Emma saiu correndo da casa de Killian, o mesmo o seguiu. Os dois nem pensaram em Liam, estavam com a cabeça em outro lugar, pensavam que algo tinha acontecido com Mary Margaret. Entraram no pequeno carro amarelo de Emma e foram o mais rápido possível, tentavam ligar para Mary, mas sem sucesso, o celular dela estava sem sinal ou estava sem bateria, desligado. O jeito era saber quando chegassem lá. Quando estavam chegando perto viram uma movimentação e uma sirene, não era ambulância, muito menos policia, pois Graham a avisaria, eram bombeiros. Viram uma fumaça saindo, era enorme. Cada vez que chegavam mais perto descobriam o que estava acontecendo. Emma parou o carro em qualquer lugar saiu correndo, sem esperar Killian e deixando a porta do carro aberta, estava surpresa e agoniada. A casa dela estava pegando fogo, não sabia o que fazer, já tinham chamado os bombeiros e Graham estava ali.

–Eu sinto muito, Emma -disse Graham abraçando-a de lado.

–Todas as lembranças estão sendo queimadas! Tinha coisa da polícia lá, tinha tantas coisas lá. -a voz dela quase não saía. A única que tinha que fazer, era esperar. Killian chegou perto de Graham e Emma se abraçando e disse o mesmo que Graham, "sinto muito", queria conforta-la também, mas o homem já estava fazendo, pensou que deveria ser seu namorado, a única coisa que sabia é que ele trabalhava na polícia junto com a loira, por causa que tinha ido na ronda escolar no lugar dela.
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O fogo demorou para finalmente acabar, os bombeiros se foram e Emma estava na delegacia, junto de Graham, Killian e Mary Margaret. O dia estava quase amanhecendo e precisavam esperar a temperatura da casa diminuir para poderem entrar, ver o que sobrou e poderem investigarem como o fogo começou.

–Não consigo entender. Não tinha velas, não tinha luzes perto da cortina, nem nada do tipo. Na verdade estava tudo desligado. Não tinha muitas tomas ligadas em um lugar, só pode ter sido clandestino. -Emma estava sentada numa cadeira olhando para um ponto fixo na parede, tentava entender tudo aquilo.

–Eu vou pegar algumas coisas para nós comermos -disse Graham saindo, ele estava indo para o Granny's. O sol já estava timidamente no céu, o dia tinha começado.

–Eu vou lá fora ligar para a escola, não posso entrar na minha casa, pois está interditado, vou avisa-los que não poderei ir -explicou Mary com o celular na mão e logo saiu.

–Se quiser ir, pode ir, Killian. Liam deve esta o esperando -disse Emma. Ele estava encostado na porta e foi se sentar ao lado de Emma, numa cadeira que tinha ali.

–eu já avisei David, ele vai levar Liam para escola e só entro mais tarde no trabalho -soltou uma risadinha. -eu quero te ajudar com qualquer coisa, Swan -ele estava com o rosto virado para ela e ela olhava nos olhos dele, estava sendo o mais sincero, queria ajuda-la. Por um momento, Emma, olhou naqueles olhos azuis, teve muitos pensamentos, desde o mais puro ao mais impuro, imaginou seu lábios em sua boca descendo pelo seu pescoço, imaginou o toque dele, pensou até em sentir realmente os lábios dele nos dela, mas não queria, não queria se envolver com alguém novamente, suas lembranças falsas mostram que se envolver em um relacionamento não é nada bom, na verdade, terrível.

–Obrigada. -abriu apenas um sorriso tão sincero quanto o olhar dele, para que esse desejo momentâneo passasse. Os dois ficaram em silêncio, não dormiram, viraram a noite, estavam muito cansados.

Mary entrou pela porta, tinha demorado um bom tempo lá fora, quando entrou viu Emma e Killian dormindo, Emma no ombro de Killian. Mary sempre foi muito romântica, ela sorriu ao ver aquilo, achou fofa a cena. Graham entrou ali e viu Mary Margaret parada.

–o que foi? -perguntou Graham

–Eles são tão bonitinhos juntos, combinam! -uma pontada no coração de Graham apareceu, sentia ciúmes, mas era de irmão, queria proteger Emma, ela contou para ele o que tinha acontecido com seu noivo, claro que eram lembranças falsas, mas nenhum ali presente sabia. Graham olhou para os dois e por um segundo, viu que Emma e Killian faziam muito sentido juntos, foi um pensamento momentâneo, pois era apenas duas pessoas dormindo apoiada na outra, não tinha como tirar muitas conclusões.

–Desculpe-me o atraso -disse Regina, a prefeita, entrando pela porta. Isso fez com que os dois, que dormiam, acordassem. -Pelo o que eu vejo ainda não conseguiram entrar na casa, não é mesmo?

–Os bombeiros não deixaram. -Disse Emma com uma voz sonolenta.

–Então vou tomar um café e já volto aqui. -todos ficaram quietos e concordando.

–Trouxe quatro lanches, espero que gostem, pois só conheço Emma -Graham abria os sacos de delivery que tinha trazido do Granny's. Cada um pegou um lanche e comeram. Tentavam conversar para distrair Emma, mas era difícil, ela também tentava não focar nisso, mas checava o horário para ver se já podiam ir no loft, os bombeiros tinham falado que depois de um determinado horário já estaria mais frio e poderiam entrar. -Ei, Emma, já sabe onde ficar? -Graham perguntou -Eu sei que ta cedo, me desculpe. Não poderei ajudar, você sabe o quão pequena é minha casa, não sei como eu consigo viver lá, desculpa, de novo.

–Eu sei, Graham -Emma riu -qualquer coisa eu fico no hotel da Granny.

–Pode ficar em casa -Killian sugeriu

–NÃO! -Emma logo respondeu rapidamente e com um tom um pouco mais alto. Lembrou dos pensamentos que tinha acabado de ter, e, bem, dividir a casa com esse homem não será uma ótima solução. -Bem, não quero atrapalhar a sua rotina com Liam e é um pouco longe daqui, mas muito obrigada! -se explicou, viu que Killian estava constrangido e agora era ela quem estava.

–Pode ficar em casa! -Mary percebeu o desconforto da recente amiga e sugeriu sua casa -Espero que liberem a casa, mas acredito que sim. -Emma sorriu, tinha aceitado o convite. Mary Margaret tinha sido alguém tão bom para ela, uma amiga, realmente, não que Graham não fosse, mas ela tinha acabado de conhecer essa mulher. Todos terminaram de comer e esperaram um pouco mais, para dar o horário, conversaram muito e nem viram a hora passar.

–Já podemos ir! -disse Emma. Todos se levantaram e foram até o local, Mary recebeu a noticia que estava tudo bem com a casa dela, então Emma poderia dormir lá. Regina encontrou todos no antigo e queimado loft de Emma. Ainda continuava quente, mas muito melhor do que antes, tudo estava queimado, salvam-se algumas coisas, Emma conseguiu recuperar alguns CDs, DVDs e até mesmo uma ou duas peças de roupas. Graham pediu a ajuda de Killian para poderem achar o motivo de incêndio, mas não havia uma pista se quer, Regina também os ajudava, mas nada. Tão estranho, parecia até magia. Regina pensou bem e lembrou-se de quem poderia ser, mas não poderia falar em voz alta. Só poderia ser essa pessoa, afinal, quem mais colocaria fogo no apartamento da Xerife da cidade? Algum criminoso? Talvez, mas estamos falando de Storybrooke, uma cidade pacata e, até então, sem magia, mas um incêndio sem rastros? Tem que ser alguém que planeje muito bem, isso só levou Regina a uma pessoa apenas, guardou para si, poderia resolver esse quebra-cabeça.