Chaos escrita por Scoutt


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Tentarei postar todas as sextas, mas eu sou mto furona, então pode acontecer de postar no sábado às vezes



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Menina especial”, puf.

– Sou o doutor Bruce Banner, e vou recolher material para alguns exames, tem algum problema senhorita...?

– Ariza O’Neill. E está tudo bem. – estava tudo bem, até ele me conduzir para uma poltrona e pegar uma seringa, com a intenção de por na minha veia!

– Medo de agulhas Ariza? – olhei para o seu rosto, e fui pega de surpresa por sua expressão forçada de simpatia, ele estava visivelmente incomodado com minha presença, suas mãos tremiam quando ele tirou o meu sangue, errou duas vezes a veia antes de consegui-lo, então pegou amostras de saliva o mais rápido que pode e me liberou.

– Mas doutor, a agente Hill pediu testes neurológicos e de reflexos. – olhei para o agente que havia falado.

– Fale para Hill que eu não me importo. – ele falava entre dentes, tentei me levantar e ir para a porta, mas esbarrei nas amostras de saliva, que caíram e se espatifaram no chão.

– Ops. – o doutor me olhou feio, ele parecia, de repente, muito estressado – Nossa, doutor, fazendo essa cara você parece até o sargento Ross. – eu ri, me referindo ao meu antigo professor de educação física, Shane Ross, um maluco por controle que ficava com raiva de coisas pequenas, mas os agentes se afastaram quando Banner começou a tremer. Eu estava presa entre as bancadas do grande laboratório e Banner na minha frente, nada perigoso, tudo estaria sobre controle depois que o doutor me desse o sermão de “você estragou o meu trabalho que tive tanta pressa em terminar”, mas não foi isso que aconteceu.

Quando eu voltei a focar no doutor... Seus olhos passaram do castanho ao verde, e ele dobrou de tamanho adquirindo uma tonalidade verde esmeralda.

– Oh merda. – dito isso, uma bancada passou zunindo do meu lado, ouvi um dos agentes pegarem um walk-talk.

– Stark, temos um probleminha verde aqui no 32. – ele berrou para o fone.

– “Precisa da minha ajuda? Pode esperar 20 minutos?” – ouvi um tom brincalhão do outro lado, seguido por leves chiados metálico.

– Anthony! O Banner vai destruir todo o andar em 20 minutos!

– “Ok, ok, tô descendo, se acalme Calvin, que tal uma gelada mais tarde?” – o agente revirou os olhos para a risada do outro lado da linha.

O gigante me encarava, não havia como passar para a porta, os agentes ordenavam algo, não conseguia ouvir por causa da pulsação nos meus ouvidos, mas pude entender o gigante, antes de sua voz se tornar alta e estridente.

– Quem... é... você? – então sua cabeça pendeu para trás, como quem ri muito, e quando se voltou à cabeça para frente, rugiu – Rarrarrrr!

Ouvi o rugido e vi o gigante verde pulando de punhos fechados sobre mim, acho que ouvir o agente gritando algo, acho que uma janela quebrou, e então fechei os olhos e morri.

.

Abri os olhos, a janela estava quebrada, uma figura vermelha na minha frente e lançou o verdão para o outro lado da sala, foi tudo uma questão de segundos, respirei fundo.

– Hulk esmaga, Hulk esmaga Betty! – ergui uma sobrancelha automaticamente.

– Esquadrão Caça-Hulk a caminho Stark! – o agente Calvin berrou.

Não será preciso. – nessa hora ele deu um tiro no gigante, que caiu de joelhos balançando a cabeça, e ainda olhando para mim.

– Quem... é ... você? – sua cabeça pendeu para a direita - Betty? – contrariando a cara do agente e meu próprio medo, caminhei até o gigante caído e coloquei a mão em seu rosto, eu estava louca.

– Não sou Betty. Eu sou Ariza, doutor Banner. – observei seus olhos voltarem para castanho e o gigante caiu aos meus pés, diminuindo de tamanho gradativamente, da porta do laboratório, entraram 3 robôs, que percebi serem armaduras quando o capacete abriu.

– Tudo certo, senhor Stark? – o agente dentro da armadura falou para quem quer que estivesse atrás de mim, então eu virei para ver, o capacete estava embaixo do braço, e ele sorria.

– Aham, Banner vai dormir por algumas horas, levem-no. – ele sorriu para mim – Quem é você afinal? Nem tive tempo de lhe parar, caminhando assim para aquele verdão, corajosa ou burra?

– Bem, pelo menos eu não fico me exibindo com dançarinas seminuas dançando atrás de mim. – dei de ombros.

Anthony Edward Stark, o gênio playboy que não aprendeu a ser discreto afinal, quem em sã consciência revela-se, ou pior, ameaça um terrorista dando seu endereço? Acho que devemos tirar o título “gênio“ dele.

– Uou, guarde suas garras. – levantou as mãos – Agora sou um homem comprometido, profissional e romanticamente.

– Bem senhor Stark, eu tô me mandando falou? – antes de sair me virei para o Stark – Quem é Betty?

– Alguém que Banner não quer lembrar.

– Eu pareço com ela, não é?

– Um pouco talvez? Apenas vi umas fotos, nunca a conheci.

– Uma vadia desalmada na vida de um nerd? Não queria parecer com algo do tipo, agora eu vou embora. – corri por sobre os restos das bancadas, dei tchau para o agente e corri pelo corredor agora vazio.

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Um pouco mais pra frente, o elevador começara a abrir, corri para ele, já que era o costume me pegarem nas minhas fugas, não nessa.

Mas, para o meu azar, bati de cara em uma parede azul com estrelas.

.

Senti-me ser erguida e posta no lugar. Então olhei para cima, loiro, 1,80m por ai, olhos azuis... Capacete do Capitão América.

– Você está bem? – olhei o loiro, e tive um segundo de choque.

– O que mais pode acontecer hoje? Eu encontrar o Chapolin Colorado?

– Quem? – me senti uma idiota quando percebi que havia falado em voz alta, e me joguei dentro do elevador apertando o botão do térreo.

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– Hmm, quem é você? – virei para o lado, e percebi que, 1: o Capitão estava lá; e 2: estava me olhando como se eu fosse uma louca.

– Ariza O’Neill, eu estava no laboratório do doutor verde... Doutor Banner! – ele pareceu preocupado.

– Você estava lá? Se machucou em algum lugar? – seus olhos me escanearam.

– Então Ariza, o que você está fazendo na torre do Stark?

– Roubando o gerador de energia Stark, para vender para os alemães. – ele fez uma cara, ri – Deus, você acreditou nisso? Céus, você não existe Steve Rogers! Acho que vou colocar isso na sua Wikipédia, “ingênuo”.

– Wiki, o quê? – ri. – Esqueça, o que faz, de verdade, aqui.

– Estudando? Servindo de cobaia? Sendo quase esmagada pelo Hulk no meu primeiro dia de aula? – suspirei olhando para o nada por um momento – Hm, muitas coisas, mas, tecnicamente eu estou na escola, no andar -2.

Ele me encarou de novo, mas nessa hora o elevador se abriu no térreo e eu saí correndo pelo saguão.

– Bye, bye, Capitão Rogers. – acenei de costas e corri para a porta da rua, passei correndo pela identificação biométrica, era fim de tarde, estava começando a ficar frio, e a rua começava a esvaziar, corri quando o agente da identificação me seguiu até a porta; um salve para quem lançou a moda de amarrar jaquetas na cintura, ou eu estaria morrendo de frio.

Estranhei o fato de não haverem mensagens no meu celular, nem que o motorista viesse me buscar, não trouxera mochila, não sabia para onde estava indo até chegar ali, muito menos estava com o calçado mais confortável do mundo, aquelas botas, mesmo sem salto, eram terrivelmente ruins depois de uma corrida, por menor que fosse.

Andei por 10 minutos pelas ruas frias de NY, o frio estava suportável, mas ainda assim frio; segui andando para o próximo ponto da minha caminhada noturna: Central Park.

.

Para um dia de semana, o Central Park estava levemente cheio, namorados, pais com filhos barulhentos, babás com crianças barulhentas e adolescentes com vozes barulhentas, enfim, estava bem barulhento ali, e se tornou ainda mais barulhento quando o alarme soou e o vento começou a ficar forte como se o demônio tivesse resolvido assoprar a terra.


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Notas finais do capítulo

Eu quero dedicar esse capítulo, a todas minhas leitoras maravilhosas (atuais e futuras) e a todos os leitores maravilhosos (que talvez eu tenha, e terei no futuro?), sério, vcs fazem uma doce pressãozinha, mesmo quando não querem, em cada comentário, algo que quando nós, autores lemos, nós sentimos responsáveis por postar algo logo, mas algo bom! Adoro isso :3 ♥



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