Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 23
-Sessão cap Especial 1/3 - Ás


Notas iniciais do capítulo

Oi como devem ter notado o cap é do... Ás.. kk
Ah! E sim, o cap está no mesmo estilo do ultimo que eu postei do Alli, huah É que essa cena do Jas é tão cute que não resisti....



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Ás

~ Há alguns meses~

Eu estava feliz em casa, deitado no sofá e tentando dormir, um dia comum e normal na minha vida, ninguém poderia estragar certo? Errado.

Jasper entrou em casa parecendo um foguete, Maira entrou logo atrás com os olhos faiscando, ‘Pronto’, pensei me sentando e dei de cara com minha esposa segurando o menino pela orelha... — Me solta! – Jas se debatia na tentativa de fugir, mas Maira deu-lhe um forte tapa e ele parou de se mexer, não de falar: — Bruxa! Me solta, está me machucando.

— Peste! Ainda jogo uma bomba na sua cabeça pra ver se você explode de uma vez. – Ela retrucou e Jasper ficou quieto. — E você Ás, vai ficar parado ai? Seu filho aqui precisa de disciplina urgente, ele já está enchendo a paciência, você consegue fazer um bando de soldados te obedecerem, mas não sabe domar essa coisa. – Ela concluiu e o jogou em cima de mim, eu segurei os ombros dele quando vi que estava prestes a cair, ele ficou o tempo todo olhando pra baixo e eu nada disse. — Essa criança não é normal, você tem que dar um jeito nesse comportamento dele Ás, porque eu já desisti. – Ela terminou de falar e saiu pisando firme.

— E você por acaso tentou? – Murmurei baixinho e Jasper sorriu, depois ele se afastou um pouco e ficou na minha frente com a cabeça baixa, eu o observei, duvidava que estava mesmo arrependido. — Jasper, por favor, pare de atormentar sua mãe, depois quem tem que ficar ouvindo as reclamações infinitas dela sou eu... E como ela reclama. – Resmunguei e ele sorriu novamente, céus esse menino consegue achar graça de tudo, esse pensamento me fez quase rir, mas só de pensar na falação de Maira me desanimou. — Oque você fez dessa vez? - Perguntei e ele se encolheu mais, isso fez com que eu me lembrasse de Alli, que sempre se encolhia nos cantos quanto ficava com medo.

— Nada demais. – Ele respondeu sem olhar pra mim.

— Nada demais? Sua mãe ameaçou jogar uma bomba na sua cabeça por nada? – Retruquei e ele pareceu indignado.

— Sim, não se lembra do dia que eu estava quieto e mamãe disse que queria me jogar no primeiro caminhão de mudança que visse e me mandar pra longe? – Ele insistiu e eu me controlei para não rir, céus esse menino é muito descarado, consegue ser pior do que eu.

— Estava quieto? Jasper você trouxe uma raposa pra casa, e queria ficar com ela, e quando sua mãe não deixou você rabiscou o espelho com o batom dela. – Respondi e ele pareceu chocado, indignado, revoltado, uma verdadeira vitima da sociedade, eu não podia acreditar, esse menino realmente consegue ser pior que eu, ou igual, isso me assustou, na verdade eu achei divertido e sem perceber deixei transparecer um sorriso terno, os olhos de Jas brilharam, mas ele apenas voltou a fazer sua cara de inocente.

— Papai olha só... A mamãe é má comigo. – Ele reclamou emburrado.

— Ah! E por isso você é mal com ela? – Retruquei.

— É... – Ele respondeu simplesmente. — A raposa era fofa, eu até tinha pensado um nome pra ela, ia ser chio.

— Chio? Que raio de nome é chio?

— Eu achei fofo...

— Mas é chio.

— Mas é fofo.

— Ah! Quer saber some da minha frente e por tudo que é mais sagrado, para de falar fofo, está me dando agonia. – Mandei e ele ficou me encarando. — Não se preocupe ninguém vai te jogar nenhuma bomba e nem te mandar pra longe em nenhum caminhão de mudança.

— Nem me pendurar como isca numa vara de pescar e me jogar para os tubarões?

— Lógico que não Jas...– Ele ficou estagnado por um tempo, então me toquei que nunca o chamei de Jas, isso era um modo carinhoso de falar e eu nunca o tratei de um jeito carinhoso, os olhos deles cintilavam eu tinha certeza de que ele estava feliz, isso me deixou triste, se coisas tão simples como apelidos e sorrisos o deixam tão radiante, acho que ele deve estar se sentindo realmente sozinho, mas a segurança dele era prioridade e por enquanto, se esse é o único jeito de protege-lo, é assim que será. — Vai logo! – Exclamei e caminhei na reta da cozinha, Jas olhou nos meus olhos e sorriu depois saiu correndo, certamente armando um plano de atormentar Maira.

~ Atualmente, ou quase~

Entrei no quarto onde Jas tinha se alojado para dar boa noite e quando cheguei me deparei com a incrível cena do meu filho se esforçando para pegar um travesseiro que estava um pouco no alto, ele se esticava todo para alcançar e ás vezes dava pulinhos, eu fiquei observando da porta, ele parecia tão interessado que nem me notou, ele olhou bem para a estante, não estava muito no alto, mas ele infelizmente é bem pequeno, então ele decidiu pegar outro que estava um pouco mais embaixo, porque ele não fez isso antes? Vai entender. Quando ele puxou o travesseiro a primeira vez um edredom se mexeu, eu comecei a me aproximar prevendo oque iria acontecer e como eu previa Jas puxou o travesseiro com mais força e o edredom caiu em cima dele.

— Ah! – Ele se assustou e tropeçou no próprio pé caindo pra trás, eu corri e o segurei, tentando conter o riso, Jas ficou me encarando com o travesseiro na mão, enquanto eu arrumava a bagunça que ele fez.

— Olha que bagunça, tome mais cuidado da próxima vez. – Repreendi e ele baixou a cabeça, eu terminei de arrumar e me sentei na cama enquanto ele ficou em pé ao meu lado. — Mas você tem vocação para aprontar em. –Murmurei e ele se encolheu, eu sorri e me curvei um pouco para ficar na reta de seu rosto. —Parece até comigo mesmo. – Eu disse e ele me encarou surpreso oque me fez rir, minha reação o surpreendeu mais ainda, eu nunca ri na frente dele, na verdade nós mal nos falávamos. —É sério, da próxima tenha mais cuidado, não quero que se machuque.

— Tá. – Ele respondeu sorrindo, um sorriso torto e meigo. — Papai? - Ele me chamou encostando a cabeça no meu ombro. — Vai voltar pra mamãe amanhã? – Ele perguntou, para qualquer um pode parecer uma pergunta estranha, mas eu o entendo, porque todos esses anos eu nunca dei apoio a Jas, todas ás vezes eu ficava do lado de Maira ou indiferente, quase sempre indiferente na verdade, isso me matava por dentro, mas graças a isso eu não tive que me preocupar com a segurança dele a todo minuto, só que quando eu fazia isso, meu filho se sentia acuado e sozinho.

— Oh! Jas... – Eu o puxei e o sentei em meu colo. — Não, eu nunca mais vou voltar pra Maira, eu vou ficar só do seu lado. Agora tudo será diferente pra nós meu pequeno. – Eu o abracei com força e ele sorriu. — Eu te amo Jas. – Sussurrei e os olhos dele ficaram marejados. — Te amo meu filho, eu sei que nunca disse, mas eu morreria por você.

— Papai. – Ele tentou falar, mas a emoção não o deixou, eu sorri e o abracei mais forte, tantos anos esperando poder dizer aquelas palavras, agora que posso, não consigo simplesmente abandonar a sensação de paz que o amor transmite.

— Á muito tempo eu aprendi, que existem as mais diversas formas de amor meu pequeno, mas só depois que você nasceu, eu entendi de verdade oque aquilo queria dizer. – Ele apenas começou a chorar, eu esperei até que parasse e o deitei na cama. — Tudo bem Jas, papai vai estar aqui de manhã. – Ele sorriu e imediatamente foi tomado pelo sono.

E eu estava, de manhã, a sua espera, mas ele não.

Não havia muito tempo que acabamos sabendo que Alli foi sequestrado por Max, principalmente depois que a Duquesa voltou, ela não demonstra, mas só pela sua cara de poucos amigos dá pra ver que está furiosa todos estavam inquietos, então a ela perguntou sobre as crianças, eu corri até o quarto, mas já era tarde.

Nós encontramos Let rapidamente, ele estava assustado e chorava muito, a rainha o acolheu rapidamente, agora estamos na sala esperando, o chapeleiro e a rainha o levaram para o quarto para ele se acalmar mais e depois nos contar o que aconteceu, não sei o que me tortura mais, ver como ele está assustado ou imaginar o que pode estar acontecendo com Jas, talvez nesse momento Alli pode estar com ele, ou não.

A Duquesa esta em seu estado de pavor máximo em seu quarto então na sala só restam eu e Will, ele não disse uma palavra desde que encontramos Let, nós ainda não tivemos tempo de conversar direito, mas uma coisa é fato, nós temos que acertar as coisas entre nós, eu tenho na verdade, eu tenho que acertas as coisas com todos, mesmo que não estejam muito dispostos, eu preciso tentar. Will estava sentado no sofá olhando para o teto e eu me sentei ao seu lado.

— Parece que o destino nos igualou até nisso. – Ele resmungou e eu sorri.

— Sim, mas seu filho tem sorte, é só ele usar um pouco da chatice dele e tudo se resolve. – Comentei e dessa vez quem sorriu foi ele.

— E seu filho pode usar o encanto dele. Ou... Se a fofura não der certo ele pode tacar uma bomba. – Will disse casualmente e eu ri.

— Céus o pior é que ele é mesmo capaz de fazer isso. – Will me encarou e eu dei de ombros. — A culpa não é minha se Maira tinha um livro com mil e uma formas de ameaçar seu filho, e que bombas estão incluídas, o Jas ouviu ela falar disso uma vez e já era. – Esclareci e ele não pareceu surpreso, claro que não.

— Acho que nossos filhos têm muito em comum. – Ele concluiu e eu concordei. — Dá até medo.

— Certamente.

— E nós fomos uma desgraça como pai.

— Certamente.

— E você só sabe falar certamente.

— Certamente. – Nós dois rimos, pelo menos Will entendia a angustia que eu estava sentindo. — Tenho que falar com Zeck.

— Preciso conhecer esse cara.

— Tenho certeza que ele também quer te conhecer.

— Como é? – Will me encarou confuso e eu afundei mais no sofá.

— Sei lá... Será que as crianças estão bem?

— Se o Alli descobrir que você o chamou de criança ele te mata. – Will comentou com um sorriso torto.

— Ele que tente. To precisando mesmo de uma diversão.

— Sua diversão é lutar?

— Com seu filho? Claro... Ele é horrível contra adversários mais altos. Ele só é bom em irritar, ah! Isso ele faz bem.

— É eu sei, irritar é quase um dom.

— Ei vocês dois. – A duquesa nos chamou, ela estava emburrada e caminhava devagar até nós. — Estão parecendo dois vagabundos.

— E eu sou o que? – Retruquei e ela suspirou.

— Acho que Let se acalmou, vamos falar com eles. E eu preciso abraçar alguém. – Ela reclamou desolada. — Meus filhotinhos estão longe de mim.

— Só o seus? – Questionei me levantando, ela me lançou um olhar fatal. — Ai você esta parecendo um cãozinho sem dono.

— Cala a boca e me abraça. – Ela me puxou e me abraçou quase chorando. — Meus filhotinhos. Ás trás eles de volta. Quero todos.

— A gente não ia ver o Let? – Perguntei dando um tapinha leve na cabeça dela.

— Insensível. – Ela reclamou e eu olhei para Will que se controlava para não rir, ele passou por mim e foi indo na frente. — Me leva lá.

— Eu não.

— Leva.

— Você é insuportável quando está carente. - Me afastei e comecei a andar ela me seguiu chorando.

— Quero meus filhinhos de volta Ás.

— Sei, anda.

Nós seguimos assim até chegarmos ao quarto de Let, ele estava sentado em sua cama com o dedo na boca, a rainha estava de um lado, o chapeleiro de outro e conversava com Will, que estava em pé. A duquesa saiu correndo e quando a viu Let esticou os bracinhos, se sentou na cama e o pegou no colo.

— Ótimo ela não vai largar ele mais. – Reclamei e ela apenas virou a cara. — Alguma novidade? – Perguntei a rainha e ela suspirou.

— Sim, eles queriam uma criança, como não sabiam de Jas, Let era o alvo, ele correu para o quarto do seu filho e ele o escondeu, quando pegaram Jasper foram embora. – Ela disse calmamente.

— Então Jas...

— Sim, Jas o salvou – Ela confirmou e eu sorri. — Agora vou tentar contatar Zeck, vem comigo Ás?

— Claro. Faz um tempo que não falo com aquele menino mimado mesmo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom.. Ás divoso e Duquesa carente ehehe Vou pôr alguma cena extra no tumblr alguma ideia ou pedido?
Bjus Floquinhos de neve!
E não esqueçam de cutir a page que eu fiz recentemente: https://www.facebook.com/novaalicefic



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