Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 24
Capítulo 4




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Steve saiu correndo em direção ao teto do prédio, mesmo de longe era possível ouvi-lo quebrando portas e paredes correndo atrás do atirador.

A mulher loira, Kate, tentou levantar o homem mas não teve força o suficiente, então ajudei ela a leva-lo até o sofá em uma tentativa de deixa-lo mais confortável. Tentei fazer o sangue parar, mas nada adiantou e os batimentos cardíacos dele já não estavam bem.

Depois de um tempo ela olhou pra mim e franziu as sobrancelhas.

–Quem é você?

–Emma Strongbird. –disse sem pensar muito, quando disse meu nome logo ela pareceu entender exatamente quem eu era e me olhou de cima a baixo. –Você é da Shield, certo?

Ela concordou com a cabeça e de longe pude ouvir um som forte, metal batendo com toda a força em metal, talvez não fosse especificamente isso, mas era o que soava.

Steve voltou menos de dois minutos depois de tal barulho, sem sinal de quem quer que tivesse atirado em Nick. Steve é rápido, mas aparentemente, o atirador era mais.

Não demorou muito para que outros homens entrassem no apartamento levando Nick até uma ambulância em direção ao hospital.

Fiquei na sala de espera do saguão do hospital, eu ficaria no apartamento se não fosse por Steve, ele achou que talvez não fosse o melhor momento para ficar ali sozinha. Ele e uma outra mulher que também era agente da Shield, estavam em uma outra sala com vista para a cirurgia do tal Nick, ele parecia importe, pois cada vez chegavam cada vez mais homens uniformizados de preto, preenchendo os corredores do hospital.

Já se faziam quase vinte minutos desde que ele fora para sala de cirurgia quando uma mulher com os cabelos curtos e ruivos entrou correndo, ela entrou com toda a pressa possível na sala onde Steve estava.

Depois de alguns minutos, Steve saiu de lá, com uma expressão nada feliz, quando ele me avistou apenas negou com a cabeça. O homem não sobreviveu.

–Sinto muito. –eu disse para ele assim que se sentou na cadeira do meu lado.

–Tudo bem, não é como se fossemos próximos. –ele disse sem jeito, apenas em seu modo de falar era possível notar que eles podiam não serem próximos, mas continham algum tipo de ligação importante.

–Quem era ele? –perguntei, tudo o que eu sabia era que seu nome era Nick e que à poucos minutos ele morrera.

–Nick Fury. –ele disse depois de um longo suspiro –Diretor da Shield.

–A ruiva, outra agente da Shield? –ele apenas concordou cansado com a cabeça.

Fiquei quieta, deixando ele se perder em seus pensamentos. Olhei para um relógio que estava na parede do outro lado, já era cerca de 1 da manhã. Quando foi que o tempo passou tão rápido?

–Você viu o atirador? –perguntei.

–Vi. –ele disse balançando a cabeça.

–Acha que consegue acha-lo novamente?

–Eu não sei... –ele disse pondo as costas encostadas na cadeira, olhando para as próprias mãos –Lancei meu escudo nele, ele o pegou e jogou novamente em mim.

–Ele pegou o escudo... como? –eu disse olhando confusa para Steve.

–Ele tinha um braço de metal. –Metal? Eu disse num sussurro e ele continuou calado. Ele soava forte, eu só esperava que Steve fosse forte o suficiente para para-lo antes que algo pior acontecesse.

Steve mandou que um dos agentes me levasse de volta até seu apartamento e ficasse de vigia caso algo acontecesse, o agente seguiu as ordens.

Ao entrar no apartamento vazio, vi que o disco ainda estava no tocador, mas já não havia musica tocando, andei até lá e tirei o disco e o guardei em sua capa, na qual demorei para encontrar. O coloquei na estante debaixo do tocador e me virei para a parede onde haviam buracos de onde as balas vieram e atingiram o...Fury, era assim que todos o chamavam.

Limpei a bagunça que aquilo havia deixado. Andei pelo apartamento tentando me familiarizar com o lugar, ao chegar na divisão da cozinha tinha uma grande estante aberta onde Steve colocara copos, pratos e alguns livros.

Ali se encontra alguns livros sobre a guerra. Voltando o olhar para o apartamento vazio me senti novamente na guerra, quando Steve e Bucky já não estavam ao meu lado e eu tive de ficar sozinha em casa, com apenas Lisa para me fazer companhia.

Lisa... senti meu estomago embrulhar ao lembrar que era provável que ela estivesse morta à esse ponto. Assim como Howard estava, assim como minha avó, que soube apenas um dia antes que eu iria para a União Soviética.

Levei a mão ao meu pescoço na procura do colar que Bucky havia me dado quando ainda erámos jovens, mas ele não estava lá, se fora com todo o resto das minhas coisas.

Será isso uma peça prega pelo destino? Tira as coisas de mim e devolve do modo mais inesperado possível?

Vá descansar, querida. Disse a voz da mulher em minha cabeça, com um tom que parecia estar falando com uma criança, como se fosse minha mãe. Por mais estranho que fosse ouvir vozes estranhas em minha cabeça fosse a coisa mais bizarra na qual alguém poderia vivenciar, eu me sentia confortável com a presença delas. Elas me pegavam de surpresa, mas ainda assim era algo que não me incomodava por 100%.

Eu apenas queria saber como e porque elas estavam presentes.

Encontrei o quarto de Steve e encontrei algumas cobertas, peguei duas e fui para o sofá. Não sei se Steve voltaria pro apartamento, então deveria deixar a cama vazia. Assim que me deitei e me senti confortável, um pensamento me veio à mente antes de finalmente cair no sono.

Preciso lutar ao lado dele, não importa as circunstâncias.

Acorde em um pulo com o som de algo vindo atrás da porta de entrada do apartamento, coloquei meus sapatos com rapidez e andei sem fazer barulho até ela, pude ouvir um comunicador dizendo:

“Missão Nível 1, todos os agentes recrutados. O Capitão América é um fugitivo.”

A mensagem se repetiu algumas vezes até que a voz de outro homem soasse e desse outra missão para o homem que se encontrava do outro lado da porta.

“Rogers tentara leva-la com ela, traga-a até nós.”

Dizendo isso ele abriu a porta, fiz coisas que nunca tinha feito antes, não com alguém de verdade.

Assim que a porta se abriu, eu chutei a porta e o homem bateu a cabeça nela, ele grunhiu e logo se levantou, apontando a arma dele pra mim. Mexi o braço fingindo tentar atingir o rosto dele com o braço esquerdo, ganhando tempo o suficiente de distraí-lo e com o braço direito agarrei a arma, mas ele não á soltou.

Ele manteve firme a mão até que meu joelho se encontrou com o estomago dele, a mão do homem ficou mais fraca então tirei a arma da mão dele. Endireitei minha postura e apontei a arma para ele. Mas não acabou, quando viu que a arma ele logo puxou outra e apontou para mim.

–Você não vai atirar. –disse ele com uma risada sacana. Então a tática mais obvia me veio à mente.

–Não vou. –eu disse antes de jogar a arma com toda a força no rosto dele, fazendo com que ele ficasse zonzo, com essa oportunidade eu dei-lhe outro chute fazendo-o cair e batendo a cabeça no chão, desacordado. Tirei a arma da mão dele e peguei a outra que já não estava tão longe.

Eu estava com ambas apontadas para o homem quando Steve apareceu na porta e me olhou assustado vendo a posição em que eu estava, foi então que notei o que eu havia feito. Desde quando eu sei lutar desse jeito? Bucky pode ter me ensinado algumas coisas mas nunca algo desse tipo.

Larguei ambas as armas no chão e dei um passo para trás. Steve apenas me encarou e depois de alguns segundos ele disse:

–Temos que sair daqui.


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