Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 54
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Hoje é meu aniversário então quero muuuuuuitos comentários, viu?



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Estávamos no meio da batalha quando Steve disse algo sobre aquela batalha não ter fim e que tínhamos de ir logo para a Sibéria.

­-Não é a briga de verdade, Steve. –Disse Sam.

—Ta bom, Sam. Qual é o plano? –Perguntou Steve.

—Precisamos de uma distração, uma coisa grande.

A conexão foi interrompida, quando levei um golpe pelo lado esquerdo do meu corpo, me levando para longe caída no chão. Com rapidez senti as luzes fazerem com que as breves dores sumissem do meu corpo, levantei e vi que Natasha estava na minha frente.

—Não achei que brigaríamos. –Falei.

—Está brincando? Eu estava esperando por isso. –Disse ela com seu sorriso malicioso.

Ela veio em minha direção e tentava me acertar com golpes usando as mãos, que eu defendia. Isso continuou por alguns segundos até que ela resolvesse usar as pernas. A segurei com uma das mãos, o que deu chance para que ela me agarrasse e me lançasse de costas para o chão.

—Esqueceu que eu ensinei você a lutar? –Disse ela em cima de mim.

—Na verdade, não me lembro disso. –Usando um dos golpes de proteção que Bucky havia me ensinado à (muitos) tempos atrás. Dei golpes no abdômen dela com meus joelhos, logo depois usando minhas mãos para empurrar seu corpo para trás. Usei meus poderes para segura-la no chão por alguns segundos, apenas para chegar nela e dizer:

—Não lembro de você ter me ensinado isso. –Apertei minha mão, o que fez com que as luzes apertassem ela, a deixando sem ar.  Quando ela pareceu atingir um ponto em que realmente precisava respirar, abri a mão. Ela puxou o ar com força e teve dificuldades em tentar sentar.

Ouvi um estrondo alto e ao olhar para cima, vi que o Homem Formiga estava gigante, do tamanho de um dos novos prédios de Nova Iorque, não pude evitar a não ser rir do fato. Parece que o pequeno homem também sabe ser grande. Droga, essa era a distração!

Corri até Steve e Bucky se encontravam há alguns minutos atrás e não os encontrei.

—Emma! Para o jato! –Eu ouvi Steve dizer pelo comunicador. Olhei em volta e vi que eles corriam em direção à um avião. Corri o mais rápido que pude, mas mesmo assim senti dificuldade em alcança-los. Voei até eles e quando cheguei ao chão, parte do prédio havia começado a cair, mas Wanda conseguiu o segurar de longe.

Corri mais um pouco, o que foi o suficiente para que Wanda perdesse o controle e deixasse os destroços caírem, rolei pelo chão e senti um braço forte me puxar me levantando. Já em pé, notei ser Bucky.

—Tudo bem? –ele disse colocando a mão direita no meu rosto, com seus olhos encontrando os meus. Exatamente quando ele fazia quando éramos jovens. Apena balancei a cabeça concordando. Com a mão dele ainda no meu rosto, olhei para a frente e vi que Pantera Negra havia nos alcançado, levantei a mão e lancei luzes douradas que o prenderam parado.

Ele era surpreendentemente difícil de segurar, e piorou quando Natasha apareceu e atirou um dos seus apetrechos de choque. Senti meu corpo inteiro lutar entre tremer, se curar e segurar o rei. Olhei para Natasha antes dela lançar mais um dos seus apetrechos, causando mais um forte choque em meu corpo, levantando minha outra mão, a segurei também.

Pela primeira vez em alguns meses, senti meu corpo enfraquecer.

—Vão. –Eu falei baixo, sem ter certeza de que eles ouviriam.

—Emma, você precisa vir com a gente. –Steve respondeu, olhei nos olhos dele e senti que ele não estava falando isso como forma de proteção para mim, mas sim como um pedido de ajuda. Mesmo a segurando, Natasha conseguiu lançar mais um choque que atingiu minha perna, mas que causou um efeito pior que os outros. Sentindo meus olhos marejarem por conta da dor, eu repeti:

—Vão. –Os dois se entreolharam, mas não correram. –VÃO!

Ambos correram em direção ao avião, entraram e fizeram o automóvel pilotar. Então algo estranho aconteceu. Sem o meu controle, as luzes soltaram Pantera e Natasha e voltaram para dentro de mim, fazendo com que meu corpo enfraquecesse e eu caísse mole no chão.

Eu estava em uma sala escura. Não conseguia ver nada, nem mesmo meu próprio corpo. Tentei iluminar o lugar com minhas luzes. Mas eu não tinha controle delas.

—Não se preocupe. –ouvi uma voz dizer, olhei para trás e enxerguei uma mulher feita apenas de cabeça, tronco e parte dos braços flutuando, quase como um daqueles fantasmas de ficção, a diferença é que ela parecia ser feita de flores douradas, que lembravam as minhas luzes.

O rosto ainda não estava nítido, mas a voz eu conhecia.

—Sim, sou uma das vozes que você ouviu, há muito tempo atrás. –ela respondeu, sem eu antes perguntar. O resto do seu corpo foi formado por mais luzes e seu rosto se tornou quase perfeito de uma pele dourada. Foi então que a reconheci. Ela era minha mãe. –Já havia esquecido de como era minha voz, não é?

—Não se preocupe, você vai acordar logo. –disse a voz masculina, que quando apareceu, não reconheci ter o visto em algum momento da minha vida. –Sou seu tio. Você nunca me conheceu, é uma pena. Eu teria amado ensinar você como usar seus poderes.

—E a criança? Quem é? –perguntei sobre a terceira voz que um dia eu já ouvi.

—Ah, minha querida, não se preocupe com isso agora, a história é muito longa.

—Você só precisa se concentrar em acordar agora. –falou meu tio. –Contaremos tudo mais tarde.

Sem levar muita fé no que ele dizia, olhei para minha mãe, que repetiu:

—Contaremos tudo mais tarde, esses são momentos raros, mas que ocorrerão novamente. Agora, minha cara, você deve acordar.

—Eu não entendo... eu...

Suas mãos douradas seguraram meu rosto firmemente.

—Querida, você precisa ir. Sei que quer respostas, mas seus amigos precisam de você. Se você não for, pessoas irão morrer. Eles precisam que você acorde e fuja. Precisam de você. Bucky precisa de você.

Ao dizer está ultima frase, senti meu corpo inteiro formigar e a forma da minha mãe entrou dentro de mim, deixando o meu corpo iluminado, de que forma de que tive que fechar os olhos para que a claridade não machucasse meus olhos.

Quando os abri novamente, notei que eu estava deitada em uma cama. Logo notei que eu estava presa à uma camisa de força, que me impedia de me mexer os braços.

—Gostou da nova roupa? –ouvi Stark dizendo. Olhei para cima e o vi atrás de uma parede de vidro. Olhei para o que estava atrás dele e pude ver Sam, Clint e Scott presos também em uma salinha como a minha. Imaginei que Wanda também estivesse ali.

Olhei para o que prendia meus braços e sorri para Tony:

—Seu pai era mais criativo com uniformes. –ele pareceu se incomodar um pouco, mas sorriu de volta.

—Ainda bem que puxei isso dele. –ele retrucou. Ele as costas para mim e com esse tempo, minhas luzes tomaram forma com rapidez e rasgaram todo o tecido da camisa de força, me deixando livre, e com apenas uma blusa de verão.

—Droga, será que vocês não conseguem colaborar nem um pouquinho?  -ele disse ao ver que eu havia me soltado.

—Pergunte a seu braço quebrado. –respondeu Clint.

—O Hank sempre me disse pra nunca confiar num Stark. –disse Scott.

—Eu conheci o pai do Tony quando era jovem Scott. Howard não era tão ruim assim. –falei.

Tony se aproximou de Sam e fez algo que resultou na impossibilidade de ouvi-los conversando. Depois de alguns segundos, tudo voltou ao normal, Tony sorriu e saiu rápido dali.

—Você contou pra ele? –perguntei quase que gritando, Sam apenas deu as costas para a parede de vidro e ficou em silêncio. –Droga.

Passei minha mãos pelos meus cabelos e dei as costas para o vidro.

Eles precisam que você acorde e fuja.

Lembrei do que havia ouvido e olhei de volta para o vidro. Cheguei perto dele e encostei as mãos no vidro gelado. Me concentrando, fiz com que as luzes entrassem dentro do vidro.

—Emma, o que você tá fazendo? –perguntou Clint se levantando. Quando abri os olhos, dei um leve empurrão no vidro, que fez com que ele caísse despedaçado no chão e sirenes começassem a tocar. Saí de dentro do cubículo e fui até o vidro de Clint para repetir o ato, mas ele impediu:

—Não, Emma, vai. Apenas volte para buscar a gente. – Olhei em volta e todos pareciam concordar.

Saí dali correndo, notando que os sapatos que eu usavam pareciam de pijama, o que dificultou um pouco a corrida. Dificultou mais do que os homens que apareciam na minha frente que rapidamente eram empurrados para longe com as minhas luzes.

Cheguei à uma sala enorme, que parecia ser onde os helicópteros ficaram. Logo um barulho enorme começou e vi que a parte de cima do teto estava se abaixando, trazendo de si, muito vento, chuva e um jato.

Quando ele pousou, de lá saiu Pantera Negra sem seu capacete. Não pude ouvir, mas confiei quando vi que sua boca formou as palavras:

—Posso te ajudar!

Entrei no avião e quando a porta fechou o silêncio se fez. Ele me entregou algumas toalhas e uma muda de roupas que pareciam ser partes do uniforme de Natasha.

—Por que vai ajudar? –perguntei.

—Por que eu errei. Todo homem honroso paga pelos seus erros.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!



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