Cigaretts and Valentines escrita por Grace


Capítulo 18
I Finally Realized II


Notas iniciais do capítulo

Oi melhores leitores desse site!!!!! Como prometido, mais um capítulo para vocês!
Obrigada por TODOS os comentários do ultimo capítulo! Cara, amei demais! E fantasmas, continuem aparecendo!!!

CAPÍTULO DEDICADO PARA AS LINDAS Carol Prior E Reyna Stark, QUE FIZERAM RECOMENDAÇÕES LINDÍSSIMAS, E ME DEIXARAM SUPER EMOCIONADA! OBRIGADA MESMO, DE CORAÇÃO!



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Tobias

Meu dia passou meio lento. Era aquele típico dia meio porre. Eu havia chegado cedo na empresa, para terminar de assinar uns contratos, analisar outros e mais um monte de burocracias. Respirei fundo. Eu estava cercado de papéis, quando Albert, meu novo secretário, bateu na porta, e a abriu, em seguida.

_Senhor Eaton - Albert disse, assim que entrou na minha sala - O seu pai está aí fora. Ele insiste em falar com o senhor. Eu já disse que o senhor está ocupado, mas ele disse que não sai daqui enquanto não conseguir falar com o senhor.

_Fala pra ele entrar Albert, por favor - eu disse, suspirando. Lá vinha o meu pai pra tentar me fazer mudar de ideia sobre a demissão de Eric. Era melhor já cortar as esperanças dele agora do que deixa-lo mais incisivo ainda, tentando livrar a cara de Eric.

Meu pai passou pela porta segundos depois.

_Tobias - ele disse, puxando a cadeira de frente a mesa e se sentando - Vim falar com você hoje, pois acredito que você deve estar com a cabeça mais fria. Eric está arrasado, muito arrependido. Você deveria considerar esse arrependimento dele e...

_Pai, poupe o meu tempo, e o seu também. Eu não vou reconsiderar nada. Eric não volta para a Eaton's. - eu disse, e ele suspirou - Agora, se você me da licença, eu tenho mais o que fazer do que debater um assunto que eu já decidi.

_Tobias, Eric teve uma infância difícil. Ele… - meu pai tentou novamente, mas eu o interrompi.

_Eu sei que ele perdeu os pais, mas sempre teve tudo do bom e do melhor, o senhor se certificou disso. O senhor acolheu e cuidou dele como a um filho. Agora, muito me surpreende o senhor me falando de infância difícil. Já esqueceu o que eu passei quando era criança? O que eu passei nas suas mãos? Eu, ao contrário dele, não virei nenhum ladrão, mentiroso e mau caráter.

Ele se levantou da cadeira e saiu, sem dizer mais nenhuma palavra. Eu suspirei e bebi um copo d'água. Eu realmente não entendia essa compreensão toda do meu pai em relação a Eric. Eu também não sentia remorso nenhum sobre o que eu havia falado. Eu havia sofrido muito nas mãos dele quando era criança. Ele não tinha direito nenhum de jogar o assunto infância difícil de Eric na minha cara, e achar que eu aceitaria de boca calada.

Tomei um pouco de café forte. Eu não estava conseguindo me concentrar mais, de tão irritado. Respirei fundo e me sentei na cadeira novamente, pegando um dos contratos quer eu tinha que analisar ainda. Alguns segundos depois, Zeke passou feito um furacão pela porta.

_Tobias, cara - ele disse, meio ofegante - Eu tenho uma coisa para te contar. - Eu já sabia o que ele tinha para falar. E eu estava louco para dar os parabéns. - Cara… eu to surtando, sério.

_Senta aí, Zeke, e relaxa. - eu disse, rindo - Quer um pouco de café?

_Não cara, cala a boca e me escuta - ele disse, se sentando e batendo com as mãos na mesa - Tobias, eu vou ser pai. Sim, cara, pai. Shauna está grávida, nós vamos ter um bebê. Um bebê. Eu nem acredito nisso. Eu vou ser pai. Eu vou ser pai. Eu vou ser pai.

Eu me levantei e dei um abraço nele, enquanto via algumas lágrimas de felicidade escorrerem dos seus olhos. Ele continuava repetindo que ia ser pai, estarrecido.

_Cara, parabéns. Eu estou muito feliz por vocês. Vocês vão ser ótimos pais. Você vai ser um ótimo pai. Parabéns, cara.

_Obrigado, obrigado. Eu só não consigo me conter, de tanta felicidade.

Ele demorou mais alguns instantes para se acalmar. Nós ficamos conversando sobre algumas coisas alheias até a hora do almoço. Shauna estava em alguma reunião da Prior’s & Co e não poderia almoçar com ele, então eu o convidei.

Nós estávamos sentados no restaurante, Zeke ainda estava transparecendo felicidade.

_Cara, eu estava aqui pensando - ele disse, enquanto nós esperávamos a comida chegar - Agora, que Eric está fora da empresa, você está livre para não se casar e ficar com a empresa…

_Você é louco cara? - eu disse, interrompendo o que ele estava falando - Meu pai foi hoje, lá na empresa, pra bancar uma de advogado de Eric e tentar levar aquele idiota pra dentro da Eaton’s novamente. Se eu dou uma bola fora, ele me bota pra fora da empresa, e depois coloca Eric na presidência.

Esse era um dos motivos para não desistir casamento, mas para a minha surpresa, era a menos importante. Tris ainda precisava de mim para conseguir a empresa, e nós tínhamos feito um acordo por isso. Mas esse também não era importante. E eu não conseguia imaginar esse laço que nós tínhamos criado, se quebrando. O mais importante e grave de tudo, eu não conseguia imaginar mais a minha vida sem a presença alegre, irreverente e doce dela.

_É, olhando por esse lado, verdade, é melhor vocês manterem essa farsa, por enquanto.

Nossa comida chegou. Eu mantive meus pensamentos em Tris, embora Zeke estivesse falando alguma coisa que eu realmente não estava conseguindo prestar atenção.

Nós voltamos para a empresa quase uma hora depois. Zeke finalmente tinha se acalmado um pouco da euforia de ser pai, e estava apto para começar a resolver o problema Eric.

_Você vai mesmo continuar com a ação judicial, não vai? - ele perguntou, abrindo seu notebook e digitando alguma coisa.

_Vou, e peço para que você tome providências para colocá-lo atrás das grades o mais rápido possível. Quero aquele filho da puta ardendo no inferno. Ele fez o que fez porque quis, agora, aguente as consequências.

_Vou providenciar. E você sabe, nós vamos ganhar né? A sorte e a justiça estão ao nosso lado e eu… bem, eu sou um ótimo advogado.

_Você é o melhor, bro.

A tarde passou mais rápido do que a manhã, e foi mais produtiva também. Zeke havia me informado que ele queria um menino para ter com quem brincar de bola, mas ao mesmo tempo, queria uma menina, para ser o super pai que espanta os marmanjos. Eu ri, e perguntei sobre os nomes que ele queria, caso fosse menina, ou caso fosse menino. Ele disse que não havia pensado nisso ainda, mas que nem ousaria cogitar um nome longe de Shauna. Ela surtaria se achasse que ele a estava excluindo desse momento mágico.

Fui pra casa já eram mais de sete horas. Comprei pizza no caminho, e quando cheguei fui tomar um banho.

Terminei de tomar banho, e me joguei no sofá, para assistir um jogo de basquete e comer minha pizza. O jogo não conseguiu prender minha atenção por muito tempo.

Tinha alguma coisa esquisita nessa casa, como se estivesse faltando alguma coisa. Era como se um vazio estivesse tomando conta da casa. Tomando conta de mim.

Mudei de canal e coloquei num filme. Era um filme de terror barato, desses bem ruins, mas me fez lembrar de Tris. Me fez lembrar do jeito que ela tinha dito que tinha medo de filmes de terror, e que tinha pesadelos com eles.

Terminei de ver o filme e decidi ir dormir. Não ia adiantar ficar assistindo TV, já que nada prendia minha atenção e o sentimento de vazio permanecia.

Fui para a cama, mas não consegui dormir. Me mexi na cama por algumas horas, mas sem sentir um pingo de sono.

Percebi que eu sentia falta dela. Da minha Tris. Sentia falta da presença dela, e que a ausência dela deixava essa sensação de vazio. Essa casa ficava incompleta sem ela, como se não houvesse motivo para permanecer aqui, caso ela não estivesse. A minha cama estava incompleta sem ela. Meus braços sentiam falta do corpo dela, meu nariz sentia falta de seu cheiro. Meu coração sentia falta dela.

Uma sensação esquisita tomou conta de mim. Eu percebi que não tinha mais saída. Eu amava aquela mulher. Eu sentia falta dela. Eu queria estar com ela vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trinta dias por mês e trezentos e sessenta e cinco dias por ano. E não queria que fosse apenas por conta de acordo ou por conta de empresas. Eu queria ela pra mim, para sempre.

Eu não me importaria de perder a empresa, de perder tudo, caso eu a tivesse, caso eu tivesse seu amor. Eu precisava falar com ela, agora.

Duas horas na manhã. Digitei o número dela ao mesmo tempo que uma mensagem chegava. Era uma mensagem dela, mas ela atendeu antes que eu pudesse ler.


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Notas finais do capítulo

QUEM GOSTOU???
QUEM QUER O PRÓXIMO???
QUERO MUITOS COMENTÁRIOS!!!!