Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 55
Especial - Tempos que jamais serão esquecidos


Notas iniciais do capítulo

Oi gentenn como o nome mesmo diz é um especial super fofo, porque o lindo do Ches faz niver dia 17 HOJEEE e para comemorar eu resolvi postar um especialzinho bem fofo para vocês com os nossos minis uahua espero que gostem e por favor LEIAM AS NOTAS FINAIS, É IMPORTANTE



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Will

~ Alguns anos atrás, ainda em Jádis ~

Fechei o livro que estava lendo, marcando a pagina e suspirando, esse dia seria cansativo. Olhei ao redor, procurando qualquer sinal de vida, mas somente nottei que tudo estava silencioso, o que era um péssimo sinal. Levantei-me e andei até a varanda onde minha esposa lia um livro qualquer, me aproximei, mas ela parecia concentrada, então passei por ela sem dizer nada e apenas continuei andando até a rua, logo ao lado da minha casa ficava a casa do meu irmão e se eu quisesse encontrar as crianças era lá o lugar certo.

Abri o portão da casa dele e já ao entrar quase fui atropelado por dois pequenos seres, Alli passou direto por mim, mas tropeçou nos próprios pés e caiu de cara na grama, já Erick parou ao meu lado e começou a rir descontroladamente e eu suspirei, andando até meu filho e o ajudando a levantar.

— Toma cuidado amorzinho. – Pedi o ajudando a limpar a roupa suja de terra e ele riu, me abraçando.

— Paa...

— Que foi?

— Cadê a mama? – Ele perguntou inocentemente e um pouco esperaçoso.

— A mamãe vai vir mais tarde. – Respondi rispidamente e ele sorriu torto.

— Paa... vai ter popoca?

— É pipoca, burro. – Erick o corrigiu e ele catou um punhado de areia com a mão e tacou no primo.

— Ei podem parar. – Repreendi segurando a mão de Alli para que não te tentasse mais e os dois me encararam com carinhas de piedade. — Erick vem cá. -Meu sobrinho marchou até mim timidamente e eu o abracei com força — Parabéns pestinha. Depois tenho um presente muito legal para você.

Ele riu e agradeceu. Como sempre sendo doce, eu não conseguia imaginar ele machucando nem um mosquitinho que seja.

– Todo mundo para dentro, já.

Eles correram para dentro da casa e eu acabei rindo, voltando a andar logo em seguida.

— Papa. – Carime estava sentada na escada da varanda e esticou os bracinhos pra mim, eu a peguei no colo e beijei sua bochecha.

— Olá princesinha. – Ela riu e deitou a cabeça em meu ombro, então ainda com ela no colo adentrei pela porta da frente, encontrando Johan andando de um lado a outro, colocando bexigas coloridas por toda parte, enquanto Rose colocava o um pano branco sobre uma mesa posicionada no meio da sala.

— Pelos céus que circo. – Comentei brincando e os dois me encaram surpresos.

— Will. – Johan me cumprimentou, alegre e surpreso, logo completando com um forte abraço. — Não sabia que já estava em casa.

— Cheguei cedo, mas acabei dormindo de mais. Então, querem ajuda?

— Claro.

Coloquei Carime no chão e assim que ela correu para dentro da casa eu comecei a ajudar na organização.

As horas foram passando e tudo ficou perfeito. Despedi-me do meu irmão e levei meus filhos para casa, já que todos precisavam se arrumar.

Entrei em casa com as crianças e encontrei Maira arrumando uma estante de livros, Carime correu para abraça-la e pulou no colo da mãe, que sorriu de um modo doce e tão logo saiu da sala com ela. Deus sabe o quanto as atitudes de Maira me irritavam.

Nesse meio tempo, Alli me cutucou e, quando eu o encarei, ergueu os bracinhos, pedindo colo com um biquinho manhoso.

Respirei fundo e o peguei, o abraçando forte. — Papai te ama. – Sussurrei e ele sorriu, mas eu sabia que ele estava triste e enciumado. — Mamãe é uma boba. – Resmunguei por fim e comecei a leva-lo para o quarto.

— O que vai vestir em tampinha?

Alli havia deitado na cama e rodava de um lado a outro, volta e meia me olhava e ria. — Não sou tapinina. – Sem duvidas meu filho tinha uma própria linguagem, como não sabia ler e não falava direito, seu vocabulário era um pouco confuso.

— Vamos tapinina ajude. Ah, já sei. – Peguei um conjunto de roupas e comecei a vesti-lo. —Você precisa arrumar esse cabelo, como consegue deixa-lo sempre bagunçado?

— Não sei, paa.

Terminei de arrumar ele e o peguei novamente no colo, como eu também já estava arrumado apenas voltamos para a sala e ficamos esperando minha esposa aparecer.

— Will. – Maira me chamou e me entregou Carime enquanto arrumava os próprios sapatos, Alli a observava atentamente, ele estava sentado no sofá, mordendo a unha.

— Minha princesinha está linda hoje. – Brinquei com minha filha, que riu e passou a mão no meu rosto. — Que foi? Papai está sem barba, gostou?

— Papai gosta de inventar moda. – Maira resmungou e começou a ajeitar o cabelo dela, Alli, que apenas nos encarava, resolveu ficar em pé em cima do sofá e começar a pular, com o risco de cair e se machucar.

— Alli! – Chamei e encarei Maira. — Pega ele, por favor.

Ela bufou e o pegou no colo de mau humor, Alli deitou a cabeça no ombro dela e sorriu de leve, passei a mão pelo rosto dele e sentei Carime no sofá.

— Doeu segurar ele um pouco? - Perguntei a Maira, que revirou os olhos e não me respondeu. —Me dá ele aqui, antes que você o sufoque com esse seu mau humor.

— E a culpa do meu mau humor é de quem? – Ela revidou, me entregando Alli.

— Ele é uma criança. – Retruquei, deitando a cabecinha dele no meu ombro com cuidado. — Não espere um comportamento maduro.

—Certo e depois ele se machuca e a culpada sou eu.

— Talvez porque você não presta nem sequer para ficar com seu filho no colo por dois segundos, sabe que se deixa-lo fora da nossa vista ele foge.

— Menino malcriado, é isso que é.

— Com a mãe que tem, eu nem imagino o que vocês passam no dia a dia.

— Já que se importa tanto com isso, por que não passa mais tempo em casa?

— Eu tenho que trabalhar. Coisa que você não faz. – Alli cutucou minha bochecha e me chamou, ao olhar pra ele, toda minha vontade de brigar se foi. — Desculpa amorzinho. Vamos logo.

Comecei a andar e sai sem dizer mais nada, apenas sai de casa, precisava respirar um pouco, Alli ainda estava em meu colo e sorria enquanto apertava minha bochecha. — Alli. – o chamei sorrindo. — Quer que o papai pare de trabalhar para cuidar de você? - Ele me encarou surpreso, por um segundo seus olhinhos brilharam, mas ele logo negou. — Por que não amor?

— Paa é especial pa todo mundo, não quelo paa só pra mim. - Senti meus olhos marejarem, mas me contive em beijar a testa dele e receber um doce sorriso de volta.

Chegamos a casa de Johan e percebi que as coisas já estavam se animando, meus pais já estavam lá, assim como os pais de Rose, havia algumas crianças, filhos dos vizinhos, não é como se fosse amigos do Erick, por que convenhamos que meu sobrinho não era nada social, mas como meu irmão tinha muitos amigos acabava chamando muitas pessoas.

— Will. – Ele me cumprimentou quando me viu e deu um beijinho em Alli. — Onde está a outra?

Eu ri e coloquei Alli no chão, ele correu até Erick que estava sentado no sofá e os dois começaram a conversar/brigar.

— Maira já está vindo, tivemos um contratempo.

— Ou seja, briga.

Eu o encarei com falsa indignação e nós dois rimos. — Hey, pestinha. – Cumprimentei Erick com um forte abraço e o entreguei o presente que havia prometido mais cedo. — Como é ser um ano mais velho?

Ele riu e deu de ombros. — Não sei, não mudou nada. – Baguncei o cabelo dele e dei um beijinho em Alli, Johan me esperava e por isso fui até ele.

— Seu filho é tão fofo que ás vezes duvido que seja mesmo seu. – Brinquei e ele riu.

— E o seu é seu mesmo, se não ficar de olho ele some de vista e apronta uma.

— Não entendi a indireta.

— Olha a outra. – Johan desconversou, olhando para a porta, Maira entrou com Carime e logo foi falar com umas amigas, deixando nossa filha no chão, nas expectativa de se livrar, certamente, eu apenas continuei conversando com meu irmão por um tempo, enquanto comiamos alguns doces e salgadinhos que ele mesmo havia feito com a ajuda da nossa mãe. — Ei. – Meu irmão me cutucou e apontou para Alli, que andava alegre na direção da mãe, porém no meio do caminho foi parado por Carime, que jogou um papel de bala em seu cabelo, ele se revoltou e tentou tacar de volta, causando uma briga entre eles com direito a tentaviva de estapeamento e tudo mais.

Maira, como sempre, estava entretida demais em conversas alheias para prestar atenção nos filhos.

—Senhor do Céu. – Rose reclamou, se aproximando de nós, ela estava com os fios loiros presos em uma trança e usava um vestido azul bem claro que a deixava com uma aparência bem mais jovem. —Willian algum dia seus filhos vão destruir essa casa de tanto que brigam.

Eu sorri meio torto e Johan desatou a rir. —Eu acho que vou atrás deles então. – Murmurei, mas recebi um olhar indignado dela como resposta. —Ou não...

—Preciso de ajuda com o Erick, Johan pode cuidar dos brigões, ele ja faz isso todo dia mesmo. – Johan apenas deu de ombros e, sabiamente, obedeceu a mulher. —Ah! Will, pedi Erick para ir falar com os convidados e tentar brincar com as crianças, mas ele saiu correndo, sabe como meu menino é timido e como tem medo de pessoas, e você já o ajudou varias vezes com isso, então será que pode o ajudar de novo?

—Claro, onde ele está? – Perguntei empolgado e ela apontou para a direção da varanda. —Pode deixar comigo. – Olhei uma ultima vez para meus filhos, a essa altura Johan segurava Alli em seu colo, meu menino esperneava e ameaçava bater na irmã de todo modo, enquanto Maira puxava Carime e parecia reclamar. Tudo que conseguir fazer por eles foi um pedido sincero aos céus para que meu irmão saisse vivo daquela guerra.

Me virei e comecei a caminhar na direção da varanda, onde encontrei Erick encolhido, com a cebeça enterrada nos braços. —Ei! – O chamei, me sentando ao seu lado, ele me fitou e eu sorri. —Hoje é um dia feliz, não fique mal.

—Não quero falar com ninguém. – Ele murmurou , emburrando a cara. —Ninguém quer falar comigo. E só.

—E eu sou o que? – Fingi indignação e o puxei para meu colo, o fazendo me encarar. —Estou falando com você, não estou?

—Você não conta. – Ele resmugou, manhoso. —Você é que nem o meu pai... Não conta. É como se fosse meu papai, só que de outro sangue, então não conta, não é como um amigo que eu poderia ter, é um membro da familia.

—Puxa Erick, até fazendo mãnha você fala como um pequeno adultinho. Mas que mania. – Reclamei, apertando a bochecha dele.

—Ai Tio, doeu. – Ele reclamou, esperneando um pouco. —Eu não tenho culpa de ter nascido assim, estranho.

—Você não nasceu estranho, não é porque fala como um adultinho que as pessoas vão te odiar. – O abracei mais forte. —Não precisa ter medo pequenino.

—Mas eu tenho... Não quero que ninguém me odeie.

—Eu posso não contar como amigo, mas conto como pessoa. E como pessoa eu digo que te amo. E hoje é seu aniversário, todo mundo está aqui para comemorar o quanto você é especial - Ele me encarou por um momento, como se tentasse me decifrar, então em seu rosto um pequeno e meigo sorriso se formou e ele retribuiu o abraço.

Eu sorri, com a senssação de trabalho cumprido.

—Paa... – Ouvi a voz de Alli, que vinha correndo em nossa direção, dessa vez perseguido por Carime, e logo atrás por Johan. —Paa.. – Ele se meteu entre nós e puxou o primo como um escudo, Carime parou de correr e ficou encarando Erick de modo assassino, meu sobrinho ficou visivelmente desconfortável e sem reação.

—Ei, agora chega de brigas, vocês não cansam nunca? – Reclamei um pouco indignado, Erick estava vermelho que nem um tomatinho e correu para o auxílio do pai, que se segurava para nao rir. —Estamos em um local publico... – Voltei a reclamar, atraindo a atenção dos meus filhos. —Tentem ser minimamente civilizados.

—Civilivizali? – Alli indagou, em seu idioma unico, é claro, e eu assenti seriamente, ele também ficou sério e me imitou, como se entendesse.

—Lerdo. – Erick resmungou, mas parou ao receber um tapinha leve de Johan.

—Certo! Agora podemos voltar para a festa de modo civilizado? – Johan indagou, fazendo um pequeno bico. —Os docinhos estavam bons.

—Pai doce é coisa de criança. – Erick murmurou, rindo. —Mas eu também quero.

—Já se entenderam? – Rose brotou, sorrindo docemente e roubando o filho para si. —Que bom, e agora bebezinho vou te dar quantos doces quiser. – Ela comentou já se afastando, a ideia de doces e mais doces acabou fazendo o pequeno loirinho sorrir. —Só porque foi um bom menino.

—Ei. –Johan parecia indignado. —Devolve meu ajinho.

Eu comecei a rir e ele me encarou furioso. —Por isso que digo que filho unico é trágico. – Comentei com falso desdém.

Ele apenas sorriu de modo torto e comentou com ironia. —Tem certeza?

— Papa! – Ouvi Carime resmungar, manhosa.

—Paa! – Alli também parecia a ponto de chorar.

Olhei para trás e vi que eles tentavam puxar o cabelo um do outro.

—Ainda não pararam de brigar? – Resmunguei, tentando separa-los, Johan apenas riu e deu de ombros.

—Acho que no fim eu que estou no lucro em, tio Will.


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Notas finais do capítulo

Coisas fofas
Enfim galera fiz um especial para a fic, na verdade vão ser varios especiais :3 vou escrever cenas e contos extras da fic e postar elas aqui : https://fanfiction.com.br/historia/653372/NovamenteAlice-Stories/
Espero que leia e gostem :33



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