Promise - Scorpius & Rose escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 9
Dia da Visita.


Notas iniciais do capítulo

Olááá!
Desculpem pela ausência hahaha Estou trabalhando nos últimos capítulos de minha outra fanfic, e preparando mais outra para vocês!
Enfim, espero que gostem, e se quiserem, deem uma olhada nessa fic aqui: http://fanfiction.com.br/historia/566332/Remember_me/ É de A Seleção, e eu estou amando demais! Se vocês gostam, leiam, porque com certeza irão amar tanto quanto eu!



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POV Rose:

Eu estava aceitando o fato de ter que superar Scorpius. O afastava de minha mente sempre que o via, e ignorava os pensamentos que me vinham na cabeça. Eu ria, sorria, e fui em frente.

Honestamente? Ele que venha conversar comigo. Não vou ficar correndo atrás como uma dependente química. Eu não precisava dele para ser feliz, e tentava me convencer disso a cada minuto que passava.

– Certo, de uma maneira, eu até concordo com você. Mas ainda acho que vocês dois estão agindo como duas criancinhas mimadas. – Victoire invadiu o quarto que dividia com Lily e outras garotas, já que era um ano mais velha que nós.

– Por quê?

– Ah, Rose! Eu acho que vocês deviam conversar e resolver isso de maneira racional. Se vocês se gostam, por quê agir assim? – Ela jogou os cabelos loiros por trás do ombro, mexendo nas coisas de Lily. – Merlin, ela realmente lê isso? Por favor, esse livro é horrível!

Ri, ainda com o que Vic dissera na cabeça. Ainda assim, eu detestava precisar dele dessa maneira, essa sensação de me sentir incompleta sem seu pensamento. Não era aquelas meninas que mudariam uma opinião pelo namorado, ou que quer ficar grudada com ele 24 horas por dia. Acho que nós dois sabíamos disso, mas ainda assim... Depois de duas semanas sem ao menos tê-lo como amigo, fazia falta.

E essa era a pior sensação. Saber que você poderia ter tido tudo, mas ter tudo arrancado de sua mão por situações externas.

– Ok, agora estou morrendo de fome. Dê um jeito nesse cabelo e vamos até o Salão para o almoço. – A loira largou os livros de Lily na cama dela e pegando um para si, colocando um dedo sobre a boca em sinal de segredo. – Vamos, se não vamos acabar perdendo a melhor parte!

Ela pegou minha mão, me puxando para fora da cama, enquanto eu pegava um elástico e colocava meu cabelo em um rabo extremamente malfeito.

Descemos até o Salão, já lotado, e vimos a diretora McGonagall fazendo um anúncio.

– .... Como sabem, no dia dois de Maio. – Todos sabíamos o que acontecera nesse dia, e deduzi que era algo relacionado à Batalha de Hogwarts. – Então, preparamos uma surpresa para vocês, além da suspensão habitual de aulas por um dia para honrar os bravos bruxos que lutaram por nós. O chamado Trio de Ouro, Harry Potter, Ronald Weasley e Hermione Granger farão uma visita à escola.

Aplausos ruidosos foram ouvidos, e as menininhas do “Fã-Clube Harry Potter” pularam como loucas. Elas sempre estavam dando em cima de qualquer pessoa com o sobrenome Potter. Ou seja, Albus e James.

Não sabia exatamente como me sentia sobre isso. Claro, os três mereciam todo o reconhecimento, mas não deixava de ser esquisito ver seus pais como celebridades. Além de ser muito esquisito ver seu primo ou tio na capa de revistas como “A Bruxinha”.

Sério, era muito constrangedor.

Sempre gostei das histórias que meus pais contavam, sobre as pessoas que lutaram na Batalha. Eram todas lutadoras, bravas e corajosas. Severus Snape, Remus Lupin, Nymphadora Tonks, Fred... Todos. Pessoas que morreram por nós, e eu as amava, mesmo que nunca teria a chance de conhecê-las.

– Amanhã, teremos a visita. Agora, bom almoço à todos! – Minerva disse, entusiástica, enquanto a variedade imensa de comida surgia nas mesas. Os elfos domésticos trabalhavam, mas agora alguns eram mais abertos à salários, como um tributo a Dobby, e pela luta constante de minha mãe por seus direitos.

As meninas fãs de meu pai passaram por Scorpius, debochando dele e dizendo para que se escondesse quando o Trio chegasse. Ele se levantou, e sabia que ele finalmente se cansara dessas garotas estúpidas. Pegou seu Suco de Abóbora, e com um “Ops” sarcástico, derramou todo o conteúdo do copo na cabeça de uma menina.

– Devo puni-lo? – Slughorn sussurrou alto para a diretora, de boca cheia.

– Não é como se não tivesse sido merecido... Pobre menino, alguns ainda o torturam diariamente. Finja que está de olho nele. – Ela respondeu, e alguns alunos que estavam na frente de suas mesas ouviram, rindo.

– Você....Vai... PAGAR! – Uma das garotas berrou, enquanto as outras olhavam feio para o loiro, se afastando pisando o pé. Ele riu, e voltou a comer.

Ele parecia bem. E eu também, de certa forma. Ao menos por fora.

– Só eu não fazia a menor ideia disso? – Albus perguntou. – Ah, seria legal saber disso e sair falando por aí que algo importante ia acontecer.

– Ia estragar a graça de tudo, seu língua-solta! – Lily deu um tapinha no ombro do irmão, que olhou para ela de cara feia. - Enfim, eu estou ansiosa! Quero muito ver o que cada um irá falar!

– Até meu pai esquecer o discurso em casa... – Eu gargalhei com o comentário de Hugo.

– O que é bastante provável. – Concordei.

Conversamos sobre todas as possibilidades, rindo como sempre, até que a comida fosse retirada e somente nós restássemos no Salão.

Cada um foi para seu lado, e combinamos de nos encontrar depois das aulas. Graças à Merlin, no dia seguinte não teríamos aulas, como era de costume no dia 2 de Maio.

– E o Lorcan? Como anda? – Perguntei, enquanto eu e Lily caminhávamos até a biblioteca. Ela disse que precisava devolver um livro que estava em sua mala há tempos.

– Ah, ainda não sei direito em que pé estamos. Acredita que o Lysander já me deu uma cantada pensando que eu acreditaria que ele era o Lorcan? Merlin, eu me acabei de rir! Certo, onde eu deixei esse livro?

Me lembrei de que Victoire tinha pego o livro escondido e sufoquei uma risada.

– Vem, vamos voltar. Não consigo achar essa porcaria em lugar nenhuma na minha mala, devo ter deixado no quarto....

Caminhamos de volta aos dormitórios e nada do livro.

– Ah, deixe para lá. Vem, vamos fazer alguma coisa. Não temos mais aulas hoje, né? Pelo amor de Deus, eu mesma não agüento mais o conteúdo de Poções! – Ela reclamou, me puxando pelo braço.

– Ei, sabia que James, Fred e Teddy estão querendo fazer uma festa?

– Duvido que vá dar certo. Depois da Sala Precisa ter sido descoberta, eu realmente não acho que eles tenham um lugar para fazer. – Cética, eu rebati, enquanto procurávamos um lugar bom para assistir o treino de Quadribol da Grifinória.

– Quanto pessimismo! Espero que dê certo, de qualquer forma. Seria legal. – Lily deu de ombros, e ficamos ali conversando bobeiras até que o treino acabasse.

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Pulei da cama logo cedo, ansiosa pela visita de meus pais e tio Harry até a escola.

Me troquei rapidamente, enquanto Lily ainda dormia de boca aberta em seu travesseiro. Sacudi-a, e ela resmungou e virou de lado. Merlin, aquela menina não tinha jeito: Quando não queria acordar, não levantava de jeito ou maneira.

– Lily, acorde logo! Pelo que pregaram na Sala Comunal, eles chegam às... – Pausei, conferindo o relógio. – 10 horas. Mas sei lá, acho que eles vão reunir todo mundo no Salão às 10 e meia.

– Então espere até as 10 e meia. – A ruiva resmungou, virando-se na cama. – Vai você, eu te encontro lá.

– Eu sou sua amiga, e por isso não vou te deixar aqui. Agora levanta.

Descemos até o Salão, e fomos as primeiras a chegar, encontrando meus pais e tio Harry sentados com um ar nostálgico na grande mesa da Grifinória, conversando entre si e com o grupo docente.

– Filha! Ah, que saudades! – Minha mãe correu até mim e me abraçou, enquanto Harry puxava Lily para seus braços, sorrindo. – Aprendendo tudo direitinho?

– Sim, mãe... – Eu ri. Meu pai, com seus cabelos das mesma cor dos meus me deu um beijo na testa e passou a mão por meus cachos, fofos como os de Hermione.

Ficamos ali, jogando conversa fora. Harry ocasionalmente provocava Ron, e todos achávamos graça. Eu pretendia conversar com minha mãe sobre Scorpius, talvez pedir um conselho. Achava que ela era a que melhor aceitaria, talvez.

– Mãe, posso falar com você por um segundinho?

– Claro, filha. – Ela me levou até a porta do Salão e se abaixou levemente, ficando da minha altura. Ouvi os dois pais falando algo sobre “Conversa de Menina” e rindo.

– Certo. Eu meio que não sei como começar, mas....

– Merlin! Tem alguém te atormentando? Você sabe que você pode pedir para o tio de Lily, o Duda, para resolver isso para você, ou para seus primos... Ou uma prova? – A morena se afobou, preocupada e falando rápido.

– Não, não, nada disso... – Eu ri. – Ok. EugostodeScorpiusMalfoyeprecisodeumconselho.

– Calma, calma. Espera. Você gosta de Scorpius Malfoy?

– É. Mas, depois de um monte de problema, o pai dele foi despedido de mais um emprego, e quando ofereci ajuda, acho que o orgulho dele ficou meio ferido. Mas eu não sei, não quero parecer a menininha dependente, entende?

– Oh, eu fiquei sabendo sobre Draco... Olhe, Rose. Eu perdoei o pai dele por tudo, e acho que você deve seguir seu coração. Mas, se tem um conselho que eu considero valioso, é não tenha vergonha de expor seus sentimentos. O que você tem a perder, afinal? Se ama alguém, demonstre! – Ela disse, entusiástica. Abracei-a, sabendo que realmente, Hermione Granger era a bruxa mais genial que eu conhecera.

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Antes de os discursos começarem, os alunos já estavam sentados nas grandes mesas dispostas pelo Salão. Tomei coragem e olhei para minha mãe, na mesa dos professores, que fez um sinal de positivo com a mão.

Caminhei até a mesa da Sonserina, encontrando o menino de cabelos loiros que eu procurava. Acho que se soubesse onde eu estava indo, me perderia. Me guiava pelo azul mais brilhante de seus olhos, pelo Sol que irradiava de seu couro cabeludo.

Me esqueci de como ele era lindo.

Ele também caminhava em minha direção, no fundo do Salão. Parecia que estávamos pensando a mesma coisa.

– Preciso falar com você – Dissemos, em uníssono.

– Você primeiro.

– N-Não, você primeiro. – Disse, sem jeito. Ele coçou a nuca, constrangido.

– A Guerra deixou marcas em todos nós, perdas. Mas por essas perdas, uma nova era se reergueu, com mudanças. – Minha mãe falava, ao fundo.

Desculpe. – Falamos, juntos de novo.

Estava tão embaraçoso que chegava a ser engraçado. Eu e ele rimos.

– Eu... Eu não devia ter deixado orgulho entrar no meio de nós dois.

– E o que te fez mudar de ideia? – Perguntei, com certo ceticismo. Eu não mudei minha opinião sobre vir falar com ele sozinha, e supus que ele também não.

– Uma resposta do meu pai...

A partir daí, nem eu nem ele soubemos o que dizer. “Que bom” parecia uma resposta muito grossa, e não conseguia pensar em nada mais. Olhei para baixo, nos padrões do chão de pedra de Hogwarts.

Era a vez de meu pai ir à frente, então apontei para a frente do Salão com a cabeça e corri até a mesa da Corvinal, onde Victoire e Lily me esperavam.

Não sabia em que pé exatamente nós estávamos.

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“Scorpius,

Recebi sua resposta, e confesso que fiquei meio.... Decepcionado.

Filho, aceitar ajuda não é um pecado, e não vai fazer de você menos válido. Rose Weasley me surpreendeu, nunca nem achei que acabariam juntos! Não digo que será fácil convencer Ronald.

Eu sinto muito. Minhas escolhas no passado vão te dar muito trabalho, e me sinto mal por isso a cada dia. Você tem muito a superar, mas eu prometo que estou aqui para você. Não posso mudar o que aconteceu, mas posso tentar fazer o seu presente um pouco mais suportável, quem sabe.

Eu e Potter não somos amigos, e não acho que seremos muito cedo. Mas acho que devo à ele, e me incomoda um pouco. Mas a ajuda dele salvou nossa família várias vezes, e Rose não deve ter más intenções.

Demorei muito tempo para melhorar de verdade. Mas melhorei. E muitas pessoas vão ter que engolir isso, queiram ou não. Então, honestamente, mande todos para o inferno e siga seu coração.

Passe por cima dos que ficarem em seu caminho.

P.S: Acho que você e Weasley formam um casal adorável, e sua mãe também.

– D.M


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Se tiverem qualquer tipo de opinião, sugestão ou crítica, deixem nos comentários! Leio e respondo todos com muito carinho