Everything Has Changed escrita por yourcoffeehot


Capítulo 2
As blue as the Tenerife Sea


Notas iniciais do capítulo

(Tão azuis quanto o mar de Tenerife)

Olá pessoas que leram e não comentaram ainda. Boa leitura



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Narrador Neutro

Chlöe se arrumou e forma singela que podia, não estava indo a um encontro nem a nada do tipo - ou estava? Talvez no fundo fosse só um plano do novato ruivo de chamá-la para sair. Vestiu um short jeans, meias, uma bota preta de cano curto e salto baixo, uma camisa da Celine preta e bem simples, com um casaco listrado em preto e branco de gola alta por cima. Sobre os cabelos soltos, um chapéu simples preto.

Por volta das 22h ela chegou ao Dinnamo's, Leonard já estava no palco, sentado e com um violão em mãos. Cantava de olhos fechados, mais sentindo que cantando a música. Depois de ficar olhando da porta, assim que entrara, Chlöe resolveu entrar e sentar em uma das mesas vazias; uma não muito escondida, mas nem no "gargarejo" do show. Ficou à direita de Leonard, bebendo um suco e ouvindo a voz calma dele tomar conta do estabelecimento. A música acabou e ele agradeceu, porém não viu Chlöe na plateia. Alguns aplaudiram. Então ele logo iniciou outro cover.

Guess it's true, I'm not good at a one nigth stand. But I still need love, 'cause I'm just a man – Leonard fechou os olhos novamente, com a cabeça inclinada para o lado.

Por mais que amasse música clássica, Chlöe Montgomery também ouvia outros tipos, e conheceu a letra de Stay With Me, de Sam Smith. Começou a cantarolar junto, conforme lembrava da letra.

[...] Oh, won't you stay with me? 'Cause you're all need. This ain't love, it's clear to see. But, darling, stay with me... – Ele abriu os olhos, viu diretamente Chlöe cantarolando, e ela corou por isso, mas ele não percebeu de longe. - Why am I so emotional? No, it's not a good look. Need some self control, and deep down, I know this never works...

Ele ficou intrigado de por que ela tinha ido vê-lo tocar, não tinha que estudar? Ficou cantando no modo automático, olhando para ela sem perceber que fazia isso descaradamente. Quando se deu conta, Chlöe já estava bem vermelha, sem saber para onde olhar, então fingiu estar olhando para o celular. Leonard sorriu enquanto cantava e depois voltou a prestar atenção nos demais.

Oh, won't you stay with me? 'Cause you're all I need. This ain't love, it's clerar to see. But, darling, stay with me.

A música então acabou e dessa vez todos ali presente aplaudiram. Leonard sorriu abertamente, como uma criança que ganha o tão esperado presente no Natal. Havia sinceridade naquele sorriso, havia verdade e muita história também. Ele disse, então:

– Obrigado, vocês são uma ótima plateia de 17 de pessoas. Daqui a pouco eu volto pra cantar mais algumas - mais alguns aplaudiram e ele desceu do palco, indo direto à mesa de Chlöe que mordeu a parte interna das bochechas. - Pelo visto os estudos não estavam tão bons assim - sorriu. - Posso me sentar aqui? - Apontou para a cadeira vaga na mesa.

– Claro - respondeu baixinho.

– Gostou do show? - Leonard se perguntou internamente porque se importava com a opinião de uma estranha.

– Você canta muito bem, a sua voz é linda.

– Gentileza sua - respondeu, bebendo água da garrafa que levara consigo do palco. - Você perdeu as duas primeiras músicas que são composições minhas.

– Você compõe?

– Alguns têm diários, eu escrevo músicas - isso a fez sorrir.

Chlöe, só então, percebeu que os olhos de Leonard eram lindos. Tão claros. Tão azuis quanto o mar de Tenerife, pensou ela. E combinavam perfeitamente com a pele claríssima dele, assim como o cabelo e a rala barba ruiva.

– Você veio me ver cantar e eu nem sem seu nome - Disse ele, fazendo-a perceber que o estava encarando fixamente.

– Também não sei o seu - disse ela.

– Leonard. Ou Leo, como preferir. Ou Cara Bêbado do Corredor.

Ela riu timidamente. Cara Bêbado do Corredor era exatamente como o tinha chamado.

– Sou Chlöe. Não sabe mesmo quem eu sou? - Estava em dúvida sobre ele não saber nada sobre ela. A maioria na faculdade sabia.

– Até cinco segundos atrás eu chamava você de Garota do Corredor, então não. Não sei quem você é, Chlöe do Corredor - sorriu um sorriso doce que quase derreteu ela.

– Me chamo Chlöe Montgomery - Disse ela sutilmente, como se dissesse "a filha do diretor, lembra agora?" no lugar de seu sobrenome.

– Montgomery tipo Montgomery Burns, dos Simpsons? - Perguntou ele, rindo pelas narinas.

Ninguém havia feito aquela comparação em toda sua vida, mas ela achou engraçado e riu abertamente pela primeira vez na noite.

– Não, não, desculpa. - Falou ele. - Não foi uma boa comparação, ele é um velho amarelo e feio...

– Não, tudo bem - ela suspirou, recompondo-se. - Sou a filha do diretor da faculdade.

– Uau, isso deve ser um saco. - Ele se apoiou na mesa, debruçando-se. - Digo, meus pais eram professores e já era meio chato de vez em quando. Imagino como se sente.

– Nada que eu não possa suportar. - Enquanto Leonard pedia uma cerveja, ela pediu outra dose de suco de laranja. - Por que se transferiu para a Marshall? - Havia curiosidade naqueles olhos castanhos, estavam presos a Leonard.

– Tive uma grande decepção na minha antiga faculdade, em Jacksonville, e minha irmã está na Marshall, também. E eu vivo do que ganho cantando, então... nunca paro em um lugar só.

– Pretende ficar aqui?

– Não sei. Pretendia ficar em Jacksonville, também e só quebrei a cara por lá.

Chlöe estava curiosa para saber o que o levara a deixar Jacksonville e ir para Marshall, tinha quase certeza que era sobre uma mulher, mas não quis perguntar. Achou que não tinha direito de cutucar a ferida aberta de ninguém.

– Você estava bêbado hoje de manhã; não devia estar bebendo agora - as palavras saltaram sem paraquedas da boca de Chlöe. - Desculpa, isso não é problemas meu, não é?

Leonard olhou para a garrafa em sua mão. Ficar bêbado já estava virando rotinha desde Stacy.

– Não, você tem razão. Eu devia estar acompanhando você no suco, mas acho que é mais forte que eu - mesmo assim, ele largou a garrafa na mesa.

Leonard achou mais que simplesmente atraente a combinação da pele branca com os olhos escuros, achou cativante.

– Acho que vou voltar lá e cantar mais uma - Falou Leonard. - Quer pedir alguma música? - Levantou.

– Você disse que eu perdi suas composições - Ela deu de ombro, movendo os lábios num sorriso.

– Não vai fugir antes de a música acabar, vai? - Perguntou Leonard, divertido.

– Se a voz do cantor foi ruim...

Leonard riu e se perguntou quantos anos ela tinha, parecia tão madura, embora tão tímida. Subiu ao palco, pegou o violão e sentou-se.

– Essa é mais uma música que eu escrevi, sobre mais uma garota - falou para os ouvintes. O número de pessoas já havia aumentado, isso o deixou empolgado. - Se chama She. Espero que gostem - olhou para todos, terminando em Chlöe. - I paid all my dues and she wanted to know that I'd never leave her now, I'm ready to go. As stranger as it seems, she's endless to me. She's just like a papework, but harder to head...

Uma ótima voz e um talento para compor também, observou Chlöe. Estava se envolvendo com a música quando o celular começou a vibrar em seu bolso. Era seu pai perguntando onde ela estava. Ao ouvir a música ao fundo, falou que ela deveria ter avisado que ia a um bar, ela disse que era o show de um colega da faculdade... ele a mandou voltar para casa, era quase meia noite. Ela não vira a hora passar na companhia de Leonard.

­ - Oh, she knows me so well. Oh, she knows me like I know myself - Leonard não percebeu que ela falava ao telefone, pois contava com os olhos fechados. Todos, sem exceções, prestavam atenção em sua cantoria. -... Patience's my enemy, loving's my friend. It's harder to leave with my heart on my sleeve, than to stay and just pretend...

– Eu já estou indo, pai - respondeu ela. - É, eu vou pegar um táxi. Tchau.

Chlöe desligou o celular, tirou uma caneta da bolsa, puxou o guardanapo de baixo da garrafa de Leonard e começou a escrever:

Desculpa, eu tive que ir. Adorei a noite, Bêbado do Corredor. Você é um ótimo cantor. Gostaria de ver você cantar de novo.

Chlöe do Corredor.

Leonard não a viu levantar, apenas percebeu quando ela cruzou a porta. Continuou cantando até às duas da manhã, sem uma grande distração, desta vez. Chlöe realmente gostara na noite e da companhia dele. A chance de uma grande amizade nascer ali era grande, mas nada que fizesse sua mente se dissipar de Nathan. Ficou pensando, durante o caminho de volta, se ele falara algo para seu pai. Era possível. Mas lá no fundo acreditava que Nathan não faria isso, porque também sentia algo por ela. Tinha que sentir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Eu gostei haha

LOOK CHLOE - http://www.polyvore.com/chloe/set?id=126918930&lid=3162332 (MissBieber)

Beijos beijos

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