Chocolate e Sedução escrita por Arthur Araujo


Capítulo 7
Capitulo Sete


Notas iniciais do capítulo

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Espero a bronca que nunca vem, contorço me na cadeira não consigo pensar nada além do papel, também gostaria de questionar de onde ela e meu ex-marido se conhecem.

Enquanto Renata fala que a culpa foi sua por não ter verificado o nível da gasolina, e ainda deverá arranjar um jeito de mandar buscar o seu carro no píer, eu tento descobrir quem escreveu a carta. Será que o Isaac conhece a Isabela?

Quando sou liberada corro para o elevador, preciso ficar sozinha, as portas se abrem, há um rapaz dentro.

– SAI! - Grito. Ele adianta os passos para me deixar livre. Entro.

Pego a carta dentro da bolsa.

Querida Juliette

Não me orgulho pelo pouco tempo que passamos juntos, mas sim pela nossa linda historia. Queria poder te abraçar mais, viver mais momentos com você, mas sou grato pelo tempo que passei contigo. Só te peço uma coisa... Se anime, seja feliz, não quero sua destruicao. Lembre-se dos nossos momentos como lembranças que nunca deveriam ser perdidas, lembre-se sempre de sorrir como você sempre fez mesmo nas nossas dificuldades. Esse pode ser nosso fim, mas é apenas seu começo.

De seu amado, Gustin.

Gustin. Meus olhos enchem de lágrima, queria estar no elevador da empresa do senhor Eagle. Pelo menos haveria um banco para eu me sentar. Não quero acreditar que o Henry August está vivo mas tenho dúvidas de que imaginar ele como amigo íntimo da Isabela seja melhor. Talvez isso explique seu emprego na empresa. Opto por deixar de lado. Guardo a carta e rezo para chegar logo em casa.

+++

Witija não está, vejo um bilhete de que ela saiu com o Yamaha e eles foram jantar fora, rio sozinha pensando em como seria o clima dos dois comendo comida japonesa de palitinho.

Vou para o quarto, deito-me da cama, mas não me permito chorar, fico parada evitando que qualquer pensamento me leve até o Gustin.

Droga. Tenho provas finais amanhã. Droga. Se eu não tirar uma boa nota terei que repetir o semestre, e com certeza acabarei desistindo.

Levanto-me correndo, preciso tomar no mínimo um banho, meu dia parece que foi maior por dentro, em menos de 24h fiz tantas coisas.

Deixo a água escorrer por meu corpo, tirando uma pequena porcentagem de stress. Volto para o quarto e dou uma relida nos textos e apostilas que foram passados, pensar amanhã é sábado e o meu futuro depende de virar a noite respondendo atividade faz meu coração doer.

+++

O despertador toca, bato a mão sobre o criado-mudo com objetivo de desligá-lo, minha raiva é tanta que quando o acho acabo jogando no chão com força suficiente pra fazer o barulho parar.

Sento na beira da cama, posso sentir meus olhos incharem, mesmo assim levanto pra fazer o ritual, quando estou finalmente pronta, tomo café e me despeço de Witija que está junto com Yamaha, sentados no sofá que ganhei de presente.

O perfume forte perto de mim acaba me desconcentrando e marco uma questão errada no gabarito. Cerca de doze pessoas das sessenta e quatro que compõe a sala já levantaram. Temos três horas pra responder cento e cinqüenta questões, fico surpresa comigo mesma por ter acabo em metade do tempo. Vejo Robert se levantar e entregar a prova para o Vigia, ele é meu melhor amigo, uma vez tentei beijá-lo de tão lindo mas ele acabou de contando que eu não fazia o tipo dele. Geralmente ele gosta de pessoas com um órgão genital masculino. Sorrio com a lembrança e termino de assinar as páginas das provas. Entrego e sigo Rob para uma caminha pela faculdade.

– O que achou? - Pergunto.

– Espero que sim, não lembro de nada, mais da metade do meu cérebro tava pensando no Ritch.

Parece que estamos indo para o refeitório, não sinto muita fome mas é um bom lugar pra conversar. Ninguém liga pra sua existência, ao contrário de sentar na grama e contar uma longa história.

Caminhamos entre as pessoas e as cadeiras vazias, certa de quinhentas pessoas estão no refeitório, mas só tem menos de dez na fila.

– vocês brigaram de novo?

Robert parece ser um dos melhores caras que eu conheço, e com certeza nos casaríamos se ele não fosse gay.

– aparentemente sim, mas eu não falei nada demais, ele que ta muito estranho e estressado.

Ele revira os olhos.

Chega sua vez, Rob pega uma bandeja, e eu também, quando estávamos no ensino médio nunca me imaginei uma mulher com mais de dezenove anos pegando comida com uma bandeira de plástico, mas aqui estou eu.

Ele fala com o homem que está atendendo, olho no bolso da calça para conferir se o dinheiro está aqui.

Minha vez.

Viro-o para o atendente pronta pra fazer o pedido. Ele está aqui. Atrás do balcão. Encaro o Peter, ele está com cabelo por baixo de uma touca, e usando avental.

– O que faz aqui, Sr. Eagle?

Ele sorri, mordo os lábios para disfarçar que estou tremendo.

– Finn acabou quebrando a perna "acidentalmente" então eu vim te ver, ops, trabalhar no lugar dele. Ergo uma sobrancelha nervosa.

– Tudo bem, vou querer um copo de 500ml de Fanta Uva, e uma batata da Ruffles.

Ele se vira pra buscar meu pedido.

– Quem é? - Pergunta Rob.

– Meu... Namorado. - Repondo, torcendo a barra da camisa.

Peter volta com o pedido e um sorriso de orelha a orelha, Rob não se esforça pra esconder o riso.

– Passo na sua casa pra te levar até a moradia dos meus Pais. Amanhã. Não esqueça.

***

O "amanhã" a qual ele está se referindo passou tão rápido quando a tarde. Tentei focar no drama do Rob com o Ritch antes que eu me afogasse em meus pensamentos.

Aqui estou eu, de frente para o espelho, estou calçando uma sapatilha amarela bem clarinha, e meu vestido é curto na altura dos joelhos, estou usando um short jeans por baixo, a camisa tem um tecido azul com flores brancas e detalhes amarelos com fibra quase transparente. Estou usando uma camisa branca por baixo. Fico em dúvida de como prender o cabelo. Faço um rabo de cavalo, mas assim que Witija aparece, desmancha tudo e constrói uma trança única.

Sorrio incrédula, estou até que bonita.

Ouço a buzina do carro, pego a bolso e me dirijo até a porta. Quase tropeço, há uma Ferrari preta parada na frente da minha casa. Peter usa caminha social azul bem claro, calça preta, e sapatos sociais também, está com óculos escuro mas seus cabelos bagunçados o deixa super sedutor. Ele está com o cotovelo sobre a sua porta, e dedos longos no volantes.

Peter abre a porta pra mim, de dentro do conversível aceno pra minha amiga, com a mão ela simula dois rostos se beijando. Viro para o lado e surpreendo-o. Meus lábios se abrem junto com o seu, nossas línguas se tocam suavemente, deixo minha mão deslizar sobre sua barba feita recentemente até o colarinho da sua camisa. Me afasto e ele está sorrindo.

– Podemos ir?

Peter pisa no acelerador, enquanto eu me concentro pra não fazer nada errado na frente dos meus Sogros.

Não contabilizo quanto tempo levamos mas parece que saímos da cidade, e meu coração parece parar quando chegamos na entrada de um vale.

Há um grande portão de ferro, escrito sobre ele "Propriedade dos Eagle".

– Oi, Jeff, libera ai - Ele diz.

– Só vou abrir pra não fazer feio da frente da moça.

Sorrio para o porteiro, e ele abre o grande porta metálico. Vejo uma enorme casa sobre o vale há alguns carros paradas antes de subirmos o grande declive. Peter estaciona junto a um modelo preto. Eles desce do carro e abre a porta para mim, levanto-me e pego minha pequena bolsa. Ele segura em minha mãe, sinto como se levasse um choque.

Começamos a andar, a casa da família dele me lembra um castelo medieval, com tons claros visíveis do lado de fora que não me doem os olhos. Há algumas mesas de Vidro e Aço, são poucas pessoas sentadas no máximo dez. Há um homem na churrasqueira, um bela mulher ao seu lado, engulo em seco, acredito que estes seja meus sogros. Ao nos verem a mulher se levanta e cutuca o cara com a espátula em mãos. Ele também é muito bonito e não é velho. Eles começam a vir em nossa direção, aperto a mão do Peter com força.

– Olá, querida. - Ela diz dando um beijo na minha bochecha. - Peter, eu poderia jurar que você era gay, agora me aparece com essa moça tão linda. Não me diga que a está pagando pra isso.

Sorrio.

Peter parece envergonhado.

– Mãe, está é Juliette Zaneze. Julie está é minha mãe e meu pai.

Estendo a mão para ambos.

– Prazer em conhecê-los.

– Prazer é inteiramente nosso, Pet nunca trouxe uma garota aqui.

– Nem a Isabela? - pergunto.

– Deus nos livrou da presença daquela ali, venha, vou le aprensentar o resto de nossa família.

Vamos até um garoto jovens rosto tão lindo quanto o Peter.

– Este é Rafael. - Ela disse.

– Pode me chamar de Rafe. - Ele fala estendendo a mão.

– Prazer em conhecê-lo, Rafe. - Aperto-a.

Um garota vem correndo e me abraça de surpresa.

Ela tem cabelo quase loiro, mas grande parte castanho, e brinca com meus fios escuros.

– Essa é a Mila, era acabou de voltar do Intercâmbio. - Diz minha sogra.

– Estou tão feliz por não ser mais a única garota nessa família. - Mila diz e me abraça de novo.

– Pode soltá-la agora. - Peter a emburra devagar, afastando a garota de mim. Em seguida me puxa para próximo de si.

– Quantos anos eles tem?

– Rafe tem dezenove, e Mila dezessete. Venha vou lhe mostrar a casa.

Ele diz o nos afastamos.

***

A grande porta já estava aberta quando passamos, estou na sala de visita, é bela, ha lugar onde sentar é umas flores, seguimos para a sala principal, com sofás e a televisão, passamos, pela sala de jantar até que Peter diz algumas coisa:

– Espero que isso tenha sido tão estranho pra você quando pra mim.

Antes de irmos no caminho da cozinha paro. Estou diante de um quadro. Ele é grande. Usando tons de azul e cinza foi representada uma montanha. Duas águias maiores na frente, três atrás meio distantes uma das outras e dois no fundo, a uma diferença de tons entre as duas últimas aves estas parecem estar voando para o topo.

– Somos nós. - Ele diz.

– Como assim? - Pergunto curiosa e sem entender.

– Nossa família, os "Eagle", - Ele poe o dedo sobre os primeiros pássaros. - Estes são meu pai e minha mãe, - Seu dedo escorrega até as três abaixo. - Aqui está Rafael, Camila, e eu.

Sorrio, a explicação faz sentido.

– E essas duas?

– São Yamaha e a Witija. - Minha cabeça girar. - Em breve você também está aqui, bem ao meu lado.

Peter segura meu rosto e me beija suavemente.

– Quem pintou?

– Yamaha, foi um presente por termos acolhido ele.

Franzo a testa.

– Os pai dele era super amigos dos meus, já éramos criados juntos então quando os pais dele morreram, minha mãe resolveu criá-lo como seu próprio filho. Hoje consideramos ele mais que irmão, e mesmo sem pedir ele tenta nos recompensar de alguma maneira.

– Entendo.

Ficamos em silêncio quando ele me puxa para começarmos a subir as escadas.

– Venha vou lhe mostrar meu quarto.

Seu quarto é mais normal que eu esperava, há um cama, um mesa com um notebook, uma porta pro closet, e uma estante.

Ele fecha a porta.

Caminho até a estante, passo a mão sobre os livros. ele me puxa. Girando-me.

Seus olhos parecem querer traduzir minha alma como se fosse um idioma antigo.

– Por favor, seja minha? - Ele se aproxima o suficiente para nossos lábios encostarem uns nos outros.

– Eu sempre fui. - Respondo, empurrando-o sobre a cama.

Caio junto com ele, queria esmagado com meu peso mas isso é impossível, então envolvo seu pescoço com meus braços, passo a mão em seus cabelos macios.

Ele me olha com desejo. Sua boca tão próxima a mim, eu gostaria de beijá-lo mas quero fazer com que ele me queira ainda mais.

Beijo sua bochecha, o suficiente para o canto de nossos lábios se tocarem.

Ele é veloz e sagaz, inverte nossas posições, agora prendendo meu corpo debaixo do seu. Peter me encara analisando a situação. Então sinto sua língua tocar na minhas, movo-me com a mesma intensidade.

Minhas mãos procuram o botão de sua camisa, ao encontrar me apreso pra tirá-la, Peter começa a tirar minha blusa também, ele me ajuda, até que ficamos parados apenas contemplando um ao outro.

Cada músculo definido de seu corpo de faz querer beijá-lo eternamente.

Passo a mãos, ele geme ao ser tocado, sorrio ao imaginar essa cena sendo vista por fora, ele passa a não sobre meu sutiã, em seguida passa os dedos pelo pico dos meus seios, sinto o frio na barriga.

Deslizo minha mão para sua virilha, os músculos tensos e os nervosos sobressaltados, desço ainda mais, toco nele, ele me beija.

A mão dele desce até a borda do short, sinto seus dedos se aproximando, quero gemer, mas se controlo.

Ele me beija novamente. Alguém bate na porta.

– Peter?

– Mana? Já estou indo.

Ouço-a gargalhar.

– Desculpe atrapalhar você e a Julie, mas o papai está chamando lá em baixo.

– Estou indo.

Vestimos a roupa e saímos do quarto.

Descemos as escadas e fazemos o percurso contrario, quando chegamos do lado de fora vejo Witija e Yamaha com Taças de champanhe nas mãos.

– Oi! – Ela diz animada.

– Não imaginei que você viria. – Minto.

– Eu me esqueci de te contar. – Ela diz.

Yamaha nos cumprimenta, e o Sr. Eagle começa a faz um discurso sobre a importância da família. Um garçom me entrega uma taça, e fala no ouvido de Peter:

– Seu zíper esta aberto.

Ele olha pra mim rindo, fico corada.

Peter me puxa até uma mesa, e em poucos minutos me vejo com uma faca na mão cortando outro pedaço de hambúrguer. Mastigo devagar para manter a educação, mas tenho que comentar. Que tempero maravilhoso.

– Talvez você tenha puxado um pouco do seu pai.

– Acho que sim. – Ele diz distraído.

– Como ele conseguiu isso tudo?

Peter olha pra mim e leva um tempo escolhendo as palavras certas.

– Ele se formou em Engenharia, e junto com seus conhecimentos me mecânica ele acabou assumido como Sócio de uma fabrica de carro, e com o alto lucro ele acabou comprando a parte dos outros donos.

– Nossa.

Mila e Rafe sentam na nossa mesa.

– Então Mila, onde foi seu intercambio?

– Dubai.

Fico sem palavras.

Conversamos por tempo suficiente até que escurece. Almoçamos e próximo do jantar digo que preciso ir embora.

– Por que? Ainda esta cedo.

– Tudo bem, fico mais um pouco.

– Vamos dar uma volta pela propriedade.

Peter se levanta e pega na minha mão, com passos lentos estamos indo para o fundo da casa, vejo dois senhores com tacos em mãos, batendo para que a bola consiga alcançar o buraco.

– Você tem um campo de golfe no seu quintal?

Ele sorri timidamente, chega parecer envergonhado.

– É, meu pai e meus tios costumam jogar quando vem nos visitar.

De repente me sinto triste, penso em Gustin, quero contar para Peter, mas não sei se devo. Sento-me na grama. As lagrimas descem pelo meu rosto. Peter se abaixa e me envolve com seus braços, passa seu dedos longos por meu cabelo, e beija minha cabeça.

– Eu encontrei com a Isabela essa semana.

– Onde?

– Depois da nossa reunião de negócios, aconteceram umas coisas... – Lembro que a Renata conhecia o Gustin meu coração aperta ainda mais. – e ela me entregou duas cartas, uma delas era do Gustin, não sei quando foi escrita mas estou com medo...

– Medo de que?

– E se ele voltar? O que vai acontecer com a gente?

– Espero que continuemos juntos, você é minha, lembra?

– Sim.

– O que tinha na segunda carta?

– Ela é pra você, eu não li. – Pego o envelope de papel dentro da bolsa e entrego pra ele, Peter rasga o lacre e lê com cuidado, quando finaliza ele range os dentes.

– Ela escreveu o que?

– Apenas um ameaça boba... Mas, você quer ir pra casa?

Faço sim com a cabeça.

– Tudo bem, vou pedir pro Yamaha levar-te.

– Talvez o problema seja eu.

– Não, o problema nunca vai ser você. – Ele diz.

Voltamos para a frente da casa, e por sorte a Witija diz que tambem esta cansada, e o Yah concorda em levar nos duas, o Peter diz que precisa voltar para a Torre e resolver uns problemas se não ele nos acompanharia.

Estamos no estacionamento, já me despedi dos irmão e dos pais do meu namorado, espero prestes a entrar no carro quando paro para me despedir dele.

Abraço-o apertado, ele me espreme de volta, é bom estar em seus braços.

– Eu Te amo. – Ele sussurra.

– Eu te amo tambem. – Ele sussurra de volta.

Beijo devagar.

– Não se esqueça dos seus exames.

– Não esquecerei. – Digo.

Ele abre a porta para mim, eu entro, aperto o botão para o vidro da janela descer.

– Nos vemos em breve.

– Nos vemos em breve.


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Notas finais do capítulo

Se você pudesse fazer pergunta para o Peter, quais seriam? Deixe nos comentários e elas serão respondidas no próximo capitulo.



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