Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 24
Sessão especial 2/3- Cap Will


Notas iniciais do capítulo

Hey aki está o 2 cap da sessão especial de capitulos que eu havia prometido, mas vcs devem estar se perguntando, "mas perai não era só o Will e o Ás? " Érrrrr No! ahuaha Eu só não podia revelar senão seria spoiler bravo, mas o prox é dooooooooooooooooooo........ Johan é claro, na sessão de Adultos amados não pode faltar o Johan... Bjusss



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Will

Depois que branca e Ás saíram, a duquesa realmente não desgrudou mais de Let, ele ainda estava um pouco nervoso, o que me agoniou, se tem algo que eu odeio é ver uma criança assim, ainda mais um menino que me lembrava tanto o meu Alli.

Desde que chegaram, não consegui conversar nem com o chapeleiro e nem com a duquesa e nem com o Chapeleiro.

Quelu a mamai. – Let pediu com uma carinha de choro, mas duquesa não perdeu tempo, ela o deitou em seu colo e começou a cantar uma musica calma e suave, eu não a conhecia, mas era linda e ao ouvi-la, Let exibiu um doce sorriso no rosto.

— Queridinho a sua mãe já esta vindo, tudo bem? - A duquesa estava incrivelmente calma, sorria calmamente e acariciava o rosto de Let devagar.

— Tudo, eu acho. – Ele respondeu de um jeito um pouco travesso, o que me fez sorrir. — Agola eu acho... – Antes que ele pudesse terminar de falar seus olhinhos se fecharam e o sono o venceu.

— Dormindo novamente... – Resmungou o chapeleiro, que assim como eu, observava a cena com um sorriso. — Deveria ser considerado um dom, é a explicação para esse menino dormir tanto.

— Ah! Pelo menos ele é bem calminho. – Comentei e a duquesa pareceu concordar, ela o deitou novamente na cama e sorriu de um jeito tão materno que eu me surpreendi. — Diferente do Alli. – Completei e os dois riram.

— Isso é uma verdade. – O chapeleiro concordou, com um ar de melancolia e um silencio se instalou entre nós. — Bem tenho que ir, vou ver se tiveram algum progresso... Ou será que vou a biblioteca? – Ele disse se levantando, a duquesa suspirou e o encarou.

— Vá dormir. – Ela disse por fim e ele pareceu considerar.

— Tudo bem.

Assim ele saiu e eu decidi fazer o mesmo.

— Se me dá licença. – Disse me levantando e a duquesa apenas acenou com a cabeça, eu sai devagar, sentindo uma repentina angustia, estava tentando controlar o tremor das minhas mãos há horas e agora que estava sozinho, elas não pareciam querer continuar a obedecer.

Andei rapidamente até o quarto no qual eu me alojei e então percebi que estava prendendo a respiração, ontem havia chegado uma mensagem avisando que meu pequeno havia sido capturado pela rainha, então agora estou aqui destruído e isolado, será que tirar minha filha de mim não é o suficiente? Tem que levar meu filho também? Tentei focar a mente, mas era quase impossível não pensar nas piores possibilidades.

Me joguei na cama e dormi em instantes, e, como sempre, fui emergido em um sonho, que na verdade era uma lembrança:

Eu estava distraído, sentado na varanda da minha antiga casa quando Alli veio correndo da rua em minha direção, eu sorri ao ver meu filho, aquele era o primeiro dia depois de duas semanas que eu o via, ele sorriu e esticou os bracinhos pequenos quando me alcançou e me abraçou.

— Oi meu pequeno, que saudade. – Sussurrei e ele sorriu pra mim.

— Papai eu também estava com saudade. – Ele respondeu alegremente.

— Onde está sua irmã? – Perguntei bagunçando o cabelo dele, que riu um pouco e tentou se arrumar de novo.

— Não sei papai, saiu com a mamãe eu acho. – Ele respondeu simplesmente.

— E te deixaram aqui?

— É.

— Sozinho?

— Sim papai, mas eu não to mais sozinho. – Ele me abraçou de novo sorrindo e eu respirei fundo. — Voxê está comigo, e vai sempre estar não é? – Ele perguntou me encarando com um misto de medo e esperança no olhar, eu apenas sorri e beijei a testa dele.

— Sim meu menino, sempre.

# # #

Ao reabrir os olhos, notei que estava chorando, mas é claro que estava, afinal eu estava um caco. Mas acima de tudo notei que estava sendo observado.

— Will? – Ouvi a voz de Branca na porta e sorri enquanto limpava as lágrimas, ela me encarou com ternura e permaneceu onde estava. — Precisa de um ombro amigo? Por que eu meio que preciso.

Eu ri, eu não era o único sofrendo por aqui.

— Claro. Como ele está?

— Quem Let? Ah! Bem melhor. – Ela respondeu rapidamente, como fazia sempre que estava enrolando.

— Não! Seu marido... Como ele está. – Insisti e ela se sentou ao meu lado, notei que havia algo em sua mão, um livro talvez.

— Do mesmo jeito de sempre, ele só vai acordar quando a maldição se romper. – Ela dizia pesadamente de cabeça baixa.

— Tudo bem, estamos lutando não é? Assim que a rainha morrer a maldição acaba, isso vai salvar muitos por aqui.

— É, pode ser. – Ela não parecia muito convencida, mas estava mais calma, isso bastava para mim, olhei novamente para o livro.

— O que é isso?

— Como te conheço há décadas eu sei por que se isolou aqui, por isso eu trouxe algo que encontrei esses dias. – Ela disse como quem não queria nada, me entregou o livro e quando eu o abri quase tive um infarto. —O Chapeleiro me entregou esse velho álbum, ele disse que eram fotos tiradas pela Duquesa e por ele, sabe Will, eles cuidaram dessas crianças com muito amor, eu sei que está preocupado com Alli, mas saiba que Ás o treinou bem o suficiente para não sofrer com qualquer queda. Bem agora eu vou, Let precisa de mim, tchau. – Ela terminou de falar e saiu eu apenas sorri.

Eu joguei a cabeça para trás deixando que mais lágrimas fizessem a festa e depois voltei a encarar a foto do álbum, na verdade eram três fotos, na primeira estava Alli, com seis anos, ou sete, já que quando ele foi tirado de mim faltava pouco para completar sete anos, ele estava sentado na varanda de alguma casa e olhava emburrado para a câmera, mas era óbvio que estava tentando não rir, a segunda era de Erick, com oito anos talvez, na mesma varanda, mas dessa vez ele estava encostado na porta com um sorriso tímido, sorriso, aliás, que ele herdou do pai, a terceira, oh! Essa me destruiu de vez, minha filha, do mesmo jeitinho que me lembro dela, pequena, o cabelo até o ombro solto, um vestido cinza, a cor que mais usava e um sorriso delicado no rosto.

Eu então recomecei a chorar, hoje todas as minhas mágoas pareciam prontas para me atacar de uma vez como se eu fosse um alvo precioso.

Depois que me acalmei me aproximei da janela e a abri, uma luz me atravessou e o vento me reconfortou, eu me sentei novamente.

Voltei meus olhos ao álbum e resolvi virar a pagina, dessa vez uma foto maior apareceu uma com uma moça jovem em pé perto de uma campina, ela tinha cabelo castanho claro, usava um vestido lilás simples e olhava para baixo, um menino loiro de uns nove anos a abraçava, não vi o rosto, mas possivelmente era Erick, eu sorri ao ver que ao menos eles tinham alguém que pudessem amar, ao lado da moça estava o chapeleiro, ele estava sentado na campina olhando ao redor com um sorriso distraído, sentada ao lado dele estava Carime, que admirava uma caneca, Alli estava ao lado dela e também olhava para a mesma coisa.

— Linda foto não é mesmo? – Uma voz do além me assustou, eu olhei para trás e vi a duquesa. — Desculpe não foi minha intenção te assustar, eu acabei de chegar e queria te conhecer.

— Ah...

— Eu ainda não me apresentei formalmente, sou Annai, mas só me chamam de duquesa, é um prazer, eu sempre quis te conhecer, Duque Willian de Jadis não é? Alli falava muito de você. – Ela disse e se sentou ao meu lado. — O chapeleiro também gostaria de te conhecer, mas ele é um pouco estranho.

— Ah! Tudo bem. Pode me chamar de Will apenas.

— Will... – Ela disse sorrindo e apontou pra a foto. — Naquele dia Erick começou a chorar, era raro ele chorar, muito raro, Alli queria a caneca de brinquedo e Carime não queria soltar, no fim ela bateu com a caneca na cabeça dele, foi uma tragédia. – Ela concluiu com ar pensativo e eu ri.

— É bem a cara dela fazer isso. – Comentei e a duquesa sorriu. — Alli e ela viviam brigando, porque um pegava as coisas do outro. – Conclui e olhei para a foto novamente. — Quem tirou?

— Um amigo... Na verdade... É complicado... Foi Zeck, olha aqui ele. – Ela apontou para a foto do outro lado que eu ainda não tinha parado para notar, nela um jovem ruivo estava sentado em cima de uma mesa de escritório, atrás dele uma grande janela estava aberta e Ás estava apoiado nela, olhando para a câmera com cara de paisagem, mas oque me chamou a atenção foi o jovem ruivo.

— Esse é o cara que vocês estão tentando contatar?

— Sim, só que mais velho atualmente.

— Ele se parece com...

— O antigo rei? – Ela completou e eu a encarei pasmo. — Sim, ele é mesmo como o pai.

— O pai... Espera, quer dizer que... Oh! – Eu não podia acreditar, o filho de Oliver. — Então agora ele deve ser o rei. – Supus e ela concordou.

— Zeck se casou com a afilhada da rainha, Mary Anne, mas como já é de costume nesse mundo o rei quase nunca aparece, ele sempre admirou Ás, por isso vivia o atormentando, ele também se afeiçoou pelos meninos, já que vivia em minha casa, tanto que, bem, graças a ele o sofrimento das crianças diminuiu consideravelmente, ele é diferente sabe... Ele é bom, se ao menos ele reinasse sozinho.

— Eu conheci o pai dele, bom homem, mas não interferia diretamente. – Comentei, me lembrando do motivo para ainda estar vivo, então virei a pagina do álbum.

Na pagina havia duas fotos, a primeira era aqui, nesse palácio, só que em uma sala muito maior, o chapeleiro estava ao lado de um homem tipicamente de Neal, pálido, cabelo acinzentado e olhos quase cinzas, um menino estava nos braços dele, não deveria ter nem um ano, e dormia, ao lado do chapeleiro minha filha estava parada, mas olhava para o outro lado, ela usava um vestido branco e o cabelo estava um pouco maior.

— Porque ela estava com o chapeleiro? – Perguntei e Annai sorriu.

— Ela seguia ele por toda parte, esse menino ai é Let, o rei o deixou com o chapeleiro por estar fraco, ele ficou mal depois que branca sumiu.

— Oh! Let. – Eu sorri ao perceber como o tempo passou, mesmo que em velocidade mínima, mas ele passou.

Na outra foto Erick estava abraçando Alli, a duquesa comentou algo como aquilo ter gerado uma briga, e nas paginas seguintes muitas fotos das crianças, algumas Alli estava sorrindo, outras estava emburrado, algumas ele até virava a cara, Carime estava sempre fazendo alguma pose, seu cabelo estava cada vez maior, já Erick estava sempre sorrindo e o que mais me incomodou, seus olhos já tinham mudado de cor, estavam amarelos e distantes.

Então uma mudança radical, primeiro as óbvias, os olhos de Alli também mudaram, e eles estavam um pouco mais velhos, com nove ou dez anos também, só que outras coisas também mudaram, Alli não mostrava mais que um meio sorriso, Erick não parecia estar prestando atenção em nada e Carime estava sempre sozinha nas fotos e seu sorriso era menos delicado.

— Oque houve com eles? – Perguntei e a duquesa se ajeitou.

— Imagino que eles tenham te dito... Sobre as funções.

— Sim, mas eu não entendi direito, quer dizer, eu não consigo ver eles como... – Senti novamente as lagrimas voltarem, mas as controlei dessa vez. — Eles são só... Meu Deus são só crianças.

— Eu entendo Will, sabe eu queria te conhecer porquê... Porque eu sofri com isso todos os dias, não sei se sabe ou se notou, mas eu cuidei deles desde que chegaram aqui, ah! Eu sei oque esta sentindo. – Ela disse e senti a sinceridade em sua voz, eu sorri me sentindo imensamente feliz por essa mulher existir.

— Obrigado por tudo, por ter cuidado deles, eu temi tanto por anos.

— Eu amo essas crianças Will, também amava sua filha, ela morava com o chapeleiro, mas nós sempre dávamos um jeito de deixar as crianças próximas. Mas tem algo... Deve saber que Alli sentia sua falta e muito, céus, ele chorava todas as noites, Erick também sofria, mas passava tanto tempo consolando Alli que até se esquecia de chorar. – Ela comentou e eu baixei os olhos. — Seu filho não pedia pela mãe, eu preferi deixar quieto, mas queria que você soubesse disso.

— Oh! É, digamos que ele aprendeu a não precisar dela – Esclareci e ela permaneceu em silencio, a porta se abriu novamente e dessa vez quem entrou foi Ás.

— Novidades... – Ele resmungou e fez sinal para que fossemos com ele, a duquesa se levantou na hora, nós nos entreolhamos o seguimos.

— É sobre o Alli? - A duquesa perguntou aflita.

— Não, mas é de Loren, parece que ela tem um plano, e nós teremos que ajudar dessa vez. – Ás respondeu desanimado.

— Como assim? – Perguntei e ele pareceu pensar.

— Sei lá, É algo como acompanhar os pirralhos numa viajem louca, por que eles vão ter que se separar ou algo assim.

— Nossa Ás você é genial. – A duquesa resmungou e ele deu de ombros. — De qualquer forma, quanto antes entendermos isso melhor.

— É, vamos, pelas crianças. – Concordei e nós apressamos o passo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom...
Alli criança era tãão fofo Meu Deusu... kkkkk Bjuss Floquinhos



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