Pov. Gina

Os alunos novos permaneceram na escada que dava no corredor do grande salão enquanto, os alunos a partir do segundo ano seguiam direto para o salão principal, do terceiro ano, de minha casa tinham poucos e esses poucos eu quase não falava, por isso segui até o salão com Dino, sentindo que meu irmão me encarava por trás assim como Harry e Hermione. Assim que entramos Alvo pediu que nos sentássemos sem transtornos, Dino foi puxado por Simas me deixando sozinha, sentei-me num espaço grande e vazio, mas logo foi preenchido por meus irmãos.

– Fala ai Gina – disse Jorge sentando do meu lado esquerdo.

– Sentindo-se sozinha? Lhe fazemos companhia – Fred sentou no lado direito, eu ri assim como os dois. Olhei para Rony que sentara a minha frente, Hermione a frente de Fred e Harry a frente de Jorge.

– Todos fazemos companhia – os gêmeos disseram juntos e eu sorri, de certo modo incomodada.

Antes que qualquer um começasse um assunto a professora McGonagall entrou com os alunos que seriam selecionados, o que relacionado aos outros anos que eu estive presente na seleção eram bem poucos. Eu nem prestei atenção nos alunos novos, fiquei encarando Harry assim como ele me encarava, claro que discretamente. Os meus irmãos e Hermione estavam muito entretidos com os novos alunos que foram selecionados para a Grifinória, e nem se tocaram que algo rolou há poucas horas no trem, e eu tinha certeza que Harry não contou para nenhum deles, mas ele com certeza sabia que os meus amigos sabiam do ocorrido. Não demorou muito e o diretor Dumbledore pediu silencio para dar alguns avisos, e chamou os capitães dos times de quadribol para se juntar a ele na frente da mesa principal. Harry era o capitão do time da Grifinória, Draco da Sonserina, Cedrico o da Lufa-lufa e Matthew da Corvinal. Assim que os meninos se posicionaram perto do diretor ele voltou a se pronunciar.

– Em primeiro lugar, o nosso Zelador o Sr. Filch pediu para que lembrasse aos alunos antigos e avisasse os alunos novos de que a Floresta é terminantemente proibida sem que estejam com algum professor, ou instrutor da escola, e para que não pratiquem feitiços nos corredores – Dumbledore cochichou algo para os professores, os quais eram diretores das casas para que ficassem ao lado dos capitães. Assim McGonagall se pôs ao lado de Harry, Snape ao lado de Draco, Sprout ao lado de Cedrico e Flitwick ao lado de Matthew. – Em segundo lugar os times de quadribol de nossas casas sofrerá mudanças, não será mais apenas um capitão por time serão dois. Por favor professores conversem com os capitães e terão até o jantar para decidir que serão os co-capitães.

Logo após esse comunicado Dumbledore dispensou os alunos para que almoçássemos e conforme acabássemos fossemos para a comunal e levasse os alunos novos se adaptarem ao ambiente da comunal. Eu comi bem rápido em relação aos que estavam em minha volta me levantei, e sai da mesa, enquanto meus irmãos observavam eu saindo pela porta do grande salão. Pensei em ir para a comunal, como Dumbledore havia mandado mas iria ter muitas pessoas entrando e saindo, então fui para o pátio pavimentado que ficava de frente para o salão.

Dei uma volta por ali sentindo o vento bagunçar meu cabelo, cheguei perto da mureta no fim do pátio e fiquei observando o terreno, e mais longe o lago negro, não havia muitos alunos ali, eu estava distraída com a paisagem, nunca parei para prestar atenção no quão bonita era Hogwarts.

– Podemos conversar? – me assustei com a voz de Hermione, que estava ao meu lado, coloquei uma mecha de meu calo atrás da orelha mas o vento a tirou. Me virei para Hermione e assenti – Nesses dois anos nunca parei para pensar no porquê de nunca nos falarmos direito sabe... Não tenho nada contra você é óbvio.

– Eu sei que não tem, eu também não tenho nada contra você – eu não queria repetir com Hermione a mesma conversa que tive com Harry – eu sei que não é o que parece, mas meu problema é com o Potter – eu disse mas eu já não sabia se eu tinha algum problema com ele, meu deus aquele beijo mexeu mesmo comigo. Há um dia eu odiava o Potter agora eu não sei o que eu sinto.

– Não entendo isso mas não vou te forçar a falar sobre o Harry – ela disse eu agradeci mentalmente – Mas fico feliz em saber que se problema não é comigo – nós rimos e Crabbe e Goyle pararam em nossa frente.

– Olha se não é a traidora de sangue com a sangue-ruim Goyle – Hermione e eu nos entreolhamos, eu sabia do ponto fraco de Crabbe e Goyle mas Hermione não decidi brincar um pouco com eles

– Sabe Crabbe e Goyle – eu disse andando em volta deles – Draco sabe que estão me chamando assim? Quer dizer vocês não querem acabar como da última vez não é? – eles estremeceram – mas pode ser pior dessa vez porque imagina se eu conto para o Potter e para Rony que vocês chamaram Hermione de... vocês sabem o que? Além de se encrencarem com Draco, que já está perdendo a paciência com vocês, imagina se encrencar com Harry e Rony?

– Já entendemos Gina, desculpa – disse Goyle que era o mais medroso deles.

Eu sorri para Hermione que estava com uma cara surpresa, pelo jeito que os sonserinos se comportaram, dei dois tapinhas no ombro dele e eles saíram andando, na verdade correndo.

– Como fez isso? – ela perguntou rindo.

– Longa história... teve uma vez ano passado que eu estava na biblioteca lendo um livro de feitiços e eles vieram me zoar, eles rasgaram toda minha veste e me machucaram com alguns arranhões no rosto. Draco chegou e os levou para fora da biblioteca a ponta pés, e enfim bateu neles e depois eles pararam porque Draco começou a andar comigo. – ela disse um longo ‘hmmmm’ mas não fez mais nenhum comentário.

Continuamos a conversar sobre os novos alunos que teríamos que ajuda-los como fazíamos desde o ano passado, enquanto riamos eu vi, pelo canto do olho alguém vir em minha direção muito rápido. Quando decidi ver quem era, vestes azuis, cabelo longo e preto, olhos puxados... Cho Chang.

– Que bela colega você é Ginevra – ela disse e bateu palmas, eu a olhava com desdém. Eu olhei para Hermione que não estava entendendo nada, olhei para o outro lado, e Rony e Harry vinham em nossa direção, eu recuei um passo – Eu vi o que vocês fizeram, tinha que ser na frente do meu vagão, sua vadia...

– Olha lá como fala Chang! – eu disse e bati no dedo dela que estava em minha cara – Não te devo nada garota, não sou sua amiga pra você chegar de dedo na cara se toca.

Harry e Rony chegaram mais rápido do que eu havia previsto, Rony se posicionou ao lado de Cho me encarando e Harry ao meu lado.

– ‘Porque eu odeio o Potter’ ... Não é isso que você dizia? – ela riu – mais na hora de beijar ele você esqueceu o ódio eu tinha dele.

– Beijo.. Harry.. Gina – Rony disse processando a ideia – Pode explicar? – ele me encarou.

– Posso – eu disse e ele cruzou o braço – mas não vou! – ele fez cara feia e Cho também. – até porque quem me beijou foi o Harry aqui, pode perguntar a ele.

– O que? – ele disse surpreso, Hermione, Rony e Chang o olhavam sérios, e eu o olhava de modo divertido – Primeiro eu beijo quem eu quiser, segundo Cho nós terminamos, terceiro Gina você retribuiu, logo também me beijou. – eu não segurei o riso e Rony me olhou bravo.

– Só retribui para que você afrouxasse o braço em minha cintura para que eu pudesse te empurra e deu certo – eu disse e joguei o cabelo para trás – agora que já estamos entendidos eu vou para a comunal.

– Pode parar ai Ginevra – disse Rony – nós vamos conversar bem de perto, sua atitude está acabando com nossa relação.

– Nossa relação Rony acabou quando você me trocou por seus amigos – eu joguei em sua cara – me diga Rony.. ah quanto tempo não saímos para passear em Hogsmeade? Era o que mais fazíamos juntos, você não se lembra mas eu me lembro bem de quanto tempo faz. – ele estava boquiaberto – Não são as minhas atitudes Ronald, são as suas.

Eu me virei e andei para dentro do castelo, pensando no que fazer quando encontrasse Rony novamente. Deixei esse pensamento de lado quando esbarrei com Luna no corredor.

– Esta tudo bem Gin? – eu balancei a cabeça assentindo.

– Estava indo para a comunal, na verdade meio que fugindo de Rony – ela riu e disse que iria dar uma volta pela escola. – Tudo bem depois nos vemos – ela então passou por mim e eu segui em direção a minha comunal.

Eu entrei na sala da comunal e até que não tinha muitas crianças ali, Percy, que era o monitor da Grifinória pelo último ano estava passando algumas regras e pediu minha ajuda.

– Desculpe Percy não dá – subi as escadas indo para o dormitório.