POV Hayley

Elijah tinha acordado finalmente, Esther deve ter torturado ele de mais. Mas ele parecia está bem, não parecia está danificado ou diferente. Voltou a vestir seu paletó como o original mais nobre e compareceu a nossa pequena reunião sobre o que faríamos com Mikael e com Esther, ambos tinham que ser mortos mas não seria nada fácil aquilo, já havia se passado uma semana desde que caçamos o Mikael na floresta, e nem mais um sinal ele deu.

–Temos que nos focar em Esther, ela não vai parar por ai e vocês sabem disso. –Marcel respondeu enquanto cruzava os braços fazendo os seus músculos se enrijecerem.

–Claro que não, essa foi só mais uma de suas cartadas, e garanto que não será a ultima. –Elijah respondeu ao colocar suas mãos nos bolsos de sua calça. –Niklaus...o que você tanto faz olhando por essa janela hein?

Ele notou o novo costume que o Klaus estava tendo toda aquela semana, sempre que íamos para a sala de jantar principal, ele ficava de olho naquela janela, como se esperasse alguém aparecer. Isso era muito estrando, ainda mais o Klaus.

–Nada de mais irmão, só observando a bela vista da cidade, você também deveria fazer isso Elijah, é relaxante. –Ele respondeu com aquele seu velho sorriso torto.

–Temos coisas mais importantes para fazer do que ficar olhando pela janela Klaus. –Respondi e ele deu um suspiro pesado.

–Ela tem razão irmão, enquanto você está ai admirando a sua vista, Mikael está tramando contra você. Então saia dai e se junte a nós. –Elijah falou com um tom autoritário que só ele usava com Klaus, que revirou os olhos e encarou o irmão.

–Três contra um, é unanimidade então. –Ele se distanciou um pouco da janela e deu uma ultima olhada nela, foi quando ele se virou rapidamente para ela surpreso.

–DROGA! –Ele saiu na velocidade vampiresca, nem nos deu tempo de falar alguma coisa.

–NIKLAUS! –Elijah gritou mas o idiota não deu ouvidos, saiu do quartel rapidamente sem nos dar alguma explicação. –Ele me contou que conheceu o pai biológico dele, você sabe de alguma coisa Hayley?

–Tudo que eu sei é que Ansel tinha aparecido do nada para ajudar o Jackson, eu não tinha a menor ideia de que ele era o verdadeiro pai do Klaus, mas ele não comentou nada sobre isso. –Respondi cruzando meus braços e ele suspirou.

–O que será que está acontecendo com meu irmão?

POV Klaus Mikaelson

Corri na velocidade vampiresca, eu não deixaria isso passar dessa vez, já era a quinta vez que ele aparecia, mas dessa vez eu conseguir ver quem e o que era. Era uma mulher, loira, de média estatura. Ela corria mas como eu era mais rápido, a alcancei sem dificuldades, a puxei pela jaqueta a empurrei contra uma das arvores.

–Eu não sei quem você é, nem de onde veio, mas se não me contar agora mesmo eu juro que arranco seu coração fora! –A pressionei mais ainda contra a arvore e ela segurou o meu braços.

–C-Calma! Calma Klaus... –Ela falou, sua voz era uma voz forte, porém fina, era voz de guerreira.

–Sabe meu nome, então sabe quem sou e o que posso fazer. –Respondei e ela deu um goto a seco.

–É claro que eu sei. –Ela respondeu me olhando nos olhos, não era algo comum em minhas vitimas.

–Então vai me dizer o por que de você está a uma semana me espionando pela janela, na mesma hora e no mesmo local, só que dessa vez você não se transformou em lobo e eu deduzi que seria você. Eu só quero saber o porque.

–Eu não estou trabalhando para Esther se é isso que você quer saber. –Ela respondeu quase que cuspindo as respostas, deixando-me bem irritado.

–Como sabe que é isso que eu quero saber? –Perguntei entre os dentes e ela revirou os olhos.

–Ela me trouxe de volta a algum tempo, a bastante tempo, disse que eu precisava te convencer a voltar a ser um lobisomem completo no corpo de outro.

–Continue...

–Eu recusei, sai pelo mundo recrutando lobisomens e formei minha própria matilha, somos chamados de os minguantes e estamos em Nova Orleans agora.

–E isso não responde a minha pergunta de o que você fazia me espionando! –Rosnei para ela que respirou fundo. –Talvez você esteja mentindo, talvez você ainda trabalhe para minha mãe.

–Não venha com esse papinho de que o que “mamãe mandou, obedece”, ok garoto? Se você quiser acreditar em mim, ótimo, se não...-Ela abriu os braços me encarando. –É só tirar meu coração agora mesmo, você não tem nada a perder com isso não é?

A encarei e vi que ela não tinha medo, como assim ela não tinha medo de mim? Ela me encarava como se eu fosse qualquer outro vampiro na terra, e chegava a ser petulante. Mas eu não poderia mata-la, não naquela hora, eu queria saber o por que que ela estava me espionando e eu precisaria dela viva pra isso. Então a soltei, ela deu um suspiro bem profundo e depois colocou as mãos na cintura me olhando.

–A proposito eu sou Alba. –Ela se apresentou e eu não perdi a postura.

–Você está me fazendo perder meu tempo, eu tenho coisas muito mais importantes para fazer do que ficar conversando com você, então fale logo o por que que Esther achava que você poderia me convencer a mudar de corpo e ser um lobisomem. E por que, é claro, que você anda me espionando. –Ela revirou os olhos e cruzou os braços relaxando sua postura.

–Eu não estava te espionando, eu só queria te ver mesmo. –Sorri sem humor.

–Por que? Pela minha beleza ou pela minha fama de hibrido mortal? –Perguntei e foi sua vez de sorri.

–A humildade passa longe aqui hein?

–Eu não tenho o por que ser humilde.

–Pois deveria, constrói uma personalidade mais firme.

–Você está começando a me irritar falando comigo como se me conhecesse a anos! –Rosnei e ela respirou fundo.

–Então para de falar como se mandasse em mim! Eu não devo satisfações a você. –Ela cuspiu as palavras, me fazendo aproximar, ficando cara a cara com ela.

–Incrível como a língua de uma pessoa pode ser sua sentença de morte. –Rosnei e ela sorriu.

–Se você quisesse me matar já teria me matado, então vamos ao que realmente importa, eu já disse que não estava lhe espionando e sim que só queria te ver, pronto, tá feliz?

–Por que Esther te trouxe de volta? –Perguntei e ela revirou os olhos novamente.

–Você já ta querendo saber de mais...

–FALE! –Gritei fazendo ela dar um pequeno pulo na minha frente, com certeza a assustei naquele momento.

–Ok...mas não aqui, a floresta tem ouvidos por todos os lugares, especialmente por ouvidos que servem a Esther, não podemos conversar aqui, temos que ir para um lugar seguro e longe dos domínios da sua mãe. –Ela respondeu e eu dei uns passos para trás.

–No quartel, lá não seremos interrompidos e Esther não saberá de nada. –Dei as costas para ela, como se dissesse para ela me seguir até minha casa.

–Você acha mesmo que eu vou para um lugar repleto de vampiros? Quem me garante que eles não vão tentar me matar?

Me virei para ela e dei um sorriso.

–Você pode vir comigo agora ou eu posso te partir em duas, a escolha é sua. –Voltei a andar em direção ao quartel e pelos passos, ela estava me seguindo.

–Você é sempre assim? –Ela perguntou.

–Posso ser pior, mas não é algo que gostaria de ver.