Pov Clove

O negocio lento esse ônibus, acho que já estou aqui a umas 2 horas.

Serio, acho que esse acampamento deve ser lá no fim do mundo, se duvidar é mais longe.

Mas parece que eu só a unica que está reparando nisso, a maioria dos outros alunos está fazendo alguma coisa para se distrair, mexendo no celular, se maquiando, dormindo e essas coisa.

Eu até estava ouvindo musica, mas ai eu enjoei e fiquei sem nada para fazer. Ta bom eu admito estou fazendo algum sim. Estou espionando a conversa do Cato no telefone.

Ele estava falando com uma amiga que iria viajar para a Itália, bem não entendi direito, parece que ela é um psicologa e está indo lá ver um caso especial de uma criança. Ele parecia bem triste. Droga ele parece gostar dela.

Opa, pera, eu estou com ciumes ? Não, não, não. Definitivamente não.

Eu estava tão perdida em meus pensamento que nem reparei que já tínhamos chegado e que quase todo mundo tinha descido.

Rapidamente pego minhas coisas e desso do ônibus. Quando chego ao chão, ando até Cato.

–Você está bem ? -Digo colocando minha mão sobre seu ombro.

–Sim, só um pouco preocupado com minha amiga. -Ele sorri e olha em meu olhos, serio, um dia eu ainda me afogo nessa lagoa que são os olhos dele.

Antes que eu pudesse falar algo, um apito muito alto soa. Olho em volta e vejo um treinador barrigudo e velho tentado conter as conversas.

–Escuta cambada de inúteis, eu não ligo se vocês são os mais inteligentes da suas escolas, não ligo se vocês são riquinhos, porque para mim vocês não passam de uns nerdizinhos sem vida social.Continuando, ali nesse quadro tem os numeros dos seus quartos. Se precisarem de mim, se virem porque eu não vou ajudar ninguem.

Nossa, esse cara se daria bem com a minha mãe. Bom, ele é um grosso, e minha mãe tambem. Tomara que ela não veja isso.

Ando até o quadro e tento ver alguma coisa. Ah, mas que droga, é ruim ser baixinha. Já sei.

Engatinho e passo pelas pernas das pessoas, finalmente chego ao quadro. Hum, quarto 34. Legal.

Engatinho de novo por baixo das pernas e vou até minha mala.

Pego ela e vou até meu quarto, é bonito, tem duas camas, pelo jeito vou ter uma colega de quarto.

Ah que se dane, desde que não seja a Glimmeranha eu fico de boa.

Antes de a menina venha, eu durmo. Realmente a viagem acabou comigo.

Ah e eu quase esqueci, o acampamento realmente fica no fim do mundo.