Once Upon a Time: We are all mad here escrita por Kremer


Capítulo 4
4




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Whale entrou no quarto da garota. Emma e Regina haviam voltado para lá. Decidiram que não havia mais o que fazer, a não ser esperar que ela acordasse.

– Regina, ela não vai acordar até amanhã de manhã. Precisamos dopá-la para fazer uma desintoxicação, por causa da poção. Podem ir pra casa.

Emma não pôde deixar de se sentir aliviada ao ouvir a notícia. Ela e Regina deixaram o hospital, e antes de se separarem, Emma perguntou:

– Quer uma carona pra casa?

– Não, obrigada. Preciso caminhar um pouco.

– Regina... Gostaria de passar um tempo com Henry hoje?

– Eu adoraria, Emma... Mas não hoje. – Disse Regina.

Emma assentiu. Mas você nunca recusa a companhia de Henry, pensou.

Logo, Emma chegou na biblioteca onde Henry estava. Ao olhar para a torre do relógio, pensou ter visto um vulto. Fixou o olhar na torre por um tempo, depois acabou desistindo.

Ao entrar, viu várias pilhas de livros espalhadas pelo chão. Belle estava organizando uma estante.

– Belle! Onde está Henry? – Perguntou. Antes que pudesse responder, porém, Henry surgiu de trás de uma pilha.

– Emma, oi! Belle e eu estamos catalogando livros.

– E ele foi de grande ajuda. Obrigada por ter vindo, Henry.

– Mãe, será que eu posso voltar mais vezes? – Perguntou Henry, sorrindo.

– Eu gostaria que você fosse tão disposto a arrumar o seu quarto quanto é com os livros – disse Emma – Tchau, Belle. Obrigada por cuidar dele.

– O prazer foi meu – sorriu-lhe a moça.

– Quer uma carona pra loja do Gold? – perguntou Emma. – É só que... Não sei se pode ser seguro você ficar aqui hoje. Coisas estranhas voltaram a acontecer.

Belle pareceu preocupada.

– Claro... Henry, pegou seu livro? – Perguntou Belle.

– Ah, ia esquecendo!

Depois disso, Emma deixou Belle em frente à loja de Rumpelstiltskin, e ela e Henry foram para casa. Enquanto dirigia, Emma perguntou:

– E então, garoto. Se divertiu?

– Sim! E Belle me emprestou um livro que meio que apareceu na livraria.

Emma o olhou rapidamente.

– Apareceu?

– É um exemplar de Alice no País das Maravilhas. Você sabe a história... Uma menina que entra por uma toca de coelho, um coelho branco e de colete.

– E de relógio de bolso – completou Emma. Naquela hora, ela já estava ruminando as coisas.

– É – disse Henry, a olhando desconfiado. Depois de um tempo, disse: - Você está interessada no livro?

– Henry – disse Emma – talvez Alice esteja em Storybrooke.

...

Tinkerbell estava morando em um apartamento pequeno, próximo à praia de Storybrooke. Era uma área pouco visitada, e mais tranquila, devido a uma grande concentração de moradores estar localizada no centro. E não eram moradores comuns, então, os problemas chegavam com mais facilidade lá do que onde Tinker estava.

Naquela noite, alguém bateu à sua porta. E era Regina.

– Regina... O que foi? – Regina parecia triste, e assim que entrou, abraçou Tinkerbell e começou a chorar.

...

Ao chegarem em casa, Henry foi direto ao quarto de David e Mary Margaret.

– Ora, olá, se não é o nosso neto – disse David, cruzando os braços.

– Aquele que nos trocou pela sua madrasta-avó. – Disse Snow.

– E olhem o livro que ela me emprestou. – Disse, empolgado, mostrando o livro aos dois.

– Alice? Hm, talvez possamos ler para o bebê – disse Snow.

– Sério? Ele não vai entender uma palavra, é só um bebê. – Disse Henry.

– Não seja ciumento – Disse David, abraçando-o e fazendo um cafuné à força.

Snow White foi até Emma, que havia parado na cozinha.

– Então, querida. Como foi?

– Uma bagunça... – Emma contou tudo à Mary Margaret, inclusive sua recente suspeita de que a garota podia ser Alice. – Talvez seja melhor eu ligar para Regina.

Emma tentou, mas ninguém atendeu.

– Acho que ela precisa mesmo esfriar a cabeça – disse Emma.

– E você também. Vá tomar um banho, nós vamos sair, e Hook já vai chegar... – Disse Snow, com um tom provocativo nessa última parte.

– Mãe... – Emma tentou parecer brava, mas não adiantou.

– Vamos logo. E tenha uma boa noite – Disse Snow, dando empurrões em Emma.

– Vocês também.

Meia hora depois, Emma estava quase pronta, com um vestido bordô e sapatos de salto alto pretos.

– Olha só pra você – disse Snow, com um olhar sonhador – e ainda diz que não é uma princesa.

– Mãe... – começou Emma, revirando os olhos.

– Sua mãe tem razão – disse David, intervindo – você já não é mais aquela nossa garotinha... Dentro de um armário – disse, pensativo.

– Vocês não tinham que ir fazer alguma coisa em algum outro lugar?

– E já estamos indo. Amamos você – disse Mary Margaret, dando-lhe um beijo na testa. David fez o mesmo.

– Mãe, o livro está no quarto deles caso você queira ler pra passar o tempo até Hook chegar.

– Obrigada, garoto. – Emma abraçou o filho. – Cuide-se, ok?

– Aproveite sua noite – Disse, com um sorriso que contagiou Emma.

...

– Regina, vai ficar tudo bem – disse Tinker. Regina estava deitada no sofá, em posição fetal, com a cabeça no colo de Tinker. Ela chorava.

– Eu só não sei como agir.

– O que a Rainha Má faria? – Perguntou a fada.

Regina havia contado sobre Robin e desabafado o que sentia. Tinker nunca pensou que isso pudesse acontecer, e de repente, a imponente mulher parecia ainda mais vulnerável do que a primeira vez que Tinker a havia encontrado.

– Provavelmente arrancaria o coração de Marian. Ou de Robin.

– E agora, por quê Regina não faz isso? – Perguntou. Regina demorou uns instantes antes de responder.

– Porque eu mudei por Henry, mas a dor está grande demais pra mim. Mas deve ser verdade que vilões nunca têm finais felizes.

– Regina, você pode achar que nunca vai encontrar seu verdadeiro amor... Mas olhe pra mim. Eu também não encontrei, e continuo sobrevivendo. Conheci uma adorável moça que trabalha na lanchonete, que comeu o próprio namorado. E ela continua aqui.

– Onde você quer chegar? – Perguntou Regina, virando-se para olhá-la.

– Quero dizer, Regina, que você passou todo esse tempo se isolando achando que nunca iria encontrar o seu amor, e não percebeu que há muitas pessoas por aí como você.

– Você quer dizer que estou sendo egoísta?

– Não, quero dizer que você está se martirizando à toa. Veja bem – disse Tinker, fazendo uma pausa – as pessoas ficam procurando por seu amor até que...

– Achem umas às outras – terminou Regina.

– É. – Tinker sorriu.

– Obrigada, Tinker – disse Regina, levantando-se e abraçando a amiga.

– Fico feliz por você ter voltado a ser você.

– Meu coração ainda é negro.

– Será?

– Você está dizendo que...

– Que talvez seu coração esteja voltando ao normal. Você quer ver?

Regina a encarou por um tempo, depois assentiu. Arrancou seu próprio coração, e ele de fato estava voltando ao normal, aos poucos. Ainda grande parte era negra, mas Regina não pareceu dar importância.

– Está mesmo! Está voltando! – Abraçou Tinker novamente, depois de colocá-lo de volta.

– Eu sabia que estava.

...

Emma estava lendo Alice quando ouviu alguém bater na porta. Percebeu que sentiu um rápido frio na barriga, e se censurou mentalmente por isso. Respirou fundo e foi até a porta.

– Killian. – Cumprimentou. O pirata havia deixado o sobretudo de lado, ficando com seu outfit de baixo.

– Swan. – Killian trazia seu sorriso mais desafiador. Beijou a mão de Emma, sem perder o contato visual, e disse, ainda segurando sua mão – está linda, pra dizer no mínimo.

– Entre – disse Emma, rindo. – acabei não tendo tempo para fazer um jantar decente, então... Pizza.

– Não tenho ideia do que seja, mas sei que vou gostar – disse, piscando.

Ambos sentaram-se à mesa, Emma não pôde deixar de se sentir pouco a vontade com o olhar de Hook constantemente sobre ela. Mas, também... Não pôde deixar de gostar.

– Temo que esse encontro seja obra de Henry – comentou Hook.

– É, é sim.

– Eu sinto muito – disse Hook, sorrindo.

– Não estou reclamando. – Disse Emma, retribuindo o flerte.

Após algumas fatias de pizza, Emma perguntou:

– O que fez hoje, capitão? Só o vi uma vez.

– Bem... – Killian pareceu um tanto sério. – Estive... Cuidando de alguns problemas.

– Problemas?

– Pequenos. Inconvenientes... Passageiros. – Seu sorriso havia voltado. – Ouvi falar que você esteve um pouco ocupada, também.

Emma contou rapidamente os acontecimentos.

– E agora Henry me fez pensar que a garota pode ser Alice. Alice... do País das Maravilhas. – O nome não parecia familiar para ele.

– Então é algum outro... Como vocês chamam? Conto de fada?

– É. E um dos clássicos.

– Imagino que, por ter crescido nesse mundo, sua história com contos de fadas pareça mais complexa do que na verdade é. – Disse Hook, com uma voz suave, enquanto deslizava seu dedo pela taça de vinho. – Ser filha de Branca de Neve e estar se apaixonando por um pirata diabolicamente lindo deve ser um tanto difícil de digerir.

– Não pressione – disse Emma, sem conseguir conter um sorriso.

– Não estou pressionando, amor. – Disse, levantando-se e indo até onde Emma estava. – Talvez seja sua imaginação. Ou o vinho. – Sussurrou próximo ao ouvido de Emma, enquanto suas mãos – ou melhor, sua mão e seu gancho – acariciavam os ombros de Emma.

– Certo, vinho... Talvez eu devesse ter escolhido rum.

– Fico feliz que tenha variado. Afinal, não é um encontro casual.

– Não é? – Disse, virando o rosto na direção de Hook.

– Não. Hoje... É diferente. – com um sorriso, a puxou pela mão para que se levantasse.

– E por que? – Emma pôde sentir suas barreiras caindo.

– Porque hoje você me aceitou. Não há caos nos separando. – Disse, aproximando-se. – Não há pressões externas. E estamos sozinhos, de verdade, e propositalmente. Não é maravilhoso?

– Você com certeza adorou isso. – Disse Emma, tentando parecer resistente.

– Vou adorar mais ainda. – Hook a havia puxado para si, e os dois perderam-se um no outro.

Beijaram-se como nunca antes. Por muito tempo. Nenhum dos dois fez menção de ir embora, apenas de se aproximar mais.

– Emma – sussurrou Killian, por entre beijos, enquanto encontrava o zíper do vestido de Emma em suas costas.

– Killian. – respondeu, finalmente, Emma.


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