O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 20
O Espirito da Fúria


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, o cap dessa semana será pequeno, não tenho muitas notas por isso, boa leitura.



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OST
ou esse

OST

Ezreal levantou o olhar, e Trundle sentiu suas pernas tremerem quando aqueles olhos encontraram-se com os seus. Ele sentiu uma grande presença que foi crescendo até que todo o local fosse pressionado e preenchida por ela. Seus músculos contraíram-se e sua expressão tornou-se tensa. Trundle nunca vira aquilo, ele ergueu o olhar e viu algo atrás de Ezreal.

Ele forçou os olhos para uma imagem atrás do garoto. Uma aura o cercava, a imagem foi crescendo até ficar cinco vezes maior que Ezreal. Era um avatar, uma imagem de uma ave — uma ave de seis metros de altura que brilhava em azul. Ela desceu o olhar para Trundle e ergueu as asas, e guinchou. A neve subiu e um inexplicável vento soprou varrendo tudo pela frente. Trundle fincou a mão no chão para não ser carregado. Da mesma forma que começou, o vento parou e Trundle ergueu os olhos para não ver mais a ave, mas apenas o garoto.

— Quem é você? — Perguntou novamente

Ezreal ergueu os olhos

— Eu sou Anivia!

Anvia estava no controle. O garoto andou com confiança em direção a Trundle, o jovem cerrou os punhos e levantou o braço e algo grande e poderoso irrompeu dele, uma luz brilhante se projetou de seu cristal e acertou o troll no peito. Um golpe daqueles, apesar de não ser fatal, certamente doeu bastante. Trundle ziguezagueou para trás tentando recuperar o ar. Recuou, assumindo uma postura de defesa.

— Volte para sua mestra, troll, e avisa-a que eu retornei. — Pronunciou Ezreal

Os olhos do troll foram dominados por um tremor de incerteza. Anvia deferiu outro ataque. Dando um golpe devastador, de baixo para cima. Trundle cambaleou para trás, possivelmente com algumas presas quebradas. Tropeçou cuspindo dentes soltos. Ezreal desferiu alguns disparos com a manopla. Os feixes de luzes marretaram a fera, causando talvez alguns ossos quebrados. Ele rugiu e se projetou para frente com o porrete.

A poucos centímetros de Ezreal, uma energia se manifestou entre eles, e Trundle foi empurrado violentamente contra a parede por alguma força invisível, como uma mão gigante empurrando-o com força para longe. Lux encolheu-se de espanto. Ela não viu nada, mas alguma coisa estranha estava acontecendo com Ezreal. A pele dele brilhava de suor. Lux sentiu que ele não estava mais ali, somente o seu corpo.

Trundle empertigou-se para frente com uma raiva vulcânica brotando de seus olhos avermelhados. Sua mão desceu em direção ao humano. Agarrando-o com força. Mas percebeu o seu erro, e então o choque o atingiu percorrendo o seu braço. Nesse tempo, Lux sentiu uma coisa mover-se em torno de Ezreal. Uma presença voando alto com enormes asas.

O choque fez com que Trundle largasse Ezreal e rugisse de dor. De alguma forma, Trundle conseguiu se manter de pé. Com um rastro de luz, o garoto se teletrasmportou para trás do troll numa fração de segundo, acertando-o com tiros precisos.

Lux só conseguiu olhar impotente enquanto o que parecia ser seu namorado, aplicava uma série de golpes na fera. O ultimo acertou as pernas, o troll cedeu, ajoelhando-se numa rigidez, envergado pela humilhação e dor.

Ezreal deixou-o arfante no chão e se dirigiu até Riven que estava deitada inconsciente pela perda de sangue.

— Ezreal? — Perguntou Lux

— Em corpo sim, em mente... não. — Respondeu

— Quem é você? O que fez com o meu namorado?

— Não há necessidade de temor criança, ele está bem, estou aqui para ajudar.

Ezreal posou a mão sobre Riven e fagulhas dançaram por sobre o seu corpo. Ela pode sentir a pele se emendando e o sangue se reproduzindo. Seu corpo estremeceu involuntariamente enquanto a magia percorria cada centímetro de seu corpo, através dos nervos. A magia reproduzia os litros de sangue perdidos pelo ferimento no abdômen. Riven suspirou voltando a consciência.

— Ezreal? — Sussurrou

O explorador sorriu em resposta, mas nada disse.

Nesse instante um choque profundo percorreu o corpo dele e ele gritou, seus olhos viraram para trás. Se levantou e se curvou, levando as mãos a cabeça. Cambaleou perdendo os sentidos, seus joelhos se dobraram e seu corpo se envergou. Abalado demais para se mexer. Recuperou gradualmente os sentidos. Ofegante e suado, ele lutava para recobrar a consciência. Abriu os olhos assustado, olhou a sua volta para entender o que tinha acontecido.

— Ezreal é você? — Perguntou Lux

— Lux... o que...

Ezreal percebeu a feição apavorada de Lux. Ela estava pálida, Seus olhos esbugalharam-se, seus lábios tremeram tentando dizer algo, mais não conseguiu. Ela não o olhava, mas sim para algo atrás dele. Lux estava em choque olhando para o troll que estava logo ali. O explorador se virou lentamente. Não era Trundle. Bradog cerrou os punhos e acertou-o com força. Ezreal foi jogado alguns metros de distância girando no ar com um rastro de sangue.

Algum tempo antes...

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OST

Braum se esquivou para evitar umas das presas que passou zunindo perto de sua cabeça. Isso foi o melhor que Bradog conseguiu. Braum tinha quase o mesmo tamanho de Bradog. O infeliz troll lutou pateticamente, não conseguia atravessar a defesa absoluta do humano.

Enquanto isso Braum acertava Bradog com socos precisos. O primeiro sobre o rosto, o segundo nas costelas e o terceiro no queixo. Deu golpe após golpe, reduzindo-o em alguns segundos a um monte de pêlos trêmulos. Por fim Braum bateu o peito do troll com toda a sua força. Ele pode sentir os ossos quebrando com primeiro contato do seu punho. O soco quebrou as costelas do troll e o jogou contra a parede de uma casa. Braum respirou e arqueou-se, massageando a mão ferida. Mas seu inimigo se revelava não ser assim tão fácil de matar quanto parecia.

— Ai vem ele novamente! — Gritou Nunu

Não importava quantas vezes Braum derrubava o troll ele sempre se levantava. Bradog se projetou para fora da casa com a fúria estampada no rosto. Tinha algo de errado, cada vez que o troll era derrotado ele se levantava mais determinado. Porém seus movimentos ficavam mais previsíveis, não havia técnica ou sutileza, eram apenas golpes de fúria seguidos de grunhidos. Mesmo que os trolls não fossem às criaturas mais inteligentes — um troll comum achava um desafio se coçar e cuspir ao mesmo tempo — eles ainda conseguiam formular palavras e conversar. Mas este troll não articulava quaisquer palavras ou mostrava qualquer racionalidade, era nada mais que uma besta enfurecida.

Bradog atacou com fúria. Braum ergueu seu enorme escudo contra o troll bloqueando o ataque. O escudo absorveu a energia do impacto e em seguida expeliu toda a energia cinética para fora. A onde de choque levantou a neve ao redor. A besta cambaleou e Braum acertou um soco no tronco dele. A fera revidou, no último momento, o humano se esquivou do ataque desengonçado e a maça se cravou no chão. Braum ergueu o braço e desceu o cotovelo como um martelo batendo no antebraço do troll, ele sentiu o osso quebrando. Então Braum agarrou-o pela cintura e o suspendeu rugindo. Os músculos de seu braço quase saltando para fora e com um esforço, gritou atirando Bradog a três metros de distância.

O corpo judiado do troll caiu contra o chão. Durante alguns tensos segundos ele permaneceu imóvel, Annie, Nunu e Braum apenas observavam apreensivos. Até que Bradog ofegou e se ergueu. Seu braço quebrado parecia curado. Sua boca mexia para baixo e para cima, mas nada dizia. A baba escorrendo pelas fileiras de dentes pontiagudos e amarelados. Ele apenas grunhia, como uma criatura primitiva, movida a ódio e sede de sangue.

— Ele não morre! — Gritou Annie

— O que tem de errado com ele? — Alarmou-se Nunu

Foi então que uma revelação passou pela cabeça de Braum. Assustado. Seus olhos se arregalaram, deu um passo para trás, fechou os punhos e os músculos tencionaram-se.

— É o que eu temia. — Disse — Ele está possuído!

— O quê? — Perguntou Annie

— Que dizer que ele tá com o cão no coro! — respondeu Nunu — O coisa ruim, o chifrudo, o bicho mal, o capiroto, o ruim, o malvadão, o senhor das...

— A gente entendeu! — Alardeou Annie

— Não exatamente isso. — Respondeu Braum — Ele está possuído pela fúria. Ele se transformou em um Berserker!

— Em um o quê? — Perguntaram os dois

— Berserker — Repetiu Braum — foi submetido a algum tipo de magia, alguém colocou esse poder nele. Berserker é um guerreiro capaz de atingir um estado mental superior em combate. Conhecidos por serem guerreiros mortíferos. Eles entram em um estado de fúria letal antes de se lançar à batalha e atacar de frente seus inimigos, independentemente das consequências, tão grande é seu desejo de matar.

Braum ergueu seu escudo e empunhou pronto para se defender.

— Poucos seriam capazes de enfrentar a poderosa fúria sanguinária de um Berserker, a maioria apenas fugiria perante tamanha ira. Eles não diferem, aliados ou inimigos, apenas atacam tudo que veem pela frente. Por isso ele sempre se levantava, isso está curando os ferimentos dele!

— Como vamos vencer isso?

OST

Bradog não deu tempo de Braum responder. O troll urrou em fúria e atacou novamente, avançando depressa para frente, lançando sua maça. O humano abaixou-se no momento em que a arma passou assoviando por cima de sua cabeça. Mas não teve tempo de comemorar, outro ataque mais mortífero estava vindo. Bradog ergueu suas mãos sobre a cabeça e desceu com força como uma bigorna. Braum não teve tempo de se valer do escudo, por isso elevou as mãos em defesa. Interceptou o golpe com as mãos acima de sua cabeça. O impacto pôs Braum de joelhos. Brevemente. Um instante depois, reuniu todas as forças para se levantar.

O Troll soltou um rugido. Braum encontrou um ponto de apoio com os pés e atirou-se no monstro. Ele atingiu-o duramente, com uma sequência de socos. Depois abaixou-se sob a tentativa desajeitada de troll agarrá-lo. Mas seu sorriso se desmanchou, Bradog o acertou com força suficiente para matar um homem comum. O golpe no peito, as afiadas garras rasgando-o como adagas. Braum cedeu caindo de joelhos indefeso e o sangue escorrendo através dos ferimentos. O golpe a seguir o decapitaria. Bradog ergueu sua mão preparando as garras adiadas e desceu com uma precisão cirúrgica sobre o pescoço do humano. Mas nesse instante, foi à vez de Annie e Nunu entrarem na luta.

OST

Uma bola de fogo explodiu no rosto do troll, ele se virou rugindo bem a tempo de receber uma esfera de gelo no rosto. Annie e Nunu não davam chance do inimigo reagir. Por algum tempo Bradog foi alvejado por gelo e fogo em uma sucessão de ataques.

— AGORA! — gritou Nunu

Willamp se lançou para frente, o yeti se engarfou com o troll. Empurrando para longe de Braum. Bradog ergueu a mandíbula para destroçar Willamp no ombro. Porém, o yeti elevou seu punho cerrado, e sua mão símia de gorila, atingiu o inimigo no queixo. Bradog cambaleou e cuspiu algumas presas quebradas.

— EIH TIBBERS! — Gritou Annie

Bradog se virou para o lado, bem a tempo de ver o urso pardo de 300 quilos lançando-se sobre ele. Tibbers rugiu mostrando a arcada molar, que usou com muita eficiência. O urso atacou suas presas afundando na carne do troll, e sua mandíbula cravando-se no pescoço peludo de Bradog. O troll soltou um grito de desgraça. O sangue jorrou quando Tibbers se afastou, dando espaço para Willamp investir novamente, o yeti atacou. Depois de algum tempo, Bradog cedeu com o sangue escorrendo pelos ferimentos causados pela a dupla.

Mas a magia agiu novamente curando os piores ferimentos. A cura já não estava tão eficaz como antes, devia haver um limite. Mesmo assim, Bradog se ergueu ainda mais furioso e rugiu revelando as fileiras de dentes cariados e ensanguentados para Tibbers e Willamp. De relance, ele viu com o canto do olho Nunu correndo em sua direção. Mas para sua surpresa, Annie vinha em sua direção pelo outro lado. Os dois o estavam flanqueando.

Ambos rapidamente se olharam assentindo em um acordo secreto para o ataque. Eles gritaram. Annie abriu os braços e ergueu as mãos e uma esfera incandescente envolveu-a. O domo brilhante se expandiu, então disparou fogo das palmas das mãos em uma rajada causticante. Queimando tudo no caminho. No outro lado Nunu levantou seu braço esquerdo e a magia sibilou navegando pelo corpo em direção a sua mão. A magia irrompeu na forma de uma luz forte que se lançou na direção do troll congelando tudo instantaneamente pelo caminho.

Era uma sensação curiosa ser congelado e queimado quase que simultaneamente. Eu disse curiosa? Quero dizer dolorosa, muito dolorosa. Bolhas estourando pelo corpo nos ombros e sendo imediatamente achatadas pela pressão do calor. O troll foi jogado de joelhos. O barulho da magia foi abafado pelo grito de agonia do Troll.

As chamas envolviam Bradog em um turbilhão flamejante. Apesar do calor das chamas o solo ao redor dele congelou formando uma crosta de gelo. Os pulmões do troll se contraíram devido à alta pressão em volta do corpo, na infrutífera tentativa de mandar o sangue oxigenado para os tecidos. O mundo girou em torno de Bradog e ele rugiu quando os tímpanos se romperam.

Nunu se jogou no chão arfante no outro lado, Annie estava dobrada com as mãos apoiadas sobre o joelho recuperando o fôlego.

— Vencemos! — disse ele.

Ela assentiu com a cabeça.

OST

Os dois prenderam o fôlego quando Bradog saiu das chamas quebrando o gelo no chão. A magia dessa vez foi ainda menos eficiente. O troll apareceu com os ferimentos pelo corpo com o odor nauseante de carne queimada. Quase todo o seu pelo chamuscado, o sangue coagulado por algumas partes do corpo o e a carne exposta. Seu corpo outrora imponente, agora estava infestado de bolhas e sangue. Talvez algum órgão se rompera. Alguns dos seus músculos estavam expostos e o sangue irrompia de sua boca e de seu nariz. Ferimentos que fariam qualquer um perder a consciência.

Mas nada disso parecia incomoda-lo, Bradog fitou os dois com um ódio tão intenso que fez o corpo de Annie e Nunu paralisarem. Contudo, para a surpresa deles, o troll se deteve olhando na direção oposta, em direção à estalagem. Como se ele visse e sentisse algo que somente ele pudesse ver. Então pela primeira vez ele falou.

— Anivia — a voz saindo quase como um grunhido. Ele deixou a dupla para trás se dirigindo na direção do local. Em direção a Ezreal.

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OST

Perto do vilarejo de Lisk...

Udyr percorria as rapidamente sua trilha sobre o bosque em direção ao vilarejo. Havia chegado à parte mais densa. O emaranhado de troncos e folhas nas copas das árvores dificultava a passagem de luz. De tal forma que mesmo o relógio apontasse meio dia ali aparentava-lhe noite. Ele estava agora em terreno plano árvores e arbustos rodeavam como paredes em um grande salão escuro.

O vento chiava por entre as árvores e rochas, havia uivos e rosnados. Os uivos estavam mais constantes, eles vinham de todo o lugar, algumas vezes mais longe outros mais pertos. Nos locais onde a luz não batia era possível ver olhos brilhantes espiando na escuridão. No meio do arbusto um lobo um grande e cinzento fitava-o, ele soltou um uivo como se fosse o capitão chamando a sua tropa para o ataque. O lobo rosnou e avançou em direção as sua presa. Seus dentes tão afiados que poderiam dilacerar o braço de um homem com uma única mordida

Antes que ele pudesse soca-lo, dois lobos o atacaram. Udyr chutou um deles bem no focinho e agarrando um outro no pescoço que saltou rumo a sua garganta. Caindo para trás ele segurou o pescoço da fera, sua mandíbula abria e fechava junto rosto dele. Segurando-o firmemente torceu o pescoço e lobo caiu inerte ao chão.

O guardião soltou um grito de guerra, tomando uma posição de batalha e chutou e socou, despachando os lobos. Logo a neve aos poucos era tingida de vermelho e o ar ganhava um cheiro forte de ferro. Um lobo rosnou e atacou, Udyr que se desviou e matou a fera com um movimento rápido, que passou voando por ele. O ultimo não iria repetir o erro do seu antecessor, permaneceu parado e preparando-se para atacar com mais cuidado. Com um uivo estridente ele avançou com a boca aberta. O guardião se agarrou firme a cabeça do lobo e o arremessou ao chão. A fera esperneou e latiu. Udyr cerrou o punho no que mais pareceu um martelo de guerra e esmagou a garganta do cão.

Erguendo-se do chão pode ver o corpo estendido de vários lobos. Ele bufou e prosseguiu seu caminho, deveria ser assim quando sentiu algo, seu coração acelerou e um frio percorreu sua espinha. Ele notou um poder vindo do vilarejo algo antigo e poderoso. Eram duas presenças. Seus olhos se arregalaram quando as reconheceu.

Anivia e Lissandra...

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OST

Ezreal foi jogado alguns metros de distância girando no ar com um rastro de sangue. Sua cabeça se chocou contra o solo. Levantou-se tonto, o mundo girando a sua volta e havia pontos de luzes espalhados por sua visão. Ignorou a dor quase insuportável na cabeça.

Havia mais um troll? Já tinha problemas com um, agora dois. Olhou em volta, procurando pelo outro, mas não havia sinal dele. Então se concentrou no que estava a sua frente. Sabia que não tinha forças suficientes para contra-atacar. Os olhos do troll brilharam.

Não estava nas melhores condições, mas precisava fazer alguma coisa. Riven continuava deitada inconsciente e Lux não estava em condições de lutar. Ao ver o que poderia acontecer com as duas, caso o troll as atacasse, uma reserva de força oculta, de repente, emergiu dentro dele. Ignorou as dores e disparou um feixe de luz contra Bradog. Não foi nada mais que simples golpe, mas foi o suficiente, agora o troll definitivamente estava focado nele.

— AQUI BOLA DE PELOS! — gritou — EU ESTOU AQUI VENHA ME PEGAR!

Ele sorriu para Lux como se desse adeus e correu na direção oposta, torcendo para que o troll fizesse o mesmo. Para sua felicidade, ou não, Bradog o seguiu. Tinha conseguido salvar a vida das duas, agora havia outro pequeno e simples problema... como iria se salvar.

Ele correu o mais rápido que pode sentido o troll na sua cola. O garoto correu por um beco evitando olhar para trás. Saltou pela janela. Caiu dentro de uma casa, espalhando os objetos e sendo xingado pelos moradores, seguiu pela saída dos fundos com pedidos de desculpa, escorregou para rua principal. Logo atrás dele a parede se arrebentada. Boa noticia: o troll ainda estava vindo atrás dele. Má noticia: o troll ainda estava vindo atrás dele.

Ele conseguiu deixar o vilarejo correndo para dentro da floresta. Ezreal correu o mais rápido que pode se precipitando para dentro dos arbustos e dando encontrões em galhos finos. Não havia mais sinal do troll, o jovem explorador parou sentido como se o coração fosse saltar pela boca. Missão comprida, conseguiu levar para longe de todos e ainda se salvar, uma sorte que ele com certeza não gostaria de gastar. Mas Ezreal paralisou quando ouviu uma respiração longa e pesada. Lentamente se virou e viu Bradog fitando-o.

OST: https://www.youtube.com/watch?v=Aa3n8ZFrxWQ

Bradog levantou a cabeça, e o rosto dele fez Ezreal empalidecer. Estava com uma expressão sem vida, seus olhos refletiam algum tipo de poder antigo. Ele estava sorrindo. Ezreal deu um passo involuntário para trás. O olhar de Bradog... Aquele não era um troll. Era outra coisa.

— Esse corpo não vai durar muito tempo. Me enoja ter que possuir um corpo desses. Em todo o caso. Já era hora. Então você é o receptáculo? — disse com uma voz que não pertencia a uma criatura daquele tamanho, mas era uma voz mais sensual, mais tentadora. Era uma voz feminina. — Bem, finalmente posso vê-lo. Mas é habitual que algumas pessoas sejam sempre os últimos a saberem da verdade, não é, garoto?

— Quem é você?

— Você sabe quem sou eu? — Os lábios de Bradog se esticaram em um sorriso presunçoso. — Afinal, todos falam de mim e Anivia precisa de você para me deter. Quantas mentiras, ainda abençoado pela ignorância.

Foi então que uma revelação pegou Ezreal. Assustado. Seus olhos se arregalaram, deu um passo para trás e tentou controlar a respiração.

— L-Li-Lissandra?

Ezreal agora estava de frente com a bruxa do gelo...


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem!

OST: https://www.youtube.com/watch?v=vzbfGimTllQ

Bem, utilizarei desse espaço para falar de um leitor e amigo meu, Raul Francisco.

Em linhas gerais, um herói é uma figura arquetípica que reúne em si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado problema de dimensão épica.

Os heróis não nascem, se fazem a partir das dificuldades, partindo desse axioma que surgiu uma herói. Raul, em sua incansável luta contra a diabete, não se abate pelos problemas e sempre me mostrou um sorriso. São pessoas como Raul que demonstram que vale a pena lutar pela vida, mostra que nossos problemas são pequenos.

Parabéns cara, eu realmente te admiro e fico feliz por suas melhoras, mesmo que seja um problema que te acompanhe, eu sei que sempre se erguerá e vencerá. Saiba também que tem amigos, meus sinceros votos de felicidade. Seu amigo Filipe.

“Os fracos desistem, os guerreiros continuam, mas só os heróis vencem.” - Dalila Maitê



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