Don't you dare steal my territory. escrita por Silent Scream


Capítulo 40
Mal entendido e decepção de Rachel.


Notas iniciais do capítulo

Ain meus amores, sabia que eu amo vocês?
Seus comentários me dão força para continuar a fic sabiam? Então, por favor façam uma criança feliz.
Está aqui mais um cap, espero que não me matem, sério. hihihi.
"Miley Heavy" Bem vinda, minha querida nova leitora :)



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Cheguei no hotel para tomar um banho e finalmente ir pra casa.

Joguei a roupa suja no lixo, porque estava um verdadeiro lixo.

Eu poderia estar me sentindo um lixo por fora, mas também estava me sentindo um lixo por dentro. As palavras de Jason não calam na minha mente. Desde aquela hora, ele não se dirigiu a mim em nenhum momento. Eu ficaria satisfeita apenas com um olhar, mas nem sequer isso aconteceu.

Com certeza a culpa é minha, sempre foi e sempre será. Eu só faço cagada.

Me coloquei debaixo do chuveiro fazendo com que a sujeira deslizasse por mim gradualmente. Me senti um pouco menos imunda e uma certa liberdade. Ai mas que droga! Eu quero os doces que ficaram no caminhão do lixo! Quer dizer, não exatamente aqueles que estavam lá mas, eu preciso de doces mais do que tudo nesse momento de crise adolescente.

Você deve estar pensando. Que raio deu nesse pedaço de merda pra falar tudo bonitinho enfeitadinho. É o momento gente, é o momento.

Tipo eu to aqui me lavando, mandando a sujeira embora e chorando ao mesmo tempo. Mentira, é só a água caindo no meu rosto fazendo meus olhos ficarem inchados e vermelhos. É uma água tóxica, só pode.

Queria poder acreditar nisso.

Fui muito infantil terminando com ele só por que me chamou de gorda? Obviamente. Mas cara, em minha defesa, eu não queria terminar de verdade, foi coisa do momento, eu não falei sério. Queria que ele soubesse disso e de todo meu sofrimento aqui. Ta, ele não precisa saber do meu sofrimento aqui.

O que eu faço? Não sei. Como devo agir perto dele? Não sei. Me sinto humilhada por uma cagada minha.

Tudo na vida vai se voltar contra mim, a vida quer me ferrar, a vida me quer morta. Ironia à parte.

Vou fugir para as montanhas e levar uma bola comigo (não, não estou falando de pessoas gordas, estou falando de bola mesmo). Vou chamar ela de Fredismunda e seremos melhores amigas. Mendigaremos juntas, mas claro! Vou sair mendigando para as árvores só se for! Nota mental: Formular um plano de vida antissocial melhor.

Quem sabe eu nunca devia ter conhecido Jason, quem sabe não terminaria assim. Meu Deus! O que eu estou falando? Ele mudou a minha vida pra melhor em todos os sentidos. Ele me fez sentir a felicidade que eu nunca tinha experimentado antes.

Mas... Ele cansou de mim, da minha criancice, da minha imaturidade. E o que eu posso fazer? Nada. Ele não quis achar que o que eu disse foi algo do momento, totalmente sem nexo.

Sempre tentei construir boas relações, me aproximar das pessoas. Mas a vida conspira contra mim, só pode. Meu esforço é em vão, sempre vou acabar sozinha e sem rumo.

Jason é um Otário.

Jason

Como a Rachel consegue ser tão criança as vezes? Ela me deixa puto, maluco, não sei mais o que fazer.

Ela brinca com meus sentimentos. Fica comigo só quando lhe é conveniente. Você fala uma coisa (que não deveria ser levada a sério) e ela diz isso pra mim. Na boa, não era necessário. Até parece que por um motivo tão fútil, uma relação deveria ter sido jogada fora, como você joga o papel higiênico depois de limpar sua merda.

Senti um calafrio e me veio na mente que eu sou um completo otário.

Como eu consegui pensar essas coisas horríveis dela? Eu sou realmente o pior. Ela não merece ficar comigo.

Mas eu quero ela comigo, aqui e agora nos meus braços. Quero sentir o calor dela. Eu quero ela mais do que tudo.

Chel é realmente uma garota totalmente imatura, retardada, criança, entre outras coisas. Mas eu amo ela. Ela sabe ser uma garota fofa, delicada, sensível e extremamente irresistível. Eu piro o cabeção.

Ela tem um passado sombrio, e eu não posso simplesmente abandoná-la sem mais nem menos. Ainda mais por um motivo tão babaca. Ela já sofreu tanto, mas não gosta de preocupar ninguém, leva o peso nas costas sozinha.

Quando ela sair do banho, vou concertar as coisas. Você consegue aprendiz do amor! Meu Deus, nunca mais falo isso. É coisa do momento só pode.

Rachel.

Quando eu sair do banho, o que vai ser nesse momento, vou dizer ao Jason o que é necessário, e finalmente sair da vida dele de uma vez por todas.

Saí do banheiro depois de um banho revigorante, depois das paredes escutarem meu desabafo, depois de desistir de tudo.

– Ra...- Jason começou a falar o meu nome, mas eu o interrompi.

– Não se preocupe Jason, hoje mesmo saio da sua casa e vou para a casa do Harry. Não vou mais ser um estorvo na sua vida. – Tentei dizer do jeito mais calmo possível, mas acabei sendo grossa. Jason fez uma cara de total confusão e depois decepção. Ai meu deus, o que eu interrompi? Para Rachel, com certeza ele não ia pedir desculpas nem ia pedir pra voltar.

Peguei minha mala e carreguei com muito esforço até a porta. Jason parou do meu lado, me laçou um olhar totalmente indignado e depois pegou minha mala. Eu deveria ficar confusa? Saia com esses pensamentos Rachel, com certeza é por total obrigação.

Momentos depois, estávamos todos no carro, para a viajem de volta.

Fiquei contando pro Harry e pro intruso do carro chamado Gregory, a minha incrível aventura de hoje. Era de noite já, o sono estava me atingindo, e o cansaço também. Afinal, foi um longo dia. Ah, o Harry cuidou dos meus ferimentos.

Estava sentindo meu olho pesar, quando finalmente adormeci.

(...)

Acordei em uma cama macia e cheirosa, mas com um cheiro que não conhecia. Parece a colônia que o meu irmão usa. Abri os olhos lentamente, não sabia direito onde estava, mas tenho certeza que era uma cama.

Quer dizer que foi tudo um sonho? Graças a Deus, estou salva. Aquele peso no peito passou por um instante. Mas aí meu querido irmão entrou no quarto e me fez voltar a dura realidade que a vida me proporcionava.

– Você acordou dorminhoca, achei que ia dormir mais alguns anos. – Fiquei brevemente confusa.

– Em que anos estamos? – Perguntei bocejando com vontade.

– 2071. – Esclareceu meu querido irmão.

– Ai meu deus! A água já acabou? Eu estou careca por não ter mais shampoo pra lavar o cabelo? Os doces acabaram? – Perguntei horrorizada.

– Chel, eu estava brincando. – Disse ele e me olhou com se eu fosse...loira. Bom, eu sou. Sem contar que ele começou a rir da minha burrice por não ter acordado direito ainda.

– Harry, arruma um revólver e me dá um tiro no coração, pra ele para de me incomodar e me frustrar de uma vez. – Disse esperançosa que ele possuísse uma.

– Ai maninha, não fica assim. Logo tudo vai se resolver. – Disse ele e aquelas palavras suaves puderam fazer meu coração um pouco mais calmo.

– Acho que eu deveria ficar aqui por um tempo. – Afirmei e lancei um sorriso pro Harry.

– Deus me livre! Tu é um mini capeta, não pode ficar aqui. – Dito isso ele começou a me empurrar até a porta da frente rapidamente. Nossa irmão, obrigada por me apoiar sempre. Quando ele finalmente me colocou pra fora de casa, bateu a porta na minha cara, no momento que me virei. Desferi um chute forte na porta. Aquele maldito. Só que me faltava, onde raios eu vou ir agora?

– Vai resolver logo as coisas com seu namoradinho e volta pra lá. – Gritou lá de dentro.

– Você merece ser estuprado Harry! – Gritei com raiva.

Ah que droga, vou ir lá de uma vez por todas e conversar com Jason. Não to afim de dormir na rua hoje. Não pretendo ser mendiga novamente e pegar um papelão pra dormir. Garanto que vão colocar fogo em mim, porque todo mundo coloca fogo nos mendigos.

Quando eu estava no meio do caminho da casa do Jason percebi que ainda estava de pijama, meu lindo pijama de cabrito. Que se dane, continuei andando, dançando na rua por que eu manjo dos hip hop. Estava escutando uma música bem Nigga, era massa.

Eu to pronta pra desenha nos olhos das pessoas com uma agulha pra pararem de me encarar só porque eu to muito sexy. É inveja, só pode.

Necessito de doces urgentemente. Abstinência, socorro. Vou morrer se eu não comer algum doce em alguns minutos. Vão escrever no meu túmulo “Aqui morreu um tribufu diabético”. Ai senhora da biscoitolândia, estou nervosa.

Cheguei na frente da casa do Jason e o portão estava aberto, o que despertou minha curiosidade. Entrei cautelosamente no pátio, parecia uma hiena caminhando e nem sei porque to fazendo isso. Mas em todo caso... a porta também estava meio aberta. Havia uma música extremamente alta lá dentro.

Quando abri, me arrependi de ter nascido. O meu sangue ferveu. Eu queria explodir pra alguém juntar meus pedaços e matar o Jason depois.

Jason e Gregory estavam de cueca totalmente bêbados dançando Macarena enquanto duas loiras se agarravam neles. Quando uma delas sentiu minha presença, puxou Jason para um beijo.

Jason viu depois que eu estava ali veio caminhando até mim.

– Você é um unicórnio? – Perguntou e começou a rir. A raiva dentro mim crescia a cada segundo.

– Sou, veja o meu chifre. – Cerrei os punhos e desferi o soco mais forte que podia dar no seu rosto perfeito.


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Notas finais do capítulo

Então é isso.
NÃO ME MATEM. E também não matem Jason shauhusahusa Ele ainda precisa viver.
Deixem seu coments pessoinhas, favoritem, acompanhem. Leitores fantasmas apareçam please.