E se eu não lembrar? escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 29
A morte




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2 Dias antes do Assassinato

–Você o beijou ! - Gritou Raquel

–Eu não o beijei, ele me beijou! - Grito de volta

–Você é uma mentirosa. - Diz Raquel. - Não é porque foi curada por uma pedrinha idiota que pode achar que vai tomar as coisas de mim.

–Não estou querendo tomar nada de você! -

–Está sim, você quer ser eu, e quer o Dimitri para você.

–Está escutando o absurdo que você está falando? - Pergunto. - Você é minha irmazinha Rocky, eu só quero o melhor pra você, não quero que se machuque.

Raquel finalmente solta um suspiro exasperado.

–Eu realmente gosto dele. - Raquel diz

–Eu sei. - Respondo

–E o que me deixa com mais raiva. - Diz Raquel, eu levanto os olhos. - É que eu sei que ele gosta de você.

DIA DO ASSASSINATO

Nosso professor Dimitri havia se ausentado a dois dias, Raquel andava estranha desde então, eu quase não a reconhecia mais.

Eu estava na biblioteca naquele dia, era sexta a noite quase ninguém permanecia na escola nesse dia, principalmente de noite. Foi quando escutei ruidos estranhos, me senti amedrontada no entanto fui atrás para ver o que era, encontrei Raquel no meio de um circulo vermelho com um livro na mão.

–O que você está fazendo? - Perguntei

Ela pareceu ficar assustada quando me viu.

–Vai embora daqui Rose!

–Não.- Respondo. - O que vai fazer?

–Vou trazer papai de volta.

–Mas ele morreu!

–Por isso mesmo, precisamos dele aqui.

Eu balanço a cabeça afastando os pensamentos que me ocorreram.

Trocamos mais algumas palavras até a mesma pessoa vestida de preto que atirou em mim aparecer.

–Corre Rose! -Raquel gritou

As cenas passaram rapidamente enquanto Raquel lutava com o estranho, a pessoa de preto caiu e Raquel arrancou sua mascara revelando Lissa.

–O que? - Disse Raquel surpresa

Lissa se levantou aproveitando a distração de Raquel e da alça de sua calça tirou uma faca, a mesma faca que usou para apunhalar Raquel.

–Não!

Lágrimas escorriam pela face de Lissa enquanto ela repetia diversas vezes:

–Eu sinto muito, eu sinto muito, eu sinto muito...

–O que você fez? - Eu grito

Lissa se levanta.

–Não era para você morrer também, mas você sabe demais Rose. - Diz Lissa se aproximando com a faca que puxou do corpo de Raquel.

–Corre Rose. - Escuto a voz esforçada e ofegante de Raquel

Eu não posso deixa-la - penso, no entanto, morta não farei favor algum.

Minha única saida está em uma janela próxima a mim, tomada pelo desespero da situação e o medo eu me jogo pela janela partindo a mesma em vários estilhaços que cairam junto comigo no asfalto.


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Notas finais do capítulo

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