Emma arranhou lentamente a garganta. – Estou atrapalhando? – Seu tom ríspido poderia ser notado até por Zelena, uma completa desconhecida.

Regina empurrou à ruiva. – Você não atrapalha querida. – Indo em direção a loira e ao irmão que permanecia em silêncio.

Sem qualquer outra palavra, os três seguidos por uma ruiva que tinha um enorme sorriso nos lábios voltaram a sala, com Helena e Henry. Emma tinha um jogo de cintura ótimo quanto a seu humor, continuou com a mesma alegria com todos até o momento que a porta da mansão foi fechada atrás delas. Nesse momento sua expressão mudou, saiu em passos longos sem esperar a morena até o carro, entrou e fechou a porta já ligando. Regina percebia a frieza da loira.

– Meu pai se encantou por você. – Tentou quebrar o clima, com um doce sorriso nos lábios.

Emma permaneceu séria, olhando pra frente. Não sabia o que pensar e nem o que falar. Lembrava de Killian falando que Zelena tentava tudo para atrapalhar Regina, podia ser uma mera armação. Não! Não era armação. Na cabeça da loira, via Regina querendo também e se ela não tivesse aparecido, algo teria rolado.

– Ei Emma... – Apoiou uma das mãos na coxa da loira, que rapidamente moveu sua mão retirando a dela.

Emma respirou fundo sem mover os lábios, então permaneceram em silêncio até a casa de Regina.

– Desce! – Exigiu a morena enquanto tirava o cinto e observava a loira ainda com o carro ligado.

A loira bufou mais o fez, desligou o carro e desceu atrás da morena.

Dentro de casa, Regina retirava os saltos caminhando até a cozinha, ainda seguida por Emma sem pronunciar qualquer palavra. – Cerveja? – Perguntou enquanto pegava uma garrafinha para si. A loira só confirmou sim com a cabeça, então pegou sua garrafa com a morena. – Você não tem nada pra falar? - Perguntou levantando a garrafa em forma de brinde com a loira, que se quer repetiu o gesto, bebendo direto.

– Não, você quem pediu pra descer. – Seu tom irônico foi percebido. Afinal, não foi um pedido, foi quase uma ordem para que descesse.

– Emms... – Regina aproximou quase sussurrando o nome, colocou sua garrafa na bancada que a loira estava apoiada. – Desculpe por Zelena, ninguém imaginou que ela iria aparecer.

–Qual o problema dela? - A loira manteve a expressão séria e os braços cruzados quando sentiu Regina acariciar sua cintura.

Regina suspirou. – Digamos que num passado esquecido, nós bem... Talvez tenhamos namorado, ela terminou comigo e se arrependeu, transformando minha vida num inferno. – Disse num tom calmo, com receio da reação da loira.

Emma escutou. Mais ainda sim seus olhos deixavam os detalhes despercebidos. – E o que ela queria no corredor? Só pode ser matar a saudades! Por que ela estava praticamente te beijando e você não fez nada! – Por fim Emma explodiu.

É claro que aquela cena no corredor não tinha tanto o que explicar. – Ela estava dando um show por eu ter te levado lá em casa. – Regina observou os olhos verdes zangados. – Você é a primeira pessoa com quem ela realmente me vê.

–Dando um show querendo te pegar né? – Emma aumentou o tom de voz, se afastando de forma brusca da morena.

– Não Emma, não estava!

– Você acha que eu sou boba, Regina? – Interrompeu. Emma estava nervosa e Regina tentava acalmá-la, mas não era fácil. – Eu sei bem o que eu vi, ela grudava sua cintura. Se pudesse iria te comer ali mesmo e pelo que vi, se eu não tivesse aparecido, – enfatizou a frase – você teria dado sem se quer importar.

Emma perdia o controle com as palavras e notava-se que a raiva não era só por Zelena, era por todas as vezes que viu alguma mulher olhar para Regina, chegar cantando a morena e pouco poder fazer, por todas as vezes que sentiu vontade de gritar pro mundo que Regina era dela. O que acontecia com a loira era óbvio. Explodia de uma vez todos os ciúmes que engoliu.

O vocabulário grosseiro irritou a morena a ponto de falar qualquer coisa para que a mesma calasse a boca. – Nós não temos nada pra você dar esse chilique todo Swan! – Exclamou num berro que cumpriu o objetivo, atingiu a loira em cheio.

– É. – A loira engoliu o ultimo gole da sua cerveja como se fosse uma pedra, com imensa dificuldade. – E você é livre pra ir atrás daquela ruiva ou qualquer outra e o que e o quanto quiser. – Colocou a garrafa na pia e saiu indo em direção a porta sem falar qualquer outra palavra.

– Emma! – Chamou Regina ao vê-la se afastar. – Emma! – Correu até a loira quando percebeu que a mulher não ia parar, grudou seu bravo e a virou pra si, novamente se arrependeu por estar sem salto. – Para de ser louca, por favor. Eu não estava quase beijando ninguém. Desde que eu conheci você não consigo se quer olhar pra outra mulher, quem dirá uma louca como aquela. – Deslizou os lábios pelos ombros da loira enquanto as mãos percorriam sua cintura tentando trazê-la para mais perto.

Demorou até a Emma ter alguma reação, as palavras pairavam em sua mente, mais o que mais tinha destaque fora a frase dita antes. Afastou Regina de si. – É sério, eu estou indo embora. – Disse pausadamente encarando os olhos que lentamente ficavam tristes na sua frente.

– Tá bom, você quer ir embora? Vá! - O tom de voz da morena era alto, ela andou até a porta abrindo a mesma. – Fique a vontade pra ir, mais não venha se arrepender depois Emma, por que nem por um segundo pensei em beijar Zelena. Se eu estou com você, eu estou COM VOCÊ! – Enfatizou a morena, ainda aos berros e visivelmente nervosa.

– Você não está comigo Regina. – A loira andou até a porta. – Nós não temos nada, esqueceu? - A loira piscou provocando a mulher e então desfilou até seu carro.

Regina se odiou por deixar seu orgulho pra trás, mais valeria a pena. – Emma... – Novamente correu até perto da loira, que estava na calçada e ainda de costas. – Será que só você não percebe que eu estou perdidamente apaixonada. – Puxou a loira encarando seus olhos verdes. – Eu não quero perder a gente, tudo isso que nós temos é mágico para mim. – Traçou uma linha na bochecha da loira com o dedo indicador, vendo que a barreira de brava estava se diluindo, sentia seu corpo relaxar e o brilho em seus olhos.

A loira encarou a mais baixa, por várias vezes relembrou a cena e numa dessas, o detalhe das mãos de Regina empurrando Zelena apareceu. Emma sentiu o corpo relaxar com o contato da mulher e toda a braveza parecia dissipar. – Regina, eu...

– Você aceita ter alguma coisa comigo? – Interrompeu qualquer palavra da loira.

– Está me pedindo em namoro? – Emma a olhou com o sorriso mais lindo do mundo, sentiu seu coração acelerar ao ver lágrimas de emoção nos olhos de Regina.

– Sim. – Murmurou à morena pouco tímida e com receio da reação da loira. – Você quer namorar comigo, Emma?

A loira abriu um sorriso que nem nos melhores sonhos poderia explicar, puxou a morena num beijo urgente enquanto empurrava-lhe às pressas para dentro da casa. Após fechar a porta e o ar se fazer necessário. – Eu quero! – Selou demoradamente os lábios vermelhos borrados. – Eu também estou apaixonada por você, eu... – Emma respirou fundo com um sorriso bobo nos lábios. – Eu te amo.

Então os beijos voltaram a devorar o ambiente de maneira urgente. Em questões de minutos estavam deitadas no tapete da enorme sala, ambas sem roupa. Emma distribuía vários beijos entre as coxas da morena, seguido de algumas mordidas até deslizar a língua pelo intimo, escutando apenas uns gemidos alto da morena. Isso a instigava ainda mais. Os lábios agora devoram o sexo, sentindo o delicioso gosto que demonstravam o tesão da mesma. Beijou cada parte do corpo da morena até chegar aos lábios e iniciou uma penetração acelerada na mulher que gemia mais alto a cada estocada da loira.

– Ooooh Em... Emms... – Regina se contorcia e gemia abafado contra os lábios urgentes da loira. – Por... Por... Pelos Deuses! Que delicia. – Suas mãos se revezavam entre arranhar as costas brancas de Emma e cravar no tapete felpudo. Sentiu a loira parar de penetrá-la então os dedos deslizar por seu sexo até tocar seu clitóris com movimentos circulares. A morena sentia o corpo tremer o dobro que antes. Mordia o ombro da amada enquanto tinha as unhas cravadas em seu braço. Aquela onda dominou seu corpo num instante fazendo com que soltasse um alto gemido e então um êxtase de relaxamento.

Regina recuperou o fôlego em alguns segundos e puxou a loira, iniciou uma distribuição de beijos pelo pescoço, descendo vagarosamente até os seios, enquanto deslizava a mão pelas coxas da loira. Ela gemeu, isso assanhou ainda mais a morena que sentia os seios rígidos na sua boca. Deslizou o dedo para o meio das pernas, ficando de quatro sobre a loira, sentindo o quão excitada ela estava. - Que delicia Emms. – Gemeu Regina. Então a morena penetrou dois dedos, dando inicio a breves movimentos de vai em vem num ritmo mais lento. Aos poucos foi acelerando enquanto começava a instigar o clitóris da loira. Ela gemia cada vez mais alto, Regina chupava-lhe o corpo enquanto a comia com a intensidade perfeita para seu desejo. A morena sentiu a loira se apertar contra sua mão, o orgasmo estava chegando, se contorcia nos braços de Regina.

Um gemido ainda mais alto e então seu corpo relaxou e sua respiração ficou funda. – Oh céus. – Resmungou Emma.

– O que foi querida? - Encarou a morena, enquanto deslizava o dedo pelos seios da loira.

– Você é insaciável! – Disse, subindo sobre a morena, beijando-lhe o corpo e rapidamente se pôs a estocá-la vagarosamente com dois dedos. – Geme, grita de prazer Regina!

A morena faria isso tudo durante a noite. Era quase manhã quando Emma deitou ao lado da morena, que logo se aninhou em seus braços, depositou vários beijos no topo da cabeça de Regina que parecia mais querer descansar uns instantes. – Eu te amo, namorada! – Com o sorriso mais largo no rosto.

– Você é tão linda. – Regina suspirou feliz. – Eu também te amo.

– Devemos subir, antes que você acabe dormindo. – A loira não se importava em dormir no tapete, mas se preocupava com a morena.

– Aqui está ótimo. – Murmurou a morena, com a voz pesada de sono.

A loira então puxou uma almofada do sofá, acomodando-se. Respirou fundo relaxando o corpo, deixando o sono lhe dominar.