Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 31
Capítulo 11




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Era outro dia calmo na enfermaria, Steve, Bucky e o resto do Comando Selvagem estavam em outra missão contra a Hydra, então os únicos pacientes que tínhamos eram soldados que ainda não haviam se recuperado totalmente de missões mais antigas.

Jade estava sentada em uma cadeira ao lado de um soldado que dormia por conta dos remédios, ela lia um livro que havia chegado pelo correio, enviado por sua mãe que sempre lhe enviava um diferente todo mês. Jade tem sorte, ainda ter uma mãe para tomar conta de você mesmo estando tão longe de casa...

As ordens eram de que deveríamos ficar na enfermaria durante o resto do dia, sair apenas para o necessário, pois o Comando Selvagem já estava à caminho de volta e poderiam chegar a qualquer momento. Isso fazia meu coração palpitar, não apenas pela felicidade de ver os dois homens mais importantes da minha vida voltarem vivos, mas também o medo de que eles não voltassem.

Já estava quase na hora em que seriamos liberadas para ir comer e irmos para nossos dormitórios, quando eles chegaram. Com um pouco mais de urgência do que eu esperava. Gabe e Jim traziam Dum Dum, sendo arrastado pelos dois pelos braços, os dois não faziam muito movimento por conta do peso de Dugan, mas logo Steve apareceu e praticamente o levou sozinho até uma das macas da enfermaria.

–O que aconteceu? –perguntei vendo que Steve o colocou deitado com a barriga para baixo, Dugan ainda acordado, com uma voz cansada.

–Acho que a Hydra fala sério quando diz que até suas paredes são perigosas. –ele respondeu dando uma risada cansada ao terminar a frase. Jade já havia pegado uma tesoura e cortado o uniforme que ele usava, deixando as costas à mostra.

Havia várias cortes e algumas partes que estavam queimadas, digamos que, muito queimadas.

–Eu cuido das queimaduras. –disse Jade assim que deu uma olhada nas costas.

–Vou checar os outros.

Fazia parte do trabalho ter certeza de que todo mundo estava bem, não apenas fisicamente mas psicologicamente, não se sabe quais as coisas que eles veem quando lutam contra a Hydra, era preciso ter certeza de que eles tinham capacidade mental de rever os mesmos horrores. Felizmente, todos eles pareciam sempre levar tudo do jeito mais leve possível.

Mas havia alguém importante faltando naquela sala.

–Onde está o Bucky?

–Ele foi se trocar, deve estar no banho. –respondeu Steve.

–Está demorando um pouco demais, não?

–Ele deve estar cansado, dormiu o caminho inteiro até aqui... –disse Steve novamente, logo depois disse que iria ver que se o amigo já estava pronto para ir para a enfermaria.

Depois de algum tempo, Bucky chegou com uma cara extremamente cansada, como se à qualquer momento fosse cair no sono, quando ele passou pela porta, logo fui abraça-lo.

–Você está bem? –perguntei ao ver seu estado.

–Só um pouco cansado. –respondeu ele, dando um leve sorriso.

–Um pouco? Você parece exausto! –eu disse passando minhas mãos pelos seus braços, logo chegando até suas mãos, mas quando a minha mão direita tocou a esquerda dele, a reação dele foi puxar a mão para trás.

Olhei para a sua mão confusa e vi que ela estava completamente vermelha, quase que similar às costas de Dugan, mas não estavam tão queimadas quanto o amigo.

–O que aconteceu? –perguntei enquanto guiava ele até uma das macas, para que ele sentasse e eu fizesse um curativo em sua mão.

–Dum Dum se encostou na parede e gritou, eu não vi que a culpa foi daquela parede demoníaca e a toquei quando fui ajuda-lo a se levantar. –ele respondeu, ri do jeito que ele falou, até mesmo tão cansado ele conseguia ser o mesmo homem sarcástico de sempre.

Enquanto eu limpava sua mão, tive de ser cuidadosa, pois por mais que ele tivesse tido ferimentos piores, sempre que o liquido tocava sua mão, ele recuava e fazia uma careta. Quando já estava enfaixando sua mão, ele ficou em silêncio.

–O que foi?- eu disse quando ouvi ele dando uma suspirada que mais soou como um riso.

–Me sinto na escola de novo, Steve observando de longe, enquanto você faz curativos em minhas mãos por conta de uma briga.

–Uma briga que Steve arranjou. –eu disse sorrindo.

–E quando é que ele não está em uma? –ele disse também sorrindo. Terminei o curativo e fiquei de frente para ele, com meu corpo entre suas pernas, com ele ainda sentado na maca. Passei a mão sobre seus cabelos, fazendo-o fechar os olhos.

Quando minhas mãos saíram de seu rosto, ele pareceu ter dificuldade em abri-los novamente.

–Você deveria ir dormir. –eu disse. Ele fechou os olhos novamente e concordou balançando a cabeça. –Você quer dormir aqui ou ir para a sua cama?

–Você vai ficar aqui? –perguntou ele soando ainda mais cansado.

–Eu trabalho aqui.

–Então vou dormir aqui. –ele disse se deitando na maca, que mesmo não sendo uma das mais confortáveis, assim que ele colocou sua cabeça sobre o travesseiro, ele dormiu. Coloquei uma das cobertas sobre ele e dei um beijo em sua bochecha.

–Te vejo mais tarde, amor.

Fui acordada da memória quando ouvi Wilson dizendo que deveríamos chamar um médico para Natasha, então um dos homens armados vestidos de preto fez um movimento ameaçador com uma arma que parecia ser capaz que queimas com correntes elétricas.

Com um movimento rápido depois disso, ele mirou a tal arma contra do outro homem ao seu lado e o atingiu direto no peito, logo depois dando um chute em sua cabeça, fazendo o segundo homem cair desacordado no chão da camionete onde estávamos presos.

Todos pareciam confusos como eu, até que o homem tirou o capacete, revelando ser na verdade uma mulher.

–Isso tava apertando minha cabeça. –disse ela assim que tirou o capacete, ela olhou para cada um de nós ali, franzindo as sobrancelhas ao ver Wilson, então ela se virou para Steve e perguntou:

–Quem é esse cara?

Bom, parece que nossa ajuda veio mais cedo do que esperávamos.


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