Once Upon a Time: We are all mad here escrita por Kremer


Capítulo 13
13


Notas iniciais do capítulo

Falta pooooouco :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/552057/chapter/13

Assim que o jaguadarte abriu seus assombrosos olhos pálidos, Emma sentiu seu sangue gelar. Precisou se lembrar que o jaguadarte era cego, e só a acharia se ela fizesse algum som.

A criatura foi farejando o chão, e estava se aproximando de Emma. Seu rosto estava próximo a ela, e a criatura começou a rosnar quando uma pedra o acertou bem no focinho. Ela virou bruscamente na direção em que a pedra veio e pôs-se a correr.

Alice a tinha arremessado. Ela e Jefferson saíram correndo pela caverna, às cegas, com a criatura em seus calcanhares.

Emma correu para espada e a tirou da pedra – sentindo-se levemente nostálgica, lembrando-se da história do Rei Arthur – e correu para ajudá-los.

Alice fora atingida pela cauda da criatura, e estava caída em um canto. Jefferson ainda corria, com o jaguadarte atrás de si, quando ele tropeçou e caiu. Jefferson parecia aterrorizado. O jaguadarte saltou para cima dele e no último instante, Emma se jogou na frente de Jefferson, enterrando a espada no corpo da criatura, que caiu em cima de Emma... Que por sua vez, caiu sobre Jefferson.

Alice veio meio correndo, meio se arrastando, e os dois se levantaram, depois de Emma ter tido algum trabalho em retirar a espada do monstro.

– Você está bem? – perguntou Emma a Jefferson. Ele parecia um tanto melancólico e surpreso ao mesmo tempo.

– Você salvou a minha vida – disse, apenas.

– Sim... Parece que sim – Emma ergueu uma sobrancelha, achando estranho o comportamento de Jefferson. Virou-se para Alice: - e você salvou a minha, obrigada.

– Eu realmente odeio interromper – disse a Duquesa, atrás deles – mas acho que vocês vão ter que vir comigo.

Havia também muitos guardas atrás dela, que retiraram a espada de Emma – que nem se dera o trabalho de lutar – e prenderam Alice e Emma. Jefferson, no entanto, estava parado, encarando o chão.

– Você se saiu bem, fantoche – disse a Duquesa, agarrando-se a um dos braços de Jefferson.

– Seu traidor miserável! Eu sabia que não devia ter confiado em você – Emma disparou uma série de palavrões até ser levada para fora, juntamente com Alice.

...

Os guardas vestiam máscaras de baile e uma armadura rubra. Emma não podia suportar vê-los – eram uma agressão visual.

A procissão caminhava para um castelo gigante, por uma estrada de pedras brancas.

Lá dentro, havia uma grande porta, e Emma viu alguns símbolos estranhos entalhados na pedra.

– Deixem-nos – disse a Duquesa aos guardas.

No hall, ficaram Emma e Alice – ambas com as mãos acorrentadas -, Jefferson e a Duquesa.

– Eu esperei tanto por esse dia – disse ela. A mulher estava, dessa vez, com um vestido azul-turquesa, com vários rubis incrustados.

– O que raios você quer de nós? – gritou Alice, com raiva.

– Ora, minha querida, você é a chave da qual eu preciso. – E então, pôs-se a ler o pergaminho - “Com a espada guardada pela besta que assombra o reino, o vassalo fiel deverá arrancar o coração daquela que acreditou em Wonderland e colocá-lo no peito da Rainha de Copas, para acordá-la e lhe conceder nova vida.”

– Por que você está nos contando isso? – perguntou Emma, com um olhar cheio de desprezo.

– Porque é a última coisa da qual vocês saberão. Que foram enganadas a me servir – disse, e riu.

– Seu traidor desgraçado – disse Alice, olhando para Jefferson.

– Queridinha, ele não passou de um mero fantoche. Todos os créditos para mim. – E então, retirou um coração de uma bolsa, e o ficou olhando. – Ah, Jefferson, eu sabia que um dia teria seu coração – disse, com um sorriso lunático. – Mas você só teve olhos para a Branca. Assim como todos nesse maldito reino – disse a Duquesa, com raiva. – E agora, todos irão pagar.

– Você acha que com Cora será diferente? – disse ele, e tanto Emma quanto Alice se surpreenderam. – Acha que quando a Rainha de Copas ressurgir alguém irá sequer notar você? Como você é tola.

A Duquesa, então, começou a apertar o coração de Jefferson, com força. Ele, assim, caiu de joelhos. Porém, ela logo afrouxou o aperto, e sorriu friamente.

– Beije o meu sapato – disse.

– O que? – ele estava incrédulo.

– Beije. – e apertou mais o coração.

Jefferson lançou um olhar para Emma, que estava atrás da Duquesa. Ela deu um passo, silenciosamente.

Ele se arrastou até o pé da Duquesa.

– Minha bela senhora – disse, beijando seu pé. – Eu peço perdão por ter sido tão desleal. – Ele agora segurava o tornozelo da Duquesa, apoiando o pé dela em seu joelho. Olhava-a nos olhos. – Peço que me perdoe por ter feito tudo isso. – Ele erguera um pouco o vestido da mulher, e começou a beijar-lhe a perna. – Se vossa majestade me der uma segunda chance... – Jefferson lançara um rápido olhar para Emma, sinalizando que ela tinha uma deixa.

A essa altura, Emma estava já prestes a pegar a espada, quando a Duquesa chutou Jefferson e segurou Emma pelo pescoço, erguendo-a no ar.

E sorriu, apertando o pescoço de Emma cada vez mais.

Quando tudo parecia perdido, porém, Alice sentiu algo frio na sua mão. Quando abriu suas mãos, unidas por uma corrente, viu que nela tinha um relógio de bolso. E uma voz soou na sua cabeça: na hora certa, você saberá como usar...

Alice abriu o relógio, que começou a brilhar, e mirando brevemente, atirou-o sobre a duquesa.

No instante seguinte, o hall enchera-se de uma luz dourada intensa, e todos tiveram que fechar os olhos.

Depois que a luz cessou, a Duquesa havia desaparecido, e Emma estava caída de um lado, e o coração de Jefferson, de outro.

Alice correu para Emma, e Jefferson correu para seu coração.

– Emma – Alice gritou, e deu alguns chacoalhões para que ela acordasse- Emma, acorde, por favor!

Jefferson já havia colocado seu coração no lugar e correra para onde Emma estava. Tirou da bolsa – que havia trazido de sua casa – um frasco com um líquido marrom-avermelhado, que colocou entre os lábios de Emma. Ele também usara a espada para romper a corrente que prendia as mãos de Alice, e as de Emma.

Ela então deu sinal de vida: começou a tossir e se sentou, e um minuto depois os olhava, parecendo meio confusa.

– O que diabos foi aquilo? – perguntou.

– O relógio de bolso funciona como uma prisão – disse Alice. – Quando o arremessei na Duquesa, ele a levou e deixou você aqui.

O objeto de fato reluzia no chão. Alice o apanhou.

– Vamos guardá-lo bem.

– Emma – Jefferson ofereceu sua mão para que Emma se apoiasse, que, hesitante, a pegou e se levantou. – Me perdoe... Por favor, ela estava me controlando.

– O que era aquilo que você me deu pra beber? – perguntou.

– Foi o que eu fui buscar na oficina. Sabia que iria ser útil. – Disse ele, sorrindo.

– E o que era? – perguntou, achando que sua pergunta não tinha sido respondida.

– Chá, é lógico. – disse. Emma sorriu e o abraçou.

Alice estava de frente para o mausoléu.

– Gente – chamou ela. Um estranho brilho branco saía pela porta.

– Branca! – exclamou Jefferson, correndo até a porta.

Ele não conseguiu abri-la, e começara a socar a porta quando Emma interviu.

– Espere, acho que posso ajudar.

Emma, então, juntou suas mãos na frente da porta e se concentrou.

Conseguiu invocar sua magia, e a porta se abriu para o lado de fora.

Uma mulher estava deitada no chão, inconsciente.

Jefferson correu até ela e a beijou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Once Upon a Time: We are all mad here" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.