Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 29
Perdão


Notas iniciais do capítulo

Sobre esse cap: Tá fofinho.. sério!



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Sinara

Eu estava chorando, tudo era escuro e assustadoramente frio, um homem com um sorriso gentil se ajoelhou a minha frente, logo o reconheci como o rei, mas nada fiz, apenas o encarei, ele estendeu uma das mãos pra mim e eu a segurei com cautela para poder me levantar.

— Eu vou te proteger. – Ele disse por fim e eu o abracei

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"Mas agora a escolha é sua, vamos fingir que nada aconteceu ou lutar aqui e agora até um sair vivo?", as palavras de Ás me tiraram de meus devaneios..

— Não vou lutar com você seu encrenqueiro. Se tem algo que Branca me ensinou é a ser uma dama. E minha mãe não costuma ensinar nada pela metade, por isso sou completamente concentrada, caso ainda não percebeu. – Resmunguei e notei que, pra variar, falei de mais.

— Mãe? Mas...

— Longa história.

Um silêncio se instalou entre nós, Ás me olhava de um modo sereno, estava sério e parecia decidido, suas palavras pareciam sinceras, ele ergueu a mão, de novo sendo salva, pensei e segurei sua mão, deixando que ele me ajudasse a levantar, de novo recebendo uma chance do destino.

— Só pra constar... – Comecei com um tom vago e baixo. — Obrigada.

— Será que pode repetir acho que não ouvi.

— Nem vem, mas entenda uma coisa, eu tenho meus objetivos e isso não vai mudar. – Esclareci e ele concordou de modo incrivelmente nostálgico. — Você é estranho. Vamos

— Tudo bem princesinha.

— Não sou uma princesa.

— Mas foi criada como uma.

— Dá um tempo, aposto que sempre viveu em berço de ouro. – Retruquei e Ás diminuiu o sorriso.

— Adoraria dizer que foi fácil assim a minha vida. – Ele sussurrou com o olhar um pouco distante.

— Como assim?

— Olha, chegamos, essa é sua rua?

Com o brilhante anuncio inoportuno de Ás acabei me tocando de onde estávamos, estava tudo coberto de neve, mas eu jamais esqueceria aquele lugar.

— Sim. – Respondi sentindo meu coração disparar. – Minha casa fica no fim da rua.

Nós aceleramos o passo, pelo menos o máximo que dava, afinal estávamos andando na neve, pelo lado positivo depois de tantos anos em Neal você se acostuma a esse tipo de “solo hostil”.

Eu parei de andar quando chegamos quase no fim da rua, meus olhos se voltaram a uma árvore solitária bem perto da minha casa e mil possibilidades passaram pela minha cabeça, Ás me encarou em dúvida, eu apenas ignorei os pensamentos e voltei a andar.

Passamos reto pela árvore, ela era cristalina e tinha frutos avermelhados, era a única da cidade que não fora congelada, mas meus pensamentos mudaram de rumo quando a grande casa rosa claro surgiu em meu campo de visão, minha casa, engoli seco e cheguei bem perto do portão prata e baixo, ao toca-lo pude senti o quanto estava congelado, Ás e eu decidimos pula-lo, afinal ele era extremamente baixo.

Enfim dentro caminhamos lentamente, na verdade eu havia diminuído os passos, Ás apenas me acompanhava e de algum modo senti que ele me entendia de uma forma que nenhum outro entendeu.

— Ei! – Ouvimos uma voz enlouquecidamente animada, foque no louca, agora de a essa louca um cabelo branco e um sorriso psicopata, sim, ela mesmo, Lyh correu até nós e me abraçou, ainda não entendo por que Loren mandou essa doida vir na frente, mas não posso negar que ela fez um ótimo trabalho eliminando possíveis inimigos. — Ainda não entrei, a porta está trancada com magia?

— Sim. – Respondi e todos me encararam. — Jason mandou fecharem assim quando trouxeram o colar pra cá.

— Jason? – Lyh perguntou e eu me toquei que sou a única que conhece o rei de verdade.

— Rei Jason de Neal. – Esclareci e ela disse um “ata” tão exagerado que até Ás riu. — Estranhos, vou abrir a porta.

— Pode abrir? Eu tentei de tudo e... Uau. – Eu apenas toquei na porta e ela abriu.

— É minha casa afinal.

— Faz sentido. – Ás comentou com ar de deboche e eu o ignorei.

Nós entramos, meu olhar divagou sobre cada coisa congelada, tive que conter algumas lágrimas.

— Ás onde está o meu pai? – Minha pergunta pareceu surpreendê-lo. — Jason disse que é lá que o colar está.

— Tudo bem, vem vou te levar lá. – Ele se virou para Lyh com um sorrisinho tosco. — Pode nos esperar aqui? Juro que voltarei logo e te darei todo meu amor e atenção.

Lyh se limitou a sorrir e mostrar a aliança no dedo.

— Tudo bem, demore o quanto quiser, qualquer coisa chamo meu noivo Robin, ele vai amar me fazer companhia.

Eu comecei a rir e Ás me puxou, rindo também, nós fomos em frente até a um grande salão, onde ficava o piano, eu estagnei ao entrar, sentada como se tocasse estava minha mãe, e em pé a observando com carinho estava meu pai, os dois se trocavam um olhar apaixonado e davam as mãos, eu me aproximei e toquei em suas mãos unidas, olhei nos olhos de cada um e me ajoelhei, chorando. Ás se aproximou receoso, e encostou a mão no meu ombro.

— Eles podem ouvir... Ainda não estão mortos, faz parte do feitiço, mas só podem ouvir que amam. – Ele murmurou.

— Mamãe... Papai... Eu amo vocês... – Segurei a mão de Ás e coloquei sobre a dos meus pais, ele se ajoelhou ao meu lado, me encarando em duvida, eu sorri e me voltei as nossas mãos unidas. — Não sei o que Ás fez a vocês. Mas por favor, o perdoem, eu já perdoei. Queria poder salvar vocês, é o meu maior desejo, mas se não posso, quero apenas que saibam que Branca e Jason cuidaram de mim, e olhem como eu cresci, mas eu ainda amo vocês, assim como amo eles. – Olhei para Ás, ele estava de cabeça baixa. — Ei, o que foi?

— Obrigado. – Ele sussurrou e me encarou, eu me surpreendi porque ele estava... chorando. — Não sabe como me alivia ouvir essas palavras, passei tantos anos carregando essa culpa. – Ele tentou enxugar as lágrimas e então eu o abracei. — Obrigado, você me lembra minha irmã mais nova. – Ele riu.

— Então ela deve ser a pessoa mais sortuda do mundo. Eu que agradeço Ás. – Nos afastamos e sorrimos, olhei para o piano, lá estava meu colar de esmeraldas, presente de Jason, que acabou vindo parar aqui por ser muito poderoso. Me levantei e peguei o colar. — Acho que está na hora de ir.

— Sim. – Nós andamos em direção a saída daquele salão, e nos dirigimos a porta, onde Lyh nos esperava, na verdade ela balançava a cabeça como se ouvisse uma musica animada, só que não havia musica, mas devemos reconsiderar, afinal é a Lyh.

Ao sairmos da casa estava com uma quase sensação de dever cumprido, quase...

Me virei rapidamente para os dois, totalmente decidida.

— O que vocês acham de usarmos algum fruto da flor imperial? - Perguntei, me lembrando da arvore que vi no caminho. — Ela tem propriedades de cura, se a usarmos o rei pode se curar.

— Mas... – Lyh começou com a voz tremula.

— Mas o que? – Perguntei sentindo a respiração falhar, ela me olhou nos olhos.

— Pelo que vi, só tem um... E pelo que senti, esse único fruto é o que dá vida a tudo aqui, esse feitiço deveria ter roubado a vitalidade de tudo e todos, mas o fruto tem uma magia tão poderosa que os mantêm vivos.

— Mas... Esse fruto é único, não tem mais igual, e Jason precisa de cura, senão Neal vai cair de vez, Branca está mal, é muita coisa só pra ela, as pessoas perderam a fé, Neal precisa de Jason,

— Sinara acho que não entendeu... Se tirar aquele fruto daqui, todos vão morrer, inclusive seus pais.


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Notas finais do capítulo

Vishi tadinha da Sinara...
Mas q ela e o Ás parecem irmãos em crise eles parecem... ahahuha



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