Anjo De Cristal escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 27
Rompido




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‘’Eu vejo o futuro repetir o passado’’ — O Tempo Não Para

Daniela, Amara e Leandro corriam em direção a piscina com entusiasmo. A risada das três crianças ecoavam por todo os lugares, o vento fazia questão de levar a alegria deles para todos os lugares. Amara não se aguentava de tanto rir ao ver Leandro cair todas as vezes que Daniela o empurrava.

—Vamos ver quem fica mais tempo debaixo da água sem respirar? —Leandro pergunta e as duas meninas aprovam a ideia.

—Eu vou ganhar como sempre.—Amara fala convencida e Daniela a empurra.—Para!

—Vamos logo!—Daniela exclama afoita para entrar na piscina. As três crianças se desfazem se deus calçados e vão para dentro da piscina com a maior alegria do mundo.

—1...2...3...—Leandro faz a contagem.—Já!—Fala e rapidamente ele ,juntamente com as duas garotas, enchem seus pulmões de ar e ficam debaixo da água.Eles encostam um no outro com a intenção de fazer com que o outro saia da água mais rápido.

Anos depois...

Amara foi a primeira a desistir da brincadeira de ficar debaixo da água por muito tempo sem respirar. Rapidamente Daniela também desistiu e por ultimo veio Leandro. Ambos estavam cansados de ficar sem respirar debaixo da água, não conseguiam nem falar direito.

—Você roubou!—Daniela fala brava e Amara sorri.—Assim não vale.

—Eu não tenho mais a mesma habilidade de ficar tanto tempo debaixo da água.—Amara fala rindo da reação de Daniela.—Eu já tenho dezessete, Daniela.

—Eu tenho dezesseis, eu deveria ter mais habilidade.—Daniela fala brava com sua própria derrota.

—E eu que tenho dezoito irei ganhar sempre de vocês duas.—Leandro fala.—Bom...farei dezoito anos semana que vem.—Ele fala dando de ombros enquanto as duas garotas se entreolham. Rapidamente as duas partem para cima dele e tentam afoga-lo.

—Cala a boca!—Amara exclama dando altas gargalhadas ao ver Leandro se debater na água.

—Ele não esta falando, sua idiota!—Daniela fala e Amara parte para cima da irmã mais nova.—Para!

—Eu te ajudo, majestade.—Leandro fala para Amara. Logo ele pula sobre as duas irmãs, ambos vão para o fundo da piscina e se debatem para sair de lá.

—Eles não mudaram nada.—Ana Rita fala para Francisco.—Parecem três crianças.—Fala sorrindo ao ver os filhos. Francisco se fasta e começa a pensar com preocupação sobre a mudança de país que ele e sua família irão sofrer.

—Quero ver quando formos ao México...

Atualmente...

POV Daniela

Desde que Regina, ou melhor, Amara foi morar com os pais verdadeiros e Leandro fez o mesmo, me sinto sozinha na minha enorme casa. Hoje é meu aniversario e acho que nenhum dos dois devem ter se lembrado disso. Meus pais e eu sairemos hoje de noite para jantarmos, mas eu não tenho animo para isso. A falta que amara e Leandro me fazem é imensa! Leandro agora vai ter Letícia como sua irmã e Amara terá Estrella. Talvez esse seja o meu papel nessa historia, usurpar o lugar dar irmãs de Leandro e Amara.

—Que vazio.—Falo ao entrar na piscina. Passar a tarde na piscina era uma das melhores coisas que eu fazia com meus irmãos enquanto morávamos na Itália.

Sinto falta do meu pais, dos meus irmãos, da minha família verdadeira...Tudo era tão bom quando morávamos na Itália. Desde que viemos para o México, as coisas não tem sido mais as mesmas. Talvez um dia eu possa reunir meus irmãos e então, poderemos viver e fazer as maiores loucuras como fazíamos antigamente.

POV Leandro

Como será que Amara está? Será que ela gostou dos pais biológicos assim como eu gostei dos meus? Eu não deveria me preocupar com ela mas a verdade é que eu a amo. E quem ama se preocupa...

—Temos visita.—Minha mãe fala e rapidamente me levanto do sofá. Meu pai se recompõe enquanto eu me surpreendo com Lúcia e Fernando entrando na sala.

—É sobre Fabiana?—Meu pai pergunta assustado e eu vejo Letícia entrar na sala.—Filha...

—O que houve?—Letícia pergunta assustada ao ver Fernando.—Aconteceu algo com a minha tia?

—Sim.—Fernando responde e suspira.—Espero que estejam fortemente preparados...

—Fale de uma vez.—Meu pai fala nervoso. O que será que aconteceu com Fabiana?

—Fabiana foi encontrada morta.—Lúcia fala rapidamente. Meu pai se senta na poltrona da sala e tenta não demonstrar sua emoção.

—Tente ficar calmo.—Minha mãe fala e eu me abraço á Letícia.—Como foi isso?

—Fabiana cravou uma faca normal no peito e...—Fernando para de falar enquanto todos fazem suas próprias conclusões.—Eu sinto muito.—Fernando fala ao ver Letícia chorar e soluçar.

—Precisamos que alguém da família vá resolver os tramites sobre o reconhecimento e o funeral de Fabiana.—Lúcia fala pausadamente.

—Eu vou.—Letícia fala soluçando.—Eu vou buscar meu carro na garagem.—Ela fala e em seguida respira fundo. Na sala se escuta apenas o choro excessivo do meu pai, minha mãe tentava acalma-lo mas de nada adiantava.

POV Amara

Aguardo meu irmão chegar com a confirmação da minha cirurgia.Heitor foi até a clinica falar com o meu medico. E espero ansiosamente que minha cirurgia esteja perto de ser realizada. Por um lado sinto medo em morrer na sala de cirurgia, mas por outro me sinto aliviada e confortada pela minha família. Eu só quero ficar bem para poder compensar todo o tempo perdido, todo o tempo que passei longe da minha verdadeira família. E pensar que fui extremamente feliz com a minha família adotiva, mas nos últimos tempos me sentia fora de cogitação na Itália. Creio eu que tudo foi ironia do destino, tudo aconteceu da maneira mais certa e eficaz.

—Eu tenho medo. Medo de que ela não saia da sala de cirurgia com vida.—Ouço meu pai falar. Me escondo detrás da porta ouvindo a conversa.

—Ana Rita e Francisco acham a mesma coisa, Estevão. Mas ela quer se salvar, ela quer pelo menos tentar.—Minha mãe fala e eu sinto um nó se formar na minha garganta.

—O médico que acompanha o caso da minha irmã foi bem claro comigo.—Heitor fala com medo.—Ele mentiu para ela dizendo que talvez se salve. Por quê as chances de Amara sobreviver são muito poucas.

—Poucas quanto?—Minha mãe pergunta.

—Poucas. Quase nenhuma chance.—Heitor fala e em seguida o choro da minha mãe se instala no escritório do meu pai.

—Amara não vai sobreviver.—Meu pai fala nervoso e eu saio dali o mais rápido que posso.

Começo a sentir uma dor de cabeça inimaginável e insuportável ao sair correndo pela casa.O que está acontecendo comigo? Minha vista começa a ficar escura e não consigo me sustentar de pé.

—Amara?—Estrella me chama e eu me viro bruscamente para olha-la. Assim que me viro começo a ficar tonta e me seguro nos moveis.—Amara , o que você tem?—Ouço Estrella perguntar pela ultima vez e desmaio.


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