O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 15
Sob a Coleira de Um Mortal


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente saudações queridos leitores. Peço perdão por não postar a semana passada. Infelizmente o capitulo dessa semana será pequeno. Pois espero trazer algo grande no próximo capitulo.
1ª – Como a maioria já percebeu a minha Lissandra não é cega, pois ficaria melhor para representa-la assim. Mas darei uma lógica a essa escolha mais para frente.
2ª – Na outra parte do capítulo foi uma adaptação do Lore desse personagem eu adaptei, mudei e acrescentei muitas coisas.



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OST

ou se preferir

OST

Lissandra estava sentada em seu trono sorrindo

— O que achou daquele humano Trundle?

— Diferente. Senhora.

— Um plano bastante simples, mas oportuno. — Disse ela se empertigando

— Jogar os inimigos uns contra os outros. Freljord está em pé de guerra, logo ela será declarada abertamente. Uma guerra civil entre os clãs.

— Vamos vê do que ele é capaz. — Suas mãos se firmaram no trono e uma crosta de gelo se espalhou pela estrutura. Ela rangeu os dentes.

Voltou a pensar em Anivia. Ela era a chave para seus problemas. Ela estava retornando. Podia sentir isso. Algo teria que ser feito. Mas recentemente escutou sobre a existência de um pequeno vilarejo chamado Lisk nas à-proximidades das terras dos avarosianos e lá, a existência de um ancião. Talvez fosse o último do circulo. Descendente direto dos grandes magos, encarregado de proteger Freljord. O Circulo foi formado por Anivia, os seus membros retirados dos vários clãs. Na grande guerra, os magos lutaram ao lado de Anivia e Avarosa. Com o sacrifício do líder da ordem, os sobreviventes começaram sua busca por qualquer influencia deixada pelos observadores. Sua caçada levou-os para as terras ocidentais, onde com muito esforço, foram finalmente confrontados e banidos.

À medida que as gerações passaram os magos foram diminuindo em número. Sem missões para realizar, e muito poucos filhos para reabastecer o seu número, o circulo desapareceu na obscuridade. Mas ainda restava apenas uma missão para eles, guardar o ovo de Anivia até o seu retorno. Caberia aos membros do circulo garantir a segurança do ovo e assegurar o renascimento de Anivia. O ovo foi passado de geração a geração, até o ultimo deles. O ancião da vila de Lisk. Lissandra sabia disso e pegaria aquele ovo a qualquer custo.

Lissandra formou uma magia e entrelaçou entre dedos para, em seguida, segurá-la entre o polegar e o indicador, ao tempo em que ergueu os olhos para Trundle. O troll recuou, temendo que Lissandra desencadeasse seu poder contra ele. Ela sentiu prazer naquele lampejo de pânico. Depois de uma pausa tensa, ela disse dispersando a magia em pequenas fagulhas azuladas.

— Fale-me mais de Bradog e depois sobre as informações que pedi sobre as tropas.

— Lidei poucas vezes com ele pessoalmente. — Respondeu Trundle — Mas sei que vem de um clã forte. Sempre mostrou bom serviço. E é inteligente.

— Para um Troll

Trundle resmungou. Um pequeno gesto de mão de Lissandra indicou que ele devia continuar.

— Esse foi o primeiro fracasso dele. Nunca foi de obedecer ordens, depois que o venci em um confronto, sempre tentou tomar o controle da horda. Mas depois que me aliei a vossa senhoria, ambos nos tornamos seus...

— A palavra é “servos”, Trundle, lembre-se disso.

Trundle ignorou

— Assim como Bradog, ambos entramos para vosso gracioso serviço.

— Não exagere nos elogios. — Reprendeu — Detesto gente que se arrasta aos meus pés.

Trundle prosseguiu contando tudo, desde a ascendência de Bradog a liderança da horda e do fortalecimento de seu clã até a sua derrota por ele. Depois falou o número e a disposição das tropas dos trolls que estariam aos seus serviços. A situação das suas provisões, as suas vantagens e as suas fraquezas. Lissandra estava rigidamente sentada, inclinando-se para ouvir, atentamente. Ela se virou bem a tempo de ver Bradog entrar na sala. Sua expressão traduzia desconforto.

— Bradog, seja bem vindo. Tenho uma tarefa para você. Estou disposta a esquecer seu recente... fracasso. — seus lábios se esticaram quando ela viu a marca que infligiu nele.

Bradog assentiu educadamente com a cabeça

— Sim, minha senhora.

Ela reparou que as mãos dele tremiam

— Há alguma coisa de errado?

Ele olhou para ao chão

— Não, minha senhora.

— Não, minha senhora. — Ela repetiu de maneira sarcástica.

A reação dele era gratificante, ela gostava de fazer um troll crescido tremer. Ela explicou detalhadamente a importância do velho e do ovo enquanto o troll escutava atentamente.

— Quanto tempo até que me traga o velho?

— Cinco dias, minha senhora, desde que não me depare com nem um problema.

— Então sugiro que você tome cuidado para que isso não aconteça. Muito bem, espero que esse velho e o ovo sejam trazidos até mim em cinco dias no máximo. Eu quero ambos acima de todas as coisas. Tudo em relação a eles é secundário. Mesmo a sua vida e a vila que o velho está.

Os pelos de Bradog arrepiaram-se. Ele se enrijeceu quando sentiu o olhar dela.

— Não falhe comigo novamente. Você entendeu?

— Entendo minha senhora.

— Certifique-se que entendeu mesmo — ela ordenou — e por ventura, caso você se esqueça...

O troll olhou para o seu corpo. Seu corpo congelando. Foi envolvido por uma camada de gelo. O manto de gelo se espalhou para seus braços e pernas. Um frio insuportável castigou seus membros. Seus músculos contraíram e sua carne enegreceu. Uma agonia insuportável tomou conta dele. Quando deu por si, não havia mais gelo. O seu corpo não estava enegrecido e seus músculos tão saudáveis quanto antes. Não havia mais dor. Bradog olhou para ela sem entender.

— Se você falhar comigo novamente — ela afirmou sem alterar a voz — isso é apenas uma pequena parcela do que acontecerá com você.

Ele tentou dizer algo, mas não conseguiu. Levou os olhos ao chão quando sentiu o olhar dela.

— Você tem suas ordens — ela disse. — mas antes, eu tenho um presente.

Lissandra repousou sua mão sobre ele e um grito de angustia preencheu todo o salão.

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OST

Há muito tempo atrás em algum lugar de Freljord...

Um homem rugia, mas ele não era mais a pessoa que foi um dia. Pois agora seu corpo pertence a um ser de ódio e perversidade. Uma criatura de antigos tempos. É conhecida em textos antigos como o espírito da vingança. Um ser de ódio ardente que existe para nenhuma outra razão que a de devastar o mundo dos homens e yordles. Seu ódio transformou vilas e plantações em lugares calcinados. Com muito esforço foi capturado pelas três imãs e Lissandra foi a responsável por selá-lo.

Ajoelhado no chão da caverna de neve, os bárbaros de cabelos compridos ao seu redor gritavam palavras que ele mal compreendia. No entanto, foi ritualisticamente colocado no centro da caverna. Fez um grande esforço contra as correntes místicas que o prendiam ao chão, mas sem sucesso. Ele gritou, gritou, e gritou, tentando atrapalhar a concentração de seus captores, mas também sem sucesso. Na sua frente, Lissandra conduzia o ritual.

Então, sem palavras, os bárbaros foram embora. Lissandra olhou-o com desprezo antes de se retirar.

— Que este lugar torne-se sua prisão e contenha sua cólera por toda a eternidade! — Disse ela e então se retirou

Ele estava sozinho, e assim permaneceria por mais de mil anos.

Dias atuais, no mesmo local em Freljord...

Ele foi despertado e sua mente foi arremessado de volta ao presente.

— Então. Você pode ser contido. O livro daquele velho homem da vila de Liska estava certo sobre isso. Impressionante. Bem vindo de volta. - Disse uma voz

Ele virou-se, imediatamente. Tentou saltar em direção à voz, mas havia uma força bloqueado ele. Arremessado de volta contra o chão, ele estreitou os olhos para que vissem através da escuridão.

— Quem é você? Não pode controlar meu poder!

Uma figura saiu das sombras, um homem em trajes nobres.

— Nós dois sabemos que não é verdade. — Disse ele — Eu sou Vladimir. Você é uma criatura da destruição e este livro - Vladimir levantou o velho livro em sua mão que foi dado por um ancião na vila de Lisk - Me trouxe até você, ele mostrou como contê-lo e sua história.

O ser de fogo riu

— Eu sou o fogo eterno. Eu sou uma criatura nascida para renovar o mundo.

O homem começou a andar, circulando ele.

— Vamos ter tempo para falar, nos dias e semanas que virão, então por enquanto, vou me concentrar no agora. Eu ofereço uma escolha.

O ser apenas ouvia acompanhando-o com um olhar voraz.

— Você tem duas opções. — Continuou — Você pode optar por permanecer aqui preso por tempo indeterminado. Ou, você pode optar por juntar-se a mim sobre minha influência. Essa é a coisa mais próxima de liberdade que lhe será concedida. Esses termos não são negociáveis.

Nenhuma opção foi tolerável para ele.

— Mesmo assim, ainda estarei aprisionado. - Havia repúdio em sua voz - Deixarei estas correntes para me entregar a sua coleira, humano. Por acaso me toma como um servo? Como um escravo? Eu sou o fogo abrasador, Eu sou o fogo devorador! O fogo que purifica o mundo! Meu ódio consome essas profundezas cavernosas. O mundo estremecerá com o meu tormento. O mundo mortal sucumbirá sobre minha fúria. Tudo queimará as sombras de minha presença! EU NÃO ME SUBMETEREI A UM MORTAL!

Um jato de fogo se projetou em direção ao homem. Com um gestão de mãos uma parede de sangue se levantou como um muro. As cintilante chamas, chocaram-se Inofensivamente com o líquido viçoso vermelho. Mas ele não se deu por vencido, um pilar de fogo foi arremessado e mais uma vez um escudo de sangue frustrou seus esforços.

— Esta sua última chance ou irá permanecer aqui por mais alguns milênios. — Disse Vladimir com a voz tranquila — Eu te darei a chance de se vingar contra aquela que te aprisionou aqui... Lissandra.

As chamas que envolviam o ser, se alastraram e por um instante o local ficou mais quente. Como se a raiva se prolifera-se através das chamas. Ele pensou por um momento. No entanto, não havia nenhum pensamento a ser feito. A coleira seria muito melhor do que uma eternidade enjaulado e a vingança contra a bruxa do gelo seria um pequeno prêmio. Vladimir desfez a parede rubra, e o líquido se rescindiu sumindo em suas mangas.

— Você vai me tratar pelo meu título apropriado. — Disse por fim

— Como devo tratá-lo?

— Eu sou conhecido por muitos nomes. Este corpo é apenas um de vários. — Respondeu ele. - Mas, neste momento... me chame de Brand.


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