O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, pessoas amadas.
Esse capítulo tem uma continuidade no próximo. Provável que até sexta a noite tenha atualização. Boa leitura!



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– Que merda eu fui fazer? – Exclamou Emma, jogando o cigarro no chão para apagar. – Que droga! – As lágrimas ainda dominavam ainda mais seu rosto com a lembrança da primeira vez que foi a casa de Regina, uma briga por ciúmes, quando ambas se permitiram a falar o que sentiam, e por fim, a oficialização de um relacionamento. Seus olhos brilhavam em meio à tristeza que sua alma liberava.

Três meses se passaram desde aquela noite. Três meses em que Emma e Regina se viam todos os finais de semana, um dia ou outro durante a semana uma dormia na casa da outra e trocavam mensagens na maior parte do dia. Ambas descobriam sentimentos novos, compartilhavam desabafos. Regina conseguia demonstrar o quão única Emma era e a outra demonstrava o mesmo, com a mesma intensidade.

Perante todos que conviviam, já tinham uma relação denominada por namoro, porém para elas bastava apenas o que já tinham. Fidelidade e respeito, confiança e segurança, liberdade e felicidade. Nada de nomes. Seus gostos eram parecidos, desde músicas e filmes a comidas e doces, tornando a convivência ainda mais gostosa, mas como todas as regras, tinham suas exceções. Os gênios, uma era dia e a outra a noite, talvez por isso se completassem de tão bom grado.

Por várias noites em meio às madrugadas nas festas, bares, qualquer lugar que fossem juntas, sempre tinha um para causar aquele clima com a pergunta “Vocês são namoradas?”, davam seus jeitos e por fim nunca respondiam a pergunta. Se alguma não queria? A outra não sabia. Esse era um dos únicos, se não o único, assunto em que não tocavam. Mais a verdade era que Emma não queria pressionar as coisas, evitando o assunto. E Regina não o fazia pelo mesmo motivo.

Emma estava na aula, mas sua cabeça estava imensamente longe, a ansiedade era incrivelmente capaz de fazer com que ela desejasse o sinal indicando o final das aulas. Mais se não fosse Killian e sua boca grande, a loira não estaria desse jeito. O rapaz havia comentado no inicio da semana com o pai que Regina estava de namorada nova e o mesmo insistiu para jantar com a jovem na sexta-feira. Regina tentou negar de todas as formas possíveis, em vão. Henry Mills era um senhor persistente. Sua única opção foi comunicar Emma, que desde então tinha ataques de ansiedade e preocupação. Queria causar a melhor das impressões.

Em meio seus pensamentos e reflexões sobre roupa e maquiagem, seu celular vibrou.

“19:00 na porta da minha casa e pelo amor de Deus, sem atrasos Emma.” Regina insistia em mandar essa mensagem o dia todo, no mínimo três vezes ao dia. Conhecia Emma o suficiente pra saber que a garota vivia atrasada.

“Prometo meu bem, sem atrasos essa noite.” – Respondeu com um sorriso nos lábios, já pensando numa brincadeira com Regina.

Eram 19 horas, Emma estacionou o carro em frente a casa de Regina, pegou o celular ligando pra morena.

– Diga-me que está chegando. – Regina atendeu.

– Bom saber que “Oi querida” não existe mais. – A loira fingiu um suspiro. – Mas não, to ligando justamente pra dizer que vou atrasar uma meia hora. – Disse rapidamente, segurando a vontade de rir.

– Não Emma Swan, você só pode estar de brincadeira comigo! – Emma já sentia o tom bravo na voz da morena. – Te lembrei e pedi o dia todo para não atrasar.

– Desculpa meu bem. – Acreditava estar sendo convincente. – Tive uns problemas aqui em casa.

– Problemas com roupa? - Regina estava quase berrando num tom irônico.

– Também, e com água. – Mordeu a mão para não rir.

– Ok Emma, acabou a brincadeira. – A voz de Regina agora era mais relaxa. – To na janela da sala, desce logo do carro.

Emma olhou pro lado e viu a morena na janela com um sorriso nos lábios, desligou sem falar nada, desceu do carro encontrando Regina que rapidamente estava na porta.

– Eu te mataria se fosse verdade. – Bufou a morena, colocando os braços no pescoço da loira.

– Eu te prometi, não foi? - Selou os lábios da morena demoradamente, colocando a mão em sua cintura. – Não sou de quebrar promessas. – Abraçou a morena forte. – Que saudade, nem parece que você dormiu comigo. – Distribuía vários beijos pelo pescoço da quase namorada.

– Eu também estava. – Disse a morena com um sorriso nos lábios. – Quem sabe hoje não vou dormir com você, ou você aqui. – Piscou se afastando. – Agora vamos, temos meia hora pra estar lá.

– Vamos. – Emma ficou parada admirando a morena fechar a porta. Estava linda num vestido básico preto pouco acima do joelho e um belo decote nas costas, o cabelo preso num rabo alto. – Antes, você está maravilhosa!

– Você também está, meu amor. – Regina tentava se policiar ao chamar a loira assim, mais ultimamente andava mais difícil. Ela sorria observando a loira de salto e vestido vermelho com decote “V” e os cachos dourados caindo sobre os seios.

Longos vinte minutos e estavam na porta de um imenso condomínio com casas extremamente luxuosas.

– Vamos embora, diga que passou mal. – Implorou Emma antes que Regina tocasse a campainha. Sentimento de desespero era visível na sua voz.

– Não fique nervosa querida, papai vai gostar de você. – Selou os lábios da loira enquanto tocou a campainha.

Dentro da mansão, as mãos da loira estavam geladas e suavam frio. Ela respirava fundo tentando manter a calma em cada passo.

– Papai! – Regina disse alegremente, caminhando até o senhor.

– Regina, achei que tivesse esquecido que tem pai. – Reclamou o homem, sentindo o abraço carinhoso da filha.

– Impossível. Essa semana está terrivelmente corrida. – Regina tinha a mania de almoçar com o pai uma vez por semana, assim como fazia o mesmo com sua mãe, desde o dia que saiu de casa. – Helena!* – Cumprimentou a atual esposa do pai, mãe de Killian.

– Você está ainda mais linda querida. – Elogiou a mais velha, logo pousando os olhos na mulher tímida atrás da enteada. – E devo supor ser essa a famosa Emma?

– Sim. – Regina sorriu. – Papai, Helena. Essa é Emma. – Puxou a loira para que se aproximasse. – Emma, essa é Helena, mãe do Killian e meu pai Henry.

– Olá Senhora, prazer. – Emma tinha toda a educação e postura do mundo. – Senhor Mills é um prazer conhecê-lo. – O que de fato era mesmo. Não só por ser pai de Regina, a mulher que silenciosamente tinha grandes planos para um futuro, mais sim como empresário, ele fundou e fez a Companhia Mills se tornar a maior produtora de filmes do País.

– O prazer é meu querida. – O homem estava bobo com a beleza da loira. – Devo confessar que quando Killian me disse que a namorada da minha filha era linda, não imaginava ser tanta beleza. – Elogiou Emma, que agradeceu sentindo as bochechas queimarem.

– Papai, ela não é...

– Três meses sendo fiel a uma única pessoa já pode ser considerado namoro, irmã. - Killian interrompeu enquanto descia as escadas, todo no social.

Emma estava corada, só observava a cena segurando a vontade de rir ao ver Regina sem saber o que falar, procurando palavras.

– O que pode ser considerado namoro Killian? - Uma voz diferente ecoou adentrando a sala.

Todos voltaram os olhos para a entrada, era Zelena e essa mulher significava problema perante os olhos de Regina. Era filha do primeiro casamento de Helena, quando ambas tinham seus dezoito anos, tiveram um caso, uma tentativa de namoro que durou um ano e desde então, Zelena não deu paz a Regina, demonstrando nunca superar esse termino.

– Três meses ficando fielmente com uma pessoa. – O rapaz encarou a mulher, tentando evitar a rispidez em sua voz.

– Regina está de namorada nova? – A mulher era muito bonita. Tinha os cabelos ruivos em contraste com a pele branca e um olhar verde bastante marcante.

– Essa é Emma. – Disse com a voz dura, segurando na mão da loira. – Emma essa é Zelena, filha de Helena e seu primeiro marido.

– Prazer te conhecer, Zelena. – Disse Emma no seu melhor tom de educação. Como não era boba, já havia notado o clima ficar tenso com a presença recém-chegada.

A ruiva sorriu, para não ser chamada de sem educação, mas ignorou a loira por completo. – Teremos um jantar em família hoje? – Sem esperar resposta. – Claro, se não se importarem, adoraria ficar.

– Será um prazer filha. – Helena era amável com a filha, mesmo sabendo do lado negro que a mesma tivera tempos atrás.

Tudo estava ótimo, o Sr. Mills demonstrava-se encantado tanto pela beleza quanto pela inteligência da loira. Em alguns momentos, os dois se firmavam em uma conversa como quem ignorava todos ao lado. Regina só não era ainda mais contate por Zelena, sempre que tinha a oportunidade, tentava alfinetar a loira e provocar a morena. Emma percebia mais mantinha sua máxima educação, por mais que a ruiva não merecesse.

Após o jantar, Henry pediu para que a filha o acompanhasse até o escritório. Zelena estava sentada no sofá conversado com Helena e Killian. Emma permanecia quieta no canto, então Killian a chamou para ir até o seu quarto.

Conversaram alguns assuntos aleatórios e Killian dizendo que seu padrasto havia gostado de Emma.

– Qual é o problema da sua outra irmã, Killian? - A loira encarou o rapaz enquanto observava uma guitarra pendurada na parede.

Killian não sabia se seria certo falar ou não, mas era um assunto do passado, assunto já terminado por Regina, então não viu problema. – Bom, eu não sei os detalhes. Mais é assim, Zelena implicou a infância inteira com Regina, desde bater até ficar aprontando e jogando a culpa nela. – Sentou-se na beira da cama enquanto contava. – Lá com seus vinte anos, Zelena encurralou Regina na parede e a beijou, depois que soube que Regina gostava de mulheres. Houve um clima pouco estranho, então a perseguição aumentou, mas a Regina era boba nessa época, acabou se envolvendo com Zelena, coisa de um ano no máximo. No final, Zelena tratou Regina como um lixo, traindo ela na cara de todo mundo. – O rapaz levantou da cama, chegando próximo a amiga. – Foi triste, Regina ficou péssima. Acho que foi a primeira grande decepção da vida dela mais ela superou. Conheceu outras garotas, saia aos finais de semana como uma garota normal, então Zelena surtou quando voltou a morar com a gente e a todo custo queria voltar com Regina. Foi a responsável por dois términos de relacionamento e causou um inferno na vida profissional dela. – Killian deslizou o dedo na guitarra, observando a atenção que Emma o olhava, não perdendo uma única palavra. - Resumindo, o pai dela e nossa mãe tomaram a decisão de mandar Zelena para bem longe cuidar dos negócios dele, mais até hoje, como acho que você notou, ela tenta atrapalhar a vida da Regina. – Concluiu.

Emma permaneceu quieta, só digerindo tudo que Killian dizia. Perplexa e sem palavras. Regina nunca havia comentado de Zelena pra ela.

O garoto respeitou o silêncio da amiga. – Bom, acho melhor a gente voltar pra sala, antes que Regina venha aqui. – Ele disse com um largo sorriso, dando espaço na porta do quarto para a loira sair.

E então foi como se o mundo desabasse, sentiu sua cabeça dar um giro. Observou a cena a sua frente tentando não acreditar no que via. Regina estava encostada na parede com Zelena pressionando seus corpos, tendo uma mão na cintura e outra puxando seu rosto. A morena tinha as mãos como quem, em vão, tenta empurrar, evitando uma tentativa de beijo, mais esse detalhe, passou batido por seus olhos verdes agora marejados e vermelhos de raiva.


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Notas finais do capítulo

*Imaginei a personagem Helena de The L Word, pouco mais velha, porém linda. Vulgo, Rachel Shelley.


Continuem comentando a opinião de vocês, ela dá um animo pra escrever e postar rápido pra matar a ansiedade.



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