Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 32
Capítulo 12




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Descobri que a mulher que estava no mesmo carro que nós e que acabara de atacar o homem ao seu lado, era Maria Hill, uma agente que trabalha para a Shield –parece que nem todo mundo é da Hydra-. Ela estava no hospital na noite em que o Diretor da Shield morreu.

Como previsto, ela nos ajudou a sair do carro. Abrindo um buraco com um de seus aparelhos que pareciam ter uma tecnologia que nem mesmo Howard teria a tecnologia para fazer, ela abriu o chão da caminhonete e saímos pelo buraco, com outro carro esperando do lado de fora. As pessoas que haviam nos levado presas pareceram não notar.

Depois de algumas horas, chegamos em um lugar que parecia um esconderijo, andávamos com presa por um corredor quando outro homem apareceu correndo em nossa direção. Hill avisou que Natasha estava ferida e que já havia perdido muito sangue.

–Deixem ela comigo. –falou ele.

–Ela vai querer vê-lo primeiro. –respondeu Hill caminhando com mais presa, recebendo olhares confusos de Steve e Natasha.

Fomos até uma sala que me lembrou a enfermaria da base da Inglaterra, só que muita mais suja e... vazia. Uma cortina estava em volta de uma cama impedindo a vista para tal, até que Hill abriu a cortina, revelando o homem que estava na cama.

–Vocês estavam demorando... –falou o homem na cama, Nick Fury, o diretor da Shield, na qual pelo menos três pessoas naquela sala havia visto morrer.

Deus... porquê as pessoas continuam voltando dos mortos? pensei comigo mesma, sempre achei que histórias como Frankenstein, onde as pessoas voltavam à vida, era na verdade algo bom e não ruim. Acho que estou repensando minha opinião sobre isso.

Depois de algumas perguntas rápidas e olhares surpresos, Natasha se sentou em uma cadeira enquanto o homem do corredor tirava a bala dela e limpava seu curativo. Me senti um pouco inútil com isso, essa era a única coisa na qual eu sabia fazer que era útil para um bando de agentes secretos lutando sua vida pela segurança de outras, e eles já tinham alguém para fazer o meu trabalho.

Bom, por mais que parece que saí do hospital soviético há uma semana, já se fazem mais de 70 anos desde que alguém ouvira falar de mim como a ex-enfermeira do exército Americano que resolveu ajudar pacientes que eram considerados inimigos.

–Coluna vertebral lacerada, externo quebrado, fratura na clavícula, fígado perfurado... –começou Fury dizendo todas as coisas que faziam ele ainda estar deitado em uma cama. –E uma baita dor de cabeça.

–Não se esqueça do pulmão colapsado. –disse o homem, que obviamente era um doutor.

–Ah não, não me esqueço não. Tirando isso, eu estou bem.

–Eles te abriram, seu coração tinha parado. –disse Natasha intrigada com o fato de seu diretor estar na frente dos seus olhos.

Ele explicou ter usado algo que um tal de Benner havia criado para uso próprio, mas que não funcionou bem nele. O que ele havia usado fazia com que seu batimento cardíaco ficar em um batimento por minuto, sendo assim, fora como se ele estivesse morto.

–Por que tantos segredos? Por que não nos contou? -perguntou Steve, parecendo intrigado demais para ser gentil.

–Quer quer queria matar o Diretor, tinha que acreditar que conseguiu. -respondeu Maria Hill.

–Não se mata quem já morreu. -complementou Fury -Além disso... eu desconfiava de todos.

Ficou um silêncio na sala, e notei que Natasha pareceu incomodada com a última frase que Fury disse antes de voltar a falar, soando como se quisesse quebrar o gelo.

–Hill, mostre à eles onde eles podem descansar. -ela concordou a cabeça e se virou para começar a caminhar, quando ele falou uma última vez. -Voltem em uns 15 minutos, temos coisas à discutir.

Entramos em um lugar que era muito similar ao dormitório dos soldados da base na Inglaterra, esse lugar costumava ser do exército?

–Ainda me sinto em 1940. -eu disse um pouco baixo, mas todos pareceram ouvir.

–É? -disse Natasha parecendo interessada -Escondida no subsolo, lutando ao lado do Capitão América contra a Hydra?

–Soa exatamente como 1940. -disse Steve, então um fato me veio a cabeça enquanto eu sentava em uma das camas.

–A única diferença é que o vilão era um homem com a cara vermelha... -me sentei e respirei fundo antes de admitir a descoberta de menos de uma hora atrás -Agora é o Bucky.

Eles ficaram em silêncio por algum tempo, até que Hill apareceu na porta e disse que Fury estava há espera. Natasha, Wilson e Steve se levantaram indo em direção à porta, mas continuei sentada.

–Você não vêm? -perguntou Steve quando os outros dois já haviam saído da sala.

–Ah...não. Eu não... não sou uma agente.

–O Sam também não. -ele disse e eu ri fraquinho com o ponto dele.

–Bem, ele é um soldado. -eu disse e ele pareceu ignorar isso e continuou me encarando, como ele fazia quando queria saber o verdadeiro motivo de eu estar fazendo algo. -Steve, não fazem nem duas semanas desde que eu acordei depois de levar um tiro e descobri que estou praticamente no futuro! Eu só... preciso de um tempo para absorver tudo isso.

–Sei como é isso, não foi fácil, mas você vai se acostumar. -respondeu ele carinhosamente. Ele continuou ali depois disso, então fiz ele lembrar o do que tinha de fazer.

–Vá, você precisa de um plano se quer salvar o mundo novamente. -eu disse e ele riu sem graça, mas antes de sair ele disse uma última coisa.

–Emma?

–Sim?

–Vamos conseguir o Bucky de volta.

O quarto de silenciou depois que ele saiu, fechei os olhos e ainda sentada, deixei com que meu cérebro fizesse seu trabalho de lembrar de tudo o que havia acontecido nesse pouco período de tempo e por mais que eu entendesse tudo o que havia acontecido, parecia que a cada pensamento uma pergunta diferente se formava.

O silêncio foi interrompido quando ouvi o som de algo parecido com um flash de uma câmera, olhei para o lado e saltei da cama, ficando em pé, quando vi que havia um homem parado ao lado da porta do quarto.

–Quem é você? -eu disse, tentando não parecer tão nervosa quanto eu deveria estar. Ele não respondeu, caminhou um pouco e fechou a porta do quarto. Ele usava um sobretudo e óculos escuros, foi então que percebi... eu já havia visto ele antes.

–Eu já vi você. -eu disse. Ele apenas se virou com as costas para a porta fechada os óculos, revelando algo que me assustou, bem... me impressionou na verdade.

–Meu nome é Gordon. -ele disse, mas não consegui desviar o olha de seu olhos. Na verdade, do fato de que não existiam olhos em seu rosto, era apenas pele, como se nunca houvesse olhos ali, como se fosse normal de um ser humano.

–O que...-comecei a pergunta, mas parei ao notar que poderia ser um pouco rude demais perguntar o porque alguém não tem os olhos em sua face. -Você trabalha para o Fury?

–Eu não trabalho para ninguém por aqui. -respondeu ele se sentando de modo confortável em uma das camas enquanto eu acompanhava seu movimento com o olhar. -Trabalho para um lugar com pessoas bem mais interessantes do que alguns simples agentes.

–Para que tipo de pessoa você trabalha? -perguntei, se ele era um total estranho, seria bom pelo tirar alguma informação sobre ele.

–Pessoas com dons. -ele disse se levantando e caminhando, parando na minha frente. -Pessoas como você.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não assisti Agents Of Shield, esse é o Gordon https://www.youtube.com/watch?v=AxwbQbOmDQo



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