Saí de lá correndo tão rápido como se o mundo fosse acaba. Aí eu tropecei, caí e morri.

Sou um espírito, morram de medo. Vou puxar muitos pés de noite e vou brincar com os dedões das minhas vítimas. Também vou pegar um canetão e fazer uma carinha feliz, porque os dedões são muito felizes. Yay!

Não, eu não estou feliz. Mas eu não estar feliz, não muda o fato de eu ser uma completa débil mental.

Que vontade de come um chuchu Meu deus.

Botei as mãos no meu bumbum. Ai gente, eu sou tarada por mim mesma, não me julguem. Tá, eu só queria verificar se existia uma carteira, ou nádegas. Bom, é verídico, as nádegas existem, a carteira também. Estou um pouco feliz.

Vou tomar um porre, antes que eu mesma me dê um porre na cara. Eu me amo muito.

Cheguei em um bar que eu julgava ser onde os universitários frequentavam. Sabe por que? Porque a Peppa tava lá. Mentira, era os universitários mesmo. Meu cérebro vai apodrecer e eu vou morrer de hemorroida. Porque eu acho que é isso que acontece quando teu cérebro apodrece.

Pronto, meu cérebro acabou de ganhar hemorroida.

– Moço, eu estou com hemorroida, me dá a bebida mais forte que tiver aí. – Falei e ele deu uma leve risada. Depois me olhou com uma cara suspeita.

– Mocinha, só vendemos bebida para maiores de 18. – Afirmou ele e mostrei meu maravilhoso e bem cuidado dedo médio para ele.

– Eu vou pegar a minha identidade, e vou esfregar nos seus olhos até fazer eles sangrar, e depois vou fazer você engolir e te dar 18 tapas na cara. – O cara me olhou como se eu fosse louca, quer morrer? Quer. Pedaço de merda idiota, vai provar o pão que o diabo amassou.

– O que aconteceu com você pra ta com esse humor incrível? – Cerra elétrica o retorno.

– Você não tem nada que ver com a minha vida Ok? Não tem que saber que eu terminei com meu namorado, nem tem que saber que eu ganhei guampas hoje, então fica na sua otário. – Nossa, agora que eu vi, esse otário era um pedaço de mau caminho. Devia ter uns 20 e poucos anos, tinha músculos salientes que marcavam na sua camiseta, era loiro e tinha olhos azuis. Saia com esses pensamentos Rachel! Você é uma Alone pervertida, Alones tem que ser, hã, alones?

– Vou ignorar o fato de que você acabou de me contar o que aconteceu, mas como estou com pena vou te dar bebida. – Afirmou ele e foi pegar a bebida que eu julgava ser a mais forte. Tá vendo? Eu julgo muito, sou muito julgadora. Desculpa sociedade.

– Mas então, você vem sempre aqui? – Perguntei e saiu sem a minha permissão um sorriso malicioso. Preciso de um alicate para arrancar meus dentes. Aí eu quero ver se vou fazer esses sorrisos maliciosos novamente.

– Claro sua anta, eu trabalho aqui. – Essas palavras feriram meu coração desolado. Pobre coração, ta morrido. E o morrido era o marido da morrida, eles tiveram uma filha chamada morridinha e um cachorro chamado Rex. Eu nem bebi e olha só o estrago.

– Minha bola de Cristal me contou que hoje a noite você vai ser estuprado por um unicórnio travesti, seu otário. – Eu amo falar otário, combina com a palavra galinha...pera, acho que combinava com a palavra Ontário. Ai meus deuses, minha hemorroida aumentou.

– Não vejo a hora. – Respondeu ele se divertindo com a situação. – Por que ao invés disso, você não passa lá em casa de noite? Eu adoro as louquinhas. – Ain meu coração, que sedução. Mas não vou me render.

– Mais uma palavra e você fica sem suas joias reais. Também vou quebrar esse copo onde o sol não bate. Quer testar? – Depois disso ele acabou se rendendo devido a minha incrível ameaça. Eu sou demais eu sei.

– Te disse que adoro as bravinhas? – E eu achando que ele tinha se rendido, mas agora ele vai ver.

Pulei em cima do balcão e depois voei pra cima dele. Não entendam mal, não foi no bom sentido. Cheguei até a sentir os músculos rígidos do abdômen dele. Não é hora para pensar nisso Rachel.

Ele se desiquilibrou e caiu no chão comigo em cima. Hihihi, você está ferrado moço. Enquanto aquele pivete se agarra nas loiras eu to aqui me preparando pra encher um homem lindo sedução de socos impiedosos.

Dito e feito, comecei a socar ele. Mas algo me intrigou, meus socos não estavam fazendo nem cócega nele.

– Até quando vai continuar tentando me socar sem êxito? – Perguntou ele divertido.

– Até algum lugar sangrar. – Coloquei o sorriso mais psicopata no meu rosto, e estava me preparando para dar meu soco super sônico nele quando de repente ele levanta me segurando.

Sim, ele estava me segurando no ar, ser baixinha é ótimo gente, principalmente numa situação dessas. Você é o que? Um ogro? O hulk?

Ele me levou no ar até a entrada do bar quando finalmente me jogou na rua. LITERALMENTE me jogou na rua.

– Saiba que você me aborreceu. – Completou ele e voltou para dentro.

– Ta se achando só porque saiu dos quadrinhos da Marvel! – Gritei finalmente.

Obrigada Deus, por me fazer sentir como é voar por alguns segundos e obrigada por me fazer descobrir qual é o gosto do asfalto.

Que droga! Eu queria sentir o gosto da bebida não do asfalto! Quanta desconsideração. Moço ingrato, devia ter ficado feliz pela minha presença encantadora no bar.

Ele vai ser o primeiro da lista de quem eu vou puxar o dedão hoje.

Decidi que dessa vez, iria em um mercado comprar duas garrafas da bebida mais forte para não ser expulsa de outros estabelecimentos comerciais e banais.

(...)

Finalmente comprei meu bebê. Um cara muito simpático me vendeu seu filho. Agora somos melhores amigos. Brincadeira, só comprei as bebidas, escravos eu compro mais tarde.

Sentei em um banco que era na frente de uma loja de fantasias. Comecei a beber como uma desenfreada, e basicamente, eu sou isso.

Depois de meia garrafa, levantei do banco cambaleando ou pouco a avistei o poste. Esse era o poste da minha vida, Não aguento essa pressão, preciso dar uns pega nele.

Me aproximei lentamente do poste, piscando pra ele e soltando sorrisinhos. Por algum motivo ele não retribuiu, mas não quero saber. Ele não escapa de mim.

E lá estava eu, beijando um poste.

Logo depois comecei a dar em cima de uma velhinha que estava passando de andador. Minhas cantadas de pedreiro são irresistíveis. E pensar que a velhinha tentou sair correndo. Hilário.

Olhei para o outro lado onde andavam a dona Florinda e o Chaves. Sou muito fã, por isso corri até eles e comecei a andar em círculo em volta deles falando “pi,pi,pi,pi”.

Decidi que aquela era a hora de uma festinha e entrei na loja de fantasias. Me vesti de enfermeira pra ficar muito sedutora para o poste.

Saí da loja correndo sem pagar porque sou muito rebelde. Eu disse para o homem que ia pagar no dia do São Nunca e ele concordou. Era um bom camponês.

Avistei logo à frente o que parecia ser um asilo e me animei. Nada melhor do que brincar de cirandinha com os velhinhos.

Cheguei cambaleando na porta e uma enfermeira que estava lá veio correndo até mim. Ela é feia, quero desenhar um bigode nela.

– Aqui está as chaves do Asilo, o turno da noite é seu. – Gritei um “uhu” mas a mulher feia apenas saiu correndo.

– Ótimo, vou examinar os velhinhos. – Saí correndo peguei o que parecia ser um bloco. Dane-se, agora é um bloco e eu vou chamar ele de Pafúncio. Não estou traindo a Fredismunda porque ainda somos amiguinhas de cabana.

Entrei em um quarto e encontrei um senhor numa cadeira de rodas.

– Essa espinha que você tem na testa pode ser um chifre crescendo ou pode ser um câncer de bunda, o senhor tem um dia de vida. – O carequinha e desnutrido fez uma cara de terror para mim.

Joguei o Pafúncio pra ele voar, mas ele ficou com medo e se jogou no chão. Saí do quarto fazendo a dança do robô enfermeiro.

Entrei em outro quarto e encontrei uma nulidade de velhinha que estava cagando no pinico.

– Sai daí velhinha que eu vou examinar esse cocô pra ver se está tudo Ok. – Fiz ela sair do cagatório e comecei a examinar. – Está pequeno e redondo. Fredismunda? É você? Porque está se fantasiando de cocô numa hora dessas. Você veio me inspecionar é? Não se preocupe, eu não te trocaria por nada nesse mundo. Espera, não é a Fredismunda. Sinto muito em lhe informar minha senhora, mas você acabou de cagar uma bomba relógio, acho que seus órgãos vão explodir a qualquer momento. Vou avisar o resto do comboio.

Fui até o corredor e quebrei aquele treco que apita de emergência.

– VELHINHOS, FAÇAM UMA FILA ÚNICA E NÃO CORRAM POR FAVOR!

Depois do meu breve aviso entrei em um quarto, abri a janela e me joguei pra fora.

A grama que eu cai parecia muito deliciosa. Queria saber como era a vida de uma vaca por isso arranquei um pedaço de grama e coloquei na boca.

– Credo! A vida das vacas é horrível! Isso... Isso... tem gosto de grama!

Saí correndo quando percebi que um elfo vinha atrás de mim.

Parei no que parecia ser uma praça e de repente adormeci.