Everything Has Changed escrita por yourcoffeehot


Capítulo 1
Drunk


Notas iniciais do capítulo

(bêbado)Bem, bem, bem. Adorei esse capítulo. É aqui que realmente tudo começa. Obrigada, MissBieber, por escrever uma fanfic tão perfeita como DI. Comentar não me bastou, recomendar não me bastou. Tive que criar uma mini-fic sobre ela. Espero que gostem, aos leitores de DI, aviso que não sou tão boa quando a Bieber, mas tentei.



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Narrador Personagem: Chlöe Montgomery

Como resolvi passar a noite de sexta no quarto da Marshall, acordei sábado de manhã, por volta das nove, pensando estar atrasada. Fiquei até tarde lendo e acabei perdendo a hora para dormir. Como Sophia estava fora - estava com Daniel, na praia -, lembrei que era sábado. Sentei na cama ainda meio sonolenta, no escuro do quarto de janelas fechadas e então me levantei. Liguei a luz, agarrei algumas roupas e toalhas, amarrei o cabelo num coque mal ajeitado e destranquei a porta. Nada melhor para acordar que um bom banho.

Quando abri a porta e saí para a esquerda, me corpo esbarrou em outro e logo um líquido gelado caiu sobre meu peito, sujando meu pijama.

– Puta que pariu, desculpa. - Era um rapaz ruivo, de fisionomia cansada.

– Ótimo - resmunguei baixinho. Então senti o cheiro. - Isso é... cerveja?

– Chá do mesmo - disse ele.

– Quê? - Falei.

– Você não é de beber né? - Neguei com a cabeça. - Quando você toma um porre, na manhã seguinte se você beber mais um pouco do que te embebedou, ajuda a curar a ressaca. Por tanto, chá do mesmo.

Só mais um bêbado com conhecimentos de bar, pensei.

– Entendi - porém me limitei a isso ao responder.

– Sério, desculpa - ele levou a mão à cabeça, ficou um pouco tenso -, eu não vi você saindo e...

– Tá tudo bem - só então percebi que continuávamos próximos; aí me afastei. - Eu já estava indo pro banho, de qualquer forma - meu peito estava ensopado. - Tchau e boa sorte com a ressaca.

– Sinto muito pelo pijama - Falou ele enquanto se afastava, caminhando de costas para o norte, me olhando ainda.

Apenas sorri e me apressei para o banheiro.

Só mais um bêbado da Marshall.

Logo que vi o chuveiro me enfiei embaixo dele com roupa e tudo, o cheio daquela cerveja logo abaixo do meu pescoço me deixava nauseada. Se antes eu já precisava de um banho, depois disso então...


Narrador Personagem: Leonard Styles

Eu ainda estava bêbado quando acordei no lado certo da cama errada. Não costumo encher a cara e dormir com qualquer garota - só encho a cara e volto sozinho pra casa, mesmo. Mas depois de levar um pé na bunda gigantesco e de ter sido traído, eu acho que eu precisava disso um pouco. O nome da garota que estava deitada do meu lado eu acho que era Christine, não consigo lembrar com clareza.

As garrafas de cerveja ainda estavam perto da cama quando levantei. Catei minhas roupas no chão e as vesti rapidamente, antes que Christine acordasse. Me olhei no espelho e percebi que dormir com uma garota qualquer não te faz esquecer os problemas nem mesmo ameniza a dor de ser deixado por quem disse que te amava semanas atrás.

E foi por causa de Stacy que troque de faculdade. Preferi me transferir de Jacksonville para Marshall porque aqui eu teria minha irmãzinha, Sophia, para incomodar e conviver. Sentia falta da família, também.

Saí do quarto da loira sem precisar deixar um bilhete de "foi bom mas eu não vou poder te ligar depois" porque ninguém nunca quer que o gordo ruivo ligue depois. É sempre desse jeito. Quando saí do quarto dela me toquei que aquela ala era a feminina e nem mesmo me lembrava de como tinha chegado lá. Mas ok. Nada que placas dizendo SAÍDA não resolvam. Mas aí, desastrado e com um copo de cerveja quente na mão para curar a ressaca, trombei com uma garota que havia acabado de acordar pelo visto. E provavelmente ela agora nutra um ódio secreto de mim porque arruinei seu pijama com cerveja barata.

Meu quarto na Marshall era no outro prédio, então caminhei devagar até ele, encontrando-o vazio. Provavelmente meu colega de quarto tenha ido passar o final de semana fora - assim como minha irmã e seu namorado, segundo fofocas.

– Novo lar doce lar - falei fechando a porta.

Mesmo a quilômetros de distância de Stacy eu ainda me sentia mal. Sentia-me mal por ter usado outra mulher para amenizar essa mistura de sentimentos ruins aqui dentro. O que nunca me matou nunca me fez mais forte, também. Talvez eu devesse continuar ficando bêbado toda noite, talvez devesse continuar fumando o tempo todo, ou compondo canções que ela nunca ouviria. Eu nunca soube bem o que fazer. Mas talvez eu ainda a ame, mesmo que ela tenha sido muito filha da puta comigo.

Sou um homem que se apaixona com facilidade, pode isso?

– Cara, abre a porta! - Ouvi dois socos na madeira e levantei para abrir.

– Pensei que não tinha ninguém - falei.

– Eu fui tomar café da manhã, devia fazer o mesmo, tá com uma cara horrível, brother.

– É, eu sei - passei a mão pelo rosto.

– Ah, meu nome é Adam.

– Leonard - apertamos as mãos. - Bom, eu vou tomar um banho, nos vemos por aí, Adam - peguei minha mochila que ainda nem havia desfeito e fui para o banheiro.

Narrador Neutro

Chlöe tomou seu banho, se arrumou singelamente e estava decidida a ir conversar com Nathan Baker. Mas antes, precisava comer. Um bom café da manhã é a base de um bom dia, certo? Então se direcionou até a cantina, depois de voltar em seu quarto para largar as coisas e viu o Cara Bêbado do Corredor sentado sozinho, com um sanduíche e uma Coca-Cola.

Plena manhã e ele bebendo refrigerante, analisou ela, pegando um sanduíche natural sem vestígios de carne, acompanhado de um suco de laranja. Duas mesas após a de Leonard havia um espaço vago. Por ser final de semana, o tumulto era bem menor e havia mais espaço para sentar e percorrer.

Leonard, que estava acostumado a percorrer o país tocando em pubs, cantaria naquela noite num barzinho ali perto, para esfriar a cabeça um pouco. Já havia combinado a hora com proprietário que até ficou animado com a ideia de uma atração para movimentar os negócios. Sentiu-se culpado por ter derramado cerveja no pijama da Garota do Corredor, então pensou em convidá-la para ir até lá e vê-lo tocar. Depois poderiam beber alguma coisa ou...

– Caso você não saiba, Foguinho, essa mesa tem dono - eram os populares.

As poucas pessoas que estava na cantina às 10h23min se viraram para olhar o que acontecia.

– Não vi nome nenhum aqui - respondeu Leonard, acostumado com os apelidos depreciativos desde o início da vida escolar.

– Mas vai ver a minha mão na sua cara se não levantar - disse um deles, London Carter. - Vai, anda logo!

– Eu não vou a lugar algum - mordeu mais um pedaço do sanduíche.

London se aproximou ameaçadoramente.

– Olha só, balofo. Eu não tô numa boa manhã, então não me irrita e vê se facilita as coisas pra você.

– Ele é novo aqui - disse uma garota atrás de London.

– Não me interessa se ele veio de Nárnia, só saia da minha mesa.

Leonard continuou parado mastigando. Não ia sair dali só porque um cara mais novo que ele estava mandando.

– Me mostre um documento dizendo que a mesa é sua e eu saio - largou o sanduiche. Era realmente calmo, quando queria ser.

London deu tapa na bandeja que voou da mesa para o chão, derrubando a Coca e o meio sanduíche, depois puxou Leonard pela camisa, mas antes que qualquer coisa acontecesse, foram separados por Nathan Baker.

– Wou, wou, wou, wou! - Gritou ele. - Seja qual for o problema das senhoritas, resolvam de outro jeito ou fora da escola.

London deu empurrou a mão do professor de História de seu peito e então e ele e sua turma - na qual faltavam quatro pessoas - se sentaram na sagrada mesa dos populares. Leonard se virou e saiu como se nada tivesse acontecido. Nathan o seguiu.

Chlöe observou tudo de perto e seu coração acelerou quando o professor apareceu, dando uma de herói. Ficou admirada com a calma e a tranquilidade do ruivo e também com a coragem de enfrentar os valentões. Achou louvável.

– Ei, espera.

– Eu tava só comendo, eu não fiz nada, eu não vou parar na direção - Disse Leonard em sua defesa, parando e voltando-se ao outro.

– Quem aqui falou em direção? Sou Nathan Baker, professor de História. Você é...?

– Leonard Styles, aluno do último ano de Artes Liberais.

– Irmão de Sophia Styles?

– Essa mesma - falou, se aproximando.

– Seja bem vindo, garoto.

– Como sabe que sou novo? - Perguntou, em dúvida realmente.

– Pelo showzinho ali atrás.

– Não vou obedecer a esses pirralhos mimados - deu de ombros. - Até mais, professor - trocou a direção de seu ruma e passou por Nathan, indo até a mesa de Chlöe, quando viu que ela olhava na direção.

Chlöe, obviamente, estava observando Nathan de costas. Ele é bonito em todos os ângulos, e automaticamente olhou para a bunda dele, castigando-se internamente por isso depois. Mas aí uma figura mais baixa que Nathan e meio fora de forma começou a crescer em seu campo de visão.

– Oi, moça do corredor - falou ele, com as mãos nos bolsos do casaco.

– Oi - falou ela, um pouco acanhada.

– Me senti mal pelo seu pijama e resolvi...

Sabia o que era aquilo. Só mais um bêbado metido à valente que queria sair com a filha do diretor.

– Não precisa se desculpar mais - o interrompeu.

– Não vim me desculpar - disse ele e sorriu brandamente. - Vim te convidar pra me ver cantar no Dinnamo's essa noite. Você parece ser legal e eu não conheço ninguém daqui, sou novo.

Um novato tentando se aproximar da filha do diretor. O quão típico isso pode ser?

– Eu não sei, preciso estudar para algumas provas.

Nem a convidei para um encontro e consegui levar um fora, pensou Leonard.

Ele balançou a cabeça, em concordância, e depois disse:

– Tá. Bom estudo então - acenou com a cabeça e saiu dali rapidamente, sentindo-se um idiota por tentar ser gentil ainda com as mulheres.

Será que ele canta bem, pelo menos?, perguntou-se ela.

– Senhorita Montgomery, você pode me fazer um favor? - Nathan então apareceu à sua frente, enquanto ela observava o ruivo se afastando.

– Posso - nem mesmo precisava saber do que se tratava, faria qualquer coisa por Nathan.

– Avise seu pai que vou chegar um pouco atrasado hoje à noite.

– Vai lá em casa hoje, senhor Baker? - ali era melhor manter as aparências e continuar usando senhor e senhorita.

Ela queria ouvir um sim, irei à sua casa hoje à noite, estava se segurando para não soltar um sorriso esperançoso. Mas Nathan nem sempre dizia o que ela queria ouvir.

– Não, na verdade vamos jantar com mais alguns professores do Conselho Escolar. Pode avisá-lo? - Nathan ficava lindo quando falava formalmente.

– Claro.

– Obrigado - ele sorriu apenas com os lábios e então deixou a filha do diretor terminando seu café da manhã.


A tarde passou monótona para Leonard, que ficara sentado em sua cama, tocando e ensaiando para o show à noite. Estava puto por estar errando as notas, por estar pensando em Stacy, por seus cigarros terem amassado demais no quarto de Christine. Se fosse mulher diriam que estava na TPM.

– Adam, você tem um cigarro? - perguntou, assim que o rapaz entrou no quarto.

– Não, só o cheiro da fumaça me dá falta de ar.

Maravilha, não vou nem poder fumar no quarto, pensou Leonard, revirando os olhos.

– Você não tem cara de fumante - falou Adam.

– Fumantes têm cara? - Perguntou divertido.

– É que você parece ser um cara legal.

– Caras legais também fumam, assim como caras legais têm problemas.

– E fumar fez seus problemas diminuírem? - Adam era sagaz.

Leonard nunca havia pensado dessa forma, e viu que ele tinha razão. Deu de ombros.

– Mas agora eu já me acostumei - olhou para o relógio em seu pulso. - Cara, eu tenho que ir - levantou da cama com um pulo, segurando o violão. - Passa lá no Dinnamos's mais tarde, vou tocar umas músicas lá.

– Tá, tá bom. Eu não tenho parentes por aqui mesmo, ia ficar a noite toda vendo filme.

Leonard deu um tapinha no ombro de Adam e sorriu, indo pegar a capa do violão.

– Até mais tarde.

– Até - disse Adam quando o outro saiu pela porta.


Sem nada para fazer além de documentários e livros, Chlöe não conseguia tirar Nathan da cabeça. Tinha uma hora que seu pai havia saído para se encontrar com os demais professores e seu irmão também não estava em casa. Era só ela e as paredes silenciosas.

Vim te convidar pra me ver cantar no Dinnamo's essa noite. Você parece ser legal e eu não conheço ninguém daqui, sou novo.

– Talvez não seja má ideia. - Apesar de tudo, ficou curiosa com o novato e queria saber se sua voz era tão calmante quanto sua aparência.

Chlöe desligou a TV da sala, pegou o celular que estava ao seu lado e subiu para seu quarto. Iria ao show do novato.


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Notas finais do capítulo

Link de Desastre Iminente: http://fanfiction.com.br/historia/462395/Desastre_Iminente/
Espero que tenham gostado, mas o único jeito de eu saber é vocês comentando. Então, pooooor favor, deixem-me comentários lindos e divos aqui. Beijooos.



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