Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 16
Dezesseis


Notas iniciais do capítulo

PARA TUDO QUE A AUTORA TÁ SURTANDO!!! Jany,que recomendação linda,perfeita e lacradora foi essa??/ Já li umas mil vezes,me belisca que eu não tô acreditando! MUUUITO OBRIGADA,E AMEI CADA PALAVRA! Dedico esse capitulo a você,espero que goste hihi. Chegmos aos 100 comentarios,é isso mesmo produção? vcs não existemm < 3 pra quem gosta de cap grande,temos mais um hoje hahahah e pra quem queria barraco,não me xinguem hahah ele demora,mas vem! Prometo. E por falar em promessa,temos uma nesse cap. Então bora ler,né? Enjoy xx



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Uma certa garota cruzava tempestuosamente a festa. Sua mente fervilhava de raiva. Como se já não bastasse o que Pedro fizera,ainda tinha que aturar o sorriso de vitória da ''cunhada''. E ainda tinha a tal Karina,que não saía do pé do namorado. E ele parecia gostar demais de tal companhia....

– Pri,volta aqui. – Ela ouviu a voz de Cobra a chamar,mas ignorou,só parando quando o garoto puxou seu braço com força.

– Será que dá pra soltar? – Gritou,mas ele não se moveu. – Já tô com problema demais,não preciso de mais um.

Cobra riu irônico,arrastando a menina para o banheiro masculino.

– Cê pirou? Eu não posso entrar aqui. – sussurrou,caso alguém estivesse ali para ouvi-los.

Ele revirou os olhos e vasculhou as cabines. Um dos garotos da Ribalta saiu da última,e o adversário de Pedro tratou logo de resolver aquele problema.

– Vaza daqui,mermão. – Ordenou,e o garoto assim fez. – Pronto,patricinha. Satisfeita agora?

– Quê que você quer? Eu tenho coisa melhor pra fazer. – Agora ela estava furiosa,mas Cobra não parecia se importar.

– Tipo o quê? Ir atrás daquele seu namoradinho babaca?

– E se for? – indagou,sem de fato querer uma resposta.

Tentou sair dali,mas assim que colocou os pés pra fora,ele a prensou contra a parede novamente.

– Não enche,Cobra. Cê sabe que se alguém me vê aqui e conta pro Pedro eu me ferro!

– Qual é a tua hein garota? – Esbravejou,mas Priscila manteve o olhar a altura. – Cê não tá gostando dele,tá?

Ela riu,sarcástica.

– Tá louco? Cê sabe que não,só tô com ele porque ele sabe ser útil quando me convém...

– É mesmo? Porque eu acho que você não tá fazendo teu trabalho direito. – A ironia era palpável na voz dele. – Não te mandei arrastar ele pra competição?

– E você acha que eu não tentei? Ele cismou que essa droga de banda é tudo pra ele,se eu insistisse mais ia estragar tudo.

– Tá,que seja. Mas a próxima tá chegando,acho bom ele aparecer por lá.

– Ele vai,te garanto. Mas antes eu vou dar um jeito naquela loira de farmácia que não sai do pé dele. Como se já não me bastasse a sonsa da Bianca.

– Depois você vê isso,gata. Agora vem cá. – E puxou a menina para um beijo intenso.

– X –

Próximo a eles,Pedro escutava toda a conversa.

Atento a cada palavra,não pode deixar de se sentir um completo idiota quando ele a puxou para um beijo que ela correspondeu a altura. A quanto tempo eles estavam juntos? Será que eles nunca tinham se separado? Ele devia saber....

Mas,pior que a traição,foi saber que ela lhe apresentara um mundo que não era seu,o qual ele duvidava conseguir sair algum dia. Sempre teve consciência que seu vício por drogas começara desde que Priscila aparecera em sua vida,mas o tempo foi passando e o namoro dos dois acabou surgindo,fazendo ele se esquecer de detalhes como esse.

Mas,se ela pensava que iria acabar assim,estava muito enganada.

Reuniu todas as forças que conseguiu e saiu dali,esperando que os dois fizessem o mesmo muito em breve. Quando os viu,colocou o seu melhor sorriso no rosto e rumou até eles.

– Oi,Pri. – Disse,e a menina se assustou com sua presença ali.

– P-pedr-o? T-tá fazendo o quê aqui ainda? Achei que já tinha ido embora.... – Ela tentou abraça-lo,mas ele se esquivou.

– Tô procurando minha irmã. – A vontade era de socar Cobra e descarregar toda a sua raiva em Priscila,mas eles não estragariam a sua noite. – Mas o quê que vocês tavam fazendo aí,juntos?

– Ele que veio me encher por não estarmos lá na competição hoje. Eu disse que a banda era importante pra você,mas ele não quis me ouvir... – começou com as mentiras,o que fez Pedro rir.

– Aham,sei. – Pedro respondeu,irônico e cansado daquilo tudo. – Aliás,muito gato esse seu ex namorado.

Agora Priscila o encarava,confusa,assim como Cobra.

– Quê isso cara,tá me tirando? – Zombou Cobra. – Detesto te desapontar,mas meu lance é outro.

– Tipo roubar a namorada dos outros,não é? – Pedro soltou,e viu Priscila palidecer diante dele. – Mas fica na tua que eu não falando de você,é de mim mesmo.

– Pedro....o que você quer dizer com isso? – Indagou Priscila,tentando se aproximar.

– O que você entendeu. – O desprezo em sua voz era nítido. – Vocês dois se merecem.

Enquanto Pedro falava,uma certa loira apareceu ao lado de Duca e Bianca,fazendo o guitarrista esquecer por um segundo da cena que havia acabado de ver.

– Agora,se me dão licença,eu tenho coisa melhor pra fazer. – E saiu,sob os protestos de Priscila.

– Pedro,volta aqui! – Ela tentou ir atrás dele,mas Cobra a segurou. – PEDRO EU TÔ FALANDO COM VOCÊ!

Ele nada respondeu,apenas continuou andando. Finalmente tinha tirado um peso de suas costas.

– X –

– Tem certeza que você não viu o Pê? – Bianca insistiu,e viu Duca negar.

– Encontrei com ele e falei da briga,aí ele reolveu ir atrás da Karina e depois eu não o vi mais.

– Estranho....

– Já tentou o celular?

– Já,mas ele não atende....

Enquanto os dois conversavam,Karina estava quieta. Uma sensação estranha tinha tomado conta dela,e ela sabia ser em relação a Pedro. Já tinha perdido as esperanças de encontra-lo quando viu três pessoas discutindo,mais distantes dali.

– Aquele ali não é o Pedro? –indagou a loira,e os dois confirmaram.

– O que o Cobra tá fazendo ali? – Duca perguntou.

– E por quê ela tá gritando com ele? – Foi a vez de Bianca questionar. – Ai meu Deus,será que....

– Ssshh,ele tá vindo pra cá. – Duca sussurrou entredentes,desviando o olhar.

– Oi,gente. Que cara é essa? – Pedro riu.

– Erm,nada não Pê. Onde é que você tava,hein?

– Tava tirando o que não presta da minha vida. – Respondeu simplesmente.

– Como assim,Pedro? – a irmã questionou,torcendo para estar certa. – Não vai me dizer que...

– A única coisa que eu vou dizer é que minha noite foi ótima,e se depender de mim vai continuar assim. Agora vão indo na frente que eu e a Ka encontramos vocês.

Bianca sorriu desconfiada para a loira e saiu dali com Duca.

Karina esperou os dois saírem de seu campo de visão e se aproximou de Pedro.

– Tá tudo bem com você? – sua voz saiu como um sussurro. Ela podia ver que tinha uma certa tristeza por trás daquele semblante alegre.

– Tá sim,linda. – E beijou a bochecha dela. – Agora vamos,eu tenho outros planos pra nós essa noite.

– X –

– Para aonde vamos? – Karina perguntou,assim que Pedro deu partida no carro.

– Surpresa. – Ele respondeu,ainda concentrado na estrada.

– Ah não,Pedro! – Choramingou a loira,e Pedro sentiu vontade de pegá-la no colo e não soltar nunca mais. – Me conta,por favor.

– E estragar a surpresa? Não mesmo. – Respondeu,e viu a menina emburrar no banco do passageiro.

– É por isso que eu odeio surpresas! – Fez bico e passou a olhar para a janela do carro.

– Mas é esquentadinha mesmo,hein? – Pedro riu. – Faz o seguinte,por quê você não canta pra mim,enquanto a gente não chega?

– Vou pensar no seu caso. – Ligou o rádio e ficou zapeando pelas estações,até achar alguma que fosse boa.

– Vamos lá,esquentadinha,canta pra mim. – Pediu,quando a música começou. – Eu quero sua risada mais gostosa....

Pedro cantou,e ela bem tentou,mas não resistiu e riu.

Sua mania de achar que a vida pode ser maravilhosa..... – continuou,de olhos fechados, Quando os abriu,Pedro a fitava com atenção.

– Chegamos. – Desceram do carro,. Pedro podia jurar que os olhos da menina brilhavam com o lugar. - Viu só como valeu a pena esperar,esquentadinha?

Estavam diante de um parque de diversões,que Pedro costumava ir com Bianca quando eram mais novos. As luzes dos brinquedos iluminavam o local quase deserto a aquela hora. Karina observava o parque com atenção,sem acreditar no que via.

– Pedro.... – ela começou,depois de alguns segundos de silêncio.

– Que foi,Karina? Não gostou? – Ele perguntou,apreensivo.

– É,não gostei não. – Desviou o olhar desapontado de Pedro,rindo internamente. - Eu ameeei!

Karina o abraçou forte.

– Agora vamos! – E o puxou com pressa para entrarem.

– X –

– Então quer dizer que você nunca tinha vindo em um parque? – Indagou Pedro,enquanto comiam algodão doce sentados em um dos bancos.

– Eu não tinha muito tempo pra essas coisas em São Paulo.... – respondeu,tentando continuar a história com naturalidade.

– E como era a sua vida lá? – Perguntou,pegando a loira de surpresa.

– Era muito boa. – começou,quando finalmente criou coragem para responder. – Eu e o João morávamos com nossos pais – respondeu,referindo-se ao anjo Gabriel e a santa Ana – mas nos últimos meses a nossa convivência estava mais....hm,difícil.

E não era bem uma mentira,porque João estava sendo pressionado para resolver a situação dos cupidos e a falta de amor na Terra,o que fazia o amigo ter pouco tempo pra ela.

– Meus pais estavam brigando muito e eu e João não aguentávamos mais isso. Quando decidiram se separar,João resolveu vir pro Rio,depois que recebeu uma boa proposta de emprego. E então eu quis vir com ele.

Pedro ouvia cada palavra com atenção,observando Karina se sujar com o algodão doce que nem uma criança.

– Sua vez agora. – Disse Karina,e Pedro ficou sem entender. – Sua vez de falar sobre seus pais,sua vida.

– Se importa de falarmos sobre mim enquanto estivermos lá em cima? – E apontou para a roda gigante,que estava vazia.

Karina fitava o brinquedo com curiosidade quando chegaram perto,e Pedro desconfiou que ela estava com medo de ir.

– Pedro....eu não vou entrar aí,não. – Respondeu num fio de voz.

– Tá com medo é,esquentadinha? – Zombou o guitarrista,e ela negou.

– Não,é que ela é tão grande....e alta....

– Então você tem medo de altura?

– Erm,quase isso. – Respondeu,lembrando-se das suas asas.

Observando o ponto mais alto do brinquedo,ela percebeu que nunca tinha estado em um lugar tão alto sem suas elas,desde que viera parar na Terra,e sentiu muito a falta delas naquele momento.

– Ok,ok. Então vamos em outro. – Karina percebeu um olhar travesso de Pedro,mas resolveu deixar pra lá.

Percebeu tarde demais que não deveria ter feito isso,pois assim que se viraram para sair dali,Pedro a segurou e a colocou em seus ombros,rumando para a roda gigante.

– Pedro,me solta! – Karina gritou,e Pedro riu do escândalo dela.

– Deixa de ser esquentadinha,Ka. – Ele riu.

Entregou as entradas para o maquinista e soltou a loira,fazendo ela sentar no banco e logo ficando do lado dela.

– Mas Pê,e se não for seguro? E se a gente cair daqui? E se.... – Ela questionava,segurando firme a mão de Pedro.

– Calma,não vai acontecer nada disso,eu prometo. – Tentou acalmá-la. – Olha aí,já estamos subindo.

Aos poucos,Karina foi se acostumando e passou a apreciar a vista lá de cima.

– A vista daqui é linda.... – disse,sorrindo para a noite.

– Eu sabia que você ia gostar.

– Convencido! – Disse,entre risos - E os seus pais,Pedro? Você e a Bi nunca me falam deles....

– Bom,meus pais não costumavam brigar,mas a nossa convivência também estava difícil. – começou,fitando aquelas orbes azuis. – Quando eu e a Bi crescemos,nossos pais começaram a ter aquela tal crise da meia idade,sabe? – Ela assentiu. – Então cada dia eles apareciam de um jeito...

Karina desatou a rir das histórias que Pedro contava,acabou se esquecendo até de onde estava. O guitarrista mostrou uma foto de seus pais – Marcelo e Delma - para ela,enquanto se lembrava das maluquices deles.

– Teve uma vez que o meu pai ficou loiro platinado,a Bi quase teve um treco de tanto rir. – Karina tentava imaginar a cena,mas não teria acreditado se Pedro não tivesse mostrado a foto. - Outra vez a gente ia sair com uns amigos pra balada e eles cismaram de querer ir junto,acredita?

– E aonde eles estão agora?

– Digamos que eles resolveram superar essa má fase de outro jeito.

Pedro contou a ela que os pais resolveram sair viajando pelo mundo,conhecendo novos lugares e aprender sobre novas culturas. Ligavam duas vezes na semana e sempre mandavam postais dos lugares que passavam.

– A última vez que eu e a Bi tivemos notícias foi a alguns dias,eles estavam no Zimbábue.

Pedro continuava a contar as histórias do passado quando o que Karina previa,aconteceu.

– Ai,meu Deus. – Bradou,sem se importar com o trovão que recebeu de volta.

– Que foi,Ka?

– Como assim,Pedro? A roda gigante parou! AI MEU DEUS,A GENTE VAI FICAR PRESO AQUI EM CIMA!

Pedro desatou a rir do desespero da menina,que bateu nele.

– Quer parar de rir? Isso aqui é sério!

– Só você pra me fazer rir hoje,esquentadinha. – Pedro desviou o olhar,mas Karina percebeu que o semblante triste havia voltado.

– Por quê diz isso,Pê?

– Porque eu terminei com a Priscila. – Respondeu,e ela teve que se conter para não soltar um grito de felicidade ali mesmo.

– E-é mesmo? Poxa,eu sinto....

– Não sinta,Karina. – Cortou a fala da garota. – Não sinta,porque eu não sinto muito.

– E porque não? – indagou,tentando entender aonde ele queria chegar. – Eu achei que você estivesse triste.

– E eu tô,mas não é por ela....é por mim.

Percebeu que ela o escutava atentamente,e entendeu o silêncio como um pedido para que continuasse.

– Não é bem tristeza,é raiva. De mim,de como eu fui idiota e me deixei levar por ela. De como eu larguei tudo e todos,decepcionei minha irmã. – Fechou os olhos e respirou fundo,deixando as lágrimas caírem.

– Pedro....

Aquilo era demais pra ela. Vê-lo chorar acabava com suas forças,a destruía por dentro.

– Eu estraguei a minha vida. – Disse,contendo o grito que estava preso na garganta. – E-eu nunca vou me perdoar por isso.

– Ei,calma. Também não é assim. – Ponderou Karina,juntando sua mão com a dele.

– É sim,K. Ela me traiu,mas pior do que isso,me mostrou um mundo que não tem volta. – Cruzou seu olhar com ela,sentindo as lágrimas deslizarem pelo seu rosto com certa facilidade. – Você sabe do que eu tô falando,não sabe? – perguntou,referindo-se ao dia em que ela o amparou,deixando-no dormir na casa dela.

– Sei sim,Pedro. Eu sei e é por isso que eu digo que nunca é tarde pra começar de novo.

– Mas como,Karina? Como,se eu nem sei se vou conseguir ficar longe desse mundo? – A dor naquelas palavras era nítida.

– Eu sei que você vai conseguir,e eu vou te ajudar. – Ela secou suas lágrimas,e Pedro fechou os olhos com o toque. – Mas para isso dar certo,você tem que se ajudar também. Você promete?

– Eu prometo,esquentadinha. – Ele sorriu fraco,e beijou a ponta de seu nariz. E ali,a luz da lua.....ela também prometeu,que não iria abandoná-lo.

Se dependesse dela,Pedro jamais sairia de sua vida.

Beijou seu rosto e encostou sua cabeça no ombro dele. Ele passou seu braço pelas suas costas e a puxou para si,e juntos,terminaram a noite contando estrelas.


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Notas finais do capítulo

E aí,gostaram? FINALMENTE O DIA CHEGOU! hahahah podem dar adeus a priranha! pelo menos por alguns caps,eu ainda nao sei,mas PELO MENOS eles terminaram,podem parar de me bater agora hahahahah e pra quem não entendeu a reação do pedrinho,eu explico: eu não queria que parecesse que ele tava com ciúme,como ele disse no cap,ele ta mais triste com ele mesmo do que com ela. Maaas o barraco sai,não se preocupem. EU CONSEGUI FAZER O PEDRO CHAMAR A KARINA DE ESQUENTADINHA NA FIC *-* enfimm,quem ficou com dó do Pedro no final? será que ele vai conseguir cumprir a promessa? e os pais dele,será que voltam? Comentemm o que acharam do cap,favoritem,acompanhem e se acharem que eu mereço,façam que nem a diva da Jany e recomendem hihi. Beijos e até o próximo :)