Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 25
Capítulo 5




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Steve pegou uma mochila que encontrou no meio de suas coisas e colocou roupas ali na maior pressa que já vi que ele fazendo, ele foi ao banheiro e em segundos –sem brincadeira, segundos – ele saiu do banheiro com outras roupas e o uniforme na mochila, ele tentara se disfarçar.

–Aonde vai por o escudo? –perguntei. Ele pareceu não ter ideia do que fazer com ele. Quando saímos do prédio com o escudo ainda no braço de Steve, fomos para onde colocavam as sacolas de lixo ao lado do apartamento e o colocou de baixo de uma das sacolas.

–Não se isso é muito seguro. –eu disse.

–Tenho certeza de que agora nada é seguro. –disse ele em um tom sombrio.

Já estávamos umas dez quadras longe do apartamento, quando lembrei do que haviam dito para o homem no apartamento pelo comunicados, “O Capitão América é um fugitivo.”

–O que você fez? –perguntei, ele pareceu acordar de uma onda de pensamentos na qual ele nem sabia estar perdido.

–O que?

–É um fugitivo, eu ouvi. O que você fez?

–Não sei. –ele disse apressando o passo –Mas tenho certeza de que não é a Shield quem está me caçando.

Estávamos de volta no hospital, o que era estranho sendo que Steve tinha apenas uma arranhões leves no rosto e algumas partes vermelhas onde a cor já estava sumindo.

–O que estamos fazendo aqui?

–Preciso pegar uma coisa.

Ele continuou andando, colocou as mãos nos bolsos e o puxou o capuz ainda mais para tapar o rosto. Acho que isso chamava mais a atenção de policiais do que andar com o uniforme de Capitão América.

Steve parou na frente de uma maquina de doces, estranhei, mas quando ele avistou que algo não estava ali, pareceu perturbado. A moça ruiva que estava junto dele na sala onde poderiam ver a cirurgia de Nic- Fury, apareceu estalando um cliché que mastigava.

Steve olhou pra ele de um jeito nada feliz, então à empurrou até a porta da sala seguinte, abrindo a porta e levando a mulher até a parede. Se não fosse Steve e se ele estivesse com uma expressão que não fosse raiva, o ato daria a pensar que o que eles fariam não era conversar...

–Onde está? –pude ouvir Steve perguntar.

–Seguro. –respondeu ela rapidamente.

–E o que mais?

–Onde você conseguiu?

–Por que eu te diria isso?

–O Fury deu o pen drive pra você –pen drive...? –Por que?

–O que tem nele? –eram tantas perguntas em tentativas de sussurros que eu já nem sabia se eles estavam dando alguma resposta um para o outro.

–Eu não sei.

–Para de mentir! –ele disse empurrando ela novamente contra a parede.

–Eu só finjo que sei de tudo, Rogers! –ele olhou para mim como se pedisse pra mim ver se havia alguém em volta, neguei com a cabeça depois de olhar os corredores e ele voltou sua atenção à ela.

–Sabia que o Fury contratou os piratas. –ele acusou.

–Isso faz sentido... –uma luz esclarecedora pareceu se acender pelo rosto dela- O Fury precisava entrar, tinha sujeira no navi...

–Eu não vou perguntar outra vez! –Steve à interrompeu e empurrando pela terceira vez para a parede, já não sobrava paciência dele com ela.

Ela hesitou um pouco –muito- antes de finalmente continuar e contar o que sabia.

–Eu sei quem matou o Fury. –Steve se afastou um pouco e deixou que ela falasse.

–Mas maioria de grupos de espionagem não acredita que ele exista. –ela disse lançando um olhar rápido pra mim e logo voltando para Steve. –Os que acreditam o chamam de Soldado Invernal, ele é responsável por mais de vinte assassinatos nos últimos cinquenta anos.

–É uma historia de fantasma. –disse Steve.

–À cinco anos eu escoltava um engenheiro nuclear pra fora do Irã, alguém atirou nos meus pneus perto de Odessa, perdemos o controle e caímos de um penhasco. Eu consegui nos tirar, mas o Soldado Invernal estava lá. Tentei dar proteção mas ele atirou no meu engenheiro... –ela levantou a barra da blusa e mostrou uma enorme cicatriz –através de mim. Munição Soviética, sem marcações.

–Bye, bye, biquínis. –ela fez piada depois de contar a historia, mas Steve continuou sério.

–É, você deve ficar terrível na praia.

–Ir atrás dele é um beco sem saída, eu sei, eu tentei. Como você disse é uma historia de fantasma. – Engraçado como Steve sempre brigava em becos sem saída, disse a voz do homem em minha cabeça em um tom irônico.

–Vamos descobrir o que o fantasma quer. –Steve respondeu pra ela.

Ela ficou em silencio olhando para ele, até que voltou a notar minha presença e me olhou como se eu estivesse no lugar errado e na hora errada.

–Ela vai com a gente?

–Não. –Steve respondeu, na mesma hora em que eu respondi “Sim.”

–Emma, você não teve treinamento algum e ... –eu estava prestes a o interromper, mas ele falou um pouco mais alto. –E você precisa ficar num lugar seguro.

–Lugar seguro? À vinte minutos você disse que lugar nenhum era seguro!

–Mal sabemos contra o que estamos lutando e você quer entrar na briga?

–Acho que você quantas vezes eu te salvei de uma briga. –eu disse me aproximando dele e tentando não falar alto demais.

–As coisas eram diferentes e –eu o interrompi.

–E são diferentes agora, Steve! –eu quase gritei. Por que eu estava tão zangada? Era só o meu melhor amigo tentando me proteger, o que havia de tão ruim nisso?

Ele respirou fundo e continuou:

–Emma, isso é perigoso e você não tem treinamento.

–Isso faz diferença? –eu perguntei e apontei pra a mulher ruiva. –Ela tem treinamento e o Soldado atirou nela do mesmo jeito.

Ela não pareceu nem um pouco incomodada com o que eu disse, apenas me encarou e perguntou:

–Emma Strongbird, certo? –eu assenti com a cabeça. Ela pareceu pensar um pouco e seu rosto se tornou sem expressão, ela não compartilhou seus pensamentos. Steve por outro lado estava com as mãos na cintura e pensando em algum argumento que fizesse com que eu saísse do caminho e deixasse ele lutar.

–Steve, me escuta... –eu disse – Na ultima vez que eu fiquei parada enquanto iam para a batalha, eu perdi o Bucky.

Seu olhar saiu do chão e se concentrou no que eu disse.

–E depois eu perdi você. E quando...

Não fale sobre ter visto o Barnes, não agora.

–Quando eu finalmente recuperei algo... atiraram em mim e eu acordei aqui. Eu recuperei você, então se toda vez que eu recuperar algo eu vá ganhar uma bala soviética no estomago, eu não ligo que seja por que eu estava fazendo algo útil ao seu lado.

–Estou cansada de esperar os outros voltarem da guerra. –eu disse.

–Ela está certa. –disse a ruiva. –Ela não tem um rosto suspeito, seria de grande ajuda.

Ambos olhamos para ela e ela pareceu não se importar, Steve pensou e concordou com a cabeça.

–Tudo bem. –ele disse respirando fundo. –Vai ser uma experiência interessante.

Ele saiu da sala em que estávamos sem ao menos olhar para trás para saber se nós caminhávamos atrás dele. Me virei para a mulher ruiva e perguntei o que já estava na minha cabeça à alguns minutos.

–Qual o seu nome?

–Natasha Romanoff.


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