Don't you dare steal my territory. escrita por Silent Scream


Capítulo 39
Confusão no shopping e marcas de um término.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindos, eu desisti do Hiatus.
~Peço a vocês que comentem, pois preciso me animar para escrever mais capítulos.
~Pra quem achou o capítulo anterior pequeno, esse cap ficou bem grandinho.
~Espero que gostem e se divirtam lendo meu lindos :3



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– Esquece, não quero mais bater em você, tem algo me doendo mais no momento. – Olhei para minha perna novamente e vi que a situação estava feia. Provavelmente, nesse momento já perceberam que eu furtei um óculos (um divo óculos por sinal) e estão vindo atrás de mim.

Olhei de relance para a Tv que havia ali na frente de uma loja. Quando percebi o que estava passando voltei a olhar a tv com olhos arregalados.

– “ Como vocês podem ver, a pessoa que bateu, devia estar em alta velocidade no momento, pelos estragos feitos no carro a frente. O motorista alegou que era uma garota, e que ela saiu correndo logo após o acidente. Mas parece que ela não teve muita sorte pois se machucou e deixou seu rastro na calçada por onde fugiu. Nesse momento os policiais estão seguindo as evidências para encontrar essa garota...” – Depois disso não consegui escutar mais nada. Eu estou ferrada. Muito ferrada. Eu gosto dessas situações mas eu não vou conseguir correr. Não estanca o sangue da minha perna, não sei o que fazer.

Caminhei mancando até o banheiro mais próximo, quem quer que tenha visto o jornal nesse momento, vai vir atrás de mim. Preciso de um aliado.

– Olha! Você é a garota do jornal que eu vi agora a pouco! Me chamo Ally, muito prazer! – Acho que arrumei uma aliada, foi rápido até. – Qual é o seu nome?

– Rachel, você sabe como estancar sangue? – Perguntei já desesperada. Eu amo aventuras, mas essa aventura está custando minhas energias.

– Sei sim, vamos lavar isso aqui, e depois você me dá seu casaco. – E foi assim que a Ally, minha aliada começou a lavar minha ferida.

– Você sabe que estão vindo atrás de mim né? – Perguntei e ela sorriu.

– Claro que eu sei, isso é divertido, vim aqui a procura de aventuras e encontrei. Vou te ajudar a sair daqui depois. – Ally tinha cabelos castanhos, era alta e “fortinha”. Ela aguenta duas de mim eu acho. Não posso fazer nada se sou baixinha e magra, mas saiba que sou muito gostosa.

– Você mora aqui mesmo? – Perguntei. De novo. Me sinto uma interrogadora. Bem que eu poderia ser, me daria muito bem. Na verdade, acho que o dia que eu entrar na polícia, será para me prenderem, mas em todo caso... Necessito de doces.

– Moro sim, mas meus pais querem morar em Nova York por causa do trabalho do meu pai. – Assenti e fiquei um pouco animada com isso. Ela poderia ser a minha amiguinha. – Ele é médico. Não podemos demorar muito aqui senão vão nos pegar.

– Agora faz mais sentido. Sem problemas, eu me perdi muitas vezes, vai demorar pra eles me encontrar. – Falei indiferente.

– Entendi, me da seu casaco. – Alcancei o meu casaco para a Srta. Futura médica. Ela amarrou no meu corte profundo o que me fez gemer de dor.

– Droga de Arroz com feijão! – Sim, é assim que eu falo palavrões porque eu sou muito pura.

– Suba nos meus ombros, vamos fazer uma corridinha pelo shopping fugindo dos policiais e seguranças do shopping. – Uhu, não vou precisar caminhar, Viva la vida, viva os unicórnios saltitantes, viva o Judas que perdeu as botas, mas sem viva pro fato de eu não ter doces nesse momento crucial.

– Com toda certeza minha cara, se importa de dar uma passadinha na loja de doces e depois na loja de ursinhos? Preciso de um consolo nessa vida. – Falei dramaticamente, fazendo com que a minha parceira de crime soltasse uma risada.

– Mas claro, também estou com fome, precisamos de um belo hambúrguer e passar na loja de cadeiras de rodas pegar duas a motor. Uhuu, vamos lá, é aqui que a verdadeira aventura começa. – Fizemos um “toca aqui!” e subi nos ombros dela. O problema é que eu me desiquilibrei e nós duas caímos no chão. Ela apenas esmagou meu pâncreas, mas nada grave. Subi de novo, mas agora mais apreensiva. Me agarrei no pescoço dela com toda força para não cair.

– E-e-i E-u N-ã-ão Consi-go Re-respirar! – Quando vi que seu rosto já estava roxo, segurei com menos força, pra não matar minha parceira de crime.

– Sorry. Go! – Ela saiu correndo como uma gordinha feliz e sorridente e eu com os braços levantados gargalhando. Nossa cara, essa menina mulher tem pernas potentes. Parecíamos duas garotas que saíram do hospício. Não sei porque eu falei isso, já que eu saí mesmo do hospício. Sou uma idiota por relembrar dessas coisas que eu não gosto.

No segundo andar onde estávamos, havia a praça de alimentação, a incrível loja de doces e o resto que precisamos está no primeiro andar.

Ela correu até onde estavam os hambúrgueres e me abaixei para pegar um que estava na bandeja para ser entregue a uma mulher.

– Segurança! Essas garotas roubaram esse hambúrguer! Estamos sendo roubados! – A mulher gritou e logo depois desmaiou, ou seja, a atenção foi toda pra ela. O gordinho delicia estava correndo com as banhas dançantes até nós. Quando chegou mais perto, pegamos velocidade e o ataquei com um belo chute na cara fazendo-o cair de bunda no chão. Sabe o que é mais engraçado? Ele não consegue se levantar.

Enquanto ela corria para o próximo destino fiz questão de gravar o gordinho com uma mão e outra eu estava dando o hambúrguer para a parceira.

Essa garota é de aço, como uma gordinha não cansa de correr? Deve ser uma gordinha atleta com uma genética não muito benéfica.

Passamos por um cara e peguei a sacola que ele tinha na mão. Joguei no chão o que tinha dentro da sacola para poder colocar meus doces depois. O cara decidiu se revoltar e a correr atrás de nós. Foi aí que começamos a correr em círculos em volta de um mini chafariz. Fizemos isso até o cara cansar e ficar tonto.

Te digo que essa menina não ficou tonta nem cansou. Já deve ter corrido em algum tipo de maratona para gordinhos. Até eu fiquei tonta aqui, minha cabeça ta girando. Vejo estrelinhas. Olá estrelinhas, me chamo Rachel.

Chegamos na loja de doces e acabei derrubando todas as prateleiras num efeito dominó porque eu estava tonta e não sabia direito o que estava fazendo. Consegui pegar jujubas, bombom, bala de ursinho e uma garrafa grande com calda de chocolate. Coloquei na requerida sacola.

A moça da loja ficou horrorizada, parecia que tinha visto uma pessoa morta. Ela logo chamou os seguranças pelo telefone. Nesse ponto já estava cheio de seguranças atrás de nós no segundo andar.

– Chel, jogue seu chocolate no chão pra despistar eles. – Quanta intimidade pra me chamar de Chel. Meu amado chocolate! Não posso fazer isso! Okay vou fazer. Fui derramando o chocolate quente no chão, e os seguranças nem perceberam. Eles estavam andando em fila, o que era muito engraçado por sinal, então foi um segundo efeito dominó no dia. Caíram todos no chão. Parabéns, aqui está o troféu de mais antas do mundo pra vocês.

– Parceira, precisamos descer, vamos usar as escadas de segurança. Se você quiser eu posso andar até lá embaixo... – Falei, mas na verdade estava com muita dor na perna o casaco que foi amarrado já estava cheio de sangue.

– Negativo! Você vai morrer e depois que estiver morta vai ser presa. Vamos continuar como está. – Que orgulho, essa lealdade me emociona.

Estava tudo dando certo até chegarmos na escada porque ela tropeçou no próprio pé, me lançando longe e caiu rolando até lá embaixo. Digamos que eu voei até la embaixo.

Aquela menina aço se levantou rapidamente e me pegou pelas pernas me deixando de pernas pro ar. Ela foi me segurando pelas pernas até a loja onde tinha as cadeiras de rodas. Meu sangue já estava no meu cérebro. Eu ia morrer com toda certeza. Ally atropelou umas 20 pessoas sem dó no meio do caminho.

Ela me largou quando chegamos ao destino. Sentamos em duas cadeiras e saímos com uma velocidade incrível! Nunca tinha dirigido uma cadeira de rodas a motor em alta velocidade. Me sinto uma infratora das leis de transito.

Estávamos mirando a porta do shopping e decidimos ir lado a lado. Quando estávamos prestes a sair, várias pessoas fizeram uma barreira para não nos deixar passar. Que bonitinhos, se uniram em um único laço de amor.

Ou saem, ou atropelo tudo, podem morrer, não to nem aí.

No último segundo acabaram saindo porque a gente não ia parar.

Não tínhamos para onde ir, pegamos o caminho contrário de onde eu vim, já que tinha meu sangue lá e seria complicado. O mais estranho foi que ninguém nos seguiu. Achei que o mundo viria atrás de nós.

Nossas cadeiras de rodas eram muitos potentes, eu estava andando a 80km numa calçada larga ao lado de minha querida parceira Ally.

– Precisamos entrar em algum lugar, veja os carros da polícia. – Gritou ela, pra mim. E ela tinha razão, eles estavam dobrando a esquina e iriam nos pegar em flagra.

– Entre naquele beco ali, vai! – Entramos no tal beco, abandonamos as cadeiras segundos antes. – Ai minha perna! – Estava doendo demais, se eu tiver que amputar eu me jogo querosene e me mato.

– Vamos entrar naquele latão de lixo! – Exclamou ela com uma pressa evidente em sua voz.

Fui mancando até o tal latão de lixo e me joguei lá dentro, em meio aos meus companheiros lixo. Ally pulou lá dentro fazendo o outro lado do lixo levantar e cair uma fralda cheia de merda na minha cara. Por que tudo acontece comigo? Que nojo, foi usado recentemente. Meu deu ânsia de vômito agora. Virei para o lado e sem conseguir pensar em nada, vomitei na cara da Ally.

– Que alívio, agora eu estou melhor, apesar de ter merda na minha cara. – Murmurei para mim mesma.

– Fale isso por você, agora eu estou cheia de vômito! Ai meu Deus! Acho que vou vomitar também! – Ela virou para o meu lado e...

– Nãããããããooo!! – Não deu tempo, ela vomitou em mim, socorro. Esse fedor do inferno está me matando. O capeta está me testando só pode.

Estava começando a me consolar com a situação quando de repente ouvi o barulho de um caminhão se aproximando. Meu senhor, cagadas, mijadas, vomitadas e ferradas!

– É O CAMINHÃO DO LIXO, O QUE A GENTE VAI FAZER? – Gritou ela em pânico. Eu é que estou em pânico aqui! Não consigo nem caminhar, como vou sair daqui?!? Deus, eu juro que serei uma menina boazinha e darei comida aos mendigos na próxima vez que ver eles, mas me tira daqui!

O caminhão pegou o latão do chão e nos lançou pra dentro junto com todos os outros lixos. Nesse momento já sou considerada um pedaço de lixo, mas em todo caso, tem como piorar?

POR QUE DIABOS EU DISSE ISSO? Espera, eu pensei nisso, não disse. Meu deus, o caminhão leu meus pensamentos e quer me esmagar. Sério mesmo, ta fazendo aquele treco que esmaga o lixo.

– Precisamos sair daqui imediatamente Ally, ou vamos virar panqueca, mesmo que eu ame panqueca, não é uma boa ideia. – Falei e ela concordou plenamente com o que eu disse.

– Vamos subir essa escada, ela dá no teto do caminhão, mas eles andam muito devagar então não tem problema, se não morremos até agora, não morremos mais. – Afirmou ela.

– Mas como eu vou subir com a perna desse jeito? – Indaguei, pois era verdade, como eu iria subir?

– Tudo bem, eu te empurro e depois subo. – Dito e feito, fui lá para subir e..

– Ei, não pegue na minha bunda preciosa! Anos de gostosura guardados aqui amiga. – Meu bumbum lindo, sendo infectado.

– Não tenho como te empurrar pra cima de outro jeito, aceita ou morra esmagada, e vai logo porque eu também não quero morrer. Sou muito jovem pra isso. – Ok né.

– Bom argumento. – Disse eu concordando.

Dei uma mãozinha pra ela terminar de subir, senão esmagaria a perna dela pois já estava terminando de fechar.

O caminhão começou a andar de ré, fazendo com que nós duas deslizássemos para a frente pelo vidro (por causa do vômito obviamente). Pararam bruscamente, quando viram dois seres deslizando pelo vidro na frente deles. Ficou tudo embaçado o vidro deles, por que será né?

O homem saiu do caminhão perplexo quando viu o nosso estado.

– Vocês estão bem? O que aconteceu? Por que estavam em cima do meu caminhão? – Disse o homem careca e confuso.

– Não, não estamos bem, você nos jogou pra dentro do seu caminhão seu pão com linguiça! – Eu estava prestes a pula em cima do cara e desferir vários socos, mas Ally me segurou.

– Pra que isso Ally? Achei que éramos parceiras, amigas do coração! Mas parece que eu estava enganada! – Fiz a cara mais dramática possível para o momento.

– Ok, você pode dar um soco, mas só um! – O cara olhou assustado para mim e eu sorri do jeito mais psicopata possível.

Dei o meu soco super sônico no maxilar dele, fazendo-o gemer de dor.

Agora sou uma garotinha feliz. Yay!

– Vou ligar pro Jason vir nos buscar, pera aí. – Peguei o meu celular que estava protegido no meu bolso desde o princípio. Disquei o número com a minha mão suja. – Alô?

“Alô, aqui é o Harry “

“Cadê o Jason?”

“Não importa, me diga onde está.”

“Ally vai explicar pra você”

(Ally explica)

“Entendi, estamos a caminho”

Minutos depois o carro chega e meu irmão sai correndo ao meu encontro.

– Meu Deus! O que aconteceu com você? E o que aconteceu com a sua perna? – Perguntou meu maninho todo preocupado. Gosto disso nele, é fofo.

– Longa história, mais tarde eu conto. – Sabe o que mais me chamou atenção e me deixou frustrada?

Jason estava no volante, não mexeu um dedo, nem sequer olhou pra mim.

Entrei no carro com isso me incomodando.

– Amor, não vai perguntar nada? – Falei eu mas minutos depois me arrependi completamente.

– Amor? Pelo que lembro bem, você terminou comigo. – Disse sério, e ainda sem olhar para mim.

Aquilo me doeu mais do que o machucado.


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Notas finais do capítulo

Então é isso. Final tenso, o que será que vai acontecer depois disso?
Deixem seus comentários leitores fantasmas, quero saber da existência de vocês meus queridos ssahushau.
beijos, até o próximo cap! Vou tentar postar o mais rápido possível.