Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 26
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596100/chapter/26

O plano era simples, pelo o que entendi o tal pen drive era um tipo de dispositivo que carregava arquivos na qual era possível o acesso com um computador, mas não tínhamos um.

Iriamos até uma loja desses computadores, onde eles deixavam você usa-los para ter certeza de que aquele era bom o suficiente, então compra-lo. Steve e Natasha estavam disfarçados, estrariam numa dessas lojas, descobririam o que há no pen drive e depois resolveriam o que deveria ser feito em seguida.

Meu trabalho era outro, voltar ao apartamento e pegar o escudo de volta. Eles não demorariam muito pois tinham uma tempo especifico até que a Shield soubesse que o pen drive fora ativado, então logo iriam até meu encontro.

Steve me disse o endereço, as ruas de Nova Iorque não mudaram tanto quanto imaginei, as antigas casas e antigas lojas mudaram, mas ainda era reconhecível quando se olhava com atenção. Quando eu estava na esquina com o apartamento de Steve, reconheci ser o lugar onde costumávamos ir nos finais de semana de verão.

–Ande logo, Barnes! –eu disse olhando para trás, Steve andava ao meu lado acompanhando meu ritmo, mas Bucky parecia mais devagar do que nunca. –O que há de errado com você?

–Não há nada de errado comigo. –ele disse baixo, passando entre eu e Steve, olhando para o chão. Olhei para Steve, um pouco confusa e ele pareceu também notar que definitivamente havia algo errado.

Nos sentamos em um dos bancos que ficavam sobre a grama verde de Nova Iorque, mesmo com tantas novas construções, a grama ainda conseguia ser perfeita. Sentamos onde o vento era fresco no meio das árvores, mas o sol alcançava, dando uma sensação agradável.

–Tudo bem, qual o problema? –eu disse fazendo com que Bucky me olhasse e desse um suspiro cansado.

–Já disse, não há problema algum.

–James, é só olhar pra você pra saber que tem alguma coisa errada. –ele não respondeu. Olhei para Steve pedindo apoio e ele balançou os ombros, mas também insistiu.

–Vamos Bucky, sabe que pode falar com a gente. –Bucky olhou para Steve e depois voltar a olhar para as mãos.

–Posso falar a sós com o Steve? –ele perguntou ainda olhando para as mãos.

–Claro. – eu disse me levantando e andando até onde eu sabia que não poderia ouvi-los.

Quando vi que eles já não falavam, Steve olhou em minha direção e eu andei de volta até eles, me sentando novamente. Assim que sentei, Steve deu uma risadinha e se levantou começando a andar.

–Aonde ele está indo? –perguntei, mal terminei a frase e Bucky soltou outra pergunta, bem diferente de uma resposta na qual eu esperava.

–Vocêqueriraumencontrocomigo? –as palavras foram tão rápidas que mal pude entende-las, então tive de pedir para que ele repetisse-as.

–O que?

–Você quer ir à um encontro comigo? –ele disse depois de respirar fundo.

–Um encontro... como um... –desviei o olhar do dele, mas logo voltei. – como um casal?

–É! Não, quer dizer, se tudo bem por você. –Ele estava nervoso, James Barnes estava nervoso ao falar com uma garota! Esse definitivamente era um momento memorável.

–Claro. –eu respondi, afinal, por que razão havia demorado tanto para que ele finalmente fizesse o pedido?

Pouco tempo depois disso, Bucky pediu permissão para os meus pais para que fosse meu namorado, graças à Deus eles deixaram, não consigo imaginar como se seria se fosse diferente.

Quando cheguei até onde havíamos colocado o escudo, o que eu realmente não esperava aconteceu.

Se abaixa, disse a voz do homem quase que gritando, fazendo com que eu me abaixasse. Olhei para frente ao ver que uma bala havia atingido a parede à minha frente, alguém tentara atirar em mim. Droga.

Me virei para onde poderia ter vindo o tiro, mas não havia ninguém, ao voltar minha visão para frente vi que um homem pulou do prédio parando na minha frente, não apenas apontando mas atirando em minha direção. Fui rápida o suficiente para desviar a tempo de não ser atingida.

Ele jogou a arma longe e pegou outra, um pouco menos do que essa. Ele atirou e continuou até que a munição tivesse acabo, nem uma sequer chegou perto de mim. Então ele largou essa também e tirou uma faca do bolso da calça, foi quando notei seu braço esquerdo. Era de metal.

Tive tempo apenas de olhar para seu rosto coberto por objetos que pareciam de proteção para ele mesmo, era impossível ver seu rosto verdadeiro. Ele avançou em minha direção com a faca, minha primeira reação fora dar um passo para trás, mas ele continuou andando até que tentou me acertar com a faca, mas eu desviei.

Isso continuou por mais alguns segundos, ele não hesitava em tentar de novo, e de novo e de novo... mas eu sempre conseguia desviar. Eu estava surpresa comigo mesma, quando foi que consegui a habilidade de fazer isso?

Ele pareceu cansar de tentar então em movimentos quase que impossíveis de acompanhar, ele jogou a faca até a mão esquerda e me empurrou contra a parede com o direito, me segurou e pós a faca no meu estomago.

Ele me acertou.

A dor não pareceu ser tanta logo de primeira, quando me acertou, olhei para o rosto dele e o rosto dele ficou parado na direção do meu rosto. Encarei os óculos que ele usava para se proteger, tentando encontrar um olhar na qual eu pudesse ver qual era a expressão, mas não era possível ver nada através deles.

Então ele pareceu acordar, sua respiração se tornou pesada e ele me soltou, logo em seguida dando passos para trás. Abaixei minha cabeça tentando fazer a dor que havia me consumido passar, o que parecia impossível. Por que sempre me atingiam no estomago?

Respirei fundo, tentando manter a respiração calma. Olhei para frente novamente, mas ele já não estava mais ali. Voltei meu olhar para a faca, toquei o cabo dela e meu coração congelou, eu tinha de tira-la dali.

Sem pensar muito, eu apenas a puxei com as forças que pude e a tirei, então a dor pareceu piorar. Minhas pernas bambearam e senti que estava ficando branca, era quase impossível ficar em pé.

Concentre-se, disse a voz da mulher, como se estivesse dando ordens.

Concentre-se em fazer a dor parar.

Continuei respirando fundo, coloquei a mão onde estava a faca e vi que minha blusa já estava com sangue. Me concentrei em respirar. Inspira e Expira. Inspira e Expira.

Repeti isso várias vezes até que senti que a dor estava sumindo, realmente, sumindo até que não houvesse dor. Levantei minha blusa para ver o estrago, não havia nada. Apenas o sangue de onde deveria ter um enorme corte, mas não havia nada, nem mesmo uma cicatriz.

Um dos presentes que dêmos a você, falou novamente a voz da mulher. Presentes?

Me levantei com certa dificuldade e um carro parou perto o suficiente para que a mulher no carona falasse.

–Vamos. –me virei para descobrir que era Natasha e Steve num carro e definitivamente não era deles. Andei até a lata de lixo, peguei o escudo e entrei no carro.

–Isso é sangue na sua camisa? –perguntou Steve assim que entrei no carro.

–É, mas acho que isso não é uma história muito importante no momento. –disse colocando a mão onde estava manchado de sangue.

Ambos me olharam estranho por alguns segundos, até que Steve voltou a acelerar o carro.

Preciso de respostas sobre o que está acontecendo comigo, só não sei como e onde posso encontrá-las. Mas preciso delas logo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!