Ellsworth - Uma nova Chance escrita por 1FutureWriter


Capítulo 20
Dar uma Chance?


Notas iniciais do capítulo

Olá amores como vão as senhoritas? Espero que bem!!
Bom, já que não me mataram está aqui a continuação do capítulo heheh
Será que vocês vão gostar do momento fofura #Miley?? hehe

...
Curtam minha página, lá a gente pode se conhecer melhor hehe ... https://www.facebook.com/paulagrangerfanfics
...
Espero que curtam o capítulo.
Beijos e boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/547777/chapter/20

Assim que entrou novamente na casa, Mike me olhou de uma forma raivosa, como se a culpa por ele ter brigado com o Dennys fosse minha. Ele mal olhou pra mim e foi direto para onde estava a tinta. Eu fiquei sentada em um dos bancos, com o rosto apoiado em uma das mãos, olhando pra ele, esperando que dissesse alguma coisa a respeito da ridícula e patética cena de uns minutos atrás, mas nada aconteceu, ele permanecia calado.

Minha cabeça fervilhava. Eu tentava a todo custo entender o que havia acabado de acontecer. Em um momento ele era o Mike divertido, debochado e convencido, e em outro era um troglodita, um cara insuportável que queria ser sempre o rei da atenção, e que não aceitava que outro a tivesse. Acabei chegando a conclusão de que Mike tem dupla personalidade.

Não conseguindo mais segurar a ansiedade, fui até ele e perguntei o porque de tudo aquilo.

– Não tenho nada pra falar! - Ele disse seco.

– Como não, o que foi toda aquela cena? - Perguntei com as mãos na cintura.

Ele agora estava de frente pra mim.

– Escuta uma coisa, NI. Eu conheço o Dennys desde que nascemos e sei perfeitamente o tipo que ele faz pra levar garotas como você pra cama. Ele se faz de bom moço, o "Cara Perfeito", mas no final a história sempre é a mesma: Ele usa, joga fora e depois vocês sofrem, essa é a realidade. - Mike praticamente gritava comigo.

– E daí? Você é do mesmo jeito!

– Está muito enganada, garota! - Retrucou ele enraivecido. - Eu saio com muitas mulheres sim, mas em momento algum finjo ser alguém que não sou. Não prometo flores, nem cartões de dia dos namorados pra ninguém.

– E por que está tão preocupado com o que ele faz ou deixa de fazer comigo? - Perguntei aos gritos. Ele se aproximou o suficiente para que eu pudesse sentir sua respiração descompassada. Suas narinas enchiam-se de ar tão rapidamente que era até difícil perceber seus movimentos.

O que eu senti a seguir foram suas mãos me puxando de um jeito brusco. O susto que levei foi tão grande que mal consegui assimilar o que estava acontecendo. Mike, o caipira, estava me beijando! A sensação era boa, na verdade muito boa, e era diferente do outro que ele havia me dado, mais intenso. Um tremor gostoso subiu pela minha espinha, e a temperatura aumentou automaticamente. Minhas mãos foram de encontro a sua nuca, e as dele me apertavam, mas sem machucar. Acho que não teria forças para interromper o beijo, e se ele não o fizesse, não sei quanto tempo ainda ficaríamos ali.

– Eu me importo - Começou ele com nossas testas coladas -, porque eu não sei como, mas de alguma maneira eu não consigo te tirar da minha cabeça.

Mike me soltou no minuto seguinte, deu um beijo na minha testa e foi embora. Eu fiquei ali, parada, pensando no que havia acabado de acontecer, até que, ouvi palmas. Quando olhei pra trás, vi que Carlla estava ali, e provavelmente tinha assistido a cena inteira.

– Não me olhe com essa cara, não é nada disso que você deve estar imaginando.

– Ah claro que não. Até porque o que eu imagino é sempre muito pior do que o que acontece de fato. - Ela disse divertida, antes de vir me abraçar.

Carlla praticamente me obrigou a contar tudo o que havia acontecido durante o tempo em que ficou fora. Contei a ela tudo o que rolou, e ela ficou enraivecida por não estar aqui no dia em que Audrey e eu brigamos.

– Essa sua irmã precisa de uma surra das boas! - Apenas concordei com a cabeça, dei de ombros e continuei a falar.

Estava realmente sentindo falta de tê-la por perto, mesmo que fosse para falar alguma coisa sem sentido. Ela era pra mim o que a Audrey nunca foi, uma irmã com a qual eu realmente pudesse contar.

– Sabe muchacha, porque você não assume logo que ta afim do Mike? Tá muito na cara esse lance. Vocês trocam olhares sem perceber.

– Carlla!

– O que? Não aguenta ouvir a verdade? - Ela perguntou marota.

– Mesmo que fosse verdade, eu lembro muito bem quando nos conhecemos e você disse que ele não era um cara namorável.

Carlla riu pelo nariz e concordou que realmente era verdade, mas confessou também que Mike havia mudado, e que estava diferente.

– Haley Sullivan, não estou dizendo que você tenha que namorá-lo, mas sim de dar-se uma chance de descobrir o que está sentindo. Pense um pouquinho, coloque essa cabeça pra funcionar, e veja que não é assim tão absurdo. - Ela insistiu.

– Tá, tá legal, eu vou pensar no que me disse, mas quero saber de você. Disse que tinha novidades, e até agora não abriu o bico.

Carlla mostrou um largo sorriso e começou a contar sobre sua estadia na Califórnia. Lucca James, a garota que conhecemos quando fomos ao Kansas City, morava no mesmo quarteirão que os pais de Carlla, e durante todo o período que ficou lá, as duas ficaram juntas.

– Espera, deixa eu ver se entendi. Esse tempo todo vocês estavam juntas, tipo juntas? - Perguntei curiosa.

– É claro que não! Já disse que ela não faz o meu tipo! - Afirmou convicta, mas seus olhos demonstravam o contrário. - Além do mais, ela está em um período de curtição de fossa.

– Sei. Já que está dizendo, eu finjo que acredito.

– Olha, que tal deixarmos esse assunto de lado, e eu te ajudar a dar um jeito nessa bagunça? – Pediu mudando de assunto.

Concordei com a cabeça, afinal a casa estava realmente uma zona. Havia jornal espalhado por todo o lugar, lençóis por cima dos móveis, e a tinta fresca dentro do balde. Acabamos pintando todas as paredes antes de começarmos a arrumar tudo. Já começava a anoitecer quando terminamos. Carlla foi embora, alegando estar morta de fome e exausta por trabalhar tanto.

Sozinha em casa pensei em tudo o que conversamos, e sobre a possibilidade de dar uma chance ao que estava sentindo. A verdade é que eu não sabia o que estava sentindo, e queria mesmo descobrir.

Depois de tomar meu banho, enquanto colocava a roupa percebi que da janela do meu quarto eu conseguia avistar o trailer em que Mike morava. Automaticamente as coisas que aconteceram durante o dia vieram a mente, e a vontade de ir até lá acabou sendo mais forte.

Caminhei até o trailer, as luzes estavam acesas. Mike estava sentado do lado de fora com um violão nas mãos. Parecia solitário. Tocava uma música que eu nunca havia ouvido falar (música), mas com uma letra bonita. Ele parecia outro, estava calmo como nunca havia visto. Quando me viu, seu semblante passou de calmo para confuso. Por um momento senti que seus olhos azuis penetravam nos meus acinzentados.

– O que está fazendo aqui? - Ele perguntou meio vacilante.

– Na verdade eu também queria saber. Mike, o que foi aquilo tudo lá em casa?

Ele engoliu em seco. Deixou o violão de lado, e parecia procurar as palavras certas pra falar. Sua tentativa foi tão falha quanto a minha em tentar entender o que estava acontecendo.

– Eu não sei, NI, simplesmente não sei. - Mike arriou a cabeça como de pensasse a respeito. Agachei até ficar na mesma altura, e levantei seu rosto, fazendo com que ele olhasse pra mim.

– Acho que nós precisamos conversar, não acha? - Perguntei. Ele afirmou com a cabeça, mas pediu um tempo para pôr em ordem tudo o que estava em sua cabeça.

Acho que pelo menos isso eu conseguia entender, ele estava tão confuso quanto eu, e não queria acabar tomando uma atitude precipitada. Talvez tenha sido por impulso, mas antes de deixá-lo ali com seus pensamentos, eu repeti o gesto que ele havia feito antes de sair da minha casa e beijei sua testa. Mike me olhou de um jeito tranquilo, e acariciou meu rosto com uma das mãos sem nada dizer.

Eu o deixei ali e fui para o meu lugar preferido, o lago. Fiquei recostada em uma das árvores apenas pensando no que faria dali por diante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

hehe nos vemos no próximo capítulo
Beijinhos S2



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ellsworth - Uma nova Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.