativa Vingadores ter sido posta em prática, no momento que o deus atacou toda Nova York para dominar o mundo. Não estava lá para ver e muito menos para saber, mas os boatos na H.I.D.R.A. foram tão grandes que sabia de tudo que acontecia pela cidade. Até mesmo sobre as missões dos soldados já que o Soldado Invernal lhe dava noticias.

James...

A morena bufou, balançando a cabeça. Odiava lembrar-se do velho amigo, a única pessoa que lhe mostrou confiança mesmo sendo um assassino, ele não a machucava e sim defendia, porém não o necessário, pois pagava caro no final. Dos que mais odiava, era o Sanguinário. O parceiro dele.

— Não imaginava que gostasse de mitologia — a voz de Rebecca se manifestou, tirando Lottie de seus devaneios. A morena acordou num sobressalto, tirando uma risada na loira; a garota suspirou.

— Que susto, Becca... — exclamou Lottie, baixinho para não incomodar ninguém. — Tem que parar com isso, antes que me mate do coração — comentou, fazendo drama. Becca fez uma careta.

— Deixa de drama colega, eu posso ser uma agente, mas não mato — disse Rebecca, sorrindo de forma marota, recebendo uma risada baixa vindo da morena. Ela ergueu um pouco o pescoço vendo o que a amiga lia. — Não imaginava que gostasse de mitologia, ainda mais a nórdica — a loira sentou-se numa mesa em frente a poltrona. Lottie suspira, ainda fitando o livro aberto.

— Digamos que nunca pensei sobre a mitologia, mas sempre tive um interesse por ela, sabe? Curiosidade — respondeu Charlotte, encarando um desenho de Loki, o deus da mentira. — Ainda mais sobre esse vilão que tanto falam.

— Quem? Loki? — a morena assentiu, agora a fitando. — Só posso dizer que ele é um deus da trapaça e vilão, que sonha em se vingar do pai adotivo e do meio irmão — falou Becca, respondendo uma das perguntas de Lottie. Mesmo ter se tornado uma agente em 2014, sabia tudo sobre os vilões que os vingadores enfrentam. Fury e Coulson tinham lhe informado sobre a iniciativa, contudo não sabia de tudo.

— Disso eu sei, mas... — ela hesitou um pouco, voltando a encarar o desenho.

— Fala.

— Eu queria entender o porquê dele querer ser mal — disse Lottie, fixando os olhos cor de mel nos azuis de Becca. — Afinal, ele tinha tudo: era príncipe, mago, sabia tudo sobre magia, tinha uma família... — seus cílios pararam no chão. — …memórias… — a loira acabou suspirando no final da frase que a amiga disse. Ela sabia o quanto era difícil não saber sua identidade.

— Pelo que ouvir falar, Loki tinha inveja de seu irmão porque não recebia a mesma atenção que o pai que dava ao mais velho. Ou seja, ele é carente de atenção e Thor, fica irritado sempre que... — antes que ela pudesse completar a frase, um trovão foi ouvido bem forte e alto.

As duas levantaram a cabeça, encarando o teto, escutando outro trovão, depois a chuva forte lá fora. Becca suspirou e fitou Lottie sorrindo de lado e rindo de leve, enquanto a morena a encarava confusa.

— Falando nele, eu acho que Thor voltou á Terra.

| Base da S.H.I.E.L.D. – Sala dos Vingadores. |

Diversão. Era isso que seu sorriso mostrava. Raiva. Era o que seus olhos mostravam. Loki não estava preparado para chegar à base da S.H.I.E.L.D. e encontrar todos os Vingadores no mesmo lugar, o fuzilando. Sentia raiva claro, porque eles estragaram seus planos, porém sentia diversão ao mesmo tempo. Seria divertido “brincar” com os heróis de Nova York durante esses meses.

Thor segurou seu braço esquerdo fazendo-o caminhar mais para dentro da sala, em nenhum momento tirou o sorriso de diversão e sarcástico, seus olhos verdes fitavam todos: Steve, Bruce e Tony sentados nas cadeiras o fuzilando sem tirar o olhar nele, os dois agentes perto de Nick tentando não matá-lo. Loki sentia sua raiva, o ódio e o desprezo; isso só lhe dava mais motivo para se divertir com eles.

Não escutou nada que Fury tinha dito, permaneceu calado, sentindo-se um tolo, ele está com seus poderes e tinha como matar todos, mas precisava cumprir a ordem de Odin. Antes de ser mandado para Midgard, Loki pediu um favor quando cumprisse seu dever.

[...]

— Eu aceito... — disse Loki, encarando seriamente Odin. O rei sorriu vitorioso por ter conseguido convencer o mais novo.

— Ótimo.

— Porém, quero algo em troca — completou, interrompendo os pensamentos do rei. Thor franziu o cenho pensando em todos os motivos de querer algo em troca, Odin por outro lado, já esperava por isso, porque suspirou pesadamente.

— Diga-me e você terá; se cumprir o seu dever — pronunciou Odin, erguendo o dedo indicador esquerdo.

Loki suspirou e seus olhos ficaram frios. Deu um passo para frente, sendo seguido pelos guardas que seguravam suas correntes. Inclinou o corpo levemente para frente.

— Quando voltar de Midgard, eu quero saber onde você mandou-a e irei trazê-la de volta para Asgard, comigo, sem nenhuma reclamação sua — declarou Loki, sério, para o pai. Thor arregala os olhos, fitando o irmão. Aquilo não podia esta acontecendo, ele sabia que ela não podia voltar, ainda mais pelo jeito que o pai era com a garota. E o poder que carregava nela.

Odin suspirou e bateu três vezes seu Gungnir no chão, ele virava sua cabeça pros lados, ás vezes balançava sem conseguir pensar numa palavra. Tinha que recusar a oferta, mas era o único jeito de Loki mudar. Assim tudo podia acabar logo, sem nenhum julgamento e dores de cabeças que tinha por causa do moreno.

Cansado, após pensar muito, ele virou-se pro filho e apontou o Gungnir para o peito do filho.

— Eu te direi onde ela está quando voltar, e aceitarei-a volta; darei uma segunda chance pra ela também — disse Odin. — Mas afirmo que caso ela faça algo de errado aqui em Asgard ou algo contra mim, você e ela passaram a eternidade na prisão. Você, Loki, na caverna acorrentada, e ela, amarrada na cela para sempre sem nenhum direito de sair novamente. Esse é o nosso trato — concluiu Odin, dizendo em palavras friamente e com dureza. Odiava falar da criatura.

— Oh, não fique assim. Pelo que eu me recordo: ela foi treinada por mim, então sabes que tem todo o controle dos seus poderes. Você que não deu o luxo de ouvi-la e a expulsou por medo. É isso que você é Odin, um fraco — falou Loki, friamente contra o pai, lembrando dos poderes que sua aluna tinha. Antes que o grisalho advertisse tais palavras, ele interrompeu: —Estarei de volta em seis meses Odin, espero que cumpra sua parte do trato.

[...]

Foi essa promessa que Odin lhe prometera. Loki sabia que o mesmo não daria as respostas necessárias, porém terá tempo suficiente para saber onde sua querida aluna estava. Se ele pensava que ela estava morta? Uma vez pensou, mas Frigga tinha dito que não, que ele a reencontraria quando estivesse em Midgard pela segunda vez em sua vida.

Tinha ligado os fatos há horas atrás, quando Odin tinha falado, sua mãe tinha avisado que encontraria sua aluna, contudo, só poderia procura-la quando estivesse em Midgard pela sua segunda vez. No inicio não entendera, mas agora, depois de anos, entendia o que aquelas palavras significavam. A garota voltaria para seus braços novamente.

Loki não prestou atenção em nenhuma palavra que os Vingadores trocavam, nem escutou sobre os dois outros heróis que ajudariam na vigia. Apenas pensou num jeito de encontrar sua aluna em seis meses.

~oOoOo~

Duas horas depois todos os Vingadores já estavam na Torre Stark, seguindo Tony que falava como seria a rotina de lá. Thor e Loki estavam afastados, ouvindo e fitando tudo envolta; o moreno tinha seu sorriso sarcástico habitual enquanto encarava tudo. Aquele lugar foi o palco para seu reinado, que acabou antes mesmo de conquistá-lo. Sentia raiva por esta de volta a aquele lugar, depois de tanto tempo.

— Muito bem. Aqui ainda tem poucos quartos, enquanto ainda faço o projeto sobre a Torre Avengers vocês terão que dividir eles. O capicolé e o verdinho vão ficar no primeiro quarto à esquerda, o cabeça de teia na direita com o loirinho do punho, a viuvinha e o passarinho no segundo quarto à esquerda, os irmãos deuses no segundo da direita — explicou Tony, pegando um copo de uísque e o tomando. — Podem colocar as malas lá e descansarem a vontade, só quero que nunca, em hipótese alguma, entrem...

— No quarto com o “C” escrito na porta — completou Bruce, sorrindo. — Eles sabem disso, Tony — disse, caminhando até o sofá e sentando-se confortavelmente.

— Ué? Lottie está escondendo algum presentinho nosso e eu não fiquei sabendo? Magoou, essa chata — perguntou Peter Park, o Homem-Aranha, sentando no sofá com seu amigo, Daniel “Danny” Rand.

— Deixe-a quieta, Peter, ela deve estar numa daquelas “crises femininas”, então é melhor não perturbá-la — disse Danny, sentando e colocando a mão no queixo. — Como sempre.

— Errado, meu caro Aranha e senhor Punho Dourado — Tony estalou o dedo, apontando para o garoto. — Apenas estou avisando isso porque eu não disse sobre vocês virem dormir aqui, e com a chegada dos dois deuses nessa casa. Que um deles é criminoso — declarou, sentando na poltrona e bebendo mais um gole.

— Vai ser um show e tanto quando souber então — comentou Clint, sentando-se ao lado de Bruce.

Todos os Vingadores – exceto Thor – sabiam o quanto a morena se irritava por ser a ultima á saber de tudo, então seria um show e tanto quando Tony contasse isso para a Lottie. Ainda mais o fato de que não gostava que ninguém escondesse as coisas dela.

Os dois deuses se encararam confusos. Thor deu um passo para frente perguntando de quem eles estavam falando; Loki apenas revirou os olhos, achando ridículo a tão grande curiosidade do irmão. Para que ficar tão curioso sobre uma midgardiana?

— Você não estava nesse dia Thor, mas bom: Charlotte é uma garota que Natasha e Clint encontraram caída na neve em Moscou, em 2014, e acabou que Tony adotou-a por ter se apegado á ela — explicou Steve, sentado no braço do sofá, ao lado de Peter.

Filha adotiva? Tinha mais alguém nesse lugar nojento igual a ele, um ser adotado esquecido pelos pais biológicos. Loki começou a achar interessante, mas perdeu o interesse pensando que era ridículo pensar nisso. Afinal, ninguém, mesmo sendo adotado ou não, o entenderia. Nunca.

— Sim, ela é minha filha adotiva e daqui a pouco vai esta em casa, então respeito! E você, homem rena, fique bem longe dela antes que seja chutado daqui pela minha armadura — ameaçou Tony, apontando o dedo com o copo de uísque. Loki riu de lado.

— Não ousarei pôr as mãos nela, senhor Stark. Afinal, tem coisas mais interessantes por aqui do que mexer com uma midgardiana — garantiu Loki, desviando os olhos. — Espero eu.

— Ótimo! — Tony sentou-se no sofá e eles puderam ouvir a porta do elevador se abrir.

Lotte saiu do elevador carregando dois sacos marrons grandes nas mãos, ela mexia no da direita, como se procurasse o que queria, e nem tinha reparado nos Vingadores. Ela entrou na sala e caminhou até o barzinho.

— Pai, desculpe, mas eles não tinham a sua tão querida torta de limão, então eu trouxe uns cookies já que tanto ama. Doutor Banner, por sorte, o seu cappuccino ainda está bem quentinho, como você gosta — falou Lottie, tirando um pote de plástico com sete cookies e um cappuccino. Ela levantou os olhos cor de mel e notou todos os Vingadores, que a encaravam. — Oi pessoal, o que estão fazendo aqui? Tony não me avisou que vocês viriam hoje — perguntou, saindo de perto do bar.

— Ah! Lottie... Eu... — Tony gaguejou, enquanto tentava pensar numa explicação para a filha. Porém parou quando notou que Loki se aproximava da garota em passos lentos e curtos. Ele estava estranho, mais do que Thor, pois ele estava perplexo.

Loki a fitava chocado, porém estava confuso. Era ela. Sua aluna que tanto procurava, parecia que a mesma não o reconhecia. Não tinha mudado nada, nem em sua aparência que mudava tanto com o tempo, como conhecia. Os mesmos cabelos escuros, a pele clara que adorava, e os belos olhos cor de mel. Ela é sua aluna.

Sigyn?


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Notas finais do capítulo

E podem dá ataque agora! Já to prevendo você me matando por isso kkkk.

Ai está o encontro de nossos queridos pares! Eu amei escrever e desculpem por estar apressando muito, mas é que estou sendo rápida mesmo, não gosto de enrolação kkkkk. Então pessoal, ela é ou não Sigyn? Não posso responder, apenas o Loki kkkk.

Peter Parker apareceu pessoal. Acho que a maioria não gosta do Homem Aranha, mas eu sou fã dele e quis muito que ele aparecesse, só para dá um gostinho de ironia kkkkk. Para quem não conhece, o Danny é o parceiro do Peter, conhecido como o Punho Dourado ou de Ferro, até esqueci kkkk, ele não aparece nos filmes e sim nos quadrinhos.

Espero que tenham gostado :) O próximo cap virá na sexta ou sábado, porque preciso escrever alguns caps de FG e de outra fanfic minha.

Até a próxima pessoal!



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