O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 21
Raptadas por alguém não tão estranho


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, desculpem a demora mas se justifica pelo tamanho do cap. Ah sim, o cap de hoje é pra rir, eu mesmo me inspirei em muitas coisas da serie DISCWORLD.

Para justificar o esforço, apenas comentem ok, obrigado e boa leitura!

OBS: Eu não coloquei Kat e Garen pelo tamanho que ficou o cap. Pegou 30 páginas, se colocasse a parte dos dois, chegaríamos a 40 e poucas, então resolvi deixar pro prox. Boa leitura!



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OST

Bradog levantou a cabeça, e o rosto dele fez Ezreal empalidecer. Estava com uma expressão sem vida, seus olhos refletiam algum tipo de poder antigo. Ele estava sorrindo. Ezreal deu um passo involuntário para trás. O olhar de Bradog... Aquele não era um troll. Era outra coisa.

— Esse corpo não vai durar muito tempo. Me enoja ter que possuir um corpo desses. Em todo o caso. Já era hora. Então você é o receptáculo? — disse com uma voz que não pertencia a uma criatura daquele tamanho, mas era uma voz mais sensual, mais tentadora. Era uma voz feminina. — Bem, finalmente posso vê-lo. Mas é habitual que algumas pessoas sejam sempre os últimos a saberem da verdade, não é, garoto?

— Quem é você?

— Você sabe quem sou eu? — Os lábios de Bradog se esticaram em um sorriso presunçoso. — Afinal, todos falam de mim e Anivia precisa de você para me deter. Quantas mentiras, ainda abençoado pela ignorância.

Ezreal tentou controlar a respiração.

— L-Li-Lissandra?

Ela sorriu. Ezreal nunca tinha estado com Lissandra pessoalmente, apenas ouviu descrições e estudou desenhos dela, mas o efeito de sua voz que produziu nele foi de tal forma poderosa, que não lhe restava qualquer dúvida que era de fato a Bruxa do Gelo.

— O que você quer? — perguntou Ezreal tentando disfarçar o claro nervosismo

Ezreal sentiu um olhar penetrante de Lissandra fixo nele.

— Calma meu jovem — Disse — Só quero vê-lo. É um rapazinho atraente. Bonito, jovem e com olhos encantadores. Mas mesmo por trás desse conjunto, posso sentir algo, um poder adormecido. É mais jovem do que eu esperava. Talvez tenha atingido a maioridade, mas mesmo assim não passa de uma criança. Quase todos me parecem crianças hoje em dia. — Os olhos dela pareciam estuda-lo com atenção — Entendo, então é por isso que ela o escolheu.

Ezreal trabalhou a respiração e tentou não mostrar qualquer nervosismo. Não sabia do que ela era capaz.

— Não vai conseguir o que quer! — Disse

Ela sorriu

— Você acha mesmo que está prestes a fazer diferença? — perguntou ela com a voz fria e sem emoção

— Diga isso a Anivia!

O troll jogou a cabeça para trás rindo.

— Abençoado pela ignorância. Tudo é mentira, criança. Tudo que você vê, tudo em que acredita. Até mesmo sua pequena missão ridícula de guardar o ovo.

Ezreal deixou escapar reação involuntária. Sua testa se franziu. Ela sabia sobre o ovo, sabia sobre sua tarefa. Ela começou a andar, circulando ele.

— Você é apenas uma peça no tabuleiro, um peão a ser sacrificado. Mesma coisa que seu tio!

Os olhos de Ezreal se esticaram, se curvou, momentaneamente.

— O que tem o meu tio, o que você fez com ele? — latiu

Pela primeira vez Lissandra pareceu surpresa.

— Anivia nem mesmo te contou?

Ezreal negou com a cabeça

— Temos muito a conversar. Porque não relaxa? Sente-se, por favor.

Ezreal não queria se sentar, por favor. O que queria era sumir. Lissandra podia ver isso em seus olhos. Achou divertido.

— Ficar tenso não irá ajuda-lo.

Ezreal tentou relaxar, jamais afastando os olhos da bruxa a sua frente. As unhas deles arranharam a causa. Lissandra por um instante pensou em jogar com ele. Abalar sua moral, tornando-o mais suscetível aos jogos mentais. Mesmo assim, não praticou esse ardil, por alguma razão, fazer isso com ele a perturbava.

— Anivia só quer salvar Freljord e precisa de mim — Disse Ezreal — isso é tudo que me contou!

— Não se pode confiar em Anivia — tornou Lissandra. — Acha mesmo que ela deixará que você tome todo o poder dela? Ela lhe contou sobre tudo, para manipulá-lo e conseguir que fizesse o que ela queria. Contou mentiras sobre mim. Mas quando chegar a hora, não vai hesitar em descartar você. Pense um pouco jovem. Anivia se aproveitaria, tornando-o forte e dando-lhe o controle, para ganhar sua confiança.

— O que quer dizer?

—Pense nos poderes, em como se manifestam. — Continuou — Anivia provavelmente já manifestou o poder dela através de você, usando-o como condutor. Fez uma lavagem cerebral com mentiras. Depois que te usar para adentrar nesta dimensão, pergunte-se uma coisa: para que ela ainda precisaria de você?

Ele mexeu a boca tentando decidir o que responder, dizendo depois de dentes cerrados:

— Eu não revelarei nada!

Lissandra deu um riso baixo. Era o riso de alguém que nada temia.

— Está percebendo mal as coisas. Meu jovem, Eu não lhe trouxe aqui para obter informações. Não há nada que me diga que eu já não saiba. Sobre sua namorada, sobre o seu tio, seus amigos e o ovo. Tenho métodos para reunir informação. Você não tem segredos para mim, Ezreal.

— Não entendo — disse Ezreal, fingindo-se calmo. — Então vai usar seu poder contra mim? Não seria mais vantajoso me matar?

— Estou curiosa em saber até que ponto pretende ir Anivia. Mas, se engana se sou uma assassina, sempre desejo o melhor para Freljord. Quero que tome essa decisão de livre vontade, garoto, você que decide o seu futuro. Não sou como Anivia que trago mentiras ou meias verdades. Você não faz parte disso, não pertence a essa guerra, não pertence a essa terra, então porque lutar? Só os maus de verdade fazem os inocentes sofrerem em uma batalha ao qual não fazem parte. Lembre-se disso.

Qualquer reação de Ezreal foi interrompida por um longo rugido que explodiu atrás de Bradog. A folhagem se mexeu por um instante e ele pode ver, dois olhos ferozes passarem rapidamente pela mata. Ouve-se o som de uma criatura grande e pesada movendo-se. Outro rugido explodiu. Um rugido tão intenso e selvagem, que quase fez o coração dele sair pela boca.

Bradog virou-se para ver um grande urso branco, com uma armadura ao longo do dorso, se projetando em sua direção com um grande salto. A fera caiu pesadamente sobre o troll e ergueu-se nas patas traseiras, estendendo as terríveis garras dianteiras. O urso mostrou os dentes e sua mandíbula aberta desceu sobre o pescoço do troll.

Depois que o sangue escorreu, com o som de mordidas, sujando todo o solo e o troll deu seus últimos espasmos, o urso virou-se com o focinho sujo de sangue para Ezreal.

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OST

Ezreal gelou, pelo que podia ver, o urso estava olhando diretamente para ele. O garoto tentou se mexer, mas não conseguia, apenas podia ouvir impotentemente o seu o coração disparado, alguma coisa na presença do urso dava uma sensação força perigosa e brutal. O urso foi andando de quatro até ele. Ali ficou de pé, com seus quase três metros de altura, como se quisesse mostrar seu poder.

— Diga seu nome, filhote de homem – Falou o urso. Sua voz era tão grossa que parecia o ressoar de uma tempestade.

A boca de Ezreal mexeu-se para cima e para baixo, mas nada conseguiu dizer. O urso grunhiu.

— O que há de errado, filhote? Por acaso não sabe falar?

O urso encurtou a distância fixando o olhar selvagem em Ezreal. Sua voz era tão grossa e sem entonação que era difícil detectar nela alguma expressão, fosse de duvida ou de raiva. O garoto engoliu seco e pode sentir o mau cheiro dele.

— Não assuste o pobrezinho — Disse uma voz feminina, não era tão poderosa, mas ainda sim podia sentir firmeza nela. — Ele está assustado.

OST

Ezreal virou-se. Uma figura grande e pálida apareceu, era outro urso. O primeiro urso pôs-se de quatro novamente com a armadura titilando no dorso. Depois andou até a fêmea, e os dois trocaram carícias e encostaram levemente os focinhos com um ronronado.

— Eu sou Lyra, Dentes Brancos. Este é meu parceiro Volibear, o Guardião do Trovão. Desculpe por isso, ele adora assustar as pessoas.

Ezreal fez que sim com a cabeça

— O que esse troll queria? — Perguntou Volibear

— Eu não sei — começou Ezreal recompondo-se. Achou por bem que não deveria contar sobre o ovo e Anivia. — Estava com uns amigos no vilarejo e fomos atacados. Chamei a atenção dele e corri até aqui para salvar os outros. Droga! — Xingou Ezreal — Havia outro troll!

Os dois ursos se olharam

— Nós vimos outro troll fugindo perto daqui, iriamos atrás dele, mas vimos você correndo de um outro e resolvemos ajudar. — Disse Volibear

— Resolvemos? Você queria ir atrás do outro e deixar esse pobre filhote sozinho! — Lyra se aproximou de Ezreal e passou a enorme língua sobre o cabelo dele — Pobrezinho, olha como está assustado!

— Mas...

— Mas nada! — Repreendeu ela — Nem ouse levantar a voz contra mim. Ainda estou com raiva de você querendo deixar aquela nossa caverna!

— Aquela caverna já está velha. — Explicou Volibear

— Velha? Foi um presente da mamãe! — Esbravejou ela — Sabe como seria difícil pros filhotes se mudarem, eles amam aquela formação rochosa do interior, e fim de papo!

— Sim querida.

— Francamente, passa o dia todo cuidando da tribo, mas quando entro no cio vem cheio de amor pro meu lado.

— Sim querida.

Ela se voltou para Ezreal

— Onde estava? Ah sim! Meu pobrezinho — Ela passou sua enorme pata sobre a cabeça dele ajeitando o cabelo — Está ferido? O Troll malvado fez alguma coisa com você meu bem?

Ezreal negou

— Eu não entendo — Disse Volibear — eles sempre evitavam estas regiões mais populosas onde era massiva a presença de pessoas armadas. Mas agora, eles estão por toda a parte ao longo das montanhas, das florestas e dos prados. Alguém está organizando eles.

— Bem obrigado pela ajuda. — Disse Ezreal recuando — Mas preciso voltar, deixei meus amigos pra trás. Eles devem estar preocupados. Principalmente as duas garotas.

— Duas garotas? — Perguntou Lyra — não vimos um homem levando duas garotas com ele?

— Sim, estavam desacordadas. Ele estava indo mais pro norte em direção à vila de Serylda.

Ezreal arregalou os olhos

— Lux e Riven foram sequestradas?

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OST

As terras de Gwyn, que significa "Região branca" são compostas por vastas planícies e baixas colinas cobertas de neve até a mais extrema parte da fronteira. O lugar mais frio de Freljord. Após as Montanhas Cinza - Lludw Mynydd - que formaram a fronteira entre o reino de Ashe e Sejuani. Lar de homens altos e fortes. Orgulhosos e honrados, poderosos guerreiros que viram na força a sua chance de sobrevivência.

Três pessoas andaram conduzindo-se pela estrada abaixo. Avançaram mantendo o ritmo. A princípio só distinguiu-se no vale um vasto mar de névoa. À medida que se aproximavam e o sol subia, a névoa ia se dissipando. Diante deles estendeu-se uma vasta planície branca, no meio de toda sua extensão, aninhava uma cidade murada. A cidade de Serylda.

A estrada conduzia a um par de imensos portões que serviam como entrada principal. Ao redor da cidade, erguia-se um alto muro feita de madeira, mas o material não apresentava falhas e parecia ser tão solida e firme quanto às feitas de pedra. A cidade era uma acrópole, feita tanto para o valor simbólico — elevar e enobrecer — como estratégico, pois dali podia ser melhor defendida.

O lugar erguia-se em uma colina, que ostentava em sua extensão edificações bem distribuídas em fileiras, alguns eram chalés, feitos de pedra com telhados de madeira, outras eram construções maiores feitas totalmente de madeira. O lugar elevava-se em caminhos que circuncidavam em anéis e em cada anel, um portão que protegia o nível superior. As construções eram ascendentes, sempre a casa posterior mais alta que a anterior, de tal forma que se a vila fosse invadida, os arqueiros poderiam alvejar os invasores de níveis mais elevados.

Guardas apareceram no alto da muralha da vila. Ouviu-se um tom grave constante de um berrante que aos poucos se tornou mais alto. Ele vinha de cima da muralha. O som era forte e solene que chegava a dar um pouco de medo. O forte som ordenando que se abrissem os portões. Os grossos portões abriram-se lentamente.

OST

Assim as três figuras adentraram na vila e prosseguiram adiante pelas ruas em meio ao fuzuê do comércio e do vaivém das pessoas. Estavam num mercado abarrotado de pessoas e animais.

Udyr lançou um olhar enfurecido para as duas garotas que estavam amarradas sobre o seu ombro. Durante todo o caminho desde quando acordaram não paravam de falar, espernear e discutir.

— Será que vocês não fazem silêncio? — Disse ele — Vocês deviriam estar agradecidas, encontrei ambas desmaiadas no vilarejo de Lisk.

— Raptar não é o melhor meio de demostrar isso! — Esbravejou Riven

— Eu preciso fazer algumas perguntas. Por hora façam silêncio!

— Como faríamos silêncio se tem um maníaco barbudo levando a gente para não sei onde para fazer coisas pervertidas! — Acusou Lux

A garota ao lado assentiu vigorosamente

— Isso mesmo! — Concordou Riven — Não serei sua concubina. Isso é terrível e insano! Primeiro eles colocam você em um tronco depois amarram e dão chicotadas e então...

— Isso não é concubina é pau-de-arara! — Corrigiu Lux olhando para ela por sobre a cabeça de Udyr — Isso é pau-de-arara! Você não sabe o quê é uma concubina?

— Não

Lux explicou e Riven corou desviando olhar para o chão.

— Que seja... eu conheço meus direitos! — Esbravejou Riven recompondo-se — Espero que não pretendam nos escravizar — Disse Riven

Udyr pareceu consternado

— Claro que não! Que ideia! A vida de vocês será rica, plena e confortável...

— Ah, ótimo — considerou Lux

— ...só que curta

As duas definitivamente se calaram. Udyr não faria nada contra elas, mas certamente isso faria com que se calassem. Nesse instante as duas olharam e viram três homens, vestidos com armaduras surgindo à frente. Quando olharam ao redor, outros dois apareceram. Todos os cinco traziam longas espadas.

— Sempre me disseram que morrer não é nada além de dormir — disse Riven sem tirar o olho dos guardas.

— Mas, no meu modo de ver, — respondeu Lux — fica bem mais difícil acordar de manhã.

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OST

Sempre foi comum em filmes, livros ou em qualquer outro meio midiático heróis salvando a princesa de dragões, troll ou qualquer outra criatura que viva solitariamente em algum lugar distante e de difícil acesso. O que gera uma pergunta interessante, porque uma criatura dessas se daria o trabalho de sair de seu covil e percorrer todo o caminho pra raptar uma princesa.

De qualquer forma, os heróis que se colocam nessa aventura, possuem a incrível capacidade de invadir esses locais alucinadamente — que nunca estiveram — salvar todos, vencer o dragão, a bruxa ou rei-demônio e escapar para ver no horizonte o lugar — que geralmente é um castelo ou palácio com uma arquitetura um tanto diferente — ruindo, explodindo ou afundando no pântano.

Claro leitor, isso não é algo que se aplica a Ezreal. Ele tinha vindo alucinadamente até o vilarejo, conseguido de alguma forma entrar — ele pulou em uma carroça de repolhos que passava pela estrada — Agora ele estava arfante sentado em banco de feira. Ele tinha percorrido quase todo o vilarejo, passado três vezes pela praça principal, duas por uma ferraria, duas pelo centro e esta era terceira vez que estava no mercado.

Mas isso não o desanimaria, ele se colocou de pé novamente, inflou o peito, olhou firme e prosseguiu. Cinco minutos depois, ele estava novamente perdido no mercado, andou mais um pouco e chegou em uma viela.

Ele suspirou e deu meia-volta.

Três homens haviam surgido atrás dele. Tinham a aparência carregada e inabalável desses bandidos cujo aparecimento em qualquer narrativa indica que é hora de o herói ser um pouco ameaçado.

Estavam olhando Ezreal com malícia. Eram bons nisso. Um deles havia sacado uma faca. Avançou lentamente em direção a Ezreal, enquanto os outros dois se mantinham atrás para dar apoio imoral.

— Passe o dinheiro — gritou ele.

— Espere um pouco — disse Ezreal — O que acontece depois?

— O quê?

— Dinheiro ou a vida! — explicou Ezreal — É isso que os assaltantes devem dizer. O dinheiro ou a vida.

— Bem eu... talvez tenha razão — reconheceu o ladrão. — Por outro lado, pode ser o dinheiro mais a vida.

Os dois outros ladrões estavam rindo

— Nesse caso... — começou Ezreal — Eu vou jogar todo o meu dinheiro fora

— O quê?

— Bem — disse Ezreal — Eu penso o seguinte: se vocês vão me matar mesmo, é melhor eu me livrar do dinheiro.

Os bandidos estremeceram. O líder olhou Ezreal. Olhou a faca. Olhou os colegas.

— Com licença — pediu, e os três se reuniram.

Ezreal calculou a distância. Não conseguiria escapar. De qualquer maneira, parecia que seguir gente era outra coisa em que os três ali seriam bons. O líder se voltou para Ezreal. Dirigiu um último olhar para os colegas. Ambos fizeram que sim com a cabeça.

— Acho que vamos matá-lo e arriscar perder o dinheiro — anunciou. — Não queremos que esse tipo de coisa se espalhe.

Os outros dois sacaram as facas.

— Isso é absurdo! — exclamou Ezreal.

— Por quê?

— Bem, para começo de conversa, eu não vou gostar.

— Você não tem de gostar, você tem de... morrer — retrucou o líder, avançando.

O líder jogou a faca na direção de Ezreal que por puro reflexo se abaixou e lâmina atingiu a parede logo a cima dele. Ele levantou sua mão esquerda e um feixe de saltou e atingiu o homem no peito atirando-o para trás. Saltou para frente, com a intenção de atacar antes que os colegas conseguissem desembainhar as espadas e organizar-se. Atingiu o segundo que caiu no chão, depois se jogou para o lado e com um tiro certeiro atingiu o peitoral do outro soldado.

Ezreal limpou a poeira e prosseguiu caminho, assim deveria ser, quando percebeu algo estranho. Ouviu o som de alguma coisa pesada vindo em sua direção. Olhou ao redor e nada. Nesse exato momento, a parede ao seu lado explodiu e um enorme javali saiu dela.

O animal abriu sua enorme boca e mordeu sua jaqueta o puxando na corrida, arrastando-o pela rua. O explorador se segurou desesperadamente no javali, que corria vilarejo adentro com toda a velocidade.

Ezreal olhou de relance e viu que o animal tinha uma coleira com escrito.

“Bristle. Dona: Sejuani”

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OST

Nesse momento, Lux sentiu uma ponta de espada nas costas, e ela e Riven partiram, pelo caminho sendo conduzidas pelos guardas até um pavilhão. A estrutura à frente era uma feita de madeira e sustentada por quatro colunas. No interior, havia um homem de meia-idade com uma armadura. Ele parecia escrever.

— Sentem-se. — Disse ainda escrevendo. — Eu sou Helmgrim do clã Escama de Dragão.

As duas se olharam

— Porque ainda estão paradas? — Perguntou

— Não podemos. — Respondeu Lux

— São as cordas — respondeu Riven.

— Tenho alergia a espadas — acrescentou Lux.

— Entendo — Ele fez um gesto e dois homens adiantaram-se e cortaram os laços.

As duas se sentaram. Lux sabia que qualquer gesto agressivo de sua parte faria com que o mundo caísse sobre ambas. Ela tentou irradiar tranquilidade e simpatia. Tentou pensar em algo a dizer.

— Bem — aventurou, olhando as espadas e machados na parede. — o senhor tem uma excelente decoração. E... — ela procurou algo —...uma maravilha de coleção de armas.

O homem olhou para elas e as duas deram um sorriso demente

— Por que vocês estão aqui?

— Fomos trazidos para cá — respondeu Lux

— Homens com espadas! — acrescentou Riven

Helmgrim encarou-as durante alguns segundos.

— Muito bem, vamos ao que interessa, sem rodeios.

— O que quer dizer?

— Ora, o motivo que as trouxeram aqui, para serem devidamente condenadas!

Ele encarou os guardas e apontou para ambas.

— Joguem-nas no tanque de ácido — ordenou.

O guarda deu um passo adiante e bateu continência.

— Acabou o ácido senhor. Ele ruiu todo o tanque, senhor — lamentou.

— Ah — Ele pareceu momentaneamente desconcertado. — Nesse caso, tranquem-no na jaula do leão.

O guarda hesitou, tentando ignorar a súbita crise de choro.

— O leão está doente, senhor.

— Então joguem elas na fornalha!

Dois guardas entreolharam-se por cima da cabeça das duas

— Ah. Vamos precisar de tempo, senhor... para acendê-lo novamente.

— Tem a cova das serpentes, senhor — sugeriu.

Os outros guardas assentiram. Sempre havia a cova das serpentes. Todos voltaram-se para elas

— O que acham de cobras? — perguntou um dos guardas.

— Cobras? Não gosto muito e você Lux? — Perguntou Riven

— Acho nojentas — Respondeu à amiga

— Para a cova das serpentes — decidiu o Helmgrim.

— Para a cova das serpentes — concordaram os guardas.

— Quer dizer, algumas cobras são legais... — arriscou Riven

— Eu amo cobras. Elas são fofas! — Ariscou Lux enquanto dois guardas lhe agarravam os cotovelos. — Eu adoro cobras! — Gritou Lux sendo arrastada pelo corredor

Na verdade, não havia nada de serpentes ou tanque de ácido ou mesmo fornalha. Udyr tinha pedido a Helmgrim que causasse um susto em ambas. Ah, menos o leão, o leão existia, mas desde filhote havia decidido não comer carne vermelha.

As duas foram conduzidas por um corredor até uma sala por alguns homens.

— Sargento? — Disse um deles se virando para o homem ao seu lado.

— Senhor? — Respondeu o outro

— Vigie as duas.

— Sim, senhor. — Este se virou para o outro — Cabo?

— Sargento?

— Cuide delas.

— Sim, sargento. Soldado?

— Sim, cabo — respondeu o soldado, já imaginando onde isso levaria.

— Olhe as duas.

O soldado olhou ao redor. Sobravam apenas Riven e Lux.

Passado algum tempo.

— Com licença — disse Riven ao guarda. — Onde exatamente estamos?

— No vilarejo de Serylda. Lar do clã garra do inverno liderado por Sejuani.

O guarda se virou para ambas

— Tentem escapar — disse ele — Vamos lá, tentem. Tentem e verão o que acontece.

— Imagino que os seus colegas estejam lá fora treinando, não é? — continuou — Dá pra ouvir pelo som. — Falou Riven

— Sim — admitiu o guarda.

O guarda começava a se dar conta de que estava ouvindo o som de espadas e pessoas correndo, o típico som de treinamento.

— Pelo som, parece que eles tão dando tudo de si pra ficar enforma — disse Riven — Já estou vendo até na guerra. Estes homens e mulheres se destacando praticando atos heroicos de valor, sendo notados por oficiais superiores, esse tipo de coisa. E você aqui sem fazer nada com a gente.

— Eu tenho que me manter firme no meu posto!

— Exatamente a atitude correta — aprovou Riven. Ela ergueu o dedo indicador – Não importa que todo mundo esteja treinando lá fora e por causa disso vão pra alguma possível guerra. Mas você fica parado aqui vigiando a gente. Esse é o espírito. Provavelmente erguerão uma estátua para você. Ele cumpriu o seu dever, vão escrever nela.

O soldado pareceu pensar naquilo e pareceu olhar com tentação para o vão da porta.

— Olha — começou, desesperado — se eu sair só um pouquinho...

— Não se preocupe com a gente — disse Riven — Não vamos contar a ninguém.

— Vocês não vão tentar fugir, né?

Riven pareceu chocada

— Fugir, nossa que rude, nunca tentaria isso!

— Certo — disse o soldado. — Obrigado.

Deu um sorriso preocupado para ela e saiu correndo na direção do barulho.

— Venha. Vamos fugir. — Ela andou abrindo a porta e percebendo que não estava sendo seguida — Lux? —chamou.

— Hã? — Respondeu a amiga no fundo do local

— O que você tá fazendo ai? — Riven se aproximou, mas ainda mantendo o olho na porta.

— É uma criaturinha muito fofa que achei no fundo dessa cela. — explicou Lux

— Criatura?

Lux se adiantou para luz trazendo no braço o que parecia ser um pequeno mascote. Era uma criatura bípede pequena com uma densa pelugem marrom dourada. Duas presas afiadas se projetando para fora da boca. Lux segurava-o nos braços e sua pequena pernas balançando como um pêndulo. Uma grande cauda peluda — que parecia ter vida própria — balançando freneticamente causando cocegas na maga.

Ele mexeu suas duas grandes orelhas tentando captar algum som distante e fustigou o ar com focinho achatado. Depois parou encarando Riven com seus dois olhos grandes e brilhantes, com uma grande curiosidade. Foi então que Riven percebeu que ele tinha em sua cabeça, um pequeno crânio de pássaro, como um capacete, vestia uma tanguinha feito de coro e brandia um osso que provavelmente era usado como arma. Ele produziu um som engraçado o que elas perceberam como uma risada.

O animalzinho desvencilhou-se dos braços de Lux e saltou executando uma cambalhota aterrissando firmemente no chão e gritou erguendo os dois braços.

— Tan-daaaaan!

— Mais o que é isso? — Perguntou Riven

— Eu não sei, eu o encontrei aqui e não resisti tive que abraça-lo!

— Essa coisa tem nome?

— SHU SHU PANA! — Respondeu

— Ele fala?

— Deve ser algum dialeto antigo.

— Viguishu! — Informou ele

Lux se abaixou encarando os pretos e profundos olhos do animalzinho.

— Lu-x — Disse batendo no próprio peito, depois apontou para a amiga — Ri-ven. — Repetiu o movimento até que ficasse bastante claro.

— Shacuvana Ova-galavá — Ele riu e apontou pra Lux — LUG! — Depois apontou para Riven — BRIBEN! Lug Briben, Lug Brigen, Lug Briben!

— Lug Briben? — estranhou Riven

— Somos nós, Lux Riven — Explicou à maga — bem, já é o começo. O difícil vai saber o nome dele.

Ele deu uma cambalhota e ergueu o osso para as duas. Ambas se abaixaram e viram um nome cravado.

— Esse é o seu nome? — Perguntou Lux

— Onarega Okalegu-maca. Fureca caneluvu! — Informou

— Gnar — Leram as duas em voz alta

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Certas pessoas sofriam da terrível ilusão de que alguma coisa sempre poderia ser feita. Pareciam dispostos a transformar o mundo, ou morrer tentando. E o problema de morrer tentando era que se morriam tentando.

Ezreal agora estava tentando. Ele sentia-se ridículo. Por quê? Bem é simples.

Imaginem que estão em uma fila, por exemplo, alguém nos empurra, e então nos viramos rapidamente e dirigimos algumas palavras pouco amigáveis para o agressor para — aos poucos nos damos conta — que o agressor tinha a constituição digna de ser um tanque humano e nossa voz sumir aos poucos.

Ou, então, lideramos os colegas rebeldes até a cabine do capitão e batemos na porta. Ele mete para fora a cabeça enorme, com uma faca em cada mão, e dizemos: “Vamos assumir o comando do navio, seu bosta, e os rapazes estão comigo!”. Ele pergunta: “Que rapazes?”. De repente, sentimos um grande vazio atrás de nós, e dizemos “Hum...”

Em outras palavras, é ruim como nos deixamos ser levados pela empolgação e nos metemos numa grande enrascada. Agora Ezreal estava percebendo isso, tarde demais, pois ela já estrava entre as ruas do vilarejo se perguntando onde poderia encontrar Riven e Lux ou como poderia escapar dessa com vida. Esse fato havia ganhado força por estar na garupa de um javali desgovernado.

— Isso sempre acontece comigo — reclamou ele enquanto se equilibrava para não cair

Ezreal se segurava com toda força no javali. Agora ele tentava vê o lado bom das coisas, o que no final das contas não conseguiu ver nem um. Bristle atravessou a porta de uma casa destruindo tudo pelo caminho, depois atravessou a outra porta dos fundos. Como não havia escolha, se colocou apenas a gritar “JAVALI DESGOVERNADO!”, “SAIAM DA FRENTE!”, “ABRAM CAMINHO!”, “ALGUÉM PARE ESSA COISA!” e “EU QUERO MINHA MÃE!”.

Perto dali, duas figuras pequenas se deslocavam por entre a multidão que olhava catatônica o javali atravessar a rua com um garoto na garupa.

— Aquele ali não era Ezreal? — Perguntou Annie

— É ele mesmo — Confirmou Nunu — Porque ele sempre fica com a diversão? — Lamentou-se — Vamos sair daqui, temos que salvar as garotas foi pra isso que nós dois viemos. Por aqui!

— Por aí não — disse Annie — vamos atrás dele. O príncipe encantado está precisando da nossa ajuda!

— Não temos que salvar primeiro Lux e Riven. Ele sabe se virar. Se nada o matou até agora não é um javali doido que vai acabar com ele.

— Não, devemos ir por...

Ambos pararam. Ambos se viraram. Ambos concordaram um com o outro. Ambos saíram, cada um em uma direção diferente.

Annie tinha duas personalidades, uma que de uma garota meiga e apaixonante que seria fácil ver em seu quarto, paredes pintadas de rosa, desenhos de pôneis saltitantes e centenas de margaridas com rostinhos felizes. A segunda, era personalidade, que de modo geral, podia ser relacionada à mesma docilidade de gatos enfiados num saco. Mas nem uma dessas duas personalidades conseguiu se manifestar pelo que aconteceu.

Nunu e Annie pararam de repente quando ouviram algo. Era o som de um pocotó, bem mais alto do que deveria ser. Aliás, pocotó era uma palavra absurdamente incorreta para o tipo de barulho que ressoava. Pocotó sugere um pequeno pônei alegre, muito possivelmente usando chapéu de palha com furos para as orelhas. Este som aqui deixava claro que chapéus de palha estavam fora de questão.

Os dois se viraram bem a tempo de ver duas coisas, o enorme javali desgovernado sorrindo indo em suas direções e na sua garupa — segurando de maneira precária — Ezreal gritando.

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OST

Lux e Riven correram e só pararam quando havia deixado vários muros para trás. Lux corria esperando que alguma coisa lhe atingisse a nuca, a qualquer momento. Talvez o mundo. As duas caíram no chão e ficaram ali, arfantes. Enquanto Gnar olhava curioso para um poro que respondia igualmente com outro olhar curioso.

— Shu shu pana? — Perguntou Gnar para o poro

— Ghi! — Respondeu o poro

Gnar pareceu surpreendido

— Lushiva? — ele olhou para Riven, depois para Lux, depois para o poro — Lug Briben?

O poro assentiu. Gnar sorriu.

— Okanu galamu!

Riven foi a primeira a se levantar.

— Será se estamos seguros atrás desse muro? — perguntou ela

Lux animou-se um pouco.

— Estamos? — ela indagou.

— Eu estava perguntando — disse Riven

— Ah. Não. Acho que não.

— Devemos correr mais?

— Vale à pena tentar.

— Precisamos de um plano

Lux se sentou

— Podemos tentar correr de novo — propôs ela

— Isso não resolve nada! — rebateu Riven

— Resolve muita coisa!

— Que distância temos de percorrer para estarmos seguros?

Lux passeou os olhos pelo muro.

— Uma pergunta interessante — disse. — Já andei muito e nunca estive segura. Por exemplo, teve uma vez que eu e Ezreal estávamos em um lago sobre um barco então um dragão...

— Tá entendi! — Riven pareceu notar o pequeno poro — Ei — Disse — esse não é aquele poro daquela garota? Flocos.

Lux se virou

— Pode ser qualquer poro.

— Poros normais não tem um lacinho rosa na cabeça. — Explicou

Lux tomou Gnar nos braços e Riven pegou o poro. As duas andaram mais um pouco e perceberam que estavam na entrada do vilarejo. Uma alameda larga cercada por casas e no meio dela uma grande estátua de uma guerreira. Ela tinha os olhos solenes e austeros que fitavam o horizonte. Segurava em sua mão esquerda um grande escudo e na direita sua arma: uma curta corrente conectada a um cabo com um peso na ponta. Estava montada em um javali de guerra que parecia rugir em desafio para aqueles que entrassem no local. Na base dela estava escrita o seu nome: “Serylda”.

Gnar saltou da mão de Lux e olhou atentamente para a estátua depois ergueu uma das mãos.

— Berylba! — Disse com um tom amargurado. Ele tinha um olhar distante e melancólico. Depois se virou para Lux com lágrimas repentinas em seus olhos.

Lux abaixou-se acariciou lhe a cabeça.

—Você conhecia ela? — Perguntou

Gnar fechou os olhos por um momento e assentiu.

— Não se preocupe — ela disse — Vamos achar sua casa.

Gnar enxugou as lágrimas e abraçou Lux. Toda a cena seria linda e maravilhosa e deixaria os corações mais duros amolecidos. Riven também fez sua parte, abraçou Gnar e o poro tinha se juntado ao abraço coletivo, lambendo o rosto do amigo igualmente peludo. Seria, se a cena não fosse interrompida.

— Vocês duas! — Gritou um dos cinco guardas agitando a espada. — Paradas!

— Ghanu! — protestou Gnar depois apontou para o Poro. Flocos agitou ameaçadoramente seu lacinho rosa sobre a cabeça — Oshabu!

O homem pareceu momentaneamente desconcertado

— Hrrmm... desculpe. — Disse — Ele dirigiu o olhar para Gnar e depois para o poro — Vocês quatro parados! — Reformulou

— Omaleka! — Contentou-se Gnar

— Por que — disse Riven — ninguém nunca fica contente em nos ver?

Atrás dela estava o homem que não tinha ficado contente em vê-las. Seu desprazer era em parte comunicado pelo tom de sua voz e em parte pelo modo como agitava a espada. O homem deixava bem claro que claro a espada tem um lado certo e um lado errado. Qualquer um que esteja do lado errado dela iria se dar mal.

Ambas olharam infelizes para a arma. Gnar e Flocos achavam tudo aquilo muito divertido. O homem deu uma volta ao redor deles. Quando ele se aproximou puderam ver que a armadura dele brilhava com tal intensidade que teriam feito um motorista que se aproximasse piscar o farol alto, irritado.


— Prepare-se para lutar. — Advertiu Riven

— Eu estou sem meu báculo! — Irritou-se Lux

— Sabe lutar com espadas? — Perguntou a amiga.

Lux deu de ombros.

— Já li livros sobre isso e meu irmão me deu umas dicas.

Sem despregar os olhos dos guardas, Riven entregou a Lux uma espada que trouxe consigo e um folhetim.

— Leia. Tem ilustrações.

Lux analisou o papel.

— Ah! Então, esse folhetim ensina a ser herói?

— Ah, ensina. É muito bom. — Garantiu Riven — É legal, não é? Custou caro. Bem, é só seguir as ilustrações ai e fazer a mesma coisa com a espada.

Depois de cinco minutos, que por educação os guardas esperaram.

— Bem, pronto? — perguntou Riven

Lux Assentiu

— Vamos lá! — Falou com determinação e levantou a espada com um certo esforço — Se preparem!

— É melhor vocês tomarem cuidado — avisou Riven — Ou... Esperem aí. — Pediu

Ela puxou uma de suas notinhas sobre justiça e frases de efeito moral. Procurou até achar o que queria. Depois continuou lendo:

— “Eu trago retidão. Minha espada erradicará todo o mal deste mundo. Este dia ficará conhecido pelo dia em que vocês conheceram o verdadeiro significado da justiça!” Pronto.

Lux tomou a espada com determinação e agitou no ar. Passou de uma mão para outra e envolta do corpo em complexos movimentos. Riven deu um longo assobio impressionada, até os guardas se mostraram empolgados e deram uma salva de palmas.

— Eu treinei isso por um longo tempo. — Disse Lux

— Incrível — Elogiou Riven

— Obrigada — Agradeceu ela calculando a distância até a saída.

— Mas me diga, essa ultima parte em que ela vai para no outro lado da rua. Fazia parte?

Lux olhou para a esquina.

— Engraçado — observou. — Isso sempre acontece. O que será que estou fazendo de errado?

— Não faço ideia.

Os guardas pareciam se dar conta de que o espetáculo havia terminado e se aproximavam para atacar. Riven deu passo à frente.

— Deixe que eu faço isso.

Não demorou muito e logo foi cercada. Os Homens davam socos nas próprias mãos. Os adversários começaram rindo da audácia da jovem em atacá-los, para, logo depois, passarem rapidamente por vários estágios de perplexidade, dúvida, preocupação e terror enquanto a lâmina dela ia derrotando eles um a um.

Mais homens tinham se juntado a luta, com destreza Riven foi derrotando-os. Logo o lugar tornou-se um alvoroço de poeira e homens em briga ao qual o epicentro era Riven brandindo a espada de um lado para o outro derrotando seus adversários.

As pessoas estavam em pé em um semicírculo, pareciam se divertir bastante e gritavam todos em coro. “BRIGA! BRIGA! BRIGA!”. Uma mão pousou sobre o ombro de um dos espectadores que foi puxado para dar passagem. A pessoa se virou para reclamar, mas sua voz sumiu quando percebeu por quem foi puxado.

Riven derrubou um homem com um chute certeiro entre as pernas e se virou para encarar outro, mas nessa hora todos pararam abruptamente e se viraram para a voz que gritava.

— Mais o que diabos está acontecendo aqui?

A pessoa ali era Olaf e ele não estava nem um pouco contente.

Todos engoliram seco. Lux sentiu um arrepio correr as costas, ela se virou lentamente para ver uma mulher encarando-a com feições de poucos amigos.

— Quem são vocês? — perguntou Sejuani

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OST

A enorme porta se ergueu sobre Ezreal, Nunu e Annie como o maior mata-moscas do mundo, ela estava cada vez mais perto. Mas o javali não diminuía a velocidade. Eles deram um grito quando o animal mergulhou para dentro pela brecha que havia. Houve um rápido vislumbre de pessoas, borrado pela velocidade. Então eles se viu num espaço aberto.

Bristle enfiou os poderosos cascos no chão e freou sua corrida. Devido à inercia, Ezreal foi arremessado para frente.

— Ezreal? — surpreendeu-se Lux quando ele pousou de cara na sua frente.

O garoto levantou-se alucinadamente

— Meu nome é Ezreal. — proclamou — Não importa quem for eu enfrentarei! Eu vim salvar as garotas, então agora...

Foi então que ele percebeu Sejuani e Olaf encarando-o. A voz se perdera

— ... para o bem de todos é melhor... que... — disse, mas era óbvio que o ânimo se fora. — Não precisa ser agora, eu posso esperar se quiser. Aliais, eu acho que foi um engano. Vilarejo errada. — sorriu

Ele estava tão tenso que poderia ser usado como arco de corda. Sejuani estava lançando a Ezreal o tipo de olhar que o açougueiro dirige a um campo cheio de ovelhas. Bem, haveria esperança, Ezreal acreditava que sempre tinha que haver. Ele estava errado: havia luz no fim do túnel, mas não era a esperança, era um lança-chamas.

— O que você quer? — Perguntou Sejuani

— É meu namorado — adiantou-se Lux puxando Ezreal pelo braço — e nós já estamos de saída. Com licença.

Riven puxou Gnar e Flocos e os acompanhou.

— Foi um prazer — Disse ela — mas sabe como é, a vida é uma correria só!

OST

(se acabar coloquem novamente para tocar até aparecer outra OST)

Nunu e Annie escalaram as costas de Bristle e Nunu ergueu a mão como se brandisse uma espada.

— Vocês não vão escapar impunemente! — Gritou ele para Olaf e Sejuani

Riven, Ezreal e Lux empalideceram.

— Você deve responder por seus atos! — continuou — sequestrou minhas garotas e deve pagar por isso!

— Suas garotas? — Indagou Riven

Nunu se virou para ambas

— Não se preocupe meninas, o seu homem defenderá suas honras, por isso, não se incomodem. Eles vão pagar por isso!

— Pagar? — perguntou Lux preocupada — Você não está incomodada?

Riven abanou a cabeça com vigor

— Nem um pouco!

— Eu também não, agora vamos embor...

— Fala de honra, fala de honra — sussurrou Annie para Nunu

— Então, pela honra e dignidade delas, eu desafio o seu melhor guerreiro para um combate! — Proclamou Nunu

Sejuani pensou por um instante

— Que seja! — Ela virou-se para Olaf — Cuide disso, eu tenho mais o que fazer.

Olaf deu alguns passos a frente.

— Então, como vai lutar?

Nunu abanou a cabeça.

— Melhor se cuidar guerreiro. Eu não quero ouvir seu choro pela mamãezinha — provocou

Os músculos de Olaf enrijeceram e ele estreitou os olhos o que causou um efeito terrível em Riven, Lux e Ezreal. Annie levantou-se e cochichou algo para Nunu e este deu um risinho.

— Você é a prova viva de que o homem pode viver sem um cérebro! — Continuou Nunu — Sua mãe é tão feia, mas tão feia que quando tentou entrar em um concurso de feiura, eles disseram: Desculpe, não aceitamos profissionais.

Annie riu baixinho. Ezreal olhou de esguelha para Olaf e jurou ter visto o bárbaro ficando mais vermelho e se tivesse olhado mais uma vez teria visto fumaça saindo de suas orelhas.

— O que foi? O gato comeu sua língua? Ou já tá querendo a mamãe... seu... seu... — Ele se virou para Annie que estava do seu lado — Só um momento — pediu

Annie cochichou algo no ouvido dele. Nunu se recompôs e pigarreou. Annie riu.

— Sua barba é de araque.

Essa foi à gota d’água, nunca fale mal da barba de um homem. Principalmente se esse homem for um Freljordiano e principalmente se for Olaf. Ele fuzilou Nunu com os olhos e uma pequena veia saltou no lado do seu rosto.

— Melhor garoto — latiu — que esteja preparado, porque não vou pegar leve!

— Não serei eu que lutará. Eu escolherei meu melhor guerreiro! — disse e logo depois apontou. Lux e Riven seguiram a direção da mão com os olhos e ela apontava para Ezreal.

O explorador deu um sobressalto

— O QUE? — Gritou

— Ele é meu melhor guerreiro!

— Levem ele para a arena! — Ordenou Olaf — e tragam os outros!

Lux viu o Ezreal ser derrubado por dois homens de armadura, enquanto gritava: “EU VOU TE MATAR MULEQUE!” para logo depois se arrastado pelos braços. Gritando coisas para Nunu, que por educação não irei escrever aqui.

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OST

Uma multidão formava um grande círculo. Nele estavam, Lux que ruía as unhas, Riven meio empolgada, Annie que não parava de gritar boa sorte para Ezreal, Nunu que estava rindo e Sejuane que observava tudo com atenção. Um pouco mais para o lado, o javali Bristle estava deitado descansando, mas ainda sim atento, no seu dorso estava Gnar e flocos que dividiam uma porção de amendoins. Mais a frente, encontravam-se Olaf rugindo e Ezreal que se esforçava para empunhar uma espada longa.

Ezreal puxou os óculos para baixo

— você não bateria em um cara de óculos, não é?

Olaf riu com malícia

— eeeh, você bateria sim. Certo, o que quer que eu faça? — Perguntou Ezreal sem tirar o olho de Olaf

— É claro que você ataca! — Respondeu Riven

— Por que não pensei nisso antes? — Ironizou Ezreal — Será que é porque ele vai me massacrar?

— Você é derrotista!

Dessa vez Ezreal olhou para ela incrédulo

— Derrotista, eu? Só porque vou ser derrotado!

— Como eu sempre digo: Você é o seu pior inimigo. — Opinou ela.

Ezreal olhou para Olaf depois para ela.

— Quer apostar que não?

— Quer desistir garoto? — Perguntou Olaf

— Nunca! — Nunu respondeu com um tom estridente.

— Ele vai acabar contigo! — Gritou Nunu

— Vai meu príncipe! — Gritou Annie

— Mostra pra ele Ezreal! — Gritou Riven

— Vocês querem me matar? — Rugiu Ezreal

Eles sorriram e desviaram o olhar

— EIH! Digam alguma coisa!

— É claro que ele não vai se entregar! — ressoou a voz poderosa atrás dele — Trata-se de um herói, não é mesmo, garoto?

Ezreal se virou e fitou Olaf

— Quer dizer alguma ultima coisa para seus amigos? — indagou Olaf

Ele assentiu e virou-se para eles

— EU ODEIO VOCÊS!

— Vamos começar, já que você me desafiou!

Ezreal tentou argumentar

— Pra dizer a verdade, não, não vim...

— Tenho certeza de que ele está ansioso para começar! — Gritou Nunu

Ezreal fuzilou ele com os olhos

— Eu juro que se sobreviver aqui eu vou matar você! — Disse Ezreal entre os dentes

Ele se voltou para Olaf

— Veja bem... — começou Ezreal enquanto era conduzido com firmeza para a plataforma

— Depressa! Não devemos atrasar o combate do jovem herói — disse Olaf.

— Olhe, acho que assim como eu, meus amigos devem estar bastante satisfeitos em conhecer todos vocês. Sei que tudo isso foi um terrível mal entendido. Então se puderem nos deixar ir...

— Você vai ver seus amigos em breve — Anunciou Bárbaro — Quer dizer... se sobreviver.

Ezreal se virou para Nunu

— Veja no que você me meteu! — Disse Ezreal

Ezreal estava pensando que com um amigo daqueles não precisaria de inimigos. A sua mente maquinou diversas formas de se vingar de Nunu. Mas ele se contentava com a visão de suas mãos esganando o pescoço dele.

— Existem três formas de vencer. Desarmando o seu oponente e jogando para fora do ringue ou matando ele. Prepare-se — Ordenou o homem junto do ringue — Não se preocupe Olaf nunca conseguiu passar mais que quatro minutos no ringue?

— Sério? — Se animou Ezreal

— Sim, sim, ele sempre vence antes disso.

— Atenção, por favor! — disse o homem — Existem três formas de vencer. Jogando o oponente para fora do ringue ou matando ele. Vamos começar! — Ordenou o homem

— E se eu vencer eu ganho o direito? — arriscou Ezreal, sem muita convicção.

O homem assentiu com um gesto de cabeça.

— COMECEM!

Ezreal tremeu de pavor. Olaf atacou, Ezreal aparou o golpe por mera sorte, e suas mãos se jogaram para trás pelo choque, bloqueou do segundo por um reflexo involuntário, do terceiro por coincidência, do quarto por acaso e do quinto por acidente. Mas nessa hora uma luz forte e inexplicável jorrou de dentro de sua manopla. Ela espiralou e desceu até a lâmina da espada como um fluxo de fagulhas azuis. Toda a lâmina ficou azul e a espada brilhava com uma luz própria.

Olaf passou um tempo tentando adivinhar o que diabos era aquela luz. Olhou para Ezreal tentando descobrir e esse deu de ombros para ele.

— Nem me pergunte, eu não sei o que diabos é isso.

Ezreal bateu na manopla como alguém batendo em uma televisão para ver se o aparelho voltava ao normal. Desistindo de entender, Olaf atacou. O braço de Ezreal se agitou quando a manopla se lançou para frente. As armas se encontraram numa explosão de luz azul. Olaf cambaleou para trás, com os olhos se estreitando. Ezreal atacou, ou melhor, a mão dele sozinha atacou e novamente uma explosão de luz aconteceu quando as lâminas se encontraram.

Com um rosnado, o bárbaro se lançou sobre o explorador. Os aços se encontraram de novo, em mais uma descarga violenta de magia. Olaf se aproveitou da abertura e lançando a mão contra a cabeça de Ezreal, acertando-o com tamanha força que caiu girando no chão. Sorrindo investiu com a espada. Lux prendeu a respiração.

A espada foi em direção a Ezreal, mas o tempo começou a se arrastar como se todo o universo estivesse sobre o efeito de câmera slow-motion. Os olhos de Ezreal se arregalaram, o mundo ficou iluminado por uma luz branca. Olaf ficou como uma estátua viva movendo-se em ritmo de lesma.

OST

Ezreal olhou ao redor para ver se estava sonhando e viu todos ali parados e se movendo lentamente. Seus amigos estavam gritando alguma coisa com a boca se movendo lentamente. Atrás de Olaf havia outro vulto, visível apenas para Ezreal. Logo o vulto se tornou uma silhueta de uma grande ave.

— Olá Ezreal — Disse a voz

— A-Anivia?

— Sim a própria, vejo que está precisando de ajuda.

Você chegou bem a tempo. Minha nossa, eu sempre me surpreendo com o seu poder. Por acaso, você é uma deusa?

— Eu?

Sim, você!

— Porque está perguntando isso?

Com todo esse poder e você falando na minha mente e então... espera um pouco, você está evitando a pergunta?

— Evitando a pergunta?

Sim, evitando!

Por que diz isso?

Porque você responde toda a pergunta com outra pergunta!

— É mesmo?

Ezreal fez menção de dizer alguma coisa, mas desistiu.

— Foi você que fez isso, certo? Parou o tempo e fez aquela magia com minha manopla e a espada, Por quê?

— Tudo será dito na hora certa. Mas precisa aprender a dominar uma luta de espadas. Posso te ensinar se um dia precisar, mas terá que me escutar mais atentamente do que nunca.

— Não sei se você percebeu, mas sabe... EU ESTOU PRECISANDO AGORA!... Mas você é uma ave, como poderia me ensinar a lutar com espadas? Olha, seria como se eu ensinasse você a voar.

Anivia fez um ruído divertido como uma risada.

— Os grandes combates são todos iguais, Ezreal sobrinho de Lyte. A partir de um certo ponto vista, pouco importa se luta com uma espada, com dentes ou garras. Seja como for, precisa saber manejar sua arma com destreza, precisa aprender a usar o terreno e as coisas ao seu favor. Estudar o adversário. Isso é comum em qualquer luta, seja entre magos, guerreiros ou entre duas feras. Eu te ensinarei um dia, sobre o combate, mas por hora eu te ajudarei nesse.

Ezreal voltou se colocando longe do caminho da arma de Olaf e caminhando para as costas dele. O tempo voltou ao normal com um súbito aumento de som. A lâmina passou zunindo bem longe de Ezreal e entrou com força no chão. O bárbaro bufou surpreendido pela inusitada mudança de velocidade com que Ezreal havia escapado ao golpe.

Todos olharam incrédulos era como se o garoto tivesse se teleportado para trás de Olaf. O Ezreal se lançou aplicando um golpe poderoso com a manopla que estava cheia de magia e uma explosão de Luz empurrou Olaf para fora do ringue.

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OST

Ou este:

OST

Lissandra abriu os olhos. Estava sentado em seu trono. Ela estendeu o braço e uma luz formou-se em sua mão, ainda estava com magia. Mas ainda sim, exausta, colocar aquele espirito da fúria em Bradog foi demais para ela.

Ela tinha selado um espirito da fúria no corpo de Bradog para que quando ele fosse mortalmente ferido, pudesse ser curado e lutar por mais tempo. Também o espirito consumiria a consciência do troll, para que dessa forma, Lissandra conseguisse se apossar do corpo dele sem mente. Ela se recostou sobre o trono e deixou seu corpo relaxar. Recuperar a energia perdida. Não fazia mal o urso ter atacado aquele troll, ela não precisaria mais dele.

Ezreal, um garoto interessante, certamente se encontrariam novamente. Mas sua missão tinha se comprido, plantou nele a semente da dúvida. Ela não deixaria que Anivia estragasse seus planos, sacrificou tudo que tinha para dar a Freljord um futuro digno. Mas aquele garoto a incomodava, por alguma razão não conseguia tira-lo de sua mente. Talvez ela fosse parecido com ele em sua idade.

A bruxa se levantou de seu trono e contemplou o salão vazio por um instante. Por fim, disse.

— Qual a mensagem?

Uma figura esguia e desengonçada apareceu para luz. O rosto era comprido, os olhos se projetando quase para fora da orbita. A face cavernosa e angular, os lábios, finos demais e compridos demais. Mãos que eram longas e magras, quase como garras. Levantou uma das mãos e abriu um sorriso que ia não apenas de uma orelha a outra, mas que parecia ultrapassar os confins de seu rosto.

— Porque está tão séria? — Disse com uma voz hedionda e distorcida — Vamos, vamos, vamos, vamos sorrir um pouco?

Uma outra figura apareceu do seu lado e era como o seu clone

— Ela não está sorrindo! — Disse o clone

Outro apareceu e por fim mais e mais apareceram

— Será que não somos engraçados?

— Porque tão serio? — Disse um outro

— Será que ela não é nossa amiga?

— Eu sou seu amigo?

— Já sei — Disse o principal — Vamos colocar um sorriso nela!

— Sim um sorriso, todos devem sorrir!

— Se for para morrer, que morra sorrindo!

Todos as copias riram

— Porque não chega um pouco mais perto?

Lissandra ficou quieta um instante, analisando-o. Ela lançou lâminas de gelo. Os projeteis atingiram todas as figuras que se dissolveram em fumaça.

— Não quero ouvir suas brincadeiras, shaco, diga o que Vladimir quer.

— O que é o que é? — Disse uma voz e não parecia vim de um lugar especifico — O conjunto de sangue, morte e espadas?

— Eu não sei. — Disse uma outra voz

— Eu sei Eu sei Eu sei! — Respondeu a outra — É a guerra!

Lissandra formou uma magia e lançou contra o teto ogival que explodiu em um clarão. A voz riu insanamente até que sumisse.

— Não deveria se importar, não existe lógica para o que Shaco faz.

Lissandra suspirou e fixou os olhos na mulher que vinha em sua direção. Duas asas se projetavam de suas costas, ela um dia foi uma moradora do paraíso, mas agora renegada, buscava vingança contra sua irmã. Cada pluma de suas asas até a menor bainha de seu vestido é o retrato perfeito da sua raça. Nobre e linda.

— O caos sempre pode agir. — Morgana admirava a lua - Só precisa de um empurrão para atuar. Sabe como conseguir esse caos? Com o medo.

— Não estou interessada em suas filosofias.

— A guerra foi proclamada. Ashe e Sejuani já estão a caminho da ponte de Howling Abyss.

— Entendo. Então farei meus preparativos.

Lissandra empurrou com as duas mãos à pesada porta a sua frente e o barulho invadiu o recinto.

OST

No portão encontrava-se um grande exercito de trolls reunidos, centenas deles. Todos armados com machados, maças e porretes. Figuras negras em inúmeras fileiras. Alguns tinham armaduras de couro ou ferro sobre o corpo peludo. Todos aglomerados até o portão, que ficava a quase um quilômetro dali formando um mar negro. No meio da massa negra, havia estandartes escuros com o símbolo dos prelgacios.

Todos rugiram quando Lissandra apareceu no alto da fortaleza sobre a sacada.

— Preparem-se! — Proclamou ela e sua voz ampliada pela magia — Uma nova era está nascendo e nós daremos inicio a ela! Para a guerra!

Novamente os trolls rugiram e som se propagou como uma tempestade emitida de centenas de bocas hediondas. O exercito de trolls está pronto para a guerra!


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal, muitas das piadas e situações engraçadas foram inspiradas na serie Discworld.
por favor comentem e prox semana voltaremos com Garen e Kat.



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