Chocolate e Sedução escrita por Arthur Araujo


Capítulo 6
Capítulo Seis




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A idéia de ter um namorado depois do meu ex me deixa assustada. Lembrança do Gustin me fazem sentir completamente suja.

Como posso estar com outra pessoa sem ao menos ter tifo a chance de me despedir da anterior.

Podemos ter só um relacionamento comercial, mas o Mustang vermelho a minha frente insinua outra coisa.

Começo a dirigir até o prédio do American show, o trânsito me ajuda, já me sinto familiarizada com o local então subo e vou até a sala da Diretora.

Bato na porta e espero a resposta.

Renata abre, e me puxa pra dentro, em seguida de empurra para que eu sente.

– Eu preciso de alguém para fazer um serviço pra mim. - Ela fica parada na minha frente e gesticula nervosa. - Então eu me lembrei da minha escritora favorita, e... Eu preciso que você busque a Isabela Kovalic, ela estava fazendo um ensaio em um local aqui perto... Cerca de vinte minutos de viagem mais ou menos.

Engulo em seco, penso que se eu recusar serei demitida.

– Tudo Bem - Digo, respirando fundo, temendo o que terei que enfrentar. - Mais por que essa mulher é tão importante?

– Ela é dona de uma enorme empresa, e ainda planeja derrubar outra grande franquia.

Imagino o rosto festa mulher, parece tão linda e malvada.

– Quando minha “missão” deverá acontecer? – Pergunto sem nenhuma emoção, quase revirando os olhos ao pensar nessa mulher de tão grande importância.

– Ela está no Píer 36 Commisary and Coho Room.

Renata se dirige até atrás de sua mesa e abre uma gaveta, o ranger da madeira causa um arrepio em meu corpo quando o som chega os meus ouvidos.

Com umas mãos chocando-se com vários objeto ela parece procurar algo, quando encontra ergue a cabeça rapidamente para ver se eu ainda estou aqui.

– Pode pegar meu carro na garagem, se a Bela não estiver lá, espere-a com retorne aqui com ela! Pode se retirar agora.

Ela joga a chave para mim, pego no ar, e seguro junto a bolsa quando saio do prêmio, o estacionamento fica em Frente ao American Show, quando saio porta a fora aperto o botão do alarme para poder localizar o carro.

Olho para trás por um minuto e observo, conto rapidamente há mais de 6 andares revestidos por janelas de vidro, há minha esquerda ha uma rampa para usuários de cadeira de rodas, a paisagem verde da grama e há uma árvore em frente de cada bloco, sendo estes quatro de cada lado, sobre as portas de vidro a o título em fonte formal de cor cinza. “American Show.”

Desço as escadas até calçada da rua, o movimento nem está tão grande mas ainda sim tenho medo de atravessar a rua, caminho mais um pouco e paro de frente a um carro que não sei o nome mas ele parece ser bem caro, seu tom de preto grafite me faz pensar se também é uma edição de luxo.

Entro de carro e ponho bolsa no lugar do carona, observo o interior este é bem confortável assim como mi Mustang, ligo o carro, e ponho o ar condicionado no moto ativo, tenho sorte pelo Peter ter me dado comida, mas a está hora da tarde eu já teria caído de fome e de preguiça, piso com cuidado no acelerador pra tirar o automóvel da vaga. Olho pelo retrovisor a pista está limpa, sigo em frente.

Piso fundo e vou dirigindo, agradeço a Deus por tudo estar vazio, a E Jefferson continua em linha reta, abro o porta malas a procura de uma bala ou algum chocolate, assim que eu faço um monte de papel cai.

Minha curiosidade é grande, então cautelosamente com os olhos na pista abaixo um pouco, esticando o braço para pegar as folhas e o envelope.

O sinal fica vermelho, paro, pisando no freio rapidamente, duas moças atravessam sobre a faixa branca, inclino-me para pegar os papéis caídos. Olho um minhas mãos a primeira folha é uma certidão de casamento, e um visto de permanência nos Estados Unidos, não lembro de já me foi comentado mas a Renata era brasileira, só que nunca pensei que ela seria capaz se casar para ficar aqui.

Olho o próximo documento, tento me lembrar das mãos dela só que não me recordo de nenhuma aliança, então a resposta me vem a tona, encaro as palavras e fico com pena dela. Seguro um atestado de opto em minhas mãos.

Por fim sobra um envolve com adesivo de uma gráfico, imagino que seja apenas a impressão de qualquer revista, então envio a mão é a puxo, o sinal abre, um senhor com o cachorro na coleira acelera o passo.

Penso em voltar a dirigir mas não consigo, estava errado, não era uma revista, olho para foto de Renata com seu suposto marido, meus olhos lagrimejam, não escuto mais as buzinas atrás de mim, jogo a foto para o lado e o carro arranca.

Havia uma terceira pessoa, com as mãos do ombro de Renata, o sorriso do Gustin parece como se eu tivesse levado um soco na barriga, então há dois mortos em uma só imagem.

Minhas memórias ficam ali guardas esperando a hora certa para atacar, vê-lo de deixa tonta, viro a direita, o caminho parece similar ao da faculdade, quero ver o Peter agora, será que é maldade usá-lo para esquecer alguém que me fez mal?

Limpo as lágrimas e sigo em frente, sempre olhando para a estrada e pensando que ela vai além do horizonte, paro certa de dez minutos depois, olho no GPS estou na metade do caminho.

Tento me recompor, não posso aparecer assim para uma senhora rica, que tipo de profissional eu sou.

Meu celular tocar em algum lugar da bolsa, com o carro parado me esforço para acha-lo, é o Peter, sorrio antes de atender.

– Oi – Digo.

– Onde Você está? – Ele Pergunta com um tom mais curioso do que preocupado.

– Tenho que buscar uma moça no píer e levá-la para o prédio do American Show, e você?

– Cheguei da empresa agora, e acabei de tomar banho.

– Sério?

– Sim, queria muito ter você aqui comigo!

Fico sem palavras até entender o tom safado dele.

– É... Acho melhor eu vestir uma roupa antes de continuarmos a nossa conversa. Não desligue.

Aproveito para rir enquanto o outro lado da linha fica mudo, não demora muito até o Peter voltar.

– Demorei?

Faço não com a cabeça até perceber que ele não pode me ver.

– Não. – Digo mordendo os lábios. – O que você vestiu?

Imagino-o olhando para baixo pois não consegue lembrar o que acabará de pegar no guarda-roupa.

– Ainda estou de roupão então só vesti uma cueca pra acalmar o amiguinho. – Acho que ele ouvi minha gargalha ao tentar imaginar a cena. – Só por curiosidade, você perguntou o que eu estava vestido pois vamos fazer sexo pelo telefone?

Tente respirar fundo entre uma gargalhada e outra, o povo que passa na rua me encara como se eu fosse uma louca.

– Não lembro se já disse isso mas nossa relação é altamente comercial, trata-se de negócios.

Ele suspira do outro lado da linha.

– Tudo bem, tentarei não chorar por isso, mas eu liguei pra saber se você gostaria de almoçar comigo no domingo, quando perguntei você não pareceu levar muito a sério...

– Peter, você está me convidando pra conhecer seus pais, sendo que a gente começou a ter alguma coisa na terça!

– Por muito tempo achei que não conseguiria amar alguém de verdade, até que você apareceu a minha vida.

Fico em silêncio.

– Você ganhou, eu vou!

– Te pego as 9h.

– Agora eu tenho que voltar ao trabalho. – Digo.

Ouço os lábios dele estalando.

– Beijos, te amo.

Peter desliga.

Não levo muito tempo pra raciocinar o que acabei de ouvir, o Gustin para de me atormentar por um segundo mas sei fantasma trava um duelo com meu atual amor.

Volto para a pisca seguindo o caminho do Píer, é ruim dirigir sozinha sem ter com quem conversar, e tenho que me esforçar para não pensar em nenhum cara agora.

Ligo o rádio e ajeito a estação.

“Talvez entre tantos sinais. Eu. Vou ter que indicar o caminho para as estrelas. Te. Sabes por tudo o que passou. Amo. Guia meus passos pela escuridão até que meu coração se encontra em um infinito céu estrelado.”

Droga de música. Caço as palavras entre as frases.

Eu

Te

Amo

Desligo o rádio.

Olho para um grande portão e sorrio aliviada, finalmente cheguei, mas minha alegria não dura tempo suficiente. Um luz atrás do volante começa a piscar.

Pouco combustível.

Paro e desço do carro.

– Droga. – Murmuro sozinha. Traço-o e caminho para o dentro da Central, ponho a bolsa na cabeça para me proteger já c

– Droga. – Murmuro sozinha. Traço-o e caminho para o dentro da Central, ponho a bolsa na cabeça para me proteger da chuva.

Empurro a porta a minha frente, meus pés se prendem no tapete, prendendo a base do meu corpo e fazendo com que eu caia de cara no chão.

– MAS QUE MERDA.

Hoje é quase tão azarado quando o dia do insidente do sofá.

Recomponho-me e arrumo o cabelo bagunçado, olho ao redor a procura de alguém, já um moço atrás do balcão, vou falar com ele.

– Isabela Kovalic está nesse prédio?

Ele me olha como se eu fosse apenas o núcleo de um átomo, tão pequeno e de aparecia insignificante comparado a todo resto.

– para que quer saber? - Ele pergunta de modo nada educado.

– sou a motorista dela, levarei-a para o lugar correto.

Ele parece satisfeito com a resposta.

– ela está conversando com alguns executivos, espere-a.

Percebo que seus olhos não estão focados em meu rosto, então sigo-o até minha roupa, agora molhada e meus mamilos atiçados, abro a boca chocada e envergonhada com a situação. Cruzo os braços pra esconde-los, o moço começa a rir, sinto minhas bochechas corarem.

– Temos uma loja de conveniência ali do lado. - Ele aponta para o corredor, vejo outra porta de vidro com luzes amarelas acesas.

– Obrigado. - Digo e caminho até ela.

A Pequena loja parece fofa, alguns adesivos na porta me mandando puxar, é o que faço e entro, retiro o que eu disse sobre “pequena” há até algum joguinhos como de dança, algum brinquedos de montar e de pelúcia. Sorrio feliz ao ler uma sessão de roupas.

Começo a caminhar mas olho para o corredor de DVDs, meus olhos se batem com um box de Lei & Ordem igual aquele que o Peter me deu. Sinto-me mal por está tirando dinheiro dele mesmo que isso seja o que nunca irá faltar na sua vida.

Seguro a etiqueta de preços, o casaco da GAP cinza com nomes azul custa $26, penso como seria estar de vestido e moletom, procuro por uma calça barata, pego uma Leg preta de $12. Levo-as até o caixa. Esta vazio.

Começa a tocar “Earned it” do The Weekend, meu bumbum começa a mexer lentamente, mexo os quadril, imagino o corpo de Peter colocado no meu danço sozinha aproveitando a ausência de outras pessoas na lojinha.

A música acaba, abro os olhos, e coro-me novamente o caixa agora está preenchido, a mulher me olha estranho.

– Onde posso vestir? – Pergunto.

Ela aponta para três provadores no final da loja em direção reta. Me aperto dentro da cabine e começo a tirar o vestido molhado de Witija, guardo na bolsa, e visto o casado por cima do sutiã, quando visto a calça saio, estou com um sapato muito sensual para o resto da roupa.

Pego um CD de The Neighbourhood para disfarça e pago junto com o modelo. Volto para a recepção, e me sento para escrever o que achei do almoço de hoje.

“tudo de não esperado”

[...] Para ser sincera eu dou nota 5, a confusão de sabores não se compara ao embaralhado que é gostar do Homem do Sofá Suíço. Apesar de estranho tudo é bem saboroso.

–Ei, moça, a Isabela está indo embora!

Levanto a cabeça, o homem que estava olhando para meus peitos agora indica a porta, levanto do banco que estava sentada e olho, seus cabelos Loiros me parecem familiares. Corro para fora. Um outro carro essa se aproximando.

– Srta. Kovalic espere um segundo.

O carro para em sua frente, no momento antes dela entrar se vira para mim.

Sinto uma dor fonte na cabeça, o gosto de sopa volta junto com as lembranças, corro ainda mais rápido até a ex do Peter.

– A American Show me mandou buscá-la! – Aviso.

– Eu sei, e você está atrasada, então eles mandaram um novo motorista. Pena que empresa não tem culpa de uma má funcionária.

Me controlo para não dar um dar em sua cara.

Ela entra no carro, eu a acompanho.

– O que está fazendo aqui?

– Vamos para o mesmo lugar, acho que há espaço suficiente para nós duas. – Digo.

Ela parece levar um tempo avaliando se me empurra ou não para fora do carro.

Por fim ela põe um par da óculos escuros e olha para frente. Evito olha-la por grande parte do tempo a não ser algumas coisas que reparo com o canto do olho.

Próximos ao estúdio Isabela se vira pra mim, e tira um dois envelopes do bolso de seu casaco de pele. E me entrega.

– Um é confidencial para o Peter, outro foi um velho amigo que mandou para você, ele tem guardado isso por algum tempo mas talvez seja hora dos flamingos retornarem ao lar.

Pego os papéis na mão dela, sem que nossos dedos se toquem me coração bate forte e ofegante. Mordo os lábios. Quero saber o que está aqui, mas não posso demonstrar emoções próximo a ela. Esforço-me para não abrir os envelope, por mais que deseje, eu não faço.


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Notas finais do capítulo

Já sabem o que a Isabela ta planejando? E quem é o velho amigo? Mais emoções em breve.



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