Acerto de Contas escrita por Gaby Uchiha


Capítulo 3
Parte II.1: NaruHina


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ^^ Antes de tudo: Desculpem-me, eu havia prometido que postaria dia 12 a parte NaruHina. Bem, não deu. Minha semana foi muito apertada na faculdade e no final de semana tive muitos compromissos inadiáveis o que me deixou sem tempo para escrever a parte NaruHina. Por ser uma fic de homenagem, eu tive que publicar Formas de Amor (uma história original que eu publiquei dia 12 - é gente eu também gosto de escrever original quando dá vontade) no dia 12 e acabei deixando Acerto de Contas com débito. Bom agora sobre o capítulo vou explicar porque o título é Parte II.1: NaruHina. O II.1 quer dizer que essa história vai ser dividida em capítulos, eu dividir porque não é só a conversa dos dois, quando eu pensei no final NaruHina para Meu Amigo Teme eu não o imaginei sendo tão simples e fácil como o SasuSaku, ele vai ser mais complicado para Naruto tendo o envolvimento de outros personagens. Aliás, nada na vida de Naruto, esse personagem fofo, é tão fácil assim heheh Outra justificativa de está dividido é porque eu não tive tempo de terminar a fic, mas eu me senti muito mal por não ter honrado com meus compromissos de postar no domingo T.T então decidir por postar pelo menos a parte já escrita. Eu queria dedicar esse capítulo à Alinehyuga que sempre ler e comenta minhas fics ^^ e é uma NaruHina muito especial, muito obrigada Alinehyuga, adoro conversar com você, além disso ela é dona do blog que eu tiro minhas dúvidas quanto ao mangá O.o então essa parte NaruHina tem que ser dela. Então boa leitura a todos e ah! muito obrigada pelos acompanhamentos pessoal, por mais que não apareça lá na página inicial dessa fic, pelo gerenciamento de fics eu pude ter a felicidade de ver vários acompanhamentos ^^ obrigada espero que gostem do início NaruHina. As traduções de alguns termos japoneses usados estão ao final do capítulo.



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Ok, Naruto. Respira.

Inspira.

Expira.

Beleza. Agora se acalme e não fale besteiras.

Droga, o que eu faço, dattebayo?, desesperei-me.

Beleza. Acalme-se e recapitula.

Eu estou caminhando pelas ruas de Konohagakure no Sato com Hyuuga Hinata. Ok, tudo bem até aí. Estou ajudando-a a carregar algumas sacolas de compras até a sua residência. Até aí tudo tranquilo. Mas...

EU TENHO QUE ACERTAR AS CONTAS COM ELA AHHH!

Droga! E agora o que eu faço? O que eu falo?

Sou péssimo quando o assunto é relacionamento. Nunca me relacionei. Sempre fui o idiota renegado da turma, apaixonado pela minha melhor amiga que nunca me correspondeu.

Se eu já fiquei com alguém?

Bom, beijar alguém pode ser considerado um fica?

Se sim, bem... então eu fiquei com uma peruca demoníaca que tentava sugar meu chakra, com a Sakura que na verdade estava fazendo respiração boca a boca tentando me manter vivo e com Sasuke, pessoa a qual dei dois beijos sem querer...

URG! Fiquei verde com essa última lembrança.

Melhor dizer que eu nunca fiquei com alguém do que pensar em minhas desastrosas experiências nada prazerosas.

Resumindo: Sou péssimo em relacionamentos, não tenho experiência e agora eu tenho que me declarar para Hyuuga Hinata, simplesmente para a garota mais perfeita do mundo, que contra qualquer lógica existente no mundo gosta de mim. SÉRIO, DE MIM?

Respira. Respira. Respira.

Não desmaia. Não desmaia.

– Chegamos Naruto-kun – comentou a garota de olhos perolados tirando-me dos meus devaneios.

– Hn? – fiz o som de pergunta. Estava tão distraído que nem prestei atenção no que ela acabara de dizer.

– É q-que – começou a gaguejar assim que a encarei. Hinata ficou completamente vermelha, abaixou o olhar e esfregou as mãos freneticamente em claro sinal de nervosismo. Ela não sabia, mas toda vez que ela ficava nervosa, isso me deixava mais nervoso ainda. Ela respirou fundo antes de continuar com a voz um pouco mais clara dessa vez, mesmo não passando de um simples sussurro – É que chegamos em casa – ao dizer isso ela levantou apressadamente o rosto incrivelmente mais vermelho do que antes e com olhos arregalados, apressando-se a falar – Q-quer di-dizer. Chegamos na minha casa Naruto-kun. Não na no-nossa casa.

Olhei-a surpresa, nem eu havia percebido a ambiguidade existente na sua frase. Mas a constatação de tal fato só me deixou ainda mais nervoso. Cocei minha cabeça com o meu braço direito enfaixado antes de dizer constrangido:

– É... Tudo bem Hinata. Não tem problema.

– Se é assim – disse com sua pele levemente corada agora – Obrigada pela sua ajuda Naruto-kun – abaixou-se rapidamente e pegou as sacolas da minha mão esquerda e antes de correr para dentro do distrito Hyuuga concluiu dizendo – Boa noite, Naruto-kun.

Fiquei observando inutilmente a garota desaparecer atrás dos portões do distrito até me tocar do meu erro e ficar completamente desesperado.

Aaaarg! Perdi minha oportunidade. Ela se foi. Como eu posso ser tão burro e não dizer logo o que eu sinto para ela?

– Seu dobe, dobe, dobe – resmunguei para mim mesmo trocando meu peso entre um pé e outro com a duas mãos segurando fortemente os meus fios louros curtos quase arrancando-os – Aquele teme tem razão de te chamar de dobe.

Depois de alguns segundos ali desesperando-me, desisti. Caminhei de volta em direção à minha casa. Mas assim que dei o terceiro passo lembrei-me das palavras que proferir ao teme...

“Mas Sasuke, você precisa andar logo. Sakura tem 21 anos e ela não irá te esperar para sempre. Bons pretendentes já começaram a aparecer e bem... você sabe o resto”.

Paralisei no meio de um passo. O vento forte e frio da noite tropical acertou meu rosto assim que as peças se encaixaram em meus pensamentos.

Trinquei os dentes assim que constatei que a mesma lógica que se encaixava para Sasuke e Sakura, encaixavam-se em mim e Hinata.

Ela assim como Sakura tinha 21 anos e bons pretendentes começaram a aparecer, diferente de Sakura, o caso de Hinata era ainda mais grave e urgente. A garota de olhos perolados que ultimamente preenchia meus pensamentos constantemente era nada mais e nada menos do que a futura chefe do clã Hyuuga. Em breve ocorreria a nomeação e seu pai conhecendo a natureza extremamente gentil de sua filha gostaria que ela se casasse para que este homem auxiliasse sua esposa para melhor administrar o clã sem que ela fosse influenciada pelos seus sentimentos na hora de tomar uma decisão.

Comecei a ofegar. Minha respiração ficou descontrolada e entrecortada. Meu coração começou a palpitar freneticamente em meu peito.

Assim como Sasuke eu poderia perder a garota que eu gostava. E assim como ele eu tinha que correr atrás o quanto antes. E tinha que ser ESTA noite.

Fechei minhas mãos em forma de punho, inclinei minha cabeça para frente com os olhos fechados antes de pular girando meu corpo com o braço esquerdo apontando para a mansão Hyuuga com um grande sorriso travesso no rosto.

– YOSHI! Me aguarde Hinata, dessa noite não passa! – falei alto e confiante, mas minha confiança dissipou-se – Mas como eu vou fazer isso? – um pingo surgiu na minha cabeça e meu sorriso confiante agora era forçado e fraquejado – Merda, to ferrado!

Fiquei um tempo andando em círculos até que tive uma ideia brilhante.

– Isso! – disse socando de lado meu punho direito na palma da minha mão esquerda, um sorriso enorme formou-se em meu rosto assim que com as mãos já posicionada eu disse – Taju Kage Bunshin no Jutsu!

Três clones das sombras meus apareceram instantaneamente em uma nuvem de fumaça na minha frente.

– Yoshi! Da esquerda para a direita vocês serão Naruto 1, Naruto 2 e Naruto 3.

Os três concordaram acenando com a cabeça.

– E por que estamos aqui? – perguntou Naruto 1.

– Precisamos descobrir como vou me declarar para a Hinata – respondi.

– Do jeito que você é, tá difícil! – comentou Naruto 3 apontando para mim acusadoramente.

– Como é que é? Você é eu, seu baka! – esbravejei.

– Sou realista – disse Naruto 3 colocando despreocupadamente as mãos na cintura com a cabeça inclinada para trás com os olhos fechados.

Naruto 1 e Naruto 2 começaram a gargalhar.

– Ei vocês dois – apontei para os meus clones que riam – podem parar com isso.

Os dois reprimiram inutilmente o riso até que com dificuldade Naruto 2 perguntou:

– E como faremos isso? Quero dizer, se declarar para a Hyuuga.

– Eu não sei – admiti em um sussurro.

– Treinaremos cantadas então – disse Naruto 1 com as mãos para o alto.

– Bem, eu não acho uma boa ideia – murmurei.

– Tem uma ideia melhor, gênio? – repreendeu-me Naruto 3.

Bufei. Ele tinha razão, só que não admitiria minha derrota, nem que fosse para mim mesmo.

– Tentaremos isso primeiro. Se não der certo usaremos minha ideia – menti. Não havia “minha ideia”, só não quis perder tão fácil.

Os três concordaram com a cabeça.

– Beleza. Naruto 1 como foi você que deu a ideia você será o Naruto e Naruto 2 você será a Hinata.

Naruto 2 fez cara de quem não gostou, mas não reclamou.

– E agora, ação! – disse Naruto 3 entre mim e os outros Narutos fechando os braços como se fosse aquela plaquinha de cineastas.

– Naruto-kun! – disse Naruto 2 com a pior imitação possível de Hinata.

– Hinata – disse Naruto 1 passando as mãos nos cabelos como se tentasse seduzir – sabe, a muito tempo eu estou querendo te dizer isso – disse aproximando-se de Naruto 2, forçando este a se encostar no muro do distrito Hyuuga. Estávamos em um beco ao lado do distrito.

– Naruto-kun? – disse Naruto 2 falsamente envergonhado juntando as mãos em punho sobre seu peito.

– Hinata – Naruto 1 olhou diretamente nos olhos de Naruto 2 antes de dizer – fique comigo.

– Naruto-kun! – exclamou Naruto 2 antes de fingir um desmaio.

– E corta! – disse Naruto 3 – Perfeito, vocês são demais. Estou com lágrimas nos olhos, foi tão poético – comentou com a mão direita em punho a baixo de seu rosto levemente inclinado com princípio de lágrimas nos olhos.

– E você chefe o que achou? – perguntou-me Naruto 2 que se levantava do chão.

Eu não sabia o que responder. Olhava-os com a boca aberta. Sério? Aqueles ali eram eu?

Chocado e chateado por não ter chegado a lugar algum com aquela minha ideia de pedir ajuda para mim mesmo, bufei.

Neguei com um movimento leve da minha cabeça agora abaixada.

Cruzei os braços e me joguei sentando no chão com as pernas cruzadas. Fechei meus olhos em um aperto reprimindo que lágrimas saíssem de lá.

Eu estava triste. Só queria ser o cara que ela queria que eu fosse. Um cara bacana que sabia o que dizer e como se expressar.

Trinquei os dentes.

Mas eu só conseguia ser eu, o Naruto de sempre. A pessoa de quem todos riam e não levavam a sério. O grande DOBE.

Lágrimas começaram a cair de meus olhos sobre minhas pernas.

Eu não era como Sasuke, que levava bem mais jeito com mulheres, conquistando todas sem nem fazer um esforço. Talvez eu devesse ser menos Naruto e ser mais Sasuke para Hinata...

– Mas ela não se apaixonou por Sasuke, Naruto – uma voz rouca e imponente ressoou detrás de mim assustando-me.

Abri os meus olhos e diferente do que eu esperava, eu não estava mais no beco ao lado dos Hyuuga, mas sim no meu subconsciente.

Levantei-me e ao virar de costas pude observar a raposa de nove caudas deitada no chão com a cabeça apoiada em suas patas dianteiras. Seus olhos estavam fechados, mas eu sabia que ele estava acordado.

– Kurama – sussurrei com a voz embargada por causa do choro.

– Enxugue essas lágrimas e melhore essa voz, só então ouse falar comigo.

Abri um leve sorriso sem humor. Por mais que seu tom de voz denunciasse ordem eu sabia que ele só estava preocupado comigo e não queria se envolver com a fragilidade humana de sentimentos.

Enxuguei as lágrimas e limpei a garganta antes de começar a dizer com tom de brincadeira:

– E quem disse que eu estava chorando – sorri assim que Kurama abriu seu olho esquerdo para me observar – só caiu um cisto no meu olho.

Kurama pigarreou e levantou a cabeça com os olhos abertos me observando.

– Não irei discuti isso com você, você é muito cabeça dura – comentou Kurama.

– Mas então porque você me trouxe até aqui?

– Quem te disse que eu te trouxe aqui?

– Estou confuso.

– Você se auto trouxe até aqui. Em seu subconsciente você quis fugir da realidade e de si mesmo, ou melhor dizendo de seus clones, pelo simples fato de não querer ser você. Mas o único lugar para onde você poderia fugir era para seu subconsciente, ou melhor dizendo para cá.

– Hn.

– Mas aproveitando que você está aqui – começou Kurama constrangida. Pera lá, ela estava ficando corada? É possível Kurama ficar envergonhada? – Você deve ir atrás daquela garota como você mesmo. Ela, por mais ilógico que seja, se apaixonou por você e não por Sasuke. Pela lógica você deve ser você mesmo e não outra pessoa para que ela continue gostando de você.

Encarei-a de boca aberta. Kurama estava me dando conselhos amorosos? Pera lá, desde quando Kurama tem seu lado sensivelmente amoroso? Não me contive, um sorriso malicioso surgiu em meu rosto assim que comecei a proferir:

– Kurama, desde quando você dá conselhos amorosos? Por acaso você conheceu uma “raposita” que te interessou ou andou se engraçando para o lado de Matatabi, Kokuou ou Saiken, hein, hein?

– BAKAAA! – vociferou Kurama completamente corada e apontado um dedo acusador para mim – Não fale besteiras. Pelo menos não sou eu quem estar com crise de identidade aqui.

Comecei a gargalhar. Era incrível como Kurama me entendia, todos aqueles anos juntos resultou em uma bela amizade.

Obrigado pai, por ter me dado esse presente maravilhoso quando eu nasci.

– Bom. Então como você sabe o que eu devo fazer? – indaguei um pouco mais controlado agora.

– Eu sou a representação do ódio, Naruto.

– Isso explicou tudo – murmurei com ironia.

Kurama bufou.

– Não há ódio se não houver amor.

Olhei-o curioso.

– Então você ama Kurama?

– O que eu quero dizer é que por eu ser o ódio sou cercado pelo amor. Escute criança. Vivi muito mais tempo que você nesse mundo e em grande parte eu fui controlado pelos outros – disse com um olhar embargado de dor. Eu conhecia a história de Kurama e sentia-me muito mal por saber que ele não desfrutara da liberdade como deveria – mas por ser controlado pelos outros – continuou – eu pude ver a vida pelos olhos dos outros, no caso, dos humanos. Meus jinchuurikis anteriores a você, Uzumaki Mito e Uzumaki Kushina, a sua mãe, por mais que tenham sofrido por tal situação, elas amaram à sua forma e foram correspondidas. A única forma de um jinchuuriki lidar com o ódio de um bijuu é enchendo-se de amor – Kurama parou seu monólogo assim que olhou para mim – Por que você está chorando, baka?

– Porque você é tão sensível Kurama – disse rindo enquanto fingia um falso choro provocando-o.

– Baka!

– Então o que eu devo fazer Kurama? – perguntei voltando a seriedade.

Kurama suspirou.

– Aproxime-se Naruto, eu vou te contar um segredo.

Dei dois passos em direção a Kurama pronto para ouvir atentamente o que ele queria me dizer.

Continua...

.

.

.

Traduções:

Dattebayo: É um vício de linguagem de Naruto, podendo ser traduzido como “to certo”

Dobe: Estúpido

Teme: Imbecil

Yoshi: Pode ser traduzido como “Lá vou eu”

Baka: Idiota

Matatabi, Kokuou e Saiken: Respectivamente, duas, cinco e seis caudas.


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Notas finais do capítulo

Eita e agora gente? quero saber a opinião de vocês. Comentem, estou curiosa. É a primeira vez que escrevo uma história que o enfoque principal é NaruHina, uma vez respondendo a um comentário em uma fic eu disse que sempre ficava com um pé atrás ao escrever sobre esse casal porque eu achava eles tão perfeitos que parecia que eu ia deformá-los e agora estou postando uma fic que é sobre eles. Sério, sou contraditória. Mas me desafiei então escrevi, por mais que essa parte não mostre muito dos dois juntos, mas depois vai mostrar mais coisa. Então eu gostaria de saber a opinião de vocês. Se pelo menos eu to chegando um pouco perto do que vocês esperavam heheh Obrigada pela leitura e até o próximo capítulo.
Ah! Para quem gosta de original, o link da minha outra fic é: http://fanfiction.com.br/historia/554056/Formas_de_Amor/ espero que gostem também caso leiam...



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