Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 28
A escolha é sua


Notas iniciais do capítulo

Oie floquinhos da mumai, já aviso que o Cap de hoje é Treteiro, but com o Ás tudo é mais lindo... ahuh auha
obs: Perdoem se tiver um errinho ou outro, minha cabeça não está em seus melhores dias.



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Sinara

— A gente está perdendo tempo. – Ás gritou lá de baixo, podia ver como estava sem paciência, mas era difícil dizer com certeza já que o sorriso debochado dele não dava muita credibilidade a seu humor. — Vamos embora logo.

— Espera. – Gritei de cima da árvore, eu estava quase alcançando a fruta quando um dos galhos caiu, ele desviou, e eu ri, recebendo em troca o olhar fuzilante dele, aliás, eu não pude deixar de notar que o olho vermelho brilhava mais que o preto.

— Pra que quer isso? Trouxemos comida suficiente para a viagem. – Ele resmungou e eu ri.

— Vocês de copas não sabem o que é bom, e isso é bom. – Olhei bem a minha frente. — Acabei de ver uma bem grande, vou subir mais um pouco.

— Cuidado para não-

— AH! – Antes que ele pudesse terminar de falar o galho que eu pisei quebrou e cai, por sorte Ás me segurou em seu colo. — Ai, ai, ai, essa foi por pouco.

— Por isso eu disse pra ter cuidado, menininha.

— Ah! Quem é a menininha aqui? Me põe no chão. – Reclamei quase socando a cara dele, que me colocou no chão entre risos;

— Pronto. Feliz?

— Sim, agora vamos voltar a andar.

Continuamos a andar até chegarmos a entrada da cidade, um grande aro prata a enfeitava, uma placa se encontrava a seu lado, ambos estavam congelados.

— Então aqui é sua cidade? – Ás perguntou olhando de um lado a outro e eu suspirei.

— Sim, cidade luz, vamos insuportável, não sei por que eu tive que vir com você.

— Você é mesmo dama da rainha? - O tom debochado dele não passou despercebido, me virei e o encarei revoltada, olhando eu seus olhos estranhos.

— Sim Ás, eu sou.

— Tudo bem. – Ele passou por mim, aproveitando para esbarrar em meu ombro, eu tive uma súbita vontade de chutá-lo, mas me contive.

— Quantos anos você tem criança? - Ele me ignorou, mas pude ver que sorriu. — Não sei como Jas pode ser seu filho, ele é tão fofo. – Comentei e ele riu.

— Não sei como branca pode ter uma dama como você.

Eu fiz o favor de ignorar, nós continuamos seguindo em frente e entramos na cidade, pra variar estava tudo congelado e deserto, dava para ver algumas casas, mas grande parte estava extremamente coberto e a paisagem que se via era de neve e mais neve.

Seguimos andando, pelo caminho que eu conhecia muito bem, Ás observava tudo com cautela e se mantinha em silencio, o que só aumentava minha angustia, eu acabaria perguntando, embora já tivesse certeza.

— Vejamos se eu entendi, precisamos do meu colar para essa tal arma, por causa da magia dele? – Perguntei dobrando a manga do meu vestido, que eu julguei longa de mais, mas nada supera a mania de ser super. protetora de Branca. Ás não me respondeu, ele olhava fixamente para frente, o que me irritou mais. — Ás. – Chamei e ele pareceu acordar, me olhou e sorriu.

— Sim? – Perguntou distraído e eu tive vontade de chuta-lo.

— Não torne isso mais difícil do que já está sendo. – Disparei e ele me encarou surpreso, mas não confuso, o que prova que sabia do que eu falava o que facilitou muito as coisas. — Eu sei que você mudou, mas nós dois sabemos que o passado não pode ser alterado, então pelo menos tente, fingir que nada aconteceu. – Terminei e ele desviou o olhar, sorrindo sem jeito.

— Você é mesmo do tipo que não esquece não é? Menininha. – Ele murmurou com um tom de nostalgia e eu olhei para o chão.

— Não comandante, eu não esqueço, é por isso que estamos aqui não é? Nenhum de nós esquece.

— Não fale assim Sinara, quem está tornando as coisas difíceis é você. – Ele retrucou e o encarei indignada. – Eu posso não conseguir não fingir, mas acredite sou melhor do que você nisso. Nem ao menos consegue convencer a si mesma de que não se incomoda com a minha presença, só pela forma que fala de mim fica óbvio que não acredita que eu mudei.

— O QUE PENSA QUE SABE SOBRE MIM, ÁS? – Gritei, mas ele não reagiu, comecei a dar passos para trás. — O que você tirou de mim não vale o que me deu em troca.

Eu corri para longe dele sem olhar para trás, apenas deixei meus passos me guiarem e me escondi embaixo de uma árvore congelada, sem perceber havia começado a chorar, me sentia uma criança, deitada entre as raízes de uma arvore chorando de medo, a principio tentei me controlar, mas quanto mais tentava pior ficava, quando finalmente me acalmei consegui forças para me levantar, olhei ao redor, tudo era branco e sem vida, a cidade luz já não brilhava a anos, olhei para o lado em busca de saber onde estava e vi uma estátua de uma velha senhora olhando para cima.

Perdi a força e cai de joelhos.

Eu sabia que aquilo não era uma estátua de gelo.

Joguei-me no chão novamente, as palavras de Ás ecoavam na minha cabeça, eu não sei fingir? Isso pode até ser, mas não sou pior do que ele, não mesmo. E dai se eu não consigo acreditar na mudança dele? Haja paciência, como se eu fosse obrigada a confiar em todos.

Respirei fundo e sequei as lágrimas, desde quando fiquei tão frágil?

— Maldito lugar. – Resmunguei socando o chão.

— Não deveria tratar assim esse lugar. – Já falei que odeio quando as pessoas surgem do nada? Pois bem, foi isso que Ás fez, surgiu a minha frente, com um olhar sério e um pouco assustador. — É graças a ele que está viva.

Sentei-me e olhei para trás, e reconheci aquele como o lugar que eu me escondi há anos, quando fugi do ataque.

Ás ainda me encarava.

— Eu sei que tirei muito de você, meu exercito congelou a todos... – Ele começou melancólico e eu abaixei a cabeça. — Sei que fui eu quem congelou seu pai e fui eu quem iniciei e liderei o ataque, mas, Sinara. – Ás me chamou e eu o encarei. — Eu também sei que fui quem fingiu não te ver, eu sei que você me viu, naquela hora eu poupei sua vida, por que diferente do que pensa minha intenção nunca foi machucar ninguém. Eu concordo com o que disse, o que eu te tirei é incalculável, mas não suporto a forma como trata sua própria vida, ela é valiosa, não ache que não foi um grande ganho. Mas agora a escolha é sua, vamos fingir que nada aconteceu ou lutar aqui e agora até um sair vivo?


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