Promise - Scorpius & Rose escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 8
Orgulho.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Gente, desculpem pela demora hahahaha Não tive muito tempo para escrever esses dias, estou no final do ano, e as últimas provas e processuais estão aí.. Enfim hahaha Espero que gostem, e gostaria de agradecer a cada um de vocês que comentou na fic, já estamos com mais de 50 comentários! Muito obrigada mesmo!



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POV Rose:

Não conseguia achar Scorpius em lugar algum. Andava sempre com todos os da minha família, ocasionalmente com um ou outro. O final de semana passou como uma tortura. Estava dividida entre pegar o Mapa e ir até Malfoy, e dar espaço à ele. Afinal, acho que se eu invertesse a situação, eu mesma gostaria de ficar sozinha um tempo.

Fred, Teddy, James e Albus faziam de tudo para me fazer sorrir, assim como Molly e Roxanne. Victoire e Lily sempre se preocupavam com o que eu estava sentindo.

Merlin, como eu amava todos eles.

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– Muito bem, alunos, estão liberados. Sem deveres de casa por hoje. – Professor Flitwick disse de seu pedestal, enquanto todos arrumavam as materiais rapidamente. Todos já estavam saindo, ansiosos pelo fim da aula, e quando eu estava prestes a sair pela porta, o diretor de minha casa se dirigiu à mim. – Menos, você, Weasley.

Suspirei, me virando para o professor. Estava demorando para que eu recebesse a bendita punição.

– Certo, senhorita Weasley. Como já deve saber, os rumores correm rápido em Hogwarts, e não pude ignorar o recente, sobre o seu.... Problema com Trevor Prommit. – Flitwick começou, sentando em sua mesa na frente da sala. Ele tirou os óculos, suspirando e parecendo subitamente cansado. – Rose, eu sinto que conheço você, depois de anos sendo seu professor e diretor de sua casa. Por favor, me diga que você não virou uma marginal louca por atenção. – Rimos, já que sabíamos que não era nem de longe o motivo. – Agora, eu preciso que me conte o motivo por trás disso.

Flitwick era um professor que gostava de se divertir nas aulas, mas jamais tiraríamos sarro ou desrespeitaríamos ele. Decidi contar a história, ainda que fosse um tanto constrangedor falar para um professor que fui beijada por um maluco à força.

– Bom.. Eu estava indo em direção à Sala Comunal, quando de repente, Trevor entra em minha frente, bloqueando a passagem. Tentei pedir licença educadamente ou tirá-lo dali, mas quando empurrei-o... – O professor me encarou com um olhar mais sério e sobrancelhas erguidas. Corrigi meu erro imediatamente. – De leve, ele simplesmente resolveu vir para cima! Então, eu soquei ele. Algumas vezes.

– Não concordo com a parte da violência, mas que fique entre nós que foi justo. Só prometa que não vai se repetir, a não ser em situações mais extremas, como a nossa Casa nos ensina. Está liberada.

– Obrigada, professor. – Me levantei e me direcionei à porta.

– Ah, e senhorita? Avise ao senhor Prommit que ele está sob observação. Ninguém merece...

Assenti com a cabeça, sorrindo. Saí em direção ao jardim, o primeiro lugar onde eu esperava encontrar Scorpius. Eu ainda tinha assuntos a resolver.

– Rose! Rose Weasley! É verdade que você quebrou o nariz de Trevor Prommit? – Uma curiosa da Lufa-Lufa perguntou, cética e reprovadora. Por Merlin, quebrar o nariz dele deve ser o boato mais leve que as pessoas andaram espalhando. Imagino o tipo de coisas que andava circulando por aí.

Olhei para ela com o olhar mais cáustico que consegui, fazendo a garota ter arrepios e sair dali. Quem sabe a nova fama viria a calhar, afinal de contas.

Olhei pela janela na ponta dos pés, procurando o menino alto de cabelos loiros que procurava. Não consegui enxergá-lo, quando um pensamento me veio à cabeça. A rocha. Scorpius ia lá sempre que queria ficar sozinho, e foi de lá que pulamos no Lago Negro.

Corri até lá o mais rápido que pude, me esquivando de estudantes que passavam por ali. Não notei uma raiz solta e acabei tropeçando, mas continuei correndo. Eu tinha que consertar aquilo.

Vi-o sentado no mesmo lugar onde o encontrara antes, jogando pedrinhas e cascalhos no lago com força. Engoli em seco e me aproximei silenciosa e cuidadosamente.

– Rose.

– Scorpius. – Tremi com o tom frio em sua voz. Merlin, lá vamos nós.... – É... Bom... Eu acho que você viu o que aconteceu, mas eu juro que tem uma história, de verdade. Eu estava lá, indo para a Sala Comunal, e esse amigo do Albus, Trevor, se jogou na minha frente, e ficou ali bloqueando a passagem. Quando eu insisti em passar, ele me beijou. Foi nojento, honestamente. E eu vi você ali, e perdi o controle... Acabei socando o menino. Não que ele não tenha merecido. E eu entendo se você não quiser mais nada comigo e me achar uma pessoa horrível, mas podemos ao menos ser amigos, ou sei lá....

Disparei tudo nele, enquanto Malfoy me olhava com uma sobrancelha erguida e um brilho divertido em seus olhos. Estava prestes a continuar, quando ele se levantou e se aproximou de mim, colocando o polegar em meus lábios.

– Rose, eu não sou burro. – Tremi da cabeça aos pés por um momento, pensando que ele não tivera acreditado. Mil e um palavrões voaram em minha cabeça. – Eu confesso que fiquei muito bravo, mas depois, vi Trevor desfilando por aí com hematomas e espalhando boatos sobre você. Foi só juntar as peças, Rose. – Ele sorriu, e suspirei aliviada. Estava tudo bem. – E amigos não se beijam, até onde eu sei. Amigos não se amam como eu te amo.

Scorpius riu baixinho, seu rosto extremamente próximo do meu. Subitamente, passo meu braço ao redor de seu pescoço, encostando nossos lábios. Era a melhor sensação do mundo, eu me sentia viva. Ficar ali, em seus braços, sentindo seu coração contra meu peito, senti-lo me erguer, seus lábios pressionados em meu pescoço.

Me apaixonara por ele, por seu cabelo, por seu rosto, por seus olhos. O azul-acinzentado que me guiava.

Eu fora feita para mantê-lo quente, e ele fora feito para me envolver se o vento soprasse. Sim, ele vinha sentindo do ódio à tristeza e à desconfiança. Abraçando-o apertado, eu o fazia desistir de toda a negatividade que parecia envolvê-lo por vezes.

Cada lugar de Hogwarts parecia guardar um momento para nós. Embora eu saiba que nunca vou perder meu afeto por ele, eu sabia que pararia para pensar sobre meu tempo com ele. Mas na minha vida, eu o amaria mais.

Enquanto nossos corpos se moviam em sincronia, eu podia sentir as borboletas em meu estômago, fazendo meu corpo instantaneamente mais leve. Seus braços em minha coluna e em minha nuca, nossos rostos inclinados.... Tudo.

Por quê eu me sentia como se eu sentira a falta dele por toda a minha vida?

– Estamos bem, então? – Disse, puxando o ar que dividíamos. Ainda tinha meu braço em torno de seu pescoço, e suas mãos em minhas costas, longas e esguias.

– Merlin, Rose... – Riu e encostou sua testa na minha.

Suponho que sim.

............................................

O correio do dia seguinte chegou, sem nenhuma carta para mim, além dos berradores de James, Fred e Teddy.

Notei, entretanto, que Scorpius recebera uma carta, o que era realmente muito incomum. Suas sobrancelhas se franziam à medida que lia a carta, e notei que havia algo estranho.

Subitamente, ele se levantou e deixou o salão apressadamente, atraindo vários olhares pela maneira violenta com a qual se levantou.

– Merlin... Alguém está de TPM. – James brincou, apontando para o loiro, que trombou com uma menina ao cruzar as portas do Salão.

– Me pergunto o que será que estava escrito naquela carta... – Lily ponderou, com o dedo no queixo. – Deve realmente tê-lo perturbado.

– Imaginem o que estaria escrito se fosse tio Ron, descobrindo o affair desses dois safadinhos. – Fred disse, com uma voz maliciosa. Eu mesma não iria querer a reação do meu pai se ele descobrisse.

– Quando vocês forem fazer a revelação, por favor me convidem para a ocasião. – Victoire riu, e Teddy passou um braço por cima de seus ombros.

Eu continuava inquieta. Scorpius quase nunca fazia coisas assim, principalmente na frente de toda a escola. Deve ter sido algo sério, e decidi ir procurá-lo à noite, onde eu sabia que poderia encontrá-lo: na Torre de Astronomia.

– Não quer ir ver o que houve? – Roxanne perguntou, com um olhar preocupado. – Pode ter sido algo sério, é melhor ir conversar com ele.

– Eu vou. Depois. Não quero ficar sendo muito grudenta, sabe? Não somos assim, e não pretendo começar a ser. – Respondi, ainda surpresa com o que a morena disse.

– Não precisa desses olhares, gente. – Ela riu, com todos olhando surpresos para ela. – Eu tenho sentimentos também, ok?

Lily olhou para seu relógio e arregalou os olhos, enfiando todo o resto de sua comida na boca e catando uma fruta que estava ao seu lado.

– Se você diz... – Ela pegou sua mala e se levantou. – Ok, agora eu tenho que ir. Rose, te vejo nos dormitórios depois!

Ela saiu acenando, e sorri para ela. Todos trocamos olhares, nos perguntando onde ela estava indo. O pior: talvez eu estivesse tão concentrada em mim e em Scorpius que eu nem notara o que estava acontecendo.

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Deitei em minha cama, tentando achar uma posição confortável para ler meu livro, que minha mãe havia sugerido: “Romeu & Julieta”. Era uma peça, que curiosamente lembrava muito tudo que cercava as famílias Weasley e Malfoy, e comigo e Scorpius no meio daquilo tudo.

Sentei, deitei, rolei, deitei de costas... Nada confortável.

Estava prestes a sentar no chão quando Lily entrou no quarto, sorrindo, e pulou em sua cama de costas, abrindo os braços.

– Ok, Lil’s. Desembuche.

– Finalmente! Ok, é... EUSAÍCOMOLORCANSCAMANDER! MERLINESTOUTÃOFELIZ! - Ela disse, em vários gritinhos animados.

– Lily Luna.... Respira! Me conte! - Eu pulei de minha cama para a dela, e ela se sentou, feliz da vida. Eu mesma estava no mesmo estado por ela, eu adoraria ver os dois juntos! Principalmente depois do vexame da narração da comemoração do jogo de Quadribol....

– Certo. - Ela respirou fundo. - Ah, nem sei por onde começar... Enfim, eu estava andando por aí, quando o Lorcan aparece, lindo como sempre.... Ok, ele aparece, e me pergunta se eu queria ir dar uma volta nos jardins. Então, eu fui, obviamente! No fim, acabamos indo até o campo de Quadribol, e ele me levou para voar! - Ela sorriu, sonhadora. Na verdade, ela não parava de sorrir como uma boba, e inclinei a cabeça para trás, rindo. - Foi perfeito! Quer dizer, acho que ainda somos só amigos, mas....

Abracei-a, imensamente feliz por ela.

– Ele é tão... Único, sabe? Ele entende de um montão de coisas diferentes graças à mãe dele, e eu acho tudo aquilo muito interessante!

E assim ela continuou falando de Lorcan, e eu ria e assentia.

Lily Luna estava definitiva e perdidamente apaixonada.

Na hora do jantar, apenas comi o mais rápido que consegui, correndo os olhos pelo salão. Scorpius não estava em lugar algum, o que me preocupava cada vez mais. O que quer que houvesse naquela carta, era ruim, no mínimo.

E se alguém tivesse morrido, ou algo do tipo?

Quando terminei de comer, corri até a Torre de Astronomia, o primeiro lugar onde eu o procuraria de noite. Subindo as escadas de dois em dois degraus, cheguei ao topo completamente esbaforida.

– S-Scorpius? - Ofeguei, abrindo a porta.

Ele não respondeu, mas lá estava ele, segurando o papel nas mãos, e agarrando as barras com tanta força que fazia com que as juntas de seus dedos ficassem brancas.

– Scorpius, o quê aconteceu?

– Meu pai. Foi demitido de outro emprego, como sempre acaba acontecendo. - O loiro respondeu, com uma voz cortante que me fez estremecer. Eu sabia que ele não precisava de pena, mas senti dó por Draco Malfoy. - Aparentemente, ser de minha família traz problemas em qualquer emprego que ele arranje.

– Merlin, eu sinto muito... Você quer que eu tente algo, talvez com meu pai ou tio Harry...

– Não, Rose. Eu não posso viver assim. Você não pode viver assim. - Ele se virou para mim, as sobrancelhas franzidas.

– Como assim? Eu nunca estive tão feliz, de verdade.

– Eu não posso viver às suas custas. É uma questão de orgulho, Rose! Não posso ser sempre o peso que você carrega, porque eu jamais vou poder arrumar um emprego por mais de um ano! Merlin, Rose, nem eu nem minha família precisamos de pena ou ajuda. Sabemos nos virar.

– Scorpius, cale a boca por um segundo? Eu tenho uma opinião, sabe? E ela devia importar. Você acha que pode ficar me dispensando e aceitando de volta quando bem entender? Por favor! E eu só estou querendo ajudar! É tão difícil assim para você simplesmente aceitar que eu sou um indivíduo que pensa e sente? E se eu quero ajudar, é porque eu me importo com você! - Explodi, jogando os braços para cima.

– Você não entenderia. - Ele murmurou, virando-se de costas e saindo da Torre.

Encarei a lua, ouvindo seus passos apressados pelas escadas ecoarem.

Se era tudo tão complicado, como poderia ser o certo para nós?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Se estão gostando da leitura, sintam-se livres para comentar, favoritar, acompanhar a fic, e se achar que eu estou merecendo [ ( ͡° ͜ʖ ͡°) ] recomendar