Promise - Scorpius & Rose escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 10
Mudanças.


Notas iniciais do capítulo

Oláá!
Gente, desculpem pela ausência hahahaah Eu fiz os dois capítulos finais de minha outra fic, e tive que estudar para uma prova. Enfim, espero que gostem!



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POV Rose:

Levantei da cama ainda muito cedo. Davies, nosso capitão do time de Quadribol, insistira em prolongar nossos treinos e ocupar o campo no horário da manhã nos fins de semana! Merlin, nem eu mesma era competitiva como ele.

Lily dormia, largada em sua cama em uma posição humanamente impossível e muito longe de seu travesseiro. Empurrei-a antes que caísse no chão, sem acordá-la. Ri e desci as escadas, em direção ao campo.

Passando na frente do escritório da diretora, vi McGonagall acompanhando carinhosamente uma menina alta e de cabelos negros para fora, dando a ela uma lista de horários e o uniforme com o brasão da Sonserina. Ignorei e continuei andando, apressada.

Me vesti rapidamente, jogando as roupas de qualquer jeito no vestiário e corri para o campo com a Firebolt que tio Harry me dera. Todos, exceto o capitão, estávamos parecendo mortos-vivos no campo, ao passo que Davies berrava ordens à todos.

Montei na vassoura e levantei voo, e logo ele veio me dizer que eu estava montando errado. Revirei os olhos e mostrei o dedo do meio para ele. Sabia que ele provavelmente só estava estressado pelo jogo contra a Grifinória.

– Vamos, time! Acordem! Lorcan, Lysander! Atenção!

– Seria bem mais fácil se você calasse a boca por um segundo! - Lysander berrou de volta, rebatendo um balaço na direção do capitão, que desviou por alguns centímetros.

Infelizmente.

O treino continuou assim por mais duas horas, até que finalmente acabasse.

Fui até o vestiário e coloquei o uniforme de volta, amassado pela maneira com a qual eu o joguei no armário. Quando saí do campo, começou a chover. No início, era apenas uma garoa leve, até que começasse a trovoar e realmente chover.

Merda.

A essa altura, meu uniforme estava encharcado, e o suéter estava completamente ensopado. Isso sem mencionar as meias e os sapatos completamente enlameados.

Andei mais rápido, tropeçando na lama e caindo de joelhos. Quando me levantei, a chuva parou sobre mim, e quando olhei para cima, Scorpius sorria para mim de sua vassoura, segurando um guarda-chuva preto sobre mim.

– Bom treino hoje, Weasley.

– Me perseguindo? – Brinquei, ainda agradecida por ter sido salva da tempestade.

– Quem sabe. – Ele sorriu, descendo da vassoura e vindo até mim, ainda sem me deixar ser atingida pela chuva, que ficava mais forte à medida que conversávamos.

Olhei para o chão, em silêncio. Eu não sabia muito bem o que dizer, mas eu tinha certeza que eu não tinha que pedir desculpas por nada.

– Rose, eu sinto muito. De verdade. – Suspirou, olhando para baixo. – Eu nunca devia ter deixado meu orgulho interferir. Você foi a primeira pessoa que não me achou um estranho. Quando você viu o que eu tinha por dentro, não correu para longe. Quando você me abraçou, apesar dos espinhos, você foi a única que nunca me fez querer ser outra pessoa. E acho que... Agora eu sei o meu lugar.

Finalmente, nossos olhares se encontraram, e ficamos assim por alguns segundos.

Scorpius largou o guarda-chuva no chão, e se inclinou em minha direção, encostando nossos lábios. Enlacei meus braços ao seu redor, deixando a chuva cair em minhas pálpebras fechadas. Meu cabelo se entrelaçava com as gotas d’água, e ele corria sua mão fria por meu pescoço.

[ N/A: https://33.media.tumblr.com/e5d4194b6e8a7fa10500a59c57a2f30a/tumblr_nf3ewlGHw91rycw13o1_500.gif Um gif desse beijo lindo para vocês ♥]

– Meu lugar é ao seu lado, Weasley. – Malfoy murmurou ao meu ouvido, beijando a pele atrás de minha orelha.

Pegamos o guarda-chuva e a vassoura e voltamos para a escola, apressados e alegres. Chegamos encharcados, pingando água. Eu tremia com o choque de temperatura, e apesar de muito confortável, o abraço de Scorpius não ajudava em muita coisa, já que ele também estava pingando água.

Percebendo como eu tremia, ele me levou até a masmorra, o lugar mais perto da entrada que escolhemos. Deixamos um rastro de pegadas enlameadas, e rimos pensando na cara do Filch ao ver a bagunça toda.

Finite Incantatem. – Scorpius murmurou na entrada para os dormitórios masculinos. A masmorra era ainda mais fria, e levantei uma sobrancelha maliciosa para ele. – Não se aproveite, sua pervertida....

Gargalhamos, e ele pegou duas toalhas. Enquanto corria a sua pelos cabelos loiros, foi até o balcão ao lado de sua cama e pegou seu casaco de quadribol com os dizeres “Malfoy” nas costas e me entregou. Por Merlin, todos os alunos da Sonserina que dividiam o quarto com ele estavam provavelmente no jantar.

– Obrigada.

– Sempre. - Ele passou o braço ao redor de minhas costas, me beijando delicadamente. Suspirei, e ele me levantou e enlaçou minhas pernas ao seu redor, me levantando para ficar à sua altura. Sentia a mesma sensação que sempre tinha quando estávamos próximos, e cada célula de meu corpo queimava com a intensidade dele.

Éramos completos. Como o fogo e o oxigênio. Precisávamos um do outro para queimar juntos.

Com um braço ao meu redor, ele me acompanhou de volta até o dormitório da Corvinal, atraindo olhares inquisitivos de algumas pessoas.

Na porta, depositou um beijo em minha testa, e com um abraço rápido, nos despedimos.

As borboletas em meu estômago tiraram completamente a minha fome.

.....................................................

– Quem é a novata? – James perguntou, indicando a menina de cabelos negros que eu vira no dia anterior, agora sentada na mesa da Sonserina. Já haviam alguns meninos dispostos a ajudá-la, e não podia negar que ela era muito bonita.

– Pelo que ouvi, ela teve que se afastar pela primeira metade do ano por causa de algum problema com a família. Era de outra escola. – Dominique disse, indiferente.

– Me disseram que McGonagall foi bem compreensiva com ela, fez até com que o Chapéu Seletor a colocasse em uma casa, mesmo no meio do ano. Deve ter sido um problema bem difícil. – Lily acrescentou, mordendo uma maçã.

– Bonita. – Fred disse, rindo. – Aposto que os babacas da Sonserina estão programando uma invasão no dormitório dela. Coitada.

– Não é nenhuma veela. – Teddy beijou a bochecha de Victoire, que sorriu e encostou os lábios apaixonadamente na boca do namorado.

– Arrumem um quarto, por Merlin... Essas crianças de hoje em dia não sabem se segurar mais! – James imitou a voz de uma senhora idosa, fingindo apontar uma bengala para os dois.

Havia algo estranho no jeito que ela olhava para Scorpius. Talvez eu estivesse apenas com ciúmes, mas eles se entreolhavam como se já se conhecessem de algum lugar. Ele olhava para seu prato de comida, constrangido.

Quem sabe eu estivesse dando uma de namorada psicótica e maluca, mas tinha algo ali. Ele sempre olhava todos nos olhos, mas aquela menina...

– Qual é o nome dela? – Indiquei a garota com o queixo, colocando uma panqueca no meu prato.

– Natascha alguma coisa. – Molly comentou, se levantando. – Tenho que ir. Quero chegar cedo na aula de Transfiguração para compensar minha nota meio baixa no último teste.

Acenamos para ela, que desapareceu no meio dos alunos que também iam se levantando para suas aulas.

– Por Merlin temos o primeiro período livre hoje. – Disse para Lily.

– Quem sabe não dá tempo de dar uns amassos no Scorpius, não? Olhe... Acho que a Sonserina também tá livre! – Ela riu, maliciosa.

– Lil’s, a cada dia mais, você está destruindo a imagem de boa menina que eu tinha de você.... Mas quem sabe, sim.

Lorcan sentou-se ao lado de Lily, desarrumando os cabelos da ruiva.

– Como se ajuda um apaixonado desesperado? – Ele perguntou, para mim e para a menina que ele envolvia com um braço.

– Quem seria o azarado?

– Meu irmão.

– E a sortuda? – Continuei com o interrogatório, sorrindo.

– Dominique.

– Essa vai ser difícil... – Pensei no estilo mais fechado de Dom, com seus cabelos curtinhos e olhar misterioso. Ela era uma ótima amiga, mas era muito difícil iniciar uma amizade com ela.

– Nem me fale! Mas acredite, eu mesmo já perdi as esperanças. – Lorcan suspirou, e ele e Lily se levantaram, acenando. Provavelmente iriam para algum lugar mais... Privado.

Ri sozinha, e decidi ir indo para a aula.

Saindo do Salão, vi Scorpius encostado em uma parede, carrancudo, e me aproximando, vi Natascha em sua frente, com um olhar arrependido no rosto.

– Eu mudei, e me arrependi de tudo, Malfoy! Me dê uma segunda chance e eu posso provar que eu mudei.

– Natascha, olhe. Você não era a fã dos Potters e não sei mais o quê? Não imagino uma coisa que a faria mudar. Então, faça o favor de sair da minha frente e....

– Meus pais eram Comensais, Scorpius! Era uma fase, eu queria só me rebelar contra meus pais e evitar que meus amigos descobrissem tudo! Por favor....

– Depois, ok? Eu tenho que ir.

Ele saiu, e resolvi dar o fora dali rapidamente antes que eles percebessem que eu havia ouvido tudo.

Teve uma garota, uma vez. Eu amava ela, ou pelo menos achava isso. Mas ela me desprezava, e só tinha olhos para qualquer um com o nome Potter ou Weasley . Ela me dizia que eu era apenas um Malfoy, um traidor imundo. Depois daquela menina, eu não sei... Eu mudei.”

Foram essas as palavras que ele uma vez me dissera. Enquanto sentia as engrenagens de minha cabeça montando todo o quebra-cabeça, eu coloquei tudo junto: Natascha era aquela garota. A que quebrara o coração de Scorpius.

E agora, ela queria uma segunda chance.

Mas ela tinha concorrência. E eu jamais deixaria aquela vaca encostar um dedo nele, não me importava o quão possessiva isso soasse.

Ainda, uma certa insegurança pulsava no fundo de minha mente. Ela o conhecia há mais tempo, certamente sabia de coisas que eu nem imaginara. Ela foi o primeiro amor dele, e tinha medo de que isso interferisse em tudo. Natascha sabia o que havia no fundo do coração dele, seu passado, tudo...

...................................................

– Temos que conversar. – Scorpius disse, quando me encontrou no corredor. Ele parecia distraído, distante.

– Sou toda ouvidos.

– Certo... Eu te falei uma vez de uma garota. – Ele começou, sem-jeito. – Uma que me disse várias coisas horríveis.

– Eu me lembro. Não se preocupe, eu sei que essa garota é a Natascha. – Dei de ombros, tentando soar o mais indiferente possível.

– Sabe? – Ele ficou surpreso.

– Sim. E só preciso que me diga uma coisa. – Fiz uma pausa, e ele assentiu. – Ela ainda mexe com você?

– Não. – Pareceu algo mecânico, automático. Eles tinham muito mais história do que ele tinha me contado, e tive certeza disso naquela hora.

Ele se inclinou e me deu um beijo rápido, dizendo que tinha que ir para a aula.

Estava nervoso, distante. Podia estar apenas confuso, ou talvez constrangido por ter que dar de cara com seu passado daquela forma.

Ainda assim, eu tive certeza que Natascha não foi uma mudança positiva para Hogwarts. E Scorpius ainda tinha muita história para contar, e muito com o que lidar.

Tive vontade de gritar.

Tive medo de que, quando tudo voltara ao normal, ele escapasse por entre meus dedos novamente.


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Notas finais do capítulo

E aí? Natascha será a bitch da história ou se revelará legal? E Scorpius? Comentem sua opinião, sugestão ou crítica!