Mais um dia em Roma, já estávamos de volta ao hotel, hoje foi dia de conhecermos o grande Coliseu, depois fomos fazer algumas compras, comecei a me cansar e Emma achou melhor voltarmos ao hotel e aqui estamos. Estou deitada na cama enquanto minha loira tenta conectar o Skype com Dona Elena, sentada ao meu lado com seu iPad.

–Falei que vovó não iria saber mexer nessas coisas. – virou a cara para me olhar.

–Não duvide de mim querida. – Era Dona Elena na tela que finalmente havia atendido ligação.

–Oi vovó. – Emma falou sorrindo, me levantei, sentando ao seu lado.

–Olá Elena. – apareci na imagem.

–O que aconteceu? – perguntou com uma cara séria, fazendo com que Emma e eu trocar um olhar de quem não havia entendido nada. – Vocês estão vestidas. – estava demorando para ela fazer alguma piada, não me segurei e cai na risada.

–Vovó. – Emma a repreendeu.

–Tudo bem, desculpe queridas. – deitei minha cabeça no ombro de Emma. – Como vocês estão? Como está Roma? E meus bisnetos? – varias perguntas de uma só vez.

–Nós estamos bem, Roma é lindo, e seus bisnetos estão aparentemente ótimos. – respondi por Emma, Dona Elena abriu um sorriso de orelha a orelha. – E nossa Lana como esta?- pedi, estava morrendo de saudades da minha pequenina.

–Lana está bem. LANAAA. – Dona Elena gritou e logo atrás dela pudemos ver Lana correndo até ela, que se abaixou e pegou minha cachorrinha em seu colo. – De oi para suas mães.– Lana latiu e abanou seu pequeno rabo.

–Oi meu amor. – Emma e eu falamos juntas.

–Vovó não esta te dando doces né? – minha loira conversava com a cachorra.

–Talvez. – Dona Elena respondeu torcendo o nariz. Emma e eu negamos com a cabeça. – De vez em quando. – sorri, Emma acabou sorrindo, alguns doces não iriam fazer mal.

–Tudo bem.- falei sorrindo ainda.

–Vovó, vamos desligar, Regina esta cansada e precisamos jantar ainda. – Emma começou a se despedir da avó. – Se cuida.

–Tchau. – Emma e eu falamos juntas.

–Tchau meninas. Se cuidem também, Lana e eu ficaremos bem. – pegou a patinha de Lana e acenou para nós, que acenamos em resposta e a janela do skype foi fechada.

–Como esta se sentindo amor? – Emma deixou o tablet de lado e se virou para mim.

–Estou melhor, preciso comer algo e tomar um banho. – falei me deitando na cama de novo.

–Vou pedir alguma coisa então, comemos aqui no quarto mesmo. – beijou minha testa e pegou o cardápio que havia na pequena mesa ao lado da cama. – Quer alguma massa, ou prefere algum sanduiche?

–Um sanduiche natural e um suco de morango. – falei e me cobri, fazia um vento frio, por mais que o ar condicionado estivesse ligado.

–Tudo bem. – sorriu e telefonou para o atendimento do hotel. – Por favor quero pedir um sanduiche natural, dois sucos de morango e um hambúrguer com fritas. – É claro que ela não iria perder a chances de comer hambúrguer com batatas fritas. – Quarto 108. Muito Obrigada. – desligou o telefone e me olhou séria. – Está com tanto frio assim?

–Estou. – assenti com a cabeça e me encolhi mais na cama.

–Quer que eu aumente a temperatura do ar? – me pediu preocupada.

–Se você não se importar. – falei e ela deixou mais um beijo na minha testa antes de aumentar alguns graus a temperatura do ar.

–Vai demorar uns 40 minutos nosso jantar, quer tomar um banho antes? - a preocupação de Emma me fazia querer morde-la, sorri travessa e a encarei.

–Vai tomar banho comigo? – ela me olhou sorrindo.

–É claro. – me descobri, enquanto minha loira ligava a água da banheira fui tirando minha roupa, logo que ela voltou tirou a dela. Percebi que ela me encarava sem parar.

–O que foi? – a olhei e olhei para meu corpo.

–Sua barriga, esta crescendo. – sorrimos, pousei minha mão sobre meu ventre e me aproximei dela.

–E só vai aumentar agora. – selei nossos lábios e sorri para ela.

Fomos até a banheira, entrei primeiro que ela, logo ela entrou ficando atrás de mim, minhas costas estavam encostadas em seu peito, sua mão passeava por todo o meu ventre, sem malicia alguma, nossos cabelos estava presos para que não molhasse com a água da banheira.

–Esta se sentindo melhor? – minha esposa perguntou depois de alguns minutos.

–Sim. – a olhei com um sorriso no rosto.

–Melhor assim então. – beijou minha bochecha. – Deixa-me te lavar. – com o sabonete em mãos passou pelo meu corpo coberto de água, toques assim faziam meu coração pular de alegria. Depois de longos minutos naquela banheira, bateram na porta do quarto, Emma vestiu um roupão e foi receber nosso jantar, enquanto eu me secava e vestia meu pijama.

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Depois de jantarmos voltei a deitar na cama, algo estava me incomodando e previ que seria uma cólica, e era mesmo, começou fraca mas logo eu estava com vontade de arrancar meu útero. Aurora avisou que cólicas seriam normais e não era para me preocupar.

–Morena, quer que eu peça algum remédio? – neguei com a cabeça, estava abraçada em Emma na cama, tentando me esquentar e fazer com que a cólica parasse. – Quer que eu ligue pra Aurora? – assenti. Pego o celular que estava por perto e ligou para a doutora, que recomendou que eu deitasse e colocasse meus dois pés pra cima, e foi o que eu fiz. Emma com todo o cuidado massageava meu ventre. Até que a dor foi parando aos poucos.

–Ta passando. – falei sorrindo, meus pés ainda estavam na parede acima da cama. Emma ainda estava com as mãos em meu ventre massageando bem de leve.

–Mesmo? – me olhou preocupada.

–Sim Emma. – sorri e peguei em uma de suas mãos. – Obrigada. – beijei seus dedos.

–Não precisa agradecer morena. – se deitou ao meu lado e apoiou as pernas na parede, virou seu rosto para mim e rimos uma da outra. – Eu amo você e eu vou te cuidar sempre que for preciso. – entrelaçou nossas mãos e beijou minha testa, depois a ponta do meu nariz e por fim selou nossos lábios.

–Eu também amo você. – a abracei novamente, deixando meu rosto entre seu ombro e seu pescoço.

–Regina, vamos virar na cama. – só então me toquei que estávamos ao contrario, logo estávamos deitadas “corretamente”, claro que eu a abracei mais uma vez, entrelaçando nossas pernas, meus braços em volta de sua cintura e minha cabeça em seu ombro. Uma de suas mãos fazia cafuné no meu cabelo e a outra descia e subia pelo meu braço. Ficamos um bom tempo assim, conversando sobre tudo, a luz e a TV já estavam desligadas quando cai no sono nos braços da minha loira favorita.